14 de jan. de 2013

{FIC} Falsa Lua-de-Mel


23 º e 24º Capitulos de Falsa Lua-de-Mel
A Noite!!!!


Com um gemido gutural, que mais parecia um rugido carregado de sexualidade, ele afastou o pequeno tecido preto de sua calcinha para o lado. Sabendo o que ele estava vendo, Lua manteve os olhos fechados, o rosto pressionado contra a parede fria e prendeu a respiração.

Arthur ofegava atrás dela, e ela sentia a respiração quente aquecendo sua pele nua e exposta, arrancando um gemido de antecipação de sua garganta. Ele, porém, não se movia, mas ela sim. Tremia, imaginando que se ele não a tocasse e logo, teria que implorar para fazê-lo.
—Você é a coisa mais sexy desse mundo. — Suspirou ele, correndo um dedo por sua feminilidade. — E está prontinha para mim. — Levemente inseriu um dedo ali, admirando a pele úmida de desejo e excitação. — Tudo isso é para mim, Lu?...
Ainda bem que era uma pergunta retórica, pensou ela, pois não tinha forças para responder.
— Está assim por mim Lua?

— Oh sim... — rendeu-se ela, ofegante, enquanto ele lhe mergulhava o dedo novamente e a massageava em círculos. — Estou assim por você...
Ele a premiou com mais um daqueles toques deliciosos e ela quase perdeu os sentidos. E depois mais outro, enquanto lhe mordiscava a parte de trás das coxas, os dedos ágeis quase a levando ao delírio.
A única coisa que Lua podia fazer era se apoiar na parede e deixar que as sensações a bombardeassem e tomassem conta de seu corpo. A cada vez que inspirava, sentia os seios se arranhando contra a parede, quase fazendo com que engasgasse com tanta sensualidade.
— Arthur... — Arfou, já fora de controle.
— Quer parar? — A voz soava contida, e embora tivesse ficado imóvel, não tirou as mãos, ou os lábios da pele dela.
Lua estava prestes a ter um orgasmo, seus quadris se moviam pelo prazer que estava recebendo, sem conseguir parar.

— Lu, quer parar? — insistiu ele.
— Não, não pare... — murmurou ela, rendendo-se por completo. Ele suspirou aliviado, mas suas mãos ainda continuaram a mantê-la firmemente na mesma posição. Ainda de joelhos, fitou-a e gemeu com o que viu e deslizou suas mãos para massagear-lhe os seios, o ventre, as nádegas e também entre elas. Com os polegares, abriu o caminho para sua língua e beijou a feminilidade úmida. Com um grito gutural,Lua deixou-se apoiar na parede, entregue totalmente.
— Eu não... — começou ela.
— Shhh. Você perdeu sua chance de me fazer parar, princesa— murmurou, usando seus dedos, lábios e dentes.
— Oh meu Deus — Lua começou a tremer. — Thur eu vou...
— Eu sei... e quero ver. Eu quero lhe dar prazer — interrompeu ele, aumentando a intensidade das carícias com a língua.

Mordendo o lábio para não gritar, ela se abandonou e teve um orgasmo longo e intenso, apoiando-se nas mãos que a seguraram e a trouxeram de volta do paraíso, para depois soltá-la gentilmente, tocando-a como se fosse uma peça rara. Com os lábios molhados e olhos escurecidos e famintos, ele sorriu, embora seu corpo estivesse tenso.
Virando-se, Lua abraçou-o e beijou-lhe o rosto, o pescoço e os lábios, mergulhando sua língua na boca que se abrira para ela, para depois voltar a beijá-lo no pescoço, sorrindo quando viu o pomo-de-adão subindo e descendo quando ele engoliu seco.

