Capítulo : 26 e Capitulo 27
- Vamos Lu?
Lua pulou. Olhou para trás e Arthur estava arrumado.
- Onde?
- Embora, o vôo sai daqui a duas horas e temos que estar lá antes... te procurei por todo canto, onde esteve?
- No estribo... – disse ela sorrindo – fui olhar os cavalos...
- Eu estava suspeitando que você estaria ali, estava indo para lá... – disse ele mirando-a – você está bem?
- Por que a pergunta?
- Está pálida...
- Impressão sua Arthur... estou bem... – disse ela colocando os óculos de sol novamente. – nunca estive melhor...
- Pois bem, vamos... as suas coisas já estão no carro... você vai assim?
- Por que!? – disse ela olhando a própria roupa – esta feio?
- Não, mas se você quisesse trocar teria de tirar sua mala novamente do carro...
- Não vou querer me trocar... estou bem assim... – disse ela.
Ele caminhou a sua frente, parecia preocupado com alguma coisa. Seu fisionomia estava tensa, era perceptível para Lua, em apenas uma semana conseguia distinguir algumas características dele. Ele pisava fundo, algo tinha acontecido enquanto ela estava caminhando pela propriedade.
Sentaram-se no carro. Lua permaneceu calada, não tinha o direito de se intrometer na vida dele. Mesmo porque eram casados apenas no papel e mais nada. Ela continuou a mirar a paisagem que passava rapidamente perante seus olhos. Chegaram rapidamente no aeroporto.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Lua sentando-se na poltrona.
- Não... não aconteceu nada.
- Não é o que parece... – disse Lua num murmúrio – você está sério...
- Voltar para o Brasil faz isso comigo... – disse ele sem emoção.
- Percebo... – ela respirou fundo, o conto de fadas estava terminando. – Não vi nenhum fotografo atrás de nós.
- Mas tinham – falou seco – e não eram poucos... é sempre assim...
Arthur percebeu que ela calou-se e não disse mais nada. Uma ideia passava em sua cabeça incansavelmente, não acreditava que Lua fosse concordar. Não custava nada tentar. Sorriu.
O avião decolou, Arthur sentiu o nervosismo de Lua enquanto ela segurava sua mão firmemente.
- Isso sempre me deixa nervosa... – disse ela respirando rapidamente.
- Dá para perceber! – disse ele sorrindo, tentando mexer os dedos – Os meus dedos também estão percebendo...
- Ah... me desculpe! – disse ela soltando. – eu não gosto muito disso...
- É melhor você se acostumar... vamos viajar muito esse ano ainda... – disse ele.
- Você está falando sério? – perguntou ela agarrando a poltrona.
- Estou, temos duas viagens até o final do ano... relaxa Lua, a decolagem já acabou...
- É verdade... – ela soltou o cinto de segurança – para onde nós vamos?
- Itália e Inglaterra. – disse ele – Mas não quero pensar em trabalho agora, tenho outra coisa em mente...
- Dormir?!
- Não... – ele levantou-se e estendeu a mão para ela. – Vêm comigo?
- Onde vamos?
- Isso eu não posso te contar, mas você não vai se arrepender... – ele sorriu.
Ela tremeu. Não era muito chegada a surpresas, principalmente quando não sabia ao certo o objetivo da outra pessoa. Arthur caminhava para o fundo do avião, segurava a mão de Lua firmemente. Inconscientemente ela sabia onde eles estavam indo, mas preferia pensar que não. Ele não poderia estar pensando naquilo. Entraram no minúsculo banheiro do avião.
A respiração de Lua estava acelerada, estavam com os corpos colados pelo espaço ínfimo.
- Você...
Lua tentou falar, mas já era tarde demais. Arthur já tinha reclamado sua boca possessivamente.
- Vão nos pegar... – disse ela afobada.
- Não vão... confie... ninguém vai nos pegar... – disse ele beijando o pescoço dela. – Esquece eles Lua, voltamos para o nosso mundo ainda hoje...
Ela suspirou, voltariam a ser tudo como antes. As brigas e as respostas atravessadas como sempre. Talvez melhorasse depois dessa semana de convivência. Mas o futuro como sempre era totalmente incerto para ambos.
O espaço era irrisório. Mal dava para ficar um ali dentro quanto mais dois. Estavam apertados um contra o outro. Arthur a puxou ainda mais para perto. E Lua pode sentir o quanto Arthur estava excitado com tudo aquilo. Se beijaram com ardor e selvageria. A calça de Arthur fora tirada junto com a cueca por um Lua que não raciocinava direito. As marcas vermelhas no pescoço haviam começado a aparecer. A saia dela foi parar no mesmo lugar em que a calça de Arthur se encontrava junto com a calcinha dela. Estavam nus na parte debaixo e era isso que interessava. A colocou sobre a pia e ali mesmo a penetrou arrancando gemidos de Lua. Ela enlaçou as pernas pela cintura dele de modo que ele pudesse a segurar melhor. Os prazer era tão intenso para ambos que chegava a ser insuportável. Estavam cansados, suados. Mas Lua queria mais e Arthur podia notar no olhar da mulher que estava enlaçada em sua cintura gemendo em seu ouvido o deixando ainda mais excitado.
Lua voltou para sua cadeira desconcertada com o que acabará de fazer. Tinha feito amor com Arthur no banheiro do avião de um modo selvagem e sem pudor. Sentiu-se pior ainda em saber que havia gostado daquela experiência. Pode ver Arthur aproximando-se.
- Está tudo bem Lua?
- Por que não estaria?! – perguntou ela seca – estou cansada... quero dormir.
Arthur percebeu que a trégua já havia acabado. As respostas atravessadas e a ironia iriam recomeçar. Não podia se queixar, ela havia cumprido o que prometerá. Sentiu culpado por um momento, tinha percebido a relutância de Lua no banheiro, mas mesmo assim a forçara a fazer o que ele queria. Ela agora dormia ao seu lado, ou fingia. Arthur passou as mãos pelo rosto, sentiu nojo de si mesmo. Não se importou com a opinião dela, a única coisa que ele queria era satisfazer sua fantasia, tinha ficado cego pelo desejo e nem percebera a relutância dela perante a situação. Ele levantou-se a procura de algo para beber.
Lua sentiu que ele levantava-se, esperou que ele saísse de perto. Levantou-se e ajeitou a cadeira, deitando-a. Fechou os olhos, mas o sono não vinha de maneira alguma, ainda estava com adrenalina no corpo pelo que tinha acabado de ocorrer. Não culpava ele, pois tinha permitido que ele fosse em frente, mesmo que ela tivesse pedido para parar, duvidava que Arthur fosse escutar. A vergonha tomava conta dela, estava perdendo a vergonha e o pudor de seus atos. O que mais a deixava irritada era que tinha gostado do que acabara de acontecer. Ajeitou-se melhor na poltrona tentando afastar os pensamentos que a atormentavam. Sentiu a poltrona ao seu lado afundar, ele estava de volta. Parecia estar bebendo alguma coisa, sentia-se mais tranquila agora. Ultimamente sentia-se segura com ele por perto. Mas isso tinha de acabar, era apenas por conveniência o casamento e estava fadado a acabar dali a um ano e meio.
Lua pulou. Olhou para trás e Arthur estava arrumado.
- Onde?
- Embora, o vôo sai daqui a duas horas e temos que estar lá antes... te procurei por todo canto, onde esteve?
- No estribo... – disse ela sorrindo – fui olhar os cavalos...
- Eu estava suspeitando que você estaria ali, estava indo para lá... – disse ele mirando-a – você está bem?
- Por que a pergunta?
- Está pálida...
- Impressão sua Arthur... estou bem... – disse ela colocando os óculos de sol novamente. – nunca estive melhor...
- Pois bem, vamos... as suas coisas já estão no carro... você vai assim?
- Por que!? – disse ela olhando a própria roupa – esta feio?
- Não, mas se você quisesse trocar teria de tirar sua mala novamente do carro...
- Não vou querer me trocar... estou bem assim... – disse ela.
Ele caminhou a sua frente, parecia preocupado com alguma coisa. Seu fisionomia estava tensa, era perceptível para Lua, em apenas uma semana conseguia distinguir algumas características dele. Ele pisava fundo, algo tinha acontecido enquanto ela estava caminhando pela propriedade.
Sentaram-se no carro. Lua permaneceu calada, não tinha o direito de se intrometer na vida dele. Mesmo porque eram casados apenas no papel e mais nada. Ela continuou a mirar a paisagem que passava rapidamente perante seus olhos. Chegaram rapidamente no aeroporto.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Lua sentando-se na poltrona.
- Não... não aconteceu nada.
- Não é o que parece... – disse Lua num murmúrio – você está sério...
- Voltar para o Brasil faz isso comigo... – disse ele sem emoção.
- Percebo... – ela respirou fundo, o conto de fadas estava terminando. – Não vi nenhum fotografo atrás de nós.
- Mas tinham – falou seco – e não eram poucos... é sempre assim...
Arthur percebeu que ela calou-se e não disse mais nada. Uma ideia passava em sua cabeça incansavelmente, não acreditava que Lua fosse concordar. Não custava nada tentar. Sorriu.
O avião decolou, Arthur sentiu o nervosismo de Lua enquanto ela segurava sua mão firmemente.
- Isso sempre me deixa nervosa... – disse ela respirando rapidamente.
- Dá para perceber! – disse ele sorrindo, tentando mexer os dedos – Os meus dedos também estão percebendo...
- Ah... me desculpe! – disse ela soltando. – eu não gosto muito disso...
- É melhor você se acostumar... vamos viajar muito esse ano ainda... – disse ele.
- Você está falando sério? – perguntou ela agarrando a poltrona.
- Estou, temos duas viagens até o final do ano... relaxa Lua, a decolagem já acabou...
- É verdade... – ela soltou o cinto de segurança – para onde nós vamos?
- Itália e Inglaterra. – disse ele – Mas não quero pensar em trabalho agora, tenho outra coisa em mente...
- Dormir?!
- Não... – ele levantou-se e estendeu a mão para ela. – Vêm comigo?
- Onde vamos?
- Isso eu não posso te contar, mas você não vai se arrepender... – ele sorriu.
Ela tremeu. Não era muito chegada a surpresas, principalmente quando não sabia ao certo o objetivo da outra pessoa. Arthur caminhava para o fundo do avião, segurava a mão de Lua firmemente. Inconscientemente ela sabia onde eles estavam indo, mas preferia pensar que não. Ele não poderia estar pensando naquilo. Entraram no minúsculo banheiro do avião.
A respiração de Lua estava acelerada, estavam com os corpos colados pelo espaço ínfimo.
- Você...
Lua tentou falar, mas já era tarde demais. Arthur já tinha reclamado sua boca possessivamente.
- Vão nos pegar... – disse ela afobada.
- Não vão... confie... ninguém vai nos pegar... – disse ele beijando o pescoço dela. – Esquece eles Lua, voltamos para o nosso mundo ainda hoje...
Ela suspirou, voltariam a ser tudo como antes. As brigas e as respostas atravessadas como sempre. Talvez melhorasse depois dessa semana de convivência. Mas o futuro como sempre era totalmente incerto para ambos.
