19 de mar. de 2013

Web's de Capitulo Único


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    A estrela que mais brilhar. Capitulo Único (WEB ChaMel)



Sinopse:



Anjo, voe, voe para o infinito, voe para onde a tristeza não exista.


"Eu amo você, Chay. Não importa a situação, a conseqüência ou o final... Eu amo você e sempre amarei.
Mel F..



Voe, meu anjo, dance para mim sobre as estrelas. Dance para os meus olhos. 


Cap uico  

Um papel amassado - já gasto de tanto ser lido – era encontrado sobre um criado mudo, ao lado de seu dono, de seu adorador.
Olhos de ressaca, olhos perdidos vagando por uma escuridão sem fim. Um túnel eterno, escuro, sem uma fresta para a entrada de qualquer luz. Estava sozinho. Estava sem respirar. Sem oxigênio, sem razão, sem sua vida.
Aquela dor, Deus, aquela dor. Não poderia suportar acordar todos os dias de sua vida sentindo aquela ardência extrema em seu peito. Não poderia respirar sentindo a contração de seu pulmão se alongando. Não poderia viver sem sorrir... Sem a razão de seu sorriso.
Agora estava sozinho.
Sozinho.
Maldita vida. Maldita razão de viver. O porquê? Qual era a razão? Nascer, crescer, se apaixonar, perder... Agora só lhe restava esperar a morte. Esperar, talvez, a única cura de suas dores. A única maneira de escapar da tempestade que continuava se retorcendo.
Há quanto tempo não dormia? Há quanto tempo vagava por aquele cômodo, vazio, sem ter o que procurar? Há quanto tempo se confrontava internamente, implorando por algo que acabasse com tudo o que lhe feria? Há quanto?
Não encontrava soluções, não encontrava vestígios de um dia futuro e feliz. Sua vida acabara com o esgotamento de outra.
Injusto. Incompreensível...
E agora só lhe restava olhar para as estrelas à procura de um brilho conhecido. Seria fácil localizar Mel, ele sabia. A estrela que mais brilhar, com certeza era ela. Sua Mel. Seu anjo.
E ele precisava de alguma distração, ou até mesmo, uma alucinação. Precisava ter, outra vez, o sorriso único de Mel para ele. Aquele sorriso somente dele. O seu doce sorriso. Seu doce anjo...

Abra suas asas, liberte suas penas. Liberte seu coração. Liberte-se.

Era tarde. Tão tarde... Naquelas horas, Mel provavelmente estaria resmungando na cama, enrolada no lençol dos pés ao pescoço, ressonando nos seus sonhos mais deliciosos. Ou talvez estivesse acordada, enroscada em seus braços, ronronando perto de seu pescoço, rindo de sua falta de jeito e bocejando para demonstrar que estava ansiosa para adormecer ao seu lado.
E se ela desviasse o olhar divino dos seus olhos, agora desolados, e encontrasse as estrelas, sorriria de maneira tão sincera e pura, que causaria o seu próprio sorriso. Ela, provavelmente, se divertiria com o mais simples, desenhando com a ponta dos dedos as constelações, desenhando com a ponta dos dedos um pouco da sua mágica. E as estrelas brilhariam para ela. Chamariam por ela. Sorririam para ela. Para ela. Para a sua estrela...
E Mel lhe faria alguma pergunta irritante enquanto não desviava os olhos do céu. Perguntaria o óbvio, como sempre fazia. “Você me ama?”, era a mais comum. “Porque você me ama?”, ou até mesmo, “Você me abandonaria um dia?”.
Tão boba era sua Mel.
Não enxergar o mais visível, não entender o mais entendível, pensar no impensável... Tão boba.

— Eu amo você. — ele respondeu, como se escutasse a voz dela ressoando pelas quatro paredes, fazendo as perguntas tão costumeiras — A amo porque você é única. Porque em você encontrei o melhor de mim. A amo porque você é maravilhosa, porque você possui um brilho especial... A amo porque você enxergou em mim o que eu não conseguia ver...

E ele sorriu. Um sorriso maravilhoso. Um sorriso para ela.
Um sorriso para a estrela mais brilhante. Um sorriso para a estrela que brilhava para ele.

— E eu nunca conseguiria abandoná-la, porque a abandonando, eu estaria abrindo mão de mim mesmo. Estaria me jogando em um abismo sem fim... Um abismo sem luz.

Mas saiba que estou amando-a até o meu final. Estou amando-a, anjo.


E ele sentia os braços dela o envolvendo em um abraço. Sentia o calor dela percorrendo seu corpo como a flama mais ardente. Mel estava ali para acalmá-lo, para curar um pouco de sua dor.
Estava nos braços de um anjo.
Estava tendo a mais doce alucinação, ou talvez, a mais louca verdade. Podia senti-la ali. Podia sentir sua Mel afagando seus cabelos, secando suas lágrimas, pousando a mão sobre seu coração. Podia senti-la sorrindo contra seu ouvido, roçando a ponta do nariz em sua nuca, beijando de leve seus olhos.
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— Eu amo você, Chay. Não importa a situação, a conseqüência ou o final... Eu amo você e sempre amarei.
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Ela sussurrou, abraçando-o de maneira carinhosa e, por fim, roçando seus lábios de mel nos dele.
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— Me ame até o fim, mas liberte-se. Quero vê-lo sorrir... Quero vê-lo sorrindo para poder brilhar para você...
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E, como brisa, os contatos foram se dissipando, fazendo-o abrir os olhos apavorado e poder vê-la sorrindo cristalina para ele, com os olhos cintilantes e com aquela mágica eterna.
Ela estava ali para se despedir. Para lhe dizer o último adeus.
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— Eu amo você. — ele escutou-a falando outra vez.
— Não vá. — conseguiu dizer, tropeçando nas próprias palavras e esticando os braços para tentar tocá-la outra vez — Não...
— Não importa a situação, a conseqüência ou o final... — permaneceu sorrindo. Um sorriso de anjo — Eu sempre amarei você...
— Mel, não...
