Capítulo
: 47
Lua acordou
assustada. Ainda era cinco horas da manhã, sua mãe já estava no hospital
internada acompanhada de Mariana. Sentia-se culpada por não estar lá com ela,
mas nem Arthur e nem Claudia aceitaram que ela ficasse no hospital.
Lua sentou-se na cama, o suor escorria lentamente por suas temporãs, olhou para o lado e viu que Arthur dormia tranquilamente ao seu lado. Levantou-se e sentou na poltrona de canto do quarto. Ficaria ali vendo Arthur dormir, só se acalmaria após a cirurgia de sua mãe ter terminado. Viu que o marido se virou a e passou as mãos na parte vazia do colchão certamente a sua procura.
Arthur abriu os olhos e não viu Lua ao seu lado, sentou-se imediatamente. Encontrou-a sentada o olhando. Estava estática e o mirava, talvez nem olhasse para ele, parecia concentrada em seus pensamentos.
- Lu... – começou ele.
Lua despertou dos devaneios ao escutar a voz de Arthur a chamando. Notou que ele encontrava-se sentado na cama a olhando com preocupação.
- Você está bem? – perguntou Arthur.
- Estou...
- Então vem deitar... ainda são 5 horas da manhã... – disse ele olhando o radio-relógio.
- Eu sei, mas não estou conseguindo dormir...
- Eu entendo, mas pelo menos deita. Não faz bem você ficar sentada. – disse ele sério.
- Vou ficar sentada aqui mais um pouco Arthur... depois vou tomar um banho. Volte a dormir.
- Não vou conseguir dormir Lua. – Arthur suspirou – não sabendo que você está nesse estado. Lhe farei companhia.
- Não precisa. Volte a dormir.
- Vou tomar um banho para acordar sim!? – disse ele se levantando – depois você vai... ou você quer ir primeiro?
- Não... pode ir... vou ficar aqui.
- Que horas quer ir para o hospital?
- Não sei... estava pensando em umas 8 horas.
- Está bem... iremos as 8. – disse ele entrando no banheiro.
Lua viu a porta do banheiro fechando-se. Arthur estava sendo maravilhoso, não parecia nem um pouco com o homem prepotente e arrogante que conhecerá no começo. Ele estava dócil e parecia preocupado seriamente com alguma coisa. Ele andava dormindo tenso e reclamava constantemente de dor de cabeça à Germana. Escutou o chuveiro abrindo, sentiu-se tentada em estar lá com ele, mas não era o momento, sabia que sempre que estava nos braços de Arthur todas as suas preocupações sumiam, mas não era o momento para isso. Ela respirou fundo, foi até o closet e escolheu uma roupa leve, esperariam por horas dentro do hospital.
Arthur saiu e viu a roupa de Lua em cima da cama, ela estava sentada no sofá com a cabeça encostada dormindo. Aproximou-se e a pegou no colo, colocou-a na cama e deitou-se ao seu lado.
- Que horas são? – perguntou Lua sentando-se assustada.
- Calma Lu... são 6 horas... – disse ele olhando para o relógio – você não cochilou nem meia hora.
- Eu... eu vou tomar banho. – disse ela levantando-se e indo para o banheiro.
Arthur não conseguia imaginar o quão nervosa Lua estava, sentia-se preocupado com a sogra, tinha por ela um carinho especial. Tinha aprendido a admirar Claudia por sua trajetória de vida, mesmo não conhecendo-a completamente. Escutou o chuveiro abrindo, ficou imaginando o que se passaria pela mente de Lua e de Raquel, ambas filhas de uma mesma mulher. Lua uma hora iria acabar descobrindo a existência de Raquel, mesmo já a conhecendo. Temia a reação da esposa, principalmente se ela descobrisse durante a gravidez.
Lua saiu do banho e notou que Arthur não estava mais no quarto. Certamente estaria no escritório ou tomando café. Trocou-se rapidamente, pegou sua bolsa e desceu ao encontro de Arthur. Olhou para a porta do escritório e constatou que estava vazio, ele só poderia estar na cozinha como sempre fazia.
- Acabei de passar o café Lua... – disse Arthur.
- Como!? – perguntou surpresa – você fez o café?
- Fiz... por que a pergunta? – perguntou Arthur com uma das sobrancelhas erguidas.
- Bem... eu não sabia que você sabia fazer café... – disse ela olhando incrédula.
Arthur pegou uma xícara e colocou um pouco de café, entregou-a nas mãos de Lua. Ela olhou para dentro da pequena xícara.
- Experimente e me diga o que achou. – disse ele a mirando.
- Ta!
Lua bebeu um gole do café que estava bem quente. Nunca, em sua vida toda, tinha tomando um café tão gostoso quanto o de Arthur.
- O que achou? – perguntou ansioso.
- Eu... nossa... você me surpreendeu... – Lua sorriu – nunca tomei um café tão bom!
Arthur sorriu e colocou a garrafa térmica em cima da mesa. Sentou-se na frente de Lua com a sua xícara de café já em mãos.
