Capítulo Quatro Parte 4 (Primeiro Capitulo do Dia "1/2")
Novembro, 2005
- Olhe, Stella, como tudo é bonito daqui de cima. – Falou, segurando a
filha no colo, observando a imensidão azul lá embaixo.
- É muito alto! – A menina respondeu, abraçando o pai – Eu subi tudo
isso? – Perguntou, olhando para baixo.
- Digamos que pegamos um atalho. – Ele riu, lembrando-se que tinham
feito pelo menos metade do percurso, de carro. – Mas mesmo assim é muita coisa,
não é? Olhe até onde podemos ver... – Ele apontou para o horizonte.
- O que tem lá? – Questionou, curiosa.
- Se continuar muito mais para lá, chegaremos na China!
- Uau! – Ela pareceu impressionada. Nem ao menos sabia onde ficava a
China, mas devia ser longe – Chegaremos em casa? – Ela perguntou, referindo-se
a Londres.
- Eventualmente.
Stella pareceu achar isso interessante, então ficou olhando para o
horizonte, onde o mundo parecia acabar. Devia ter muito mais além disso. Pediu
ao pai para descer do colo, agora já sem medo da altura. Mesmo no chão, o pai
segurava sua mão, para assegurar que ela não sairia correndo e caísse daquele
penhasco. Ela foi até mais à beira, onde podia ver as ondas batendo nas pedras.
Amedrontando-se novamente, agarrou as pernas do pai.
Percebendo que Stella já estava cansada de
ficar ali, ele saiu da ponta do penhasco. Foram até um quiosque perto do
estacionamento, ele comprou um cachorro-quente para dividir com Stella. Ficaram
olhando para o horizonte, enquanto ela contava uma história divertida.
Depois de um tempo, Thur começou a sentir-se observado. Praguejou ao perceber que dois paparazzi estavam próximos dele tirando fotos. Como tinham o encontrado? Ele já estava acostumado, mas não suportava que ficassem tirando fotos da sua filha assim.
- Vamos voltar, Stella? Mamãe deve estar preocupada. – Falou para a filha.
- Mas nós nem vimos o sol se pôr! – Ela protestou.
- Voltamos outro dia, certo? – Prometeu, pegando-a no colo e indo ao estacionamento.
Depois de um tempo, Thur começou a sentir-se observado. Praguejou ao perceber que dois paparazzi estavam próximos dele tirando fotos. Como tinham o encontrado? Ele já estava acostumado, mas não suportava que ficassem tirando fotos da sua filha assim.
- Vamos voltar, Stella? Mamãe deve estar preocupada. – Falou para a filha.
- Mas nós nem vimos o sol se pôr! – Ela protestou.
- Voltamos outro dia, certo? – Prometeu, pegando-a no colo e indo ao estacionamento.
O paparazzi que estava escondido saiu,
aproximando-se de Thur. Outro apareceu, fez perguntas, Thur o ignorou. Logo
tinham uns quatro tirando milhões de fotos, fazendo com que Thur não
conseguisse enxergar. Stella escondeu o rosto no ombro do pai, irritada pela
claridade. Um dos paparazzi se dirigiu a ela, fazendo-a perguntas.
- Sai daqui, cara. – Thur aconselhou-o.
Colocou a filha dentro do carro, sem se preocupar em colocá-la na cadeirinha, só queria sair dali. O paparazzi o seguiu, colocando-se na frente do carro para poder tirar fotos. Thur apertou a buzina com força e pisou no acelerador, quase atropelando o paparazzi. Odiava aqueles caras, como eram inconvenientes!
Não conseguia passar uma tarde em paz com a filha, que eles já vinham fotografá-los. Privacidade era uma palavra que não conheciam. E se Stella não quisesse ter sua vida inteira em fotos, para quem quisesse ver? Eles não tinham esse direito.
- Sai daqui, cara. – Thur aconselhou-o.
Colocou a filha dentro do carro, sem se preocupar em colocá-la na cadeirinha, só queria sair dali. O paparazzi o seguiu, colocando-se na frente do carro para poder tirar fotos. Thur apertou a buzina com força e pisou no acelerador, quase atropelando o paparazzi. Odiava aqueles caras, como eram inconvenientes!
Não conseguia passar uma tarde em paz com a filha, que eles já vinham fotografá-los. Privacidade era uma palavra que não conheciam. E se Stella não quisesse ter sua vida inteira em fotos, para quem quisesse ver? Eles não tinham esse direito.
Saiu com tanta raiva, ainda com a visão embaçada pelos flashes, que não
percebeu que um carro subia a estrada. Só notou quando ouviu Stella gritando, e
desviou para o outro lado, quase caindo e então virando o carro, batendo em
seguida.
Houve um barulho terrível. Ouvia gritos de sua própria boca, se
misturando aos da filha e ao barulho que o carro fazia ao virar. O veículo saiu
da pista, caindo. O Air-bag foi acionado e ele ficou protegido, mas sua filha
no banco de trás voava de um lado para o outro, tendo sorte em não ter saído
pelo vidro.
O outro carro, lá em cima, ligara para uma ambulância. Mas já era tarde,
ele sabia.
Pelo espelho retrovisor, viu a filha manchada de sangue. Então perdeu a
consciência.
Março, 2006
Thur deixou que as lágrimas caíssem no banho. Não queria atrapalhar Lua.
As cenas do acidente voltavam, frescas como sempre. Ele não colocara Stella na
cadeirinha, por que não? Ele sempre a colocava, mesmo se fosse uma distância
pequena. E mesmo assim, não o fez enquanto desciam uma estrada de terra. Era
tão idiota.
Irritado, bateu a cabeça na parede, até que começasse a doer. Gritou no
banho, esperando que não desse para ouvi-lo pelo lado de fora. Seu grito se
transformou em soluços. Era ele quem devia ter tentado se matar, era ele que
devia estar subnutrido agora e rejeitando a morte de Stella, não Lu. Por que
ele só causava infelicidade? Talvez Raffael estivesse certo, talvez devesse se
afastar.
Quando conseguiu controlar o choro, saiu do chuveiro e se secou,
tentando livrar-se desses pensamentos. Lu mantinha-se no mesmo lugar da cama,
imóvel. Com cuidado, deitou-se ao seu lado, mantendo-se tão distante quanto
podia.
- Faça o que Raffael disse. Vá embora, Arthur. – Murmurou Lu.
Thur não podia ter certeza se ela tinha mesmo falado, ou se havia sido
sua consciência reproduzindo o som de sua voz. Ele não ouvia Lua falar há tanto
tempo que pensava que aquilo poderia ter sido uma ilusão.
- O que? – Perguntou, com a esperança de que ela falasse mais, mas não
obteve resposta.
Thur fechou os olhos, sem saber o que fazer. Fazer o que Raffael tinha
dito... Ela queria que ele fosse embora? Ele só estava piorando as coisas ao
ficar ali? Pensava nisso quando caiu no sono. Teria tempo para entender se Lu
queria mesmo dizer aquilo... Se é que havia sido ela quem tinha falado.
Autora:Juuh Aguiar
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