— Sua vez... — sussurrou, passando a língua na base do pescoço de Arthur.
Ele sentiu o coração bater forte e ritmado sob os carinhos dela. Ela o beijou novamente ou ele a beijou, não sabia mais. Adorava isso, essa ânsia por seus lábios, pedindo, querendo, buscando... Suas línguas se acariciavam, tocando-se suavemente em movimentos circulares. Quando a língua dela seguiu a sua, ele a sugou para sua boca numa pressão que a deixou maluca, e um gemido escapou naturalmente.
Subjugar um homem com suas carícias deu a Lua uma excitação jamais experimentada. De joelhos, sem deixar de fitá-lo, ela levantou-lhe a camisa, beijando o peito, dançando a língua em um mamilo, traçando com os dedos os músculos do abdômen definido, para repousarem no cós do jeans. Outra onda de excitação tomou conta dela quando viu a respiração de Arthur acelerar.

— Peça-me para parar... — repetiu as palavras dele, enquanto descia o zíper da calça.
Um riso estrangulado escapou da garganta dele, mas ele não disse nada.
E ele não estava usando roupa de baixo! A única coisa que havia por baixo daquela calça era a ereção mais deliciosa que Lua vira em sua vida, e estava ali, pronta para ela.
— Humm — murmurou, enquanto baixava-lhe a calça até o meio das coxas. — Tudo isso é para mim? — E inclinou-se para aquela masculinidade pulsante.
— É sim... — Os dedos de Arthur se entrelaçaram nos cabelos de Lua. — Essa é a melhor maneira de matar um homem — gemeu.
Lua parou no mesmo instante, ainda com os lábios entreabertos para recebê-lo. Quase fingiu não tê-lo ouvido, porque queria acariciar e beijar aquele membro, para retribuir o prazer que recebera.
— Você acha que eu matei alguém?... — murmurou — Meu Deus, você realmente acha que eu matei... — Não terminou a frase. Levantou-se, arrumou a saia e a blusa.
— Lua, não seja boba, eu não quis... — Arthur tentou tocá-la.
— Afaste-se de mim! — ela ameaçou. Sua voz estava trêmula e seu corpo ainda latejava de prazer. — Você deve estar louco se acha que eu vou deixá-lo me tocar depois do que disse.

Começou a se afastar, mas mudou de idéia e voltou. Pegou a lanterna que estava caída. Ele que ficasse no escuro, ela queria sair dali o mais rápido possível.
Arthur voltou para a ala principal da casa, seus nervos se esquentando a cada passada. Ouvia vários ruídos: alguém caminhando no andar de cima, alguém na sala de estar mexendo na lareira. Sons normais em uma casa. Como se aquela casa fosse normal.

Havia velas acesas no corredor principal, o brilho suave facilitando a movimentação na casa às escuras.
Sentia-se alerta a qualquer movimento ao seu redor, por menor que fosse. Encontrar um cadáver fazia isso com qualquer pessoa, assim como um jogo sexual que não chegava ao seu clímax.
Não fazia idéia para onde Lua havia fugido. Aquela mulher acreditava que ele podia tocá-la do jeito que fizera e ainda assim pensar que ela era capaz de matar alguém. Onde quer que ela estivesse, duvidava que seria bem recebido.

Deu uma olhada na sala de estar. Micael estava atiçando o fogo na lareira. Lua estava sentada no sofá, rindo de algo que o mordomo dissera.
Rindo! Sentiu o sangue ferver ainda mais. Sophie também estava ali, sorrindo embevecida para Micael. Respirou fundo e entrou na sala.

— Olá — disse. Ninguém respondeu. Lua foi a primeira a desviar o olhar. Sentia vontade de torcer-lhe o pescoço mas, em vez disso, moveu a cabeça em direção à lanterna que estava em seu colo. — Eu preciso usar essa lanterna, ou aquela sua outra.
— Que outra? — retrucou ela sem entender.
— O seu vibrador rosa-neon — respondeu ele, sendo propositadamente grosseiro ao ver que ela o olhava como se fosse um pervertido.
— Pegue — disse ela, jogando-lhe a lanterna.
Ele a pegou e saiu da sala. Decidiu que era a coisa mais sensata a fazer naquele momento, pois não queria se explicar para ela.

