6 de set. de 2012

Barriga de aluguel


Capítulo : 41 e Capítulo : 42



Lua tirou toda a maquiagem, tomou um banho rápido. Sentada em sua
penteadeira encovando o cabelo, pensava no ocorrido de instantes atrás.
Tinha ficado irritada com a atitude de Arthur, mas sabia que não
poderia esperar nada menos que aquilo dele. Prendeu os cabelos e
sentou-se na cama.

- Hey bebe da mamãe... – disse Lua alisando o ventre – sabia que eu já te amo muito. E seu papai também. Eu sei que você sente falta dele, mas prometo que isso um dia vai passar. Eu gosto muito do seu pai... eu o amo de verdade. – ela sorriu, havia admitido isso pela primeira vez – mas esse é o nosso segredo. Os adultos são tão complicados pequenininho. Não vejo a hora de poder te sentir ai de dentro bebe.

Lua ajeitou-se na cama, arrumou o travesseiro
de modo que parecesse que alguém dormia ao seu lado. Como gostaria se
estar no quarto ao lado abraçada a Arthur. Desde que chegará
naquela casa novamente pensava nisso com frequência.

Arthur
ainda lutava para dormir. Sentou-se na cama, olhou para o quarto vazio.
Não tinham uma roupa se quer de Lua ali. Sentia falta dos perfumes
dela em cima da prateleira que agora estava vazia. Deitou-se novamente
de barriga para cima, olhava o teto branco e sem graça. Sua cabeça
girava pelos momentos que Lua estivera em seus braços, estava quase
dormindo quando um berro entrou por seus ouvidos.
Lua estava sentada na cama chorando quando Arthur entrou correndo pelo quarto. Correu até ela e sentou-se ao seu lado.

- O que aconteceu Lua? – perguntou ele a olhando.
- Me abraça Arthur... por favor.

Arthur a abraçou e percebeu que ela se ajeitava em seus braços. Lua tremia em meio aos braços do marido.

- O que aconteceu? – perguntou ele novamente.
- Tive um pesadelo... eu perdia o bebe Arthur... foi horrível. – disse ela soluçando.
- Isso não vai acontecer... o nosso bebe ta bem. – disse ele a abraçando
com mais força. – ele está dentro de você e está bem. Não ira acontecer
nada com ele, te prometo está bem!?
- Como você pode ter tanta certeza? – perguntou mirando-o
- Eu não sei, mas nada irá acontecer com o nosso bebe.

Lua tinha acalmado-se, estava mais tranquila e já não chorava mais. Arthur passou as mãos pelos cabelos da esposa.

- Eu vou para o meu quarto. – disse ele levantando-se.
Lua o olhou afastar-se.

- Não vai Arthur... não me deixa aqui sozinha por favor.

Ele a olhou por longos segundos, aproximou-se da cama e a pegou no colo.

- O que você está fazendo?
- Estou te levando de volta para o nosso quarto! Ou você quer ficar aqui?
- Não... eu quero ir para o nosso quarto. – disse ela sonolenta. – eu estou com tanto sono.
- Volte a dormir. – disse ele abrindo a porta com os pés.

Germana estava quase na porta do quarto quando Arthur saiu com Lua nos braços. a senhora o olhou sem entender nada.

- Onde você estava levando-a Arthur?
-
Ele está me levando para o nosso quarto. – respondeu Lua
sonolentamente. - O que aconteceu? Escutei um grito e vim o mais rápido
que eu pude.
- Não aconteceu nada Germana. – respondeu Arthur
– Lua teve apenas um pesadelo e mais nada. Pode ir dormir sossegada
que ficaremos bem.
- Tem certeza?
- Absoluta.
- Qualquer coisa é só me chamar... – disse a senhora olhando Lua aninhada nos braços de Arthur.
- Pode deixar... mas pode dormir sossegada.

Arthur entrou com Lua no quarto e a colocou gentilmente na cama. Ela ajeitou-se na cama.

