{FIC} Lignes de L'amour

Cap 12

Leiam escutando: http://www.youtube.com/watch?v=8wxOVn99FTE&ob=av3e

                                                                ***

Apenas fiz um carinho em seus cabelos e deixei que Richard dormisse, sabendo que provavelmente quando o sol levantasse, ele não acordaria e seria mais uma vitima fatal daquela guerra. Mais um número, mais uma estatística. Resolvi seguir a música e descobrir da onde vinha à mesma.

Sai do barracão e rapidamente me encontrava ao pé do morro que separava os dois barracões. Em cima do mesmo, notava-se a imagem de um homem, provavelmente não um homem, mas um jovem apenas iluminado pela luz do luar.

Não precisei pensar duas vezes para me decidir. Em questões de minutos me encontrava  a poucos metros dele.

A música era suave e deliciosa ao mesmo tempo que era melancólica. A pessoa que tocava vestia uma farda parecida com a minha, da Cruz Vermelha, a diferença encontrava-se na cor do emblema, ele era o inimigo. Qualquer pessoa normal ou racional, teria virado as costas e ido embora, mas como eu não me encaixo em nenhuma das duas situações continuei a me aproximar. O que eu não esperava era que os meus olhos vissem o que viram. Aquele homem, provavelmente alguns quilos mais magro, abatido, com barba por fazer, cheio de olheiras e que tocava aquela música que eu tanto conhecia, era Arthur.

Por um lado, parte de mim já esperava que ele estive também envolvido nessa guerra. Afinal, Arthur era sueco e muito reconhecido por seu trabalho apesar de viver há tantos anos na Inglaterra. Era meio óbvio saber que a Suécia o recrutaria.

Da mesma forma em que eu relutava em acreditar, vi os olhos de Arthur se arregalarem num mistura de assombro com surpresa. Afinal, não estávamos só em lados opostos, eram anos sem nos ver, saber noticias ou qualquer tipo de contato. Fiquei parada por algum tempo sem saber se me aproximava e sentava ao seu lado ou se continuava onde me encontrava.

- Espero que essa reluta não seja de medo.

- Eu jamais sentiria medo de você Arthur, sabes muito bem disso. – respondi-lhe enquanto sentava ao seu lado.

---

Comentem