Capitulo 10
Eu acordei cansada e assustada, ao
sentar-me na cama comecei a me lembrar da noite passada, eu fiquei desesperada
ao saber que ele poderia fazer qualquer coisa comigo a hora que quisesse eu era
praticamente a bonequinha dele e se por acaso ele não quisesse,
mas‘’brincar‘’comigo eu seria simplesmente descartada.
–Querida tudo bem?-Perguntou minha
mãe na porta de meu quarto com uma xícara de café nas mãos.
–Mãe você esta bem?-Perguntei
preocupada por não ter a vista na noite passada.
–Porque não estaria?-Ela respondeu
com cara de confusa.
–Por nada não, eu só perguntei por
perguntar mesmo… -Menti.
–Sei… -Disse ela desconfiada tomando
um gole de café.
–Mãe!-Chamei quando ela já ia saindo
do quarto.
–Sim querida?
–A senhora ouviu algo de estranho
ontem?
–Não por que pergunta?
–Nada não…
–É melhor deixar essas suas
maluquices de lado e ir se arrumar logo, hoje é quinta feira tem aula. -Disse
ela saindo do quarto.
Eu sabia que minha mãe, iria
trabalhar na lanchonete e com certeza eu ficaria sozinha naquela casa, qualquer
coisa poderia acontecer. Caminhei lentamente até o banheiro, escovei os dentes
vagarosamente com mais preguiça do que o normal, tomei um longo banho quente
que me fez relaxar e perder um pouco do medo.
Depois do banho me sequei e coloquei
uma roupa confortável para um típico dia frio em Woold Rainy,uma calça jeans
azul,a blusa do colégio é um casaco marrom bem quente. Sequei meus cabelos
molhados e os penteei cuidadosamente.
Agarrei minha mochila e meus livros e
desci as escadas as pressas, chegando à cozinha minha mãe já estava arrumada
para ir trabalhar, com seu boné e seu uniforme colorido da lanchonete.
–Não quer uma carona meu amor?
–Não mãe a senhora já esta atrasada
eu não quero te atrasar mais ainda, eu posso ir sozinha. -Disse eu colocando um
pouco de suco de morango no copo.
–Tudo bem então tchau!-Disse ela
agarrando sua bolsa e correndo porta a fora.
Bebi meu suco sem pressa depois
coloquei o copo dentro da lava louças. Peguei minhas coisas e sai de casa,
tranquei a porta com um suspiro e comecei a andar no caminho a rua estava
deserta, lá só havia eu e o vento que soprava meus cabelos sem parar, eu andava
tão distraída que nem percebi um carro me seguindo, bem isso até eu olhar pra
traz e perceber que era Arthur com sua BMW preta e brilhante, era de matar de
inveja qualquer jogador de futebol mauricinho do colégio.
–Aceita uma carona?-Ele perguntou
como se fosse uma situação normal.
–Não confio em você! E to muito bem
aqui, obrigada-Disse enquanto andava.
–Não precisa confiar em mim é só
entrar no carro.
–Não confio em você pra nada. -Disse
com raiva.
–Alguém perdeu o medo… -Disse ele com
deboche.
– Alguém quer uma joelhada! -Respondi
com a voz áspera.
– Nao tenho medo de você- Riu
–Não me interessa. -Respondi olhando
pra frente.
Ele revirou os olhos e disse com uma
voz sedutora e chantagista:
–O sinal do colégio vai bater daqui a
2 minutos será que você chega a tempo?
–Sim eu chego. –Disse eu
arrogante.
–Será?-Ele perguntou com cara de quem
sabe mais.
Fiquei confusa na hora, tive medo que
Arthur me fizesse alguma coisa, não sabia se confiava ou não, eu sabia que se
eu não chegasse a tempo os portões iam se fechar e não iam se abrir mais, se eu
perdesse aula com certeza a escola ia ligar pra minha mãe e perguntar por que,
e isso fazeria com que ela ficasse tagarelando uma meia hora sobre educação e
outras coisas chatas.
– Mais que merda! Ai ta, tudo
bem!
–AI está o bom senso!-Ele disse com
um sorriso malicioso.
–Não tente nenhuma gracinha!-Eu disse
entrando no carro desconfiada.
–Você é quem manda… -Disse ele dando
uma arrancada com o carro.
- Ah quem dera...- sussurei pra mim
mesma e ele riu baixo
No caminho estava tudo em silêncio
ninguém deu um pio, mas eu como sempre muito curiosa não consegui me segurar:
–Posso te fazer uma pergunta? Quer
dizer.. Mais uma?- sou curiosa! Nao me culpem!
–Hã… Pode. -Ele disse olhando para a
estrada.
–Quantos anos você tem?
–Tenho… 342. -Disse ele me encarando.
– Arre... Tu é bem conservado hein?!-
ele riu- Tudo isso?
–Tudo… Isso. -Disse com normalidade.
–Isso quer dizer que você nasceu em…?
–1670. -Respondeu ele com um sorriso
torto.
–Demônios precisam comer?-Perguntei.
Ele me encarou por um tempo e
perguntou:
–O que você acha?