- Você não vai deitar? – perguntou ela olhando Arthur sentando na cadeira.
- Vou... vou daqui a pouco. Pode dormir Lua.
- Por favor... – disse ela quase implorando. – deita aqui. 
Arthur
olhou nos olhos de Lua e viu o medo estampado neles. Levantou-se da
cadeira e deitou-se ao lado dela a abraçando. Pela primeira vez em
semanas Lua sentia-se protegida. Arthur e abraçava com tanto
carinho que ela finalmente dormiu. Ainda dormindo ela virou-se ficando
cara a cara com ele, Arthur tirou uma mecha de cabelo que caia
sobre o rosto de Lua e a observou calmamente, como nunca tinha feito.
Seus cabelos Loiros e cacheados combinavam com o rosto angelical que ela
possuía. Ali ao seu lado parecia tão pequena e tão indefesa.

Arthur
lhe deu um beijo carinhoso na testa dela, passando-lhe as mãos pelo
rosto. Seus pensamentos estavam no lugar e agora sabia exatamente o que
sentia por aquela mulher que estava aninhada em seus braços dormindo
tranquilamente. Queria Lua em sua vida para sempre, não apenas por um
pouco mais de um ano. Será que tinha realmente se apaixonado por Lua?
Coçou a cabeça pensativo e olhou para o rosto da esposa novamente. Não
estava somente apaixonado por ela, amava Lua com cada fibra do seu
ser. Abraçou-a novamente.

Lua acordou nauseada, fazia tempo
que não enjoava daquele modo. Levantou-se rapidamente e correu para o
banheiro, vomitando apenas o suco gástrico. Arthur acordou
assustado com o barulho, com as mãos tentou alcançar Lua e constatou
que ela não estava deitada ao seu lado. despertou no mesmo instante.
Bateu na porta do banheiro.

- Posso entrar? – perguntou ele batendo na porta.

Arthur escutou a descarga.

- Pode...

Arthur
entrou no banheiro, Lua estava sentada no chão com a cabeça apoiada
na tampa da privada que estava fechada. Estava totalmente pálida.

- O que aconteceu Lua? – perguntou ele achando se ao lado dela.
- Enjoei... – ela disse o mirando.
- Ainda continua com isso? – perguntou ele preocupado.
-
Faz um tempo que eu não tinha nada, mas o médico falou que é normal até
o 4º mês de gestação... – ela suspirou – eu entrei essa semana...
- Você consegue levantar?

Lua tentou, mas não tinha forças para se erguer do chão.

-
Acho que isso foi um não. – disse ele a pegando no colo.
- Espera
- O que foi?
- Eu quero escovar o dente. – disse ela fazendo cara de nojo.
- E onde ela está?
- No quarto de hospedes.

Arthur foi e rapidamente estava de volta com a escova de dentes de Lua.

- Obrigado.

Lua
escovou os dentes bem para tirar aquele gosto horrível da boca. E um
pouco vacilante foi até o quarto sob protestos de Arthur. Batidas
na porta foram escutadas.

- Pode entrar. – disse Arthur.

Germana apareceu na porta com o telefone sem fio.

-
É para você Lua. – disse Germana tampando o telefone – é do
consultório. Eles querem que você confirme a consulta de hoje a tarde.
- Ah sim... já tinha me esquecido. – disse ela pegando o telefone.
Rapidamente Lua tinha confirmado a consulta. E Arthur a mirava.

- O que foi Arthur? – perguntou Lua desligando o telefone.
- Se eles não tivessem ligado e você atendido aqui é provável que eu nem soubesse não é?!
- Eu... – ela engasgou – eu não iria te falar mesmo se fosse ontem...
- Entendo.
- Mas hoje é diferente. – ela sorriu – eu vou fazer o primeiro ultrassom e se você quiser vir comigo eu vou gostar muito.

Ele a mirou por um instantes sem reação. E finalmente um sorriso se esboçou em seu rosto. Arthur abraçou Lua.

- É claro que eu irei. – disse ele – que horas vai ser?
- 4 horas. Entendo se não puder ir.
-
Eu vou... tenho apenas algumas coisas para resolver na empresa. – disse
pensativo – é melhor você não ir trabalhar, não passou nada bem essa
manhã.
- Eu vou... – disse decidida. – senão eu não recebo o meu salário.
- Está bem então. Nós podemos ir juntos?
- Claro. – sorriu Lua. – temos que chegar meia hora antes lá. Não vai esquecer Arthur, só lhe peço isso.
- Não vou esquecer.
[...]
Lua estava almoçando com Mel e Sophia no restaurante ao lado da empresa.

- Lua... e você e o Arthur? – perguntou Sophia.
- Voltamos... – disse ela.
- Voltaram!? – Mel e Sophia disseram juntas.
-
Sim... na verdade não foi uma coisa dita com palavras sabe!? Ontem a
noite eu tive um pesadelo a acabei gritando e quando eu percebi ele
estava do meu lado me abraçando.
- Ai que lindo! – exclamou Sophia.
- Eai eu acabei indo apenas dormir no quarto dele. – disse Lua. – desde então creio que reatamos.
- Ai Lua isso me deixa tão contente! – disse Mel piscando para a amiga.
- Eu vou fazer o ultra-som hoje e ele vai comigo. – disse Lua. – Você já fez o seu Sophia?
- Já... fiz a uns três dias atrás.
- Já sabe se é menino ou menina? – perguntou Lua
- É mais uma menina! – disse Sophia sorrindo de orelha a orelha.
-
Ai amiga! Parabéns! – Lua abraçou Sophia.
– Vocês nem para me contar
né!? – ela mostrou a língua para Mel
– o que o Micael disse?
-
Você sabe que ele adora meninas. Sempre me disse que não conseguiria
lidar com meninos. Ele ta todo bobo.
- Posso imaginar! – disse Lua.
- O Arthur também está. – disse Sophia.
- Quem te disse isso?
- O Mica. – respondeu Sophia.
- O Chay. – respondeu Mel ao mesmo tempo que Sophia.
- Ele não demonstra muito essas coisas para mim. – disse Lua.
-
Ele é assim mesmo Lua. – falou Sophia – mas Micael e ele conversam
muito. E você precisa ver a felicidade que ele está quando fala da sua
gravidez.
- É... ele está todo empolgado com esse bebe. – disse Lua concluindo – agora falta a Mel ter o dela.
- Vai demorar ! Não estamos planejando um bebe agora... nem casados estamos...
- Isso é uma questão de papel apenas. – disse Sophia rindo.


 Capítulo : 42

Lua esperava Arthur impaciente. Olhou o relógio, ele estava atrasado.

- Você...
- Desculpa Lua. – disse ele – acabei me atrasando. A reunião durou mais do que eu esperava.
- Tudo bem... vamos porque estamos mais do que atrasados. – disse Lua. – ta nervoso Arthur?
- Não... – disse ele.

Em poucos instantes estavam a caminho da clinica.

- Arthur...
- Oi...
- Você quer menino ou menina? – perguntou Lua abaixando o som do carro.
- Eu... nunca parei para pensar.
- Mas se você tivesse que escolher...
- Lua... eu não tenho preferência... – ele a olhou – estou falando sério.

Entraram
na suntuosa clinica. Arthur a tinha escolhido, pois ali era o
lugar com os melhores médicos do país. Sentaram-se na sala de espera,
tinham que aguardar.
- Lua Blanco Aguiar. – chamaram.

Lua levantou-se e Arthur a seguiu. Andaram por um corredor largo e entraram no consultório.

- Lua.
- Olá Dr. Lopes. – disse Lua apertando a mão do médico. – esse é meu marido.
- Muito prazer. – disse Arthur – sou Arthur Aguiar.
- Já ouvi falar muito de você. – disse o médico.

Dr. Lopes era um senhor de meia idade, parecia muito sério e competente no que fazia.
Arthur ficou conversando com o médico enquanto Lua trocava-se no banheiro.

- Eu gostaria de fazer algumas perguntas ao senhor. – disse Arthur.
- Já sei quais são... – disse o médico sorrindo – pode fazê-lo sem nenhum problema.
- Como o senhor sabe!?
- Todos os pais de primeira viajem fazem a mesma pergunta.
- Então não tem problema fazer sexo?!
- Nenhum, mas você terá que ter mais paciência com ela, pois as mudanças
no corpo dela são muito grandes e a quantidade de hormônios também.
- Entendo. – disse Arthur.
- Mas não há problema algum. Pode
ficar tranquilo. A única coisa mesmo é ter paciência com ela como eu já
lhe expliquei... ela ira ficar muito sensível até o final da gravidez e
um período depois que o bebe nascer.
- Obrigado.
- Não há porque me agradecer Arthur.

