9 de jan. de 2013

Uma noiva herdada


Capítulo Onze p.4 últimos Capítulos


Quase se convencera a se mudar para ficar com ele, esperando que o amor pudesse crescer. Mas não havia esperança, já que ele amava outra mulher há anos. De repente a dor, a injustiça daquilo tudo a aco­meteu.

— Não tenha medo, Arthur — ela disparou. — Você jamais me ouvirá falando de sua adorável Alice novamente. Porque você jamais me verá nova­mente.

Arthur virou, enfurecido, e ela viu quando ele dispa­rou em sua direção, mas não se importou.

— Ela acabou abandonando-o no fim, não foi?

Bem, isso não me surpreende, porque nunca deu a mínima para você.

Arthur levantou a mão e Lua pensou que ele fosse bater nela. Mas com supremo controle, ele parou a mão no ar e, em vez disso, enterrou os dedos nos cabelos dela.

— Nunca bati em uma mulher e não vou começar com você. Mas o senhor Montez tinha razão: realmente é uma maldita sem coração.
Lua empalideceu diante da opinião brutal que ele tinha sobre ela, mas quando ele continuou, a raiva dela aumentou.

— O pobre coitado do Diego pode ter cometido um erro. Mas ele a amava e venerava, ficando arrasa­do quando você o deixou. Sua depressão acabou le­vando à sua morte e à...
Os olhos de Lua explodiram em raiva quando ela finalmente não aguentou e o interrompeu:

— Por que, seu estúpido e hipócrita? Seu amigo falou isso? Bem, deixe-me dizer-lhe, se Diego esta­va deprimido por causa de alguém, não era por mim. Pergunte à sua adorável Alice. Quem você pensa que encontrei rolando nua com ele? Eles eram amantes desde os 14 anos. Se alguém é um pobre coitado, este alguém é você, por ainda amar aquela mulher. A úni­ca coisa que me surpreende é vocês não terem se ca­sado anos atrás, pois, de acordo com sua santa noiva, Diego a amava e queria casar-se com ela, mas ela pensou que você seria uma aposta melhor.

O rosto dele estava duro como pedra e seus olhos negros estavam paralisados vendo Lua despejar sua raiva, continuando a fitá-la de uma forma que ele ja­mais a vira.

— Não tem nada a dizer, Arthur? A verdade dói?

— Como você ousa mentir tanto sobre uma pessoa morta?

— Ah, não me venha com esse papo de bom santo. Diego morreu há muito tempo. — Ela pensava mais na outra mulher. Não era Lua quem Arthur queria, estava meramente usando-a, e isso doía. Doente de ciúmes, ela acrescentou:

— Se você não acredita em mim, pergunte a Alice. Apesar de ser óbvio que ela abandonou você, e não a culpo.

Ele olhou para ela com o rosto distante, assusta­dor.

— Sua desgraçada — ele falou, entre os dentes. — Alice morreu, como sabe.

Toda a raiva e o ciúme desapareceram de dentro dela.
— Oh, não... Quando? Como?

 Dio, você é ótima atriz. — Arthur sacudiu a ca­beça em desgosto. — Não finja que não sabe. Você mesma disse que o senhor Montez escreveu contando sobre o acidente e Alice estava no carro com Diego.

— Ele nunca mencionou isso — murmurou Lua.

— Era apenas uma linha: "Diego bateu o carro e morreu por sua causa. Espero que queime no inferno."

Ela olhou para Arthur. Ele mantinha-se imóvel diante dela, com o rosto obscuro, e ela viu que ele recuou, apesar de tê-lo magoado. Mas não se impor­tava mais. Todas as suas esperanças e sonhos de amor estavam arruinados de uma vez por todas.

— Obviamente, recomeçar nosso caso foi um grande erro. — Lua se levantou com uma horrível certeza.
Creditos: Ronnie

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