Retornou à adega para se certificar de que ninguém mexera no corpo ou na cena do crime, aproveitando também para verificar a porta do quarto ao lado. Continuava trancada.
Entrou na adega e abaixou-se ao lado de Felipe, iluminando-o com a lanterna. Olhou para a camisa e gelou. Alguém tinha mexido no corpo! Inclinou-se mais um pouco e viu algo que não percebera antes. Não havia sangue em volta do ferimento, como se tivesse sido feito post mortem.

O corpo sofrerá vários traumatismos, um fato que só ficava mais aparente após algumas horas. Logo,Felipe havia apanhado um bocado antes de morrer, ou tinha rolado escada abaixo. De qualquer forma, Arthur tinha a nítida impressão de que nenhuma das duas coisas fora a causa de sua morte.
Passou a mão pelo rosto, num misto de frustração e preocupação. Nada se encaixava: a reação dos funcionários, a posição do corpo, nem o fato de ter vasculhado a casa em busca de pistas e não ter encontrado sinal algum de arma ou qualquer coisa do gênero.

Por que se importava tanto? Quando devolvera o distintivo dissera que sua decisão era irrevogável.
A sombra se encostou ainda mais na parede, seu coração batendo forte como um tambor dentro do peito.
Mas por que ele continua vindo aqui para olhar o corpo?, perguntou-se impaciente, enquanto observava Felipe estava morto, morto!

Vigiá-lo a cada cinco minutos não iria mudar esse fato. E por que ainda estavam todos com tanto medo?
Lua estava no mesmo quarto onde estivera na noite anterior, achando que teria uma noite tranqüila. Sophie estava com ela, e serviu-a de uma taça de vinho, enquanto ela se acomodava em frente à lareira numa poltrona reclinável. Pensou que talvez precisasse de uma garrafa inteira, mas ao lembrar o que acontecera quando fora tão inocentemente à adega, estremeceu de novo.

— Pronto! — anunciou Sophie ao passar-lhe o jantar: uma lata de chili aquecida no fogo da lareira e algumas frutas. — Não acredito no azar que está tendo: perder a minha comida por dois dias seguidos!
— Como se esse fosse o maior dos meus problemas — ela respondeu.
— Pois é. Tem sido difícil. Primeiro um arrombamento, depois Felipe...
— Vocês tiveram um arrombamento? — perguntou Lua, pousando a taça do vinho sobre a mesa e virando-se para Sophie.
— Não sabemos direito. Mel foi à cidade na semana passada para sacar o salário. Isso foi na hora do almoço, mas naquela mesma noite após o trabalho, sua carteira havia sumido de sua bolsa, que sempre fica no armário no saguão principal. O salário do mês inteiro sumiu.
— E ela foi à polícia?
— Não, nada mais sumiu, só a carteira.
— Mas não acha que a polícia devia ter sido avisada?
— Eu acho que sim, mas Mel disse que a culpa foi dela por ter deixado a porta da frente da casa aberta para limpeza. Felipe detesta quando deixamos a porta destrancada, se ele descobrisse...
— Mas a porta estava destrancada quando eu cheguei. — Lembrou-se Lua.
— Viu só? — Sophie fitou-a com olhar de culpa. — A casa é tão grande, e todos nós temos tantas tarefas! O problema é que Felipe é mesquinho e sempre se recusou a contratar funcionários temporários. Seria tão mais fácil deixar a porta destrancada do que arriscar a perder uma entrega ou hóspede.
— Mas vocês sempre a trancam à noite, não? — perguntou Lua, lembrando-se do rosto flutuando em seu quarto na noite anterior.
— Sempre! — respondeu ela convicta, para depois mostrar um traço de dúvida — Pelo menos eu acho que sim. É que eu costumo ir embora logo após o jantar, então não sei como é a rotina à noite.
— Se não me engano, ontem você dormiu aqui, certo? — Sophie acenou que sim com a cabeça. — E Micael, Chay e Mel?
— Está querendo saber se temos álibis?
— Só estou querendo me certificar de que posso dormir tranqüila esta noite — defendeu-se Lua.
— Micael dormiu no chão ao meu lado no quarto porque eu estava com medo. Ele é mesmo um amor.
— Ele é sim, mas... tome cuidado.
— E eu lhe digo o mesmo, afinal, você acabou dormindo com o policial.
— O nome dele é Arthur.
— Eu sei. Durma bem — Sophie disse, fechando a porta atrás de si.
Quando se viu sozinha, Lua trancou a porta e puxou a poltrpoltrona reclinável para perto do fogo. Sentou-se abraçando as pernas e apoiou o queixo nos joelhos, quando ouviu uma batida na porta.
Levantou-se num salto, e virou-se para a porta.
— Quem é? — perguntou numa voz mais esganiçada do que o normal.
— Sou eu.
A voz inconfundível penetrou-lhe os sentidos é sentiu como se tivesse levado um choque.
Olhou para a porta, sentindo seu pulso acelerar descontroladamente. Podia sentir Arthur do outro lado da porta. Seu corpo reagiu como se já pertencesse a ele, mesmo que contra sua vontade, pois não pertencia a ninguém, muito menos a um homem.
— Lua, abra a porta — disse ele.
Mas ela não iria abrir. Seria o mesmo que convidar o Lobo Mau para entrar em sua casa.
— Lu, por favor! — pediu de novo.
Mesmo sabendo que seria mais uma péssima decisão em sua vida, abriu a porta.
— É sobre hoje à tarde — começou ele, sem rodeios. Lua virou-se de costas para ele, sentou-se na poltrona e esticou os braços e mãos perto do fogo.
— Quando você sugeriu que eu estava enfiando a mão dentro da sua calça para... como foi mesmo? Ah, matar um homem da maneira correta.
Ele se aproximou e se abaixou ao lado dela na poltrona.
— Lua, por favor, você entendeu tudo errado. Eu jamais duvidaria de você.
Ela continuou olhando para o fogo, sem responder. Sabia que ele não tivera a intenção de acusá-la, e só o som de sua voz já estava fazendo com que derretesse.
— Olhe para Mim,Lu.
Ela continuou a olhar para o fogo. De repente Arthur segurou os braços da poltrona e girou-a para si, forçando Lua a encará-lo.
— Eu não tive intenção de acusá-la — disse ele, como que lendo seus pensamentos. — Quero que me diga que sabe disso.
— Está bem. Eu sei que não teve a intenção. Agora chega, por favor. Não quero mais falar sobre este assunto.
— Eu não quis ferir os seus sentimentos, mas você feriu os meus.
— Desculpe. — Admitiu seu erro. — Foi minha culpa. É que eu estou enlouquecendo com tudo isso. Felipe...
— Ele já estava morto quando chegamos aqui, pelo menos eu acho. — interrompeu-a gentilmente. — Vai dormir aqui esta noite?
De jeito nenhum, pensou. Ficaria provavelmente a noite inteira acordada, alerta ao menor ruído. Mas, deu de ombros e comentou:
— A cama é bastante confortável.
— Pensei que não quisesse ficar sozinha. — A voz dele estava carregada de sensualidade.
— Já sou bem crescidinha, Arthur.
— Claro que é. — E com um dedo, levantou-lhe o queixo. — Mas você quer que eu acredite que prefere encarar outro visitante noturno a passar a noite comigo?
— Como foi que ficou tão convencido assim? Olhe, eu vou ficar bem. Para falar a verdade, estou exausta. — Deu um longo bocejo e espreguiçou-se antes de se endireitar e colocar a mão sobre o peito dele para que ele se afastasse e pudesse se levantar.
Arthur, no entanto, não se moveu.
— Com licença, eu vou dormir — pediu ela.
Ele se levantou também, mas encostou-se à parede com os braços cruzados sobre o peito. Era a imagem de um homem frustrado, mas absurdamente sexy.
— Por favor, feche a porta quando sair, sim? — ordenou Lua, enquanto subia na cama e cobria-se com a manta com movimentos exagerados.

Creditos: UR

QUERO MUITOS COMETÁRIOS.

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