O espaço era irrisório. Mal dava para ficar um ali dentro quanto mais dois. Estavam apertados um contra o outro. Arthur a puxou ainda mais para perto. E Lua pode sentir o quanto Arthur estava excitado com tudo aquilo. Se beijaram com ardor e selvageria. A calça de Arthur fora tirada junto com a cueca por um Lua que não raciocinava direito. As marcas vermelhas no pescoço haviam começado a aparecer. A saia dela foi parar no mesmo lugar em que a calça de Arthur se encontrava junto com a calcinha dela. Estavam nus na parte debaixo e era isso que interessava. A colocou sobre a pia e ali mesmo a penetrou arrancando gemidos de Lua. Ela enlaçou as pernas pela cintura dele de modo que ele pudesse a segurar melhor. Os prazer era tão intenso para ambos que chegava a ser insuportável. Estavam cansados, suados. Mas Lua queria mais e Arthur podia notar no olhar da mulher que estava enlaçada em sua cintura gemendo em seu ouvido o deixando ainda mais excitado.
Lua voltou para sua cadeira desconcertada com o que acabará de fazer. Tinha feito amor com Arthur no banheiro do avião de um modo selvagem e sem pudor. Sentiu-se pior ainda em saber que havia gostado daquela experiência. Pode ver Arthur aproximando-se.
- Está tudo bem Lua?
- Por que não estaria?! – perguntou ela seca – estou cansada... quero dormir.
Arthur percebeu que a trégua já havia acabado. As respostas atravessadas e a ironia iriam recomeçar. Não podia se queixar, ela havia cumprido o que prometerá. Sentiu culpado por um momento, tinha percebido a relutância de Lua no banheiro, mas mesmo assim a forçara a fazer o que ele queria. Ela agora dormia ao seu lado, ou fingia. Arthur passou as mãos pelo rosto, sentiu nojo de si mesmo. Não se importou com a opinião dela, a única coisa que ele queria era satisfazer sua fantasia, tinha ficado cego pelo desejo e nem percebera a relutância dela perante a situação. Ele levantou-se a procura de algo para beber.
Lua sentiu que ele levantava-se, esperou que ele saísse de perto. Levantou-se e ajeitou a cadeira, deitando-a. Fechou os olhos, mas o sono não vinha de maneira alguma, ainda estava com adrenalina no corpo pelo que tinha acabado de ocorrer. Não culpava ele, pois tinha permitido que ele fosse em frente, mesmo que ela tivesse pedido para parar, duvidava que Arthur fosse escutar. A vergonha tomava conta dela, estava perdendo a vergonha e o pudor de seus atos. O que mais a deixava irritada era que tinha gostado do que acabara de acontecer. Ajeitou-se melhor na poltrona tentando afastar os pensamentos que a atormentavam. Sentiu a poltrona ao seu lado afundar, ele estava de volta. Parecia estar bebendo alguma coisa, sentia-se mais tranquila agora. Ultimamente sentia-se segura com ele por perto. Mas isso tinha de acabar, era apenas por conveniência o casamento e estava fadado a acabar dali a um ano e meio.
- Chegamos... – disse Arthur com as mãos no
ombro de Lua.
Lua estava sonolenta. Levantou-se com dificuldade, o sono teimava em fazer com que seus olhos fechassem involuntariamente. Desceu as escadas que a levavam para terra firme concentrando-se o máximo que conseguia. Qualquer descuido iria cair.
O carro já os esperavam na frente do avião. Lua sentou-se e adormeceu instantaneamente. Arthur a mirou enquanto ela dormia. Tirou uma mecha que teimava em cair no rosto dela. Ajeitou-a melhor no carro, de modo que não ficasse dormindo de mal jeito. Ele olhou o céu do lado de fora, estava num azul profundo. As únicas coisas que o iluminavam eram as estrelas e a lua. Seu apartamento ficava um pouco afastado do centro da cidade, estava morando ali enquanto a casa que tinha comprado não ficava pronta. Arthur sentiu-se aliviado quando entraram pela garagem do prédio. Lua continuava a dormir profundamente. Ele chamou o elevador, foi até o carro e pegou-a no colo. Ele não soube exatamente como, mas entrara em casa sem o auxilio de ninguém e a colocará na cama.
O dia amanheceu e com ele Lua acordou assustada sem saber onde estava. A única coisa que percebeu que Arthur dormia profundamente ao seu lado. Conseguiu distinguir algumas coisas. Estavam provavelmente do apartamento dele, ainda não conhecia o lugar. Avaliou rapidamente o quarto. Era amplo e bem mobiliado, ao seu lado direito estava uma porta, provavelmente a do banheiro. Olhou o relógio no criado-mudo ao seu lado. Tinha que se apressar, entraria no trabalho dali apenas a duas horas. As malas estavam ao pé da cama, vasculhou-a e pegou um belo conjunto que havia comprado em Paris. Tomou um banho rápido.
O apartamento era enorme, eram dois andares. Lua desceu a passos inseguros, não sabia onde estava indo.
- Você deve ser Lua Blanco... – disse uma senhora ao pé da escada.
- Sou eu mesma...
- Sou Germana, governanta da casa.
- Olá... – respondeu Lua sem jeito.
- Não fique assim querida. Venha que eu te mostrarei onde fica a mesa do café.
Lua agradeceu intimamente por ela ter aparecido ali. Ela tomou um café rápido. A mesa estava repleta de bolos, pães, sucos.
- O chofer está esperando para leva-la para o trabalho. – disse Germana.
- Ah... eu... que bom. – disse Lua pensando – estou super atrasada.
- Percebe-se, a senhora nem tomou o café direito.
- Por favor, chame-me apenas de Lua. – disse Lua levantando-se. – tomar café!? Não gosto de comer de manhã... – sorriu – principalmente quando estou atrasada...
- Claro que sim... vou lhe mostrar onde o Mauricio a esperará todos os dias...
- Muito obrigado... – disse Lua apressada. – não precisa me levar, apenas me diga como eu chego...
- Não, faço questão. – disse a senhora amavelmente.
Germana levou Lua e apresentou-a a Mauricio. Em poucos instantes estavam a caminho da empresa. Arthur morava um pouco afastado do centro da cidade, era um condômino afastado e de segurança máxima. Ela detestava pensar que não poderia mais pegar um ônibus e fazer o que quisesse da sua vida. Ela olhava o relógio impaciente, não era por ser agora esposa do chefe que chegaria atrasada. Nunca daria esse gosto a Arthur, trabalharia como antes.
Entrou pelo elevador particular de Arthur, sabia que se alguém dissesse a ele que estava entrando pela porta principal iria escutar um sermão dele. E não estava disposta a brigar, apesar de saber que isso seria uma rotina. A sala dele estava arrumada como sempre, passou pela secretária que a olhou com um desgosto aparente.
- Bom dia. – falou Lua formalmente.
- Bom dia Sra. Aguiar – respondeu Odete seca. – espero que tenham feito uma ótima viagem.
- Para falar a verdade foi excelente. – respondeu Lua saindo rapidamente.
Ela entrou no elevador, apertou seu andar. A luz de sua sala já estava acesa. Entrou e Mel já encontrava-se sentada em sua mesa trabalhando distraidamente.
- Posso atrapalhar? – perguntou Lua aproximando.
Mel levantou o rosto e sorriu. Abraçou a amiga forte.
- Me conte tudo Lua... – começou ela – como é Paris?
- É maravilhosa Mel...
- Com aquele homem do lado fica melhor ainda né?!
- Pois é... trouxe um monte de coisas de la... – disse Lua pegando a bolsa. – Espero que você goste.
- Você não precisava ter trazido nada Lu... tinha que ter aproveitado a cidade e não ficar lembrando de comprar coisas para mim...
- Eu não vou nem responder Mel... não mesmo... – disse Lua tirando três pacotes da bolsa. – espero que você goste. Não é muita coisa, é mais uma lembrança...
- Ai Lu... brigado...
- Licença?!
Lua e Mel viraram-se para porta e encontraram Odete parada olhando-as. Tinha uma arrogância implantada em seu rosto. Mel fechou a cara para a secretária, não gostava nem um pouco dela. Era arrogante e prepotente. Lua suspirou, certamente ela trazia algum recado de Arthur.
- O que aconteceu Odete? – perguntou Lua diretamente.
- O Sr. Aguiar pediu para eu lhe avisar que não poderá almoçar com a senhora essa tarde.
- Sem nenhum problema. Diga a ele que almoçarei fora então. – disse Lua fria. – e diga que não voltarei para casa com ele... que irei mais tarde.
- Sim senhora. – disse Odete saindo.
Lua sentou-se na cadeira da mesa de Mel. Fez uma negação de desprezo com a cabeça.
- Eu não gosto dela... – disse Mel – ela é arrogante, parece estar sempre tramando alguma coisa. Quando vocês viajaram ela se achou no direito de dar ordens. Você precisava ter visto. Chegou a me mandar calar a boca... – disse Mel colocando o bibelô que ganhara de Lua na mesa. – Ela vinha todo o momento aqui para me encher o saco...
- Eu não acredito que ela fez isso... eu vou falar com o Arthur...
- Não Lu, não quero que você fale com ele por isso. Vocês voltaram, acho que agora as coisas vão se normalizar por aqui...
- Eu vou falar com ele sim... não era o Chay que tinha que tomar conta?!
- Sim, e ele estava tomando, mas ela fazia as coisas por trás dele. Ela me disse uma coisa que supostamente ele tinha me mandado fazer. Fui falar com ele... e era mentira! Ele não tinha mandado fazer nada.
- Ele disse isso ao Arthur? – perguntou Lua.
- Eu não sei, mas disse que falaria...
- Como vocês estão?
- Juntos... – disse Mel rindo. – estamos juntos... eu estou morando com ele.
- Não acredito! – disse Lua sorrindo – tudo isso aconteceu essa semana que eu não estava?
- Claro que não... a parte de eu ir morar com ele sim, mas de estarmos juntos já faz um mês... quer dizer... oficialmente estamos juntos a uma semana...
- E você nem para me contar não é!?
- Não é assim também né Lu, nós não queríamos espalhar... e alem do que você estava em Paris lembra-se!?
- Nem vêm com isso... sou sua amiga poxa... – disse Lua olhando Mel cheirar o perfume que ela lhe tinha trazido – noticias da Sophia?
- Ela ligou e disse que semana que vem está de volta...
Lua estava sonolenta. Levantou-se com dificuldade, o sono teimava em fazer com que seus olhos fechassem involuntariamente. Desceu as escadas que a levavam para terra firme concentrando-se o máximo que conseguia. Qualquer descuido iria cair.
O carro já os esperavam na frente do avião. Lua sentou-se e adormeceu instantaneamente. Arthur a mirou enquanto ela dormia. Tirou uma mecha que teimava em cair no rosto dela. Ajeitou-a melhor no carro, de modo que não ficasse dormindo de mal jeito. Ele olhou o céu do lado de fora, estava num azul profundo. As únicas coisas que o iluminavam eram as estrelas e a lua. Seu apartamento ficava um pouco afastado do centro da cidade, estava morando ali enquanto a casa que tinha comprado não ficava pronta. Arthur sentiu-se aliviado quando entraram pela garagem do prédio. Lua continuava a dormir profundamente. Ele chamou o elevador, foi até o carro e pegou-a no colo. Ele não soube exatamente como, mas entrara em casa sem o auxilio de ninguém e a colocará na cama.