– Eu nao acho nada.
–Não precisamos comer se não
quisermos, mas que é divertido arrancar o coração das pessoas e depois come-los
é.
Fiquei calada até surgir outra
pergunta em minha cabeça:
–Posso te fazer mis uma pergunta?
–Não… -Disse ele cansado de perguntas
idiotas.
–Por favor, é a ultima… - Num
acredito que to implorando isso!
–Ok. A última…
–Por que precisa recolher almas?
–Por que sou uma raça de demônio
diferente.
–Como assim?
–Trabalho para a morte, recolho almas
para ela.
Fiquei um tempo calada, mas logo
achei outra duvida em minha cabeça, a agenda misteriosa que Arthur tanto
escreve na aula. Ela estava no banco de traz eu mordi os lábios enquanto a
encarava, eu pensava comigo mesma ‘’você precisa saber o que tem dentro dela,
mas certamente deve ter algo muito interessante. ’’
Eu não aguentei de tanto mistério
aquilo estava me corroendo de curiosidade, eu soltei um suspiro e agarrei a
agenda e a puxei para mim
–Posso ver?-Perguntei a ele.
–Pode… Mas é melhor não. -Avisou ele.
Sem pensar duas vezes eu a abri,
dentro havia vários nomes enfileirados em todas s folhas na verdade, nomes de
mulheres e de homens riscados com caneta vermelha.
–Nomes?
–Eh!-Disse ele virando em uma
esquina.
–Por que nomes?
Ele ficou ali sem responder só me
encarando em silêncio esperando minha ficha cair, foi quando eu vi em uma das
ultimas páginas o nome das garotas assassinadas no colégio.
–É o nome das pessoas que você já
matou?-Disse folheando a agenda e vendo nomes e mais nomes riscados.
–A ficha caiu?-Ele perguntou com a
voz áspera e a expressão séria.
– Ta caindo… Aqui deve ter uns 1000
nomes como pode matar todas essas pessoas?! -Perguntei indignada.
–Você é tão ingênua… Se acha que eu
sou um demônio bonzinho que com o passar do tempo vai ser seu melhor amigo e
acabar criando azas, pode esquecer!-Disse ele arrogante.
–Não acredito que seja assim, vejo
que é diferente… Você tem coração… Eu sei que tem.
Ele parou o carro e me lançou um
olhar frio, seus olhos ficaram vermelhos e então ele disse com a voz áspera:
–Você não sabe de nada… Não sabe como
eu sou de verdade, não sabe da minha vida se é que estou vivo.
–Está mentindo sei que você não é
assim… -Repeti o encarando.
–Ainda não sacou o que eu sou não é?
- O que você é por fora eu sei, mas
por dentro eu tambem sei que você nao é assim!
–Não sou como você, não sou humano
Lua Blanco,eu mato pessoas…-Disse ele me encarando com aqueles olhos vermelhos.
–Ainda não acredito em você, sei que
esta mentindo.
–Quer que eu te prove?
Eu fiquei calada o encarando, eu não
acreditava que ele realmente fosse fazer alguma coisa, nesta hora uma moça de
cabelos longos e loiros passava ao lado do carro carregando três sacolas de
compras, Arthur a acompanhou com os olhos e depois olhou pra mim e deu um
sorriso maligno, e seus olhos passaram de vermelhos para completamente pretos e
brilhantes.
–Não faça isso Arthur! -Implorei
segurando seu braço.
–Aqui esta sua prova. -Ele disse
antes de sair do carro.
Eu tentei sair do carro, mas as
portas não queriam abrir de jeito nenhum certamente Arthur estava controlando
as portas do carro me impedindo de abri-las.
–Arthur, Não faça isso!-Gritei, mas
ele continuava a caminhar em direção a moça.
Quando ela o viu já era tarde demais,
ele a agarrou pelo pescoço e a levantou do chão, o Máximo que a moça conseguia
fazer era balançar as pernas e ficar roxa.
–Não faça isso, por favor!-Gritei,
mas ele não parava.
Der repente à porta se abriu sozinha,
eu corri para fora do carro e tentei correr até lá, mas já era tarde não havia
mais nada a ser feito, nada que eu pudesse fazer,foi quando Arthur inclinou a
cabeça de lado e ficou a observar a moça se contorcer sem parar,ele começou a
apertar mais seu pescoço foi quando eu ouvi m de seu pescoço sendo quebrado.
Arthur encostou a mão no peito a moça
e puxou de dentro do corpo uma bola de luz branca meio azula a engoliu, depois
Arthur soltou a moça no chão e me encaro. Em um piscar de olhos ele já estava
na minha frente.
–Isso e prova o bastante? -Ele
perguntou com frieza.
Eu apenas fiquei lá calada parada no
lugar sem me mover, como Arthur pode acabar com a vida daquela moça tão rápido
é com tanta frieza.
–Seu monstro como pode?! Eca- o
encarei
–Me poupe de suas palavras. -Ele
disse com uma voz áspera e com um olhar frio de que não se importa com a vida.
Créditos: Cecília
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