Lua saiu do banheiro.

- Estou pronta. – disse ela.
- Nervosa? – perguntou Dr. Lopes.
- Um pouco. – respondeu Lua.
- Querem saber o sexo do bebe hoje?
- Sim... – respondeu Lua imediatamente.
- Algum palpite papai? – perguntou o médico a Arthur.

Arthur
assustou-se do modo com que o médico acabará de lhe chamar. Seria pai
dali a alguns meses apenas e não tinha acostumado com isso, na
realidade não tinha parado para pensar que aquele bebe que Lua estava
esperando o chamaria de papai um dia.
- Hein papai?! – perguntou o médico novamente.
- Não... – disse ele fraco.

Lua estava deitada ao lado da cama. Dr. Lopes passou o gel e ligou o pequeno aparelho. Um som alto invadiu a pequena sala.

-
É o coração do filho de vocês. – disse ele passando o transdutor – o
bebe está crescendo perfeitamente Lua, será um bebe grande e
saudável.

Aquilo passando na barriga dela fazia cócegas e era um tanto gelado.

- Bem... – disse o médico olhando para a tela. – parabéns papai... é um menino.

Lua
tinha os olhos mareados e Arthur estava ali parado. Não fazia
nenhum movimento, apenas encarava a tela que mostrava seu filho se
mexendo-se levemente. Ele não tinha palavras para descrever o que
estava sentindo naquele momento. Seus olhos encontraram com os de Lua
e ela estava chorando.

- Lu... – disse ele fraco.

Ele deu um selinho estalado nos lábios dela, passando as mãos pelos cabelos das esposa.

- É o nosso menininho Arthur... – disse ela limpando os olhos. – parabéns papai.

Arthur
estava abobado em ver o filho. No começo de toda a história com Lua
nunca imaginaria que pudesse sentir algo assim ao ver seu filho no
ventre daquela mulher que tinha lhe trazido tantas coisas boas para sua
vida. Tinha jurado que não iria se envolver com ela e nem com o bebe,
mas isso já não mais possível. Estava apaixonado por Lua e tinha
plena consciência disso e já queria essa criança mais do que tudo. Como
um serzinho tão pequeno podia ter tanto poder!? Apesar de saber o que
sentia por Lua, nunca iria admitir isso, não poderia por tudo a
perder e acima de tudo não suportaria colocar a vida dela e de seu
filho em risco. Preferia tê-la longe dele protegida do que perto
correndo risco de morte.

- É o nosso menino Lua. – disse ele fraco.

O
médico continuava a passar o transdutor pela barriga de Lua. O nenê
aparecia em diversos ângulos. Estava todo formado. Podia se ver as
perninhas, os pezinhos, as mãozinhas. Lua tinhas os olhos cheios de
água quando finalmente o médico desligou a pequena tela.

Os dois
se encontravam agora no consultório do Dr. Lopes. Pareciam perdidos,
cada um em seus pensamentos, mas ambos com o mesmo enfoque.

- Lua... tirei algumas duvidas de seu marido. Vou repeti-las a você. – disse o médico.

Lua olhou para Arthur sem entender, ele apenas fez um sinal com a cabeça sem nenhum sentindo.

-
Vocês podem manter relações normalmente... não terão problemas nenhum.
O bebe não será machucado – disso o médico sorrindo – esse é um medo
típico de pais de primeira viagem.

Arthur sorriu e Lua
apenas afirmou com a cabeça. Ela não acreditava que Arthur pudesse
ter ido tirar essas duvidas com o seu obstetra. Ela apenas riu com seus
pensamentos.estava disposta a ficar com o homem que estava ao seu lado
o resto de seus dias, sabia que isso não era possível e que
provavelmente isso nunca aconteceria. Cada um seguiria seus passos
assim que o contrato acabasse.

- Você tem alguma duvida Lua?
- Quanto a viagens de avião? Eu poderei fazê-las normalmente?
- Claro, peço apenas que você venha uns dias antes da viajem para fazer uma avaliação do estado do saúde de vocês dois Lua.
- Ela fará. – disse Arthur.