- Que bom que você gostou... posso te pedir uma coisa? – perguntou ele um pouco sem graça.
- Claro que sim. – disse ela dando mais um gole no café.
- A sua mãe disse que você faz uma macarronada espetacular... e desde aquele dia confesso que estou com vontade de comer...
- Mas é claro que eu faço Arthur. – ela sorriu –A única que tem direito de ter vontade aqui sou eu. – Lua riu.
- Eu fiquei sem jeito de te pedir. – disse ele sorrindo.
- Mas que besteira sua Arthur... devia ter me pedido. – Lua olhou o relógio – tenho outras especialidades na cozinha também. Não é apenas a macarronada...
- Quero experimentar essas suas especialidades... é melhor irmos não?
- Farei com maior gosto. Quero chegar cedo no hospital...
- Entendo. – disse ele levantando-se – se quiser podemos ir agora. Estou pronto.
- Então podemos ir. – disse ela levantando-se. – você tem ideia da duração da cirurgia?
- Pelo que me disseram entre 5 e 6 horas. – disse ele chamando o elevador. – teremos uma longa manhã Lua.
- Sim... será bastante longa. – disse ela num suspiro.
- Sei que é difícil, mas tente relaxar.
Entraram no carro de Arthur. Lua estava inconformada com o fato de Arthur saber fazer café. Nunca pensaria que ele pudesse saber fazer tal coisa.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Claro que sim Lu..
- Onde você aprendeu a fazer café?
Arthur riu com a pergunta. Estava esperando alguma pergunta relativa à essa questão.
- Sei fazer mais do que café Lua. – disse ele finalmente – quando eu morei na Suécia fui obrigado a aprender a me virar. Estava brigado com os meus pais e quem tinha o dinheiro era eles e não eu, portanto tive que aprender a cozinhar e me virar...
- Eu nunca imaginei que...
- Acho que ninguém imagina não é verdade? – perguntou ele com um sorriso sincero no rosto – tive que trabalhar para me sustentar. Foi um período bem complicado.
- Imagino que sim... – disse Lua – deve ser estranho para quem sempre teve tudo ter que se virar de uma hora para outra...
- Chegamos. – disse ele entrando no estacionamento do hospital.
Lua olhou apreensiva para aquele enorme prédio que apresentava-se a sua frente, olhou aquelas pequenas janelas, em uma delas estava a sua mãe preparando-se para a cirurgia.
Lua sentou-se na cama, o suor escorria lentamente por suas temporãs, olhou para o lado e viu que Arthur dormia tranquilamente ao seu lado. Levantou-se e sentou na poltrona de canto do quarto. Ficaria ali vendo Arthur dormir, só se acalmaria após a cirurgia de sua mãe ter terminado. Viu que o marido se virou a e passou as mãos na parte vazia do colchão certamente a sua procura.
Arthur abriu os olhos e não viu Lua ao seu lado, sentou-se imediatamente. Encontrou-a sentada o olhando. Estava estática e o mirava, talvez nem olhasse para ele, parecia concentrada em seus pensamentos.
- Lu... – começou ele.
Lua despertou dos devaneios ao escutar a voz de Arthur a chamando. Notou que ele encontrava-se sentado na cama a olhando com preocupação.
- Você está bem? – perguntou Arthur.
- Estou...
- Então vem deitar... ainda são 5 horas da manhã... – disse ele olhando o radio-relógio.
- Eu sei, mas não estou conseguindo dormir...
- Eu entendo, mas pelo menos deita. Não faz bem você ficar sentada. – disse ele sério.
- Vou ficar sentada aqui mais um pouco Arthur... depois vou tomar um banho. Volte a dormir.
- Não vou conseguir dormir Lua. – Arthur suspirou – não sabendo que você está nesse estado. Lhe farei companhia.
- Não precisa. Volte a dormir.
- Vou tomar um banho para acordar sim!? – disse ele se levantando – depois você vai... ou você quer ir primeiro?
- Não... pode ir... vou ficar aqui.
- Que horas quer ir para o hospital?
- Não sei... estava pensando em umas 8 horas.
- Está bem... iremos as 8. – disse ele entrando no banheiro.
Lua viu a porta do banheiro fechando-se. Arthur estava sendo maravilhoso, não parecia nem um pouco com o homem prepotente e arrogante que conhecerá no começo. Ele estava dócil e parecia preocupado seriamente com alguma coisa. Ele andava dormindo tenso e reclamava constantemente de dor de cabeça à Germana. Escutou o chuveiro abrindo, sentiu-se tentada em estar lá com ele, mas não era o momento, sabia que sempre que estava nos braços de Arthur todas as suas preocupações sumiam, mas não era o momento para isso. Ela respirou fundo, foi até o closet e escolheu uma roupa leve, esperariam por horas dentro do hospital.
Arthur saiu e viu a roupa de Lua em cima da cama, ela estava sentada no sofá com a cabeça encostada dormindo. Aproximou-se e a pegou no colo, colocou-a na cama e deitou-se ao seu lado.
- Que horas são? – perguntou Lua sentando-se assustada.
- Calma Lu... são 6 horas... – disse ele olhando para o relógio – você não cochilou nem meia hora.
- Eu... eu vou tomar banho. – disse ela levantando-se e indo para o banheiro.
Arthur não conseguia imaginar o quão nervosa Lua estava, sentia-se preocupado com a sogra, tinha por ela um carinho especial. Tinha aprendido a admirar Claudia por sua trajetória de vida, mesmo não conhecendo-a completamente. Escutou o chuveiro abrindo, ficou imaginando o que se passaria pela mente de Lua e de Raquel, ambas filhas de uma mesma mulher. Lua uma hora iria acabar descobrindo a existência de Raquel, mesmo já a conhecendo. Temia a reação da esposa, principalmente se ela descobrisse durante a gravidez.
Lua saiu do banho e notou que Arthur não estava mais no quarto. Certamente estaria no escritório ou tomando café. Trocou-se rapidamente, pegou sua bolsa e desceu ao encontro de Arthur. Olhou para a porta do escritório e constatou que estava vazio, ele só poderia estar na cozinha como sempre fazia.
- Acabei de passar o café Lua... – disse Arthur.
- Como!? – perguntou surpresa – você fez o café?
- Fiz... por que a pergunta? – perguntou Arthur com uma das sobrancelhas erguidas.
- Bem... eu não sabia que você sabia fazer café... – disse ela olhando incrédula.
Arthur pegou uma xícara e colocou um pouco de café, entregou-a nas mãos de Lua. Ela olhou para dentro da pequena xícara.
- Experimente e me diga o que achou. – disse ele a mirando.
- Ta!
Lua bebeu um gole do café que estava bem quente. Nunca, em sua vida toda, tinha tomando um café tão gostoso quanto o de Arthur.
- O que achou? – perguntou ansioso.
- Eu... nossa... você me surpreendeu... – Lua sorriu – nunca tomei um café tão bom!
Arthur sorriu e colocou a garrafa térmica em cima da mesa. Sentou-se na frente de Lua com a sua xícara de café já em mãos.
- Que bom que você gostou... posso te pedir uma coisa? – perguntou ele um pouco sem graça.
- Claro que sim. – disse ela dando mais um gole no café.
- A sua mãe disse que você faz uma macarronada espetacular... e desde aquele dia confesso que estou com vontade de comer...
- Mas é claro que eu faço Arthur. – ela sorriu –A única que tem direito de ter vontade aqui sou eu. – Lua riu.
- Eu fiquei sem jeito de te pedir. – disse ele sorrindo.
- Mas que besteira sua Arthur... devia ter me pedido. – Lua olhou o relógio – tenho outras especialidades na cozinha também. Não é apenas a macarronada...
- Quero experimentar essas suas especialidades... é melhor irmos não?
- Farei com maior gosto. Quero chegar cedo no hospital...
- Entendo. – disse ele levantando-se – se quiser podemos ir agora. Estou pronto.
- Então podemos ir. – disse ela levantando-se. – você tem ideia da duração da cirurgia?
- Pelo que me disseram entre 5 e 6 horas. – disse ele chamando o elevador. – teremos uma longa manhã Lua.
- Sim... será bastante longa. – disse ela num suspiro.
- Sei que é difícil, mas tente relaxar.
Entraram no carro de Arthur. Lua estava inconformada com o fato de Arthur saber fazer café. Nunca pensaria que ele pudesse saber fazer tal coisa.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Claro que sim Lu..
- Onde você aprendeu a fazer café?
Arthur riu com a pergunta. Estava esperando alguma pergunta relativa à essa questão.
- Sei fazer mais do que café Lua. – disse ele finalmente – quando eu morei na Suécia fui obrigado a aprender a me virar. Estava brigado com os meus pais e quem tinha o dinheiro era eles e não eu, portanto tive que aprender a cozinhar e me virar...
- Eu nunca imaginei que...
- Acho que ninguém imagina não é verdade? – perguntou ele com um sorriso sincero no rosto – tive que trabalhar para me sustentar. Foi um período bem complicado.
- Imagino que sim... – disse Lua – deve ser estranho para quem sempre teve tudo ter que se virar de uma hora para outra...
- Chegamos. – disse ele entrando no estacionamento do hospital.
Lua olhou apreensiva para aquele enorme prédio que apresentava-se a sua frente, olhou aquelas pequenas janelas, em uma delas estava a sua mãe preparando-se para a cirurgia.
Se Tiver 20 Comentários eu posto 2 Capítulos amanha!
:)
ResponderExcluirMaaaiiisss
ResponderExcluir+++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirPosta ++++++++++++++++++++++++++ , por favor !!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirMaaaaais
ResponderExcluirMaaaaaaaaais muito
ResponderExcluirEu adoooro essa web posta ++++++
ResponderExcluir