{FIC} Única Esperança

Cap 22

Arthur: promete que um dia, vai se casar comigo? - Lua arregalou os olhos, ele tocou de leve o seu rosto e a trouxe para mais perto.
Arthur: promete?

[Musica da cena: “Jonas Brothers: When You Look Me In The Eyes” 
Link: http://br.youtube.com/watch?v=-ZBoPlCzuRY ]

If the heart is always searching, Can you ever find a home? I`ve been looking for that someone,
I`ve never make it on my own. Dreams can`t take the place of loving you, There`s gotta be a million reasons why it`s true.

Lua o olhou diretamente nos olhos, aquele garoto, não, homem, ela via em sua frente um homem, e tinha certeza que ele a amava, lembrou de todas as vezes que ele a olhou e disse que a amava, e isso agora só provava o que ele dissera antes , e ela nunca tivera coragem de dizer o quanto o amava.
Ela o olhou diretamente nos olhos, em quando sua mão viajava até seu rosto. Ele sentiu a mão dela tocando-lhe o rosto, acariciando-o, olhou para seus olhos e neles não viu dor alguma, só uma infinita ternura, e amor, ele pensou surpreso. Ela o olhava nos olhos quando respondeu:

When you look me in the eyes,

Lua – sim. - Ele pensou que fosse morrer de felicidade, ela viu os olhos deles brilharem.

And tell me that you love me.

Arthur: eu te amo.

Everything`s alright,When you`re right here by my side.

Então todos os problemas pareceram pequenos, ela o tinha, tinha Rodrigo, tinha Lara, e também a todos que amava, e sempre os teria ao seu lado, pensou emocionada. Lua abriu a boca e fechou novamente, ele sabia que ela queria dizer que também o amava, mas ainda não estava pronta para isso.

When you look me in the eyes, I catch a glimpse of heaven.

Arthur se aproximou dela, e lhe deu um suave beijo nos lábios, dessa vez ela não sentiu nojo, ele a amava, ele pertencia a ela, sorriu. Ele sorriu também e se abraçaram.

Arthur: enquanto estiver em meus braços, nada pode atingir você, meu amor protege a nós dois.

I find my paradise.

Ela o olhou nos olhos.

Lua: eu te amo.

When you look me in the eyes

Arthur abraçou Lua, se apegando aquelas palavras como se sua vida dependesse disso, então, de repente, a porta se abriu.

Rodrigo: desculpa interromper, mas o jantar esta servido.
Arthur: já vamos tio.
Rodrigo: ok. - Ele saiu e fechou a porta
Arthur: não sabe como estou feliz.
Lua: fazia anos que não me sentia assim, de repente, eu ganhei uma família.
Arthur: bom saber que você nos ver assim, agora vamos comer.

Eles levantaram e foram comer. O jantar foi divertido, engraçado, com o Rodrigo e o Arthur fazendo brincadeiras, e Lara contando piadas, fizeram de tudo para que a Lua se sentisse em casa, e conseguiram. No outro dia, Lua acordou cedo, estava com saudades da escola, se arrumou e desceu, encontrou Lara fazendo café da manhã. 

Lara: gosta de café?
Lua: não, prefiro suco. - Lara sorriu.
Lara: eu também. - Ela colocou suco para Lua.
Lara: o Rodrigo vai chegar com o Arthur para te levar para a escola, eu não posso ir.
Lua: por que? - Lara colocava um ovo frito no prato de Lua.
Lara: estou tentando conseguir estagio, não é fácil.
Lua: você faz faculdade? - Lara assentiu.
Lua: de que?
Lara: Biomedicina.

Lua: nossa. Eu quero fazer medicina, sempre quis. - Lara sorriu, então os meninos entraram na sala.
Rodrigo: boa dia queridas. - Ele deu um beijo na testa de Lua, e um no rosto de Lara.
Arthur: bom dia meu amor – deu um suave beijo no rosto de Lua e olhou para Lara - bom dia futura tia.

Lua: como vocês entraram? - Arthur sorriu, brincalhão para o tio.
Arthur: o meu tio tem a chave.

Rodrigo: para em caso de emergência, já que a Lara mora sozinha.
Arthur: imagino a emergência, por que vocês não admitem que se amam logo? - Lara corou, Lua sorriu.
Rodrigo: Arthur, menos.
Arthur: pois bem, façam o que quiserem, vamos Lua para a escola.
Lua: mas seu tio não vai levar a gente?
Arthur: não, vamos na minha bicicleta, meu tio e a futura tia Lara precisam conversar. - Puxando Lua pela mão, Arthur saiu da cozinha. Rodrigo fitou Lara.
Rodrigo: tudo bem?
Lara: sim, pelo menos eu acho. - Ela se levantou, e começou a tirar os pratos da mesa.
Rodrigo: o que foi Lara?
Lara: o que foi? O que foi? Não me assumi para a sua família e quer que me sinta como? Não entendo por que temos que namorar as escondidas, não estamos fazendo nada demais, nos amamos e... – ela se interrompeu - me ama certo? - Ela o fitou.
Rodrigo: claro, claro que sim Lara. - Ele se aproximou e ela se esquivou.
Lara: pois não parece, se me amasse não teria vergonha de nós dois, quando sair, deixe sua copia da chave na mesa de centro da sala, acabou senhor Aguiar.
Rodrigo: Lara...
Lara: Tchau senhor Aguiar. - Rodrigo saiu, arrasado, Lara esperou o som da porta batendo e deixou as lagrimas vazarem pelos seus olhos.

Lua estava sentada no banco de fora da sua escola, estava feliz, fora recebida muito bem pelo amigos, Sophia até chorara dizendo que estava feliz em vê-la bem, mas agora Lua tinha pedido para ficar sozinha, sentada naquele banco, com o caderno aberto em uma folha em branco, ela começou a escrever, as palavras saiam como se fossem uma cachoeira, no final, assinou, fechando o caderno, viu Arthur se aproximar, ele sentou ao seu lado.

Arthur: o que foi?
Lua: nada, estava apenas me preparando para mês que vem.
Arthur: vai da tudo certo.

Lua assentiu, lembrando das palavras de Rodrigo, “sim pequena, a amo como amaria a uma filha que nunca tive.”, não sabia por que pensava nele, mas estava com medo, e quem lhe veio à cabeça foi ele, queria que ele estivesse ali.

O mês passou rápido, se falássemos que Mark esqueceu Lua, estaríamos enganados, mais de uma vez, ele a procurara, a ameaçava, mandava recados, ligava para a escola a procurando, a vida de Lua se tornou um inferno com Mark sempre atrás de dela, e cada vez mais, ela se excluía do mundo, se isolava, gostava da solidão, por isso chegava em casa, se trancava no quarto, e ficava lá, diariamente era interrompida por Rodrigo, que sempre ia visitá-la, levando-lha presentes, flores, carinho. Ele e Lara não se falavam, mas Lua via que ela ficava muito abalada toda vez que ele aparecia. O namoro entre Arthur e Lua estava firme apesar de tudo, ele estava sempre a fazendo sorrir, e se sentir melhor, iam e voltavam juntos da escola, ficavam juntos lá, e pelo computador, mas Lua ainda sentia falta de alguma coisa, que ela não sabia explicar o que era, algo que acabasse de vez com a escuridão na sua vida, ela não sabia que só precisava de quatro palavras para isso acontecer, mais vai descobrir. O dia do julgamento chegou, Lua estava se vestindo quando Lara entrou no quarto.

Lara: esta pronta Lua? - Lua assentiu.
Lara: quero dizer, esta pronta para se abrir diante de muitas pessoas que não conhece, e principalmente na frente do Mark?
Lua: sim, eu acho que sim.
Lara: se você ficar nervosa, pense em algo que a faça sentir melhor.
Lua: minha esperança?
Lara: sim, querida, na sua esperança. - Lara deu um beijo na testa de Lua e saiu do quarto.
Lua: minha esperança. - Ela terminou de se arrumar, e desceu, encontrando Rodrigo e Arthur. Logo os quatro saíram para o tribunal.

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