Lua
despediu-se do médico, sem antes tirar mais algumas duvidas que ela
julgava importante saber. Arthur apenas escutava, seus pensamentos
estavam na fita que se encontrava nas mãos de Lua. Saíram do
consultório quase uma hora depois da consulta ter começado. Tinham
tirado algumas duvidas e o médico os tranquilizou-os dizendo que as
perguntas iram vir com o tempo.

- Com fome Lua? – perguntou Arthur após saírem do consultório.
- Estou... parece que faz um ano que não como. – disse sorrindo.
- Agora você come por dois... – disse ele rindo.

- Não vem como essas... você escutou o que o médico disse.
- Claro que escutei, apenas estou brincando um pouco. Você quer comer onde?
- Tanto faz. – disse ela – tem alguma sugestão?
- Podíamos ir naquele café perto da empresa... sei que você gosta de lá. – disse ele entrando no carro.
-
Pode ser, faz tempo que eu não vou lá. Agora me bateu uma vontade de
comer aquela empadinha de camarão que eles fazem que você não tem
idéia.
- Então vamos satisfazer a sua primeira vontade. – disse
ele sorrindo – não quero que meu filho nasça com cara de empadinha de
camarão.
- Isso definitivamente não teve graça Arthur.

Ele a
olhou e corou. Sem duvida Lua tinha jogado um banho de água gelada em
seu senso de humor. Todos os assuntos que tinham era de trabalho, mas
nenhum deles se encaixava naquele momento. Lua olhava pela janela do
carro distraída, tinha uma das mãos pousadas gentilmente sobre a
barriga enquanto a outra enrolava uma mexa de cabelo. Essa uma das
manias de Lua que Arthur mais gostava, a deixava com um aspecto
delicado de uma menina.

O café não era um lugar sofisticado,
muito pelo contrario. Era simples e aconchegante, o tipo de lugar que
Arthur nunca ia e que Lua adorava. Sentaram-se numa mesa de
canto.

- O que vocês iram querer? – perguntou o garçom.
- Eu quero uma pizza enrolada e uma coca – disse Arthur – e você Lu?
- Eu vou querer uma empada de camarão. – disse Lua – com um suco de maracujá.

O garçom se retirou deixando os dois novamente sozinhos.

- Um suco de maracujá!? – perguntou Arthur.
- É... tem sido um ótimo remédio para o meu nervoso. – disse ela rindo.
- Ah sim! Entendo. – disse ele olhando para a plaquinha da mesa. – obrigado Lua.
- Pelo que? – perguntou sem entender nada.
- Por essa nova vida que eu estou levando.
- Licença?

Arthur
levantou o rosto e deparou-se com Kuno o olhando. Seu semblante fechou
e ele apenas mediu o homem que estava parado ao seu lado de cima
abaixo. Suas mãos fecharam instintivamente enquanto Lua que estava em
sua frente não sabia ao certo que fazer.

- Como você sabia que estávamos aqui? – perguntou Arthur seco.
-
Me disseram que tinham visto vocês entrarem aqui. – disse Kuno sorrindo
para Lua - acabei de sair da sua empresa Arthur. Tinha negócios
a tratar com o departamento de Relações Internacionais.
- Espero que tenha resolvido. – disse Arthur.
-
Sem duvida nenhuma. Seus funcionários são muito prestativos, mas do
mesmo jeito terei que ficar por mais algum tempo no Brasil.
- Interessante. – disse Arthur seco. – só espero que cuide da sua vida nesse meio tempo.
- Arthur! – exclamou Lua espantada.

Lua estava no meio do fogo cruzado. Agora Arthur e Kuno tinham voltado a se medir de cima a baixo.
- Estou de saída. – disse Kuno ao ver a cara de Lua. – só vim lhe ver Lua.
- Fico muito agradecida. – disse ela gentilmente.
- Agora se me dão licença, tenho problemas a resolver. – disse ele olhando para lua.
- Lhe dando toda. – disse Arthur.

O
garçom se aproximou trazendo os dois pedidos. Colocou-os na mesa. Os
olhos de Lua brilharam ao ver a empada que estava à sua frente.
Arthur sorriu ao ver a esposa comendo a empadinha com tanta
vontade. Ele tinha ficado incomodado com a presença de Kuno que chegava
a ter perdido a fome.

- Você não vai comer Arthur? – perguntou Lua.
- Ah... vou. – disse ele olhando para a pizza enrolada.

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