O dia amanheceu e com ele Lua acordou assustada sem saber onde estava. A única coisa que percebeu que Arthur dormia profundamente ao seu lado. Conseguiu distinguir algumas coisas. Estavam provavelmente do apartamento dele, ainda não conhecia o lugar. Avaliou rapidamente o quarto. Era amplo e bem mobiliado, ao seu lado direito estava uma porta, provavelmente a do banheiro. Olhou o relógio no criado-mudo ao seu lado. Tinha que se apressar, entraria no trabalho dali apenas a duas horas. As malas estavam ao pé da cama, vasculhou-a e pegou um belo conjunto que havia comprado em Paris. Tomou um banho rápido.
O apartamento era enorme, eram dois andares. Lua desceu a passos inseguros, não sabia onde estava indo.
- Você deve ser Lua Blanco... – disse uma senhora ao pé da escada.
- Sou eu mesma...
- Sou Germana, governanta da casa.
- Olá... – respondeu Lua sem jeito.
- Não fique assim querida. Venha que eu te mostrarei onde fica a mesa do café.
Lua agradeceu intimamente por ela ter aparecido ali. Ela tomou um café rápido. A mesa estava repleta de bolos, pães, sucos.
- O chofer está esperando para leva-la para o trabalho. – disse Germana.
- Ah... eu... que bom. – disse Lua pensando – estou super atrasada.
- Percebe-se, a senhora nem tomou o café direito.
- Por favor, chame-me apenas de Lua. – disse Lua levantando-se. – tomar café!? Não gosto de comer de manhã... – sorriu – principalmente quando estou atrasada...
- Claro que sim... vou lhe mostrar onde o Mauricio a esperará todos os dias...
- Muito obrigado... – disse Lua apressada. – não precisa me levar, apenas me diga como eu chego...
- Não, faço questão. – disse a senhora amavelmente.
Germana levou Lua e apresentou-a a Mauricio. Em poucos instantes estavam a caminho da empresa. Arthur morava um pouco afastado do centro da cidade, era um condômino afastado e de segurança máxima. Ela detestava pensar que não poderia mais pegar um ônibus e fazer o que quisesse da sua vida. Ela olhava o relógio impaciente, não era por ser agora esposa do chefe que chegaria atrasada. Nunca daria esse gosto a Arthur, trabalharia como antes.
Entrou pelo elevador particular de Arthur, sabia que se alguém dissesse a ele que estava entrando pela porta principal iria escutar um sermão dele. E não estava disposta a brigar, apesar de saber que isso seria uma rotina. A sala dele estava arrumada como sempre, passou pela secretária que a olhou com um desgosto aparente.
- Bom dia. – falou Lua formalmente.
- Bom dia Sra. Aguiar – respondeu Odete seca. – espero que tenham feito uma ótima viagem.
- Para falar a verdade foi excelente. – respondeu Lua saindo rapidamente.
Ela entrou no elevador, apertou seu andar. A luz de sua sala já estava acesa. Entrou e Mel já encontrava-se sentada em sua mesa trabalhando distraidamente.
- Posso atrapalhar? – perguntou Lua aproximando.
Mel levantou o rosto e sorriu. Abraçou a amiga forte.
- Me conte tudo Lua... – começou ela – como é Paris?
- É maravilhosa Mel...
- Com aquele homem do lado fica melhor ainda né?!
- Pois é... trouxe um monte de coisas de la... – disse Lua pegando a bolsa. – Espero que você goste.
- Você não precisava ter trazido nada Lu... tinha que ter aproveitado a cidade e não ficar lembrando de comprar coisas para mim...
- Eu não vou nem responder Mel... não mesmo... – disse Lua tirando três pacotes da bolsa. – espero que você goste. Não é muita coisa, é mais uma lembrança...
- Ai Lu... brigado...
- Licença?!
Lua e Mel viraram-se para porta e encontraram Odete parada olhando-as. Tinha uma arrogância implantada em seu rosto. Mel fechou a cara para a secretária, não gostava nem um pouco dela. Era arrogante e prepotente. Lua suspirou, certamente ela trazia algum recado de Arthur.
- O que aconteceu Odete? – perguntou Lua diretamente.
- O Sr. Aguiar pediu para eu lhe avisar que não poderá almoçar com a senhora essa tarde.
- Sem nenhum problema. Diga a ele que almoçarei fora então. – disse Lua fria. – e diga que não voltarei para casa com ele... que irei mais tarde.
- Sim senhora. – disse Odete saindo.
Lua sentou-se na cadeira da mesa de Mel. Fez uma negação de desprezo com a cabeça.
- Eu não gosto dela... – disse Mel – ela é arrogante, parece estar sempre tramando alguma coisa. Quando vocês viajaram ela se achou no direito de dar ordens. Você precisava ter visto. Chegou a me mandar calar a boca... – disse Mel colocando o bibelô que ganhara de Lua na mesa. – Ela vinha todo o momento aqui para me encher o saco...
- Eu não acredito que ela fez isso... eu vou falar com o Arthur...
- Não Lu, não quero que você fale com ele por isso. Vocês voltaram, acho que agora as coisas vão se normalizar por aqui...
- Eu vou falar com ele sim... não era o Chay que tinha que tomar conta?!
- Sim, e ele estava tomando, mas ela fazia as coisas por trás dele. Ela me disse uma coisa que supostamente ele tinha me mandado fazer. Fui falar com ele... e era mentira! Ele não tinha mandado fazer nada.
- Ele disse isso ao Arthur? – perguntou Lua.
- Eu não sei, mas disse que falaria...
- Como vocês estão?
- Juntos... – disse Mel rindo. – estamos juntos... eu estou morando com ele.
- Não acredito! – disse Lua sorrindo – tudo isso aconteceu essa semana que eu não estava?
- Claro que não... a parte de eu ir morar com ele sim, mas de estarmos juntos já faz um mês... quer dizer... oficialmente estamos juntos a uma semana...
- E você nem para me contar não é!?
- Não é assim também né Lu, nós não queríamos espalhar... e alem do que você estava em Paris lembra-se!?
