2 de abr. de 2013

{FIC} Secretária Particular


Capitulo Nove p.1– Três Palavrinhas


"O problema é que os seres humanos têm o condão de escolher exatamente aquilo que é pior para eles." – Alvo Dumbledore

Dois meses depois...

Os raios de sol iluminavam o quarto, mostrando que o dia chegara. Um casal dormia abraçado na cama de casal do quarto, cobertos por um lençol de seda branco. As roupas estavam espalhadas pelo quarto, e o único som ouvido em todo apartamento eram o de suas respirações calmas.

Arthur fora despertando calmamente. Abriu os olhos e encontrou a claridade, o fazendo fechar os olhos novamente. Lentamente foi se acostumando com a luz e pode ver que Lua dormia abraçada a si, de um jeito quase protetor.

Ainda era cedo. Oito e pouca da manhã de um domingo. Ficou acariciando de leve o braço de Lua, enquanto seus pensamentos voavam para longe, mas para ela.

Parecia que finalmente todos os sentimentos se encaixavam, se encontravam naquele terrível quebra-cabeça criado por ele mesmo.

Ele a amava, de um jeito que nunca pensou em sentir por alguém. Sabia que ela era confusa, que ela era difícil e meio arrogante quando quer, mas ela também podia ser esperta, romântica e sincera. Lua era incrível, do exato jeito dela, e era isso que o deixava cada dia mais encantado por ela.

Ouviu um suspiro e viu que Lua acordara. Sentiu os beijos dela em seu pescoço e sorriu.

- Bom dia – disse Lua sorrindo. O sorriso dela o iluminava tanto quanto o sol.
- Bom dia – Arthur lhe deu um selinho rápido.
- Você tá acordado a muito tempo? – Lua perguntou.
- Não muito. Fiquei com pena de te acordar cedo.

Lua sorriu.
- Hmm, e vamos fazer o que hoje? – Lua perguntou.
- Ficar trancados aqui e nos beijando? – sugeriu Arthur rindo.
- Bobo. Mas sua sugestão é ótima – disse Lua rindo.

Após o café, tomaram seus banhos e voltaram para a cama. Ficariam o dia todo deitados, se curtindo. Ligaram a TV e deixaram em um programa qualquer, enquanto se beijavam.

Após um beijo lento e romântico, se separaram e sorriram. Olho no olho. Castanho no castanho. O mesmo brilho, a mesma intensidade, a mesma emoção.

Lua se perdeu nos olhos de Arthur, imaginando um mundo diferente daquele.
Ao se perder nos olhos de Lua, Arthur finalmente tomou coragem e disse, acariciando o rosto de Lua e a olhando de forma tão intensa que chegava a surpreender a ele mesmo:

- Eu te amo.

Levou alguns segundos para Lua tomar consciência do que Arthur disse, e quando tomou, engoliu a seco. Era ali que tudo acabava. Lua olhou para Arthur, tentando raciocinar. Ela podia dar adeus a sua carreira, e dizer o “eu te amo” para Arthur, contar a verdade e poder ser desprezada, ou...
- Que pena pra você. – as palavras saíram, se raciocinar realmente, ou tomar consciência. Arthur a encarou, sem entender.

- Como? – ele perguntou. Sua voz saíra um pouco falha.
- Que-pena-pra-você – repetiu Lua – sinto muito, mas meu trabalho acabou aqui.
- Trabalho?
- Sim, trabalho. Eu tinha que fazer você ficar completamente apaixonado por mim, e consegui, é claro. – Lua riu sarcástica, mas por dentro, seu coração estava acabado, ela lutava contra as lágrimas – Chay é um ótimo chefe, dessa vez me mandou pelo menos alguém perto do que eu mereço – ele era muito para ela na verdade.

- Chay? Chay Suede?
- Ele mesmo. Nada como acabar com um coração após um roubo de dinheiro. Sua empresa só sobrevive com o dinheiro que vocês roubam dos outros, Aguiar. Tarefa cumprida, se manda daqui.

- Oi?
- Se manda Aguiar. Eu não te quero aqui, some, vaza, desaparece – Lua mandou. Seus olhos estavam molhados de lágrimas, que ela segurava a todo custo.

Arthur a olhou, desolado. Ele ainda tentava entender o que havia escutado. Lançou um olhar magoado a Lua.

- Eu pensei que você fosse diferente, mas pelo visto você é só mais uma vadia que não tem mais nada o que fazer. Muito bem você faz em trabalhar assim, não precisa rodar a bolsa na esquina – ele disse friamente – grande erro meu te amar.

Foi em direção a porta e antes de fechar, Lua observou uma lágrima cair pela bochecha de Arthur.
Esperou a porta o apartamento bater, para cair na cama, abraçada ao travesseiro e chorando.

Soluçava desesperadamente, sempre agarrada ao travesseiro. O travesseiro que ele usava. Seu cheiro estava colado ali, e a cada suspiro, Lua chorava ainda mais.

Creditos:Vic Harding Fitz Montgomery e Cristiane Momsen Aguiar


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