Capitulo 25
–Venha Lua vou leva lá para
casa.-Disse Arthur me chamando.
Mel me lançou um olhar que era tipo:
”Porque não me contou que estava namorando Arthur Aguiar?!”
Eu quase me virei a fim de explicar
tudo a ela, mas não era uma boa ideia dizer que eu estava namorando um anjo
negro e que a ex-namorada dele é uma vampira louca que quer me matar, há sem
esquecer de dizer que Sophia na verdade é uma bruxa.
–Tchau…-Me despedi de Mel com um
aperto no coração.
Não gostava de esconder as coisas
dela.
–Tchau nada. Você vem comigo!-Disse
Sophia me puxando pelo braço.
–Mas…
–Não ela vem comigo!-Interrompeu
Arthur me puxado de volta.
–Acho que é melhor eu ir pra
casa.-Disse Mel passando entre nós e indo embora.
Acho que ela estava magoada.
–Já disse que ela vem comigo!-Disse
Sophia me puxando pela mochila.
Eu quase cai.
–Acho que você ainda não entendeu.
Ela vem comigo… -Disse ele com a voz áspera.
–Eu posso te dar outro chute se
quiser!-Retrucou Sophia levantando o pé.
–Não se atreva!-Ele disse reecoando
com um passo para traz.
–Eu fiz uma vez e posso fazer de
novo!
–Se fizer isso vou te dar um soco tão
forte que sua cabeça vai parar na lua.-Ameaçou ele.
–Você se atreveria a bater em uma
mulher Aguiar ?-Disse Sophia com a mão na cintura.
–Não. Só em você.-Disse ele em um tom
sarcástico.
–Esta dizendo que não sou uma mulher?
–Talvez…-Disse ele me puxando para
seu lado.
–Idiota.-Retrucou me puxando de
volta.
–Chega!-Gritei.
Os dois pararam de se xingar e me
encararam com um olhar meio assustado,eu não costumava gritar assim.
–Vocês parecem dois bebês brigando
por uma boneca de pano. Eu não sou uma boneca de pano tá?! Agora me soltem se
nao vou é acabar partindo ao meio! -Disse irritada. E puxei meus braços
Meu rosto já estava ficando vermelho.
–Mas Lu…
–Mas nada. Pra mim
chega!-Interrompi
–Você vai com ele?-Ela perguntou em
um tom preocupado.
–Vou.-Disse decidida.
–Mas…
–Você vai ter que aprender a confiar
nele Sophia.-Disse em um tom serio.
Ele lançou um olhar meio que:”Bem
feito levou bronca.”
–É você também não é nenhum
santo! -Disse o encarando.
–Eu nunca disse que era.-Retrucou me
beijando.
Mas em meio ao nosso beijo senti
Arthur estremecer,ele parou por um estante e me encarou confuso e meio
assustado,olhou para o lado como se pressentisse algo chegando,era um daqueles
pássaros estranhos que eu virá assim que cheguei a cidade, pousou em seu ombro
folgadamente e se pois a coçar as penas da asa.
–Faz tempo que não vejo um
desses…-Disse sorrindo.
Aproximei o dedo do pássaro e
acariciei sua cabeça,seus olhos negros eram quase sobrenaturais de tão
brilhantes,suas penas bem vermelhas com algumas partes pretas.
Eram criaturas adoráveis, tirando a
parte que se alimentam de carniça como os urubus.
–O que foi?-Perguntei olhando para
Arthur que tinha uma expressão confusa.
–Eles… Eles sabem. -Respondeu meio
assustado.
–Quem?-Perguntou Sophia se
aproximando.
–O conselho.-Respondeu Arthur a
encarando.
–Que conselho?-Perguntei.
Sophia me encarou meio assustada e
engoliu seco.
–O que vamos fazer?-Ela perguntou a
Arthur.
–Vamos Protege lá.-Ele respondeu
apertando minha mão.
–Vocês querem me explicar o que esta
acontecendo pelo amor de Deus?! To boiando aqui...-Disse já assustada.
–O conselho é meio que… Meio
que…-Sophia não consegui completar.
–Seres que ditam as regras no mundo
subterrâneo. Trabalham para a morte.-Completou Arthur serio.
Ele ainda apertava minha mão.
–Eles… Eles estão vindo?-Perguntei
com a respiração ofegante.
–Sim.-Respondeu Sophia respirando
fundo.
Eu olhei em volta, o estacionamento
estava completamente vazio,o ambiente estava calmo,havia uma leve briza e um
cheiro de pinheiro no ar,havia uma árvore seca e sem folhas,ela se curvava para
frente,se parecia com uma garra de monstro,em seus galhos haviam vários
daqueles pássaros,eu nunca vira tantos na minha vida,estavam nos encarando. De
repente o pássaro que estava no ombro de Arthur voou para o topo daquela árvore
e ficou a nos encarar também.
–Por que estão nos
encarando?-Perguntei abraçando o braço de Arthur.
–É um aviso.-Explicou.
–Sabem que o conselho esta
chegando.-Complementou Sophia.
–Quando vão chegar?-Perguntei.
–Eu não sei exatamente. -Ele
respondeu.
–Lua você se lembra da primeira vez
que viu os pássaros?-Perguntou Sophia.
–Mel disse que eles surgiram umas
duas semanas antes de Arthur chegar. -Expliquei.
–Quer dizer que…
–Vai chegar daqui a duas semanas.
-Interrompeu Arthur.
–O que vai acontecer comigo?
–Eles vão…-Tentou dizer Sophia mas
ela foi interrompida de novo.
–Nada. Não vai acontecer nada.-Arthur
a fuzilou com os olhos.
Sophia abaixou a cabeça e se calou,o
olhar de Arthur era serio,ela não teve coragem de questiona-lo.
–Quantos vão vir?-Perguntei
preocupada.
–No máximo um.-Ele disse me fitando.
Soltei um suspiro de alivio e
coloquei a mão no peito.
–Não diminui o perigo.-Disse Arthur.
–É só um deles e nós somos dois,temos
vantagem.-Disse Sophia.
–Mas ele pode ser mais forte do que
pensamos. Já viu o estrago que fazem ao passar pelos lugares?
–Que estragos?-Perguntei curiosa,
como sempre
–Pragas misteriosas são
espalhadas,lagos e rios são ressecados,as plantação apodrecem,enchentes…
Mortes.-Explicou Arthur de cabeça baixa.
–Eu confio em você para me
proteger…-Disse tocando sua bochecha.
Ele levantou o rosto e me beijou.
–É melhor você leva-lá para casa
agora.-Disse Sophia o encarando.
Ele afirmou com a cabeça e me levou
até seu novo carro preto.
–Carro novo?-Perguntei passando o
dedo na pintura brilhante da porta.
–Eu me cansei daquele
outro.-Respondeu Arthur como se fosse normal trocar de carro de semana em
semana.
Créditos: Cecília
ameeeeeeeeeeeei
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