- Nem vêm com isso... sou sua amiga poxa... – disse Lua olhando Mel cheirar o perfume que ela lhe tinha trazido – noticias da Sophia?
- Ela ligou e disse que semana que vem está de volta...
Capítulo : 27
Arthur estava em seu escritório trabalhando
com o planejamento das joias da próxima coleção. Ele e Lua tinham visto muitas
tendências em Paris, e ele planejava as trazer para a próxima coleção. Seria
uma mudança arriscada, mas necessária. O telefone tocou.
- Pois não Odete.
- Ligação para o Sr. Na linha dois.
- Obrigado. – disse ele.
Ele transferiu a ligação.
- Alô?!
- Ola querido...
- Sol!? – perguntou ele ajeitando-se melhor na cadeira. – Onde você está?
- Sou eu mesmo Arthur. Onde estou não posso lhe dizer... liguei para perguntar como está o seu casamento?
- Está bem... bom dentro do planejado...
- Quem bom querido... e o bebe!?
- Que bebe?! – perguntou ele.
- Já está a caminho? – perguntou Sol um pouco nervosa.
- Não sei ainda... se depender de mim está a caminho sim... por que a pergunta?
- O seu tempo está passando... lembra-se disso?
- Claro que sim... me lembro perfeitamente. Isso me persegue o tempo inteiro, não tenho como esquecer... quando você voltará?
- Ainda não sei, mas não ira demorar... voltarei assim que puder... – disse ela – tenho que desligar agora.
- Está bem...
- Antes de desligar... procure Carla...
- Para que? – perguntou surpreso
- Procure ela assim que puder, mas mantenha isso em sigilo absoluto.
0
A linha ficou muda. Arthur colocou o telefone no gancho. Procurar Carla?! Isso não estava em seus planos, ela era sua ex-noiva, não queria desrespeitar Lua apesar de tudo. Seria arriscado encontrá-la. Ele pensou por instantes e decidiu que iria encontrá-la na semana seguinte.
Bateram em sua porta.
- Entre.
Gabriela apareceu entrando na sala. Ela o olhava de forma indiferente. Já não parecia mais aquela moça que tinha contratado para descobrir tudo da vida de Lua Blanco. Ela estava diferente, tinha um ar mais sereno e mais simples.
- O que você quer? – perguntou ele diretamente.
- Descobri duas coisas que talvez lhe sejam de seu interesse...
- Você disse que não iria trabalhar mais para mim...
- Realmente não vou, mas eu quero te dizer somente duas coisas...
- Fale logo Gabriela. – disse ele impaciente – Não tenho muito tempo!
- Eu sei... você nunca o tem, mas é importante. A Dulce Maria já foi noiva...
- Como!?
- Isso mesmo... o noivo dela morreu... como eu ainda não sei...
- Você pode descobrir para mim? – perguntou ele rapidamente.
- Acho que sim... não sei. A mãe dela não quis me dizer, mas eu faço com que ela me diga... fique tranquilo.
- Por que essa mudança repentina?
- Porque... por nada...
- Pois não Odete.
- Ligação para o Sr. Na linha dois.
- Obrigado. – disse ele.
Ele transferiu a ligação.
- Alô?!
- Ola querido...
- Sol!? – perguntou ele ajeitando-se melhor na cadeira. – Onde você está?
- Sou eu mesmo Arthur. Onde estou não posso lhe dizer... liguei para perguntar como está o seu casamento?
- Está bem... bom dentro do planejado...
- Quem bom querido... e o bebe!?
- Que bebe?! – perguntou ele.
- Já está a caminho? – perguntou Sol um pouco nervosa.
- Não sei ainda... se depender de mim está a caminho sim... por que a pergunta?
- O seu tempo está passando... lembra-se disso?
- Claro que sim... me lembro perfeitamente. Isso me persegue o tempo inteiro, não tenho como esquecer... quando você voltará?
- Ainda não sei, mas não ira demorar... voltarei assim que puder... – disse ela – tenho que desligar agora.
- Está bem...
- Antes de desligar... procure Carla...
- Para que? – perguntou surpreso
- Procure ela assim que puder, mas mantenha isso em sigilo absoluto.
0
A linha ficou muda. Arthur colocou o telefone no gancho. Procurar Carla?! Isso não estava em seus planos, ela era sua ex-noiva, não queria desrespeitar Lua apesar de tudo. Seria arriscado encontrá-la. Ele pensou por instantes e decidiu que iria encontrá-la na semana seguinte.
Bateram em sua porta.
- Entre.
Gabriela apareceu entrando na sala. Ela o olhava de forma indiferente. Já não parecia mais aquela moça que tinha contratado para descobrir tudo da vida de Lua Blanco. Ela estava diferente, tinha um ar mais sereno e mais simples.
- O que você quer? – perguntou ele diretamente.
- Descobri duas coisas que talvez lhe sejam de seu interesse...
- Você disse que não iria trabalhar mais para mim...
- Realmente não vou, mas eu quero te dizer somente duas coisas...
- Fale logo Gabriela. – disse ele impaciente – Não tenho muito tempo!
- Eu sei... você nunca o tem, mas é importante. A Dulce Maria já foi noiva...
- Como!?
- Isso mesmo... o noivo dela morreu... como eu ainda não sei...
- Você pode descobrir para mim? – perguntou ele rapidamente.
- Acho que sim... não sei. A mãe dela não quis me dizer, mas eu faço com que ela me diga... fique tranquilo.
- Por que essa mudança repentina?
- Porque... por nada...
_______________________________________________________________________________________
Lua estava a porta da casa de sua mãe. Bateu
na porta uma única vez e escutou o barulho dela se destrancando.
- Lua! – disse Claudia sorrindo
- Que saudades mãe... – disse Lua abaixando-se e abraçando a mãe.
- Quando você chegou? – perguntou Claudia dando – entra filha... sente que você vai me contar tudo...
- Claro que vou mamãe... – disse Lua entrando.
Tudo estava igual, mas parecia que tinha saído daquela casa havia anos. Sentia falta daquilo. De ter sua mãe por perto principalmente. Foram para sala, Lua jogou-se no sofá.
- Como é Paris filha? – perguntou Claudia animada.
- É maravilhosa mamãe... do jeito que eu sonhava... é encantadora!
- E como está o Arthur?
- Está bem, trabalhando. – disse Lua sorrindo forçadamente. – ele disse que viria falar com a senhora esses dias...
- Espero que venha mesmo... mas me conte tudo... vocês ficaram onde?
- Na casa dele...
- Como assim na casa dele? – perguntou Claudia assustada – Não ficaram em um hotel?
- Não mãe... ficamos na casa dele, que é muito melhor do que qualquer hotel... pode acreditar! É um palacete maravilhoso, com cavalos, plantações...
- Você está falando sério filha?
- Claro que sim mãe... fica um pouco afastado de Paris. É um dos lugares mais lindos que eu já vi na minha vida
- Mas e o casamento, como anda?
- Está ótimo – respondeu ela de modo automático – ele é maravilhoso.
- Que bom que você o ama Lua... – disse Claudia contente – essa semana vieram pegar as suas roupas para levar para casa dele...
- Ah foi é!? – perguntou ela surpresa.
- Foi filha. Levaram todas as suas roupas... onde vocês estão morando?
- Não muito longe... essa semana a sra. quer ir conhecer?
- Claro que sim... Mariana vai adorar sair um pouco mais do que alem desses quarteirões que rodeiam a casa... – Claudia sorriu.
- Ela ainda está morando aqui? – perguntou Lua desconfiada.
- Está filha – confirmou – Mariana está me fazendo muita companhia... está trabalhando...
- Com o que? – perguntou Lua imediatamente.
- Estamos fazendo bombons, pão-de-mel... essas coisas e ela está vendendo...
Lua ficou olhando atentamente para cada detalhe da casa. Nada havia mudado, apenas tinham novas fotos na estante. As do seu casamento. Seu conto de fadas de mentira. Agora percebeu muitas embalagens e pequenas caixinhas.
- Está dando dinheiro os bombons mãe?
- Dá para ajudar Lua... a pensão que ficou do seu pai não é muito grande e com a venda dos bombons entra mais dinheiro...
- Que bom mãe... se precisar de ajuda...
- Não Lua, de maneira alguma filha! – disse Claudia – Você está trabalhando muito já... além do que esta casada.
- E o que tem isso haver mamãe?
- Oras Lua... você tem que se preocupar com o seu casamento... deixa que os bombons eu me viro sim!?
- Está bem... se a senhora quer assim. – disse Lua sorrindo – acho que vou levar uns desse para o escritório... assim eu ajudarei a vender...
Lua ficou ali arrumando alguns bombons e pães de mel para levar para o escritório. Chegou na empresa em cima da hora. Correu até seu escritório. Estava vazio. Mel não se encontrava na mesa, estava tudo escuro. Acendeu as luzes, sentou-se em sua mesa. Sophia fazia falta ali.
- Pensando em que Lua? – perguntou Mel aproximando-se – o que é isso aqui?
- São bombons e pão de mel que minha mãe está fazendo. To vendendo... você quer?
- Quero...
Mel pegou alguns bombons e pães de mel.
- Algum novo projeto? – perguntou Lua.
- Nenhum... – disse Mel – Antes que eu me esqueça... o Arthur está te procurando... já ligou para cá umas quatro vezes.
- Ah... vou ligar para ele.
- Ele quer que você vá na sala dele.
- Agora?!
- Parece que sim... eu não sei. Ele disse para eu te avisar que assim que você chegasse era para você subir na sala dele.
Lua levantou-se e dirigiu-se a sala de Arthur. O pior não era ter que vê-lo e sim ver a secretária. Parecia que ela faria de tudo que para que seu casamento acabasse antes do tempo previsto. Pela primeira vez pensou na hipótese de que ela fosse apaixonada por ele. Passou por ela sem a cumprimentar.
Não havia ninguém na sala. Olhou por cima da mesa de Arthur e encontrou um bilhete.
“Lua,
Tive um compromisso... terei que sair.
Não sei a hora que irei voltar, por isso não me espere para ir embora. “
Lua riu, não iria espera-lo de maneira alguma. Aquilo certamente tinha sido escrito apenas para irritá-la. Pelo pouco que já conhecia de Arthur, essa era uma atitude própria dele.
’’Espero que não tenho esquecido que tem uma reunião está tarde.
Terá que ir apenas você e Mel,
Provavelmente não conseguirei chegar a tempo.
Mas te encontrarei em casa para o jantar.
Não durma antes de eu chegar.
Tenho noticias para você.
Arthur.’’
- Lua! – disse Claudia sorrindo
- Que saudades mãe... – disse Lua abaixando-se e abraçando a mãe.
- Quando você chegou? – perguntou Claudia dando – entra filha... sente que você vai me contar tudo...
- Claro que vou mamãe... – disse Lua entrando.
Tudo estava igual, mas parecia que tinha saído daquela casa havia anos. Sentia falta daquilo. De ter sua mãe por perto principalmente. Foram para sala, Lua jogou-se no sofá.
- Como é Paris filha? – perguntou Claudia animada.
- É maravilhosa mamãe... do jeito que eu sonhava... é encantadora!
- E como está o Arthur?
- Está bem, trabalhando. – disse Lua sorrindo forçadamente. – ele disse que viria falar com a senhora esses dias...
- Espero que venha mesmo... mas me conte tudo... vocês ficaram onde?
- Na casa dele...
- Como assim na casa dele? – perguntou Claudia assustada – Não ficaram em um hotel?
- Não mãe... ficamos na casa dele, que é muito melhor do que qualquer hotel... pode acreditar! É um palacete maravilhoso, com cavalos, plantações...
- Você está falando sério filha?
- Claro que sim mãe... fica um pouco afastado de Paris. É um dos lugares mais lindos que eu já vi na minha vida
- Mas e o casamento, como anda?
- Está ótimo – respondeu ela de modo automático – ele é maravilhoso.
- Que bom que você o ama Lua... – disse Claudia contente – essa semana vieram pegar as suas roupas para levar para casa dele...
- Ah foi é!? – perguntou ela surpresa.
- Foi filha. Levaram todas as suas roupas... onde vocês estão morando?
- Não muito longe... essa semana a sra. quer ir conhecer?
- Claro que sim... Mariana vai adorar sair um pouco mais do que alem desses quarteirões que rodeiam a casa... – Claudia sorriu.
- Ela ainda está morando aqui? – perguntou Lua desconfiada.
- Está filha – confirmou – Mariana está me fazendo muita companhia... está trabalhando...
- Com o que? – perguntou Lua imediatamente.
- Estamos fazendo bombons, pão-de-mel... essas coisas e ela está vendendo...
Lua ficou olhando atentamente para cada detalhe da casa. Nada havia mudado, apenas tinham novas fotos na estante. As do seu casamento. Seu conto de fadas de mentira. Agora percebeu muitas embalagens e pequenas caixinhas.
- Está dando dinheiro os bombons mãe?
- Dá para ajudar Lua... a pensão que ficou do seu pai não é muito grande e com a venda dos bombons entra mais dinheiro...
- Que bom mãe... se precisar de ajuda...
- Não Lua, de maneira alguma filha! – disse Claudia – Você está trabalhando muito já... além do que esta casada.
- E o que tem isso haver mamãe?
- Oras Lua... você tem que se preocupar com o seu casamento... deixa que os bombons eu me viro sim!?
- Está bem... se a senhora quer assim. – disse Lua sorrindo – acho que vou levar uns desse para o escritório... assim eu ajudarei a vender...
Lua ficou ali arrumando alguns bombons e pães de mel para levar para o escritório. Chegou na empresa em cima da hora. Correu até seu escritório. Estava vazio. Mel não se encontrava na mesa, estava tudo escuro. Acendeu as luzes, sentou-se em sua mesa. Sophia fazia falta ali.
- Pensando em que Lua? – perguntou Mel aproximando-se – o que é isso aqui?
- São bombons e pão de mel que minha mãe está fazendo. To vendendo... você quer?
- Quero...
Mel pegou alguns bombons e pães de mel.
- Algum novo projeto? – perguntou Lua.
- Nenhum... – disse Mel – Antes que eu me esqueça... o Arthur está te procurando... já ligou para cá umas quatro vezes.
- Ah... vou ligar para ele.
- Ele quer que você vá na sala dele.
- Agora?!
- Parece que sim... eu não sei. Ele disse para eu te avisar que assim que você chegasse era para você subir na sala dele.
Lua levantou-se e dirigiu-se a sala de Arthur. O pior não era ter que vê-lo e sim ver a secretária. Parecia que ela faria de tudo que para que seu casamento acabasse antes do tempo previsto. Pela primeira vez pensou na hipótese de que ela fosse apaixonada por ele. Passou por ela sem a cumprimentar.
Não havia ninguém na sala. Olhou por cima da mesa de Arthur e encontrou um bilhete.
“Lua,
Tive um compromisso... terei que sair.
Não sei a hora que irei voltar, por isso não me espere para ir embora. “
Lua riu, não iria espera-lo de maneira alguma. Aquilo certamente tinha sido escrito apenas para irritá-la. Pelo pouco que já conhecia de Arthur, essa era uma atitude própria dele.
’’Espero que não tenho esquecido que tem uma reunião está tarde.
Terá que ir apenas você e Mel,
Provavelmente não conseguirei chegar a tempo.
Mas te encontrarei em casa para o jantar.
Não durma antes de eu chegar.
Tenho noticias para você.
Arthur.’’
Lua chegou em casa cansada. Tinha os pés doloridos por ter passado o restante da tarde em cima do salto expondo suas criações que havia feito até antes de sua partida para a lua de mel. Arthur não havia ido a reunião.
- Lua... – falou Germana vindo em sua direção – está tudo bem?
- Estou sim Germana... estou bem. Um pouco cansada... cadê o Arthur?
- Ele ainda não chegou... já quer jantar?
- Vou esperar o Arthur... ele ligou?
- Não Lua.
- Vou para o quarto tomar um banho... se ele chegar avise-o que estou no banheiro.
- Está bem... eu o avisarei. – disse Germana.
Lua subiu as escadas lentamente. Seus pés latejavam. Tirou as sandálias e as colocou no closet. Pegou uma roupa confortável e entrou no banheiro. Queria tomar um banho longo, dormir ali se fosse possível. Sentiu-se tonta, cambaleou.
Continua.. Estão Gostando ? Quero Comentários ?? se Tiver mais de 15 Comentários posto mais 2 Capitulos amanha!

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ResponderExcluirPosta maaaaais
ResponderExcluirPosta +++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirposta amorzinho!
ResponderExcluirPosta maaaaaais Naiara
ResponderExcluirposta mais
ResponderExcluirhaaaa pefeita posta +++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluir...........
ResponderExcluir:)
ResponderExcluir+++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluir+++++++++++++++
ResponderExcluir+
ResponderExcluir.+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirmaizzzzzzzzzzzzz
ResponderExcluir===================
ResponderExcluir´´´´´´´´´´´´´´
ResponderExcluirPosta mais ta demorando muito...
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