9 de fev. de 2013

{FIC} Única Esperança


Cap 16


O medico saiu. Todos se dirigiram ao quarto, onde Lua estava contando o número de pontinhos que havia nos azulejos do teto, qual era o tamanho do seu tédio. Todos entraram fazendo uma festa, brincado e rindo, nesse momento Arthur pode observar o que esses dias no hospital havia feito para Lua, e por incrível que pareça, ela parecia muito melhor, todos os roxos que ela tinha devido as surras que recebia de Mark haviam quase sumido já, ela estava mais corada e falava com mais freqüência


Mel: não sabe o que o medico nos disse.
Lua: o que?
Chay: você recebera alta amanha.
Lua: serio?
Mica: serio, Luh.



Eles ficaram ali, conversando, animados, Arthur sentado ao lado de Lua, acariciava-lhe os cabelos loiros, ela gostava do carinho, até que Rodrigo entrou pálido no quarto.



Arthur: já sabe tio? A Lua vai receber alta amanha.
Rodrigo: o medico me contou.
Lua: tudo bem Rodrigo? - Rodrigo respirou fundo.
Rodrigo: encontraram o Paulo morto. - O silencio reinou no quarto, depois de quase meia hora, alguém teve coragem de falar.
Mel: morto?
Rodrigo: sim. - Dava para ver visivelmente que ele ficara abalado com a noticia.
Chay: como?
Rodrigo: esfaquearam ele, 15 facadas. - Todos fizeram uma expressão de dor, Lua foi a primeira a falar.
Lua: vocês acham que foi o Mark?





O silencio reinou no quarto, todos pensavam na mesma coisa, será que Mark seria capaz?


Mel: ele seria capaz de algo tão cruel? - Lua sentiu as lagrimas.
Lua: sim.
Lara:seria, tenho certeza, depois de tudo o que ele fez.
Rodrigo: quanto mais eu sei, mais eu tenho certeza que a Lua não pode voltar para a casa dele.


Lua sentiu como se tivessem lhe dado um soco no estomago, se pode ter matado Paulo, só por que ele se virou contra ele, o que será que ele poderia fazer contra todos esses novos amigos que ela tinha feito? Tinha que fazer algo.


Lua: mas eu vou voltar com ele. - Todos olharam para ela estarrecidos.
Arthur: não vai não.
Lua: vou sim, é melhor assim.
Rodrigo: Lua é perigoso.


Engolindo seco, Lua assentiu, talvez se ela voltasse com ele, Mark não fizesse nada com seus amigos.


Sophia: Lua você deve esta brincando.
Mica: isso é loucura.
Lua: não é não. - Obrigando-se a se manter fria diante dos olhares, acrescentou.
Lua: estou com dor de cabeça, será que vocês podem me deixar sozinha?





Todos estavam surpresos, e foram saindo do quarto, só ficou Arthur.


Lua: o que foi? - Arthur a olhava preocupado.
Arthur: o que houve? Estava tudo bem há um minuto. 
Lua: nada.


Ela virou o rosto quanto ele se aproximou para beijá-la. Arthur a olhou sem entender, magoado, ela vinha aceitando beijos e carinho antes, o que tinha acontecido? Frustrado ele saiu do quarto sem falar uma única palavra, bateu a porta. Quando se viu sozinha, Lua começou a chorar, teria que voltar para a casa de Mark.

Mel: ela estava tão bem.
Mica: não da para entender.
Lara: realmente eu não consigo entender. - Arthur entrou revoltado na sala de espera.
Chay: o que houve?
Arthur: nada, este é o problema.


A porta do elevador se abriu e de lá saiu Mark, que vendo-os aflitos, sorriu.


Rodrigo: o que aconteceu? Esta sorrindo por que?
Mark: eu aposto que ela já começou a se revelar contra vocês. - Todos o olharam confusos.
Mark: ela já esta começando a demonstrar todo o amor que sente por mim. - Disse isso sorrindo, fazendo com que Arthur, e todos os outros se sentissem enjoados.
Arthur: pelo amor de Deus, ela tem medo de você.
Mark: medo é sinal de amor.
Lara: você é doente.
Mark: não me responda, sou seu pai.
Lara: você me da asco, e preferia morrer e ter seu sangue, mas nem vale a pena me matar por você.
Rodrigo: e você se mantenha longe dela. - Se referindo a Lara, Arthur sorriu, apesar de tudo, vendo o tio apaixonado.
Mark: não se meta na minha vida, com a Lua, e agora com a minha filha, você não sabe do que sou capaz.
Rodrigo: eu não tenho medo de você. - sentiu que Lara aperta seu braço, aflita.
Mark: deveria ter. - Ele se virou para o corredor.
Arthur: se você pensa em ver a Lua, desista.


Arthur: a Lua esta descansando, você não entrar agora.


Furioso, Mark segurou Arthur pelos ombros, visivelmente disposto a dar um troco no garoto, que estava pronto para revidar, mas Rodrigo entrou no meio.


Rodrigo: nem pense em tocar no meu sobrinho. - Mark olhou para Rodrigo, com desdém.
Mark: e você pensa que é quem?
Rodrigo: o tio dele, que o ama como se fosse um filho, e não vai deixar que você encoste nele um só dedo, você não sabe o que é amor, por isso nunca entenderia.


Mark olhou para todos, que avaliavam a discussão, sem falar nada, se virou e entrou pelo corredor, disposto a falar com Lua, quando Arthur tentou segui-lo, Rodrigo o segurou.


Rodrigo: aqui ele não pode fazer nada.
Mel: mas ele já tentou.
Rodrigo: mas agora é completamente diferente, ele já sabe que aqui, ele vai se dar mal se tentar.

Mark não tentou nada, só olhou Lua dormir, tinha a respiração calma, e estava tão serena dormindo, lembrava sua mãe, ele pensou, depois saiu do quarto e ficou no corredor.





No outro dia, de tarde, todos estavam lá quando Lua recebem a alta do hospital, Lara a ajudou e agora estavam todos na recepção.


Rodrigo: Lua se você quiser pode ir para o meu apartamento... - Mark o interrompeu.
Mark: ela vai voltar para casa, que por lei, é aonde ela deve ficar sim advogado?


O delegado da policia também estava presente, a pedido de Mark, e Marcos , o detetive também estava.


Daniel: é delegado, e sim está correto, o responsável pela menor é o senhor Mark Sunsex, por isso ela deve esta presente de onde seja de sua vontade, ou seja, do senhor Mark Sunsex.
Arthur: mas ele maltrata ela. - Lua olhava tudo, calada.
Marcos: não temos provas sobre isso.
Mel: as manchas no corpo dela.
Chay: o depoimento dela.
Lara: tudo pesa contra ele.
Mark: ela mentiu, mentiu com medo desses ai – ele apontava para Arthur e Rodrigo- eles são uma máfia, devem escravizar as mulheres.
Rodrigo: cale a boca, ela tem medo é de você.
Daniel: chega! Senhorita algo contra ir para casa de seu tutor senhor Mark Sunsex? - Ele fitava Lua, que controlou as lagrimas, e tentou não olhar nos olhos de ninguém.


Lua: não.

7 comentários: