19 de mar. de 2013

{FIC} The Love Beteween good and evil


Capitulo 29 

Eu avistei Mel conversando com um grupo de pessoas que usavam óculos e camisa xadrez, acho que eram nerds,senti uma pontada de culpa por não ter dado mais atenção a ela nos últimos dias,mas por outro lado era melhor assim,pelo menos ela não corria o risco de morrer tragicamente em um ”acidente” por minha causa.

–Vamos Lu?-Disse Arthur segurando a minha mão.

–Hã?-Perguntei parecendo sair de uma espécie de transe.

–O sinal já tocou… -Ele disse com um sorriso torto.

–Há tá, acho que me distrai. -Disse balançando a cabeça.

–Você acha?-Ele perguntou rindo. Dei língua pra ele.

Ao passarmos pelo corredor de mão dada percebi as pessoas me encarando de novo.

–Relaxa Lu… -Ele sussurrou em meu ouvido.

–É impossível. Eu vou ficar renutrida de rabo ele me secarem assim!! -Retruquei em voz baixa.

ele riu

–Vamos ver se isso ajuda.

–O que?

Arthur me virou para ele e avançou sobre meus lábios, sua língua invadiu minha boca fazendo-me estremecer, no começo eu quis impedi-lo, o que será que as pessoas e os professores que passavam por ali pensariam? Mas quando ele me puxou mais para perto de si eu me senti segura, protegida, amada, feliz… Que se dane as pessoas e os professores!

–Esta mais relaxada agora?-Arthur perguntou com mais um de seus sorrisos perfeitos e apaixonantes.

–Com certeza.-Respondi ofegante.

Algumas lideres de torcida que passavam por ali me encaravam de cara feia tipo:”como ela consegue é eu não?”

–Venha,a professora esta chegando.-Disse ele me puxando pela mão.

Quando entramos na classe nos deparamos com as carteiras arrumadas em dupla,eu é Arthur nos sentamos nas ultimas carteiras perto da parede.

–Sentem-se em seu lugares e fechem a boca!-Gritou uma senhora entrando na classe.

Todos se sentaram imediatamente e um silencio pairou pela classe sobre o domínio dos olhos amedrontadores da professora.

–Melhor!-Disse ela.

Todos se entre olharam e não ousaram dar nenhum pio.

–Meu nome é Margareth.-Disse ela escrevendo seu nome na lousa.

O giz fez um barulho estridente ao ser arrastado na lousa, chegava a doer os ouvidos,Arthur que tinha a audição aguçada os tampou,apertando com força a mão contra eles,alguns alunos reclamaram do barulho e a Sra. Margareth logo lhes lançou um olhar de desaprovação.

–Não quero que me chamem de Margareth porque não sou amiga de vocês e odeio que me chamem de tia. -Ela grunhiu de cara fechada.

A Sra. Margareth era uma senhora que aparentava ter uns cinquenta anos,seus cabelos grisalhos estavam presos em um coque bem amarrado,usava um terninho marrom e uma longa saia preta,calçava saltos da cor cinza,seus óculos de grau eram finos e tinham o contorno preto,ficavam abaixo do olhos quando ela queria encarar alguém,seu olhar era terrível quando usado para repreender alguém,suas unhas eram enormes e estavam pintadas de vinho,em suas mãos uma régua grossa de madeira.

–O que foi?-Sussurrei para Arthur o vendo encarar a régua nas mãos da professora.

–Tempos ruins…

–Que tempos ruins?-Perguntei em forma de sussurro.

–O tempo em que eu apanhava com réguas de madeira… -Sussurrou ele em resposta.

Fiz uma careta só de imaginar na dor. Sra. Margareth bateu a régua na mesa com força,um barulho assustador se formou,Arthur arregalou os olhos e eu dei um soluço de susto , assim como os outros alunos que conversavam distraidamente.

–Se eu ouvir mais um pio de alguém vou mandar para fora da classe.-Avisou ela de cara fechada.

Algumas lideres de torcida sussurravam algo no ouvido uma da outra quando a professora as viu,ela ajeitou os óculos e bateu novamente a régua na mesa.

–Você! Pra fora agora!-Ela gritou.

–Não pode fazer isso eu…-Tentou protestar uma delas.

–Eu mandei ir agora!-Ordenou a professora.

A garota bufou e caminhou até o a porta,lançou um olhar de raiva para a Sra. Margareth e bateu a porta com força.

–Quem vai ser o próximo?-A professora perguntou abaixando os óculos até a ponta do nariz.

Todos fizeram silencio e abaixaram a cabeça.

–Ótimo. Sou a nova professora de matemática!-Gritou ela como se não estivéssemos ouvindo.

Arthur me lançou um olhar de ”Mais que droga” e voltou a olhar para frente.

–Vamos estudar expoentes, negativos, positivos, potencia e… Números elevados ao cubo e ao quadrado.

–Mas nós já estudamos isso professora!-Disse um garoto gordinho.

–Não me lembro de ter lhe perguntado algo. -Ela disse em um tom arrogante.

–Mas…

–Quanto é 300 elevado a segunda potencia?-A professora perguntou lhe apontando a régua.

Arthur observava atentamente o garoto.

–Eu… Eu não sei. -Gaguejou o garoto de cabeça baixa.

– Não me surpreende, são todos alunos preguiçosos e folgados!-Gritou com um tom de deboche.

–Esta era fácil. -Disse Arthur balançando a cabeça negativamente.

–Quem disse isso?-Perguntou a professora abaixando os óculos e percorrendo a classe inteira com os olhos atentos.

–Eu disse!-Arthur ergueu a mão.

Eu arregalei os olhos para ele como se dissesse ”enlouqueceu?!” em resposta ele me lançou um olhar despreocupado. Essa mulher é louca! Ai Arthur... Voce e a sua boca!

–É quem você pensa que é?-Perguntou Sra. Margareth caminhando furiosamente em sua direção.

–Arthur Aguiar. -Respondeu confiante.

–Se acha espertinho não é Sr. Aguiar?-Perguntou ela com as mãos na cintura.

–É posso dizer que sim… -Respondeu Arthur em tom de deboche.

Algumas pessoas riram.

–Calados!-Ela gritou.

Todos se calaram e ficaram a observar Arthur, ele tinha a expressão tranquila e sedutoramente linda como sempre. Como consegue?!

–Vamos ver se é tão espertinho quanto parece Sr. Aguiar. -Disse a professora Margareth com um sorrisinho maligno.

–Pode perguntar qualquer coisa… -Arthur desafiou com um sorriso sarcástico estampado nos lábios.

–Pois bem,quanto é dois elevado a quarta potencia?-Ela perguntou sorrindo, crente que Arthur fosse errar.

–dezesseis. -Arthur respondeu ainda com aquele sorriso sarcástico.

–Dez elevado ao cubo?-Perguntou batendo o pé no chão.

–Mil.-Ele sorriu.

–Como…

–E só isso que sabe fazer?-Arthur desafiou com uma das sobrancelhas erguidas.

–Quanto é seis elevado a sexta potencia?-Ela perguntou com um sorriso maligno.

Suas unhas compridas batiam impacientemente contra a mesa.

Arthut parou de sorrir e se pois a pensar,por uma fração de segundos pensei que não saberia responder,pensei errado,ele levantou a cabeça em cerca de 10 segundos e sorrindo respondeu:

–Quarenta e seis mil seiscentos e cinquenta e seis.

O sorriso nos lábios da Sra. Margareth foi sumindo aos poucos ate não restar nada.

–Impossível, como consegue calcular tão rápido?-Ela perguntou confusa.

Ele deu de ombros.

–Não pode estar certo. -Ela disse se dirigindo a sua mesa a passos rápidos.

Enquanto ela fazia os cálculos em seu caderno à classe fazia silencio, estavam tão curiosos quanto eu para saber se Arthur realmente tinha acertado,a professora fez um minuto de silencio e depois falou:

–Ele… Ele… Acertou. -Confirmou ela com o olhar parado e incrédulo.

Os alunos desviaram o olhar para Arthur, inclusive eu que lhe dei um tapinha no ombro enquanto sorria,ele me mandou uma piscadinha e mostrou um lindo sorriso torto. A professora bateu a régua na mesa novamente, todos voltaram a olha lá, com um pigarro ela começou a explicar as tarefas como se nada houvesse acontecido.

Créditos: Cecília


To Muito Feliz 1 Ano com você \o/  Quero Muitos Comentario hoje! Afinal merecemos né 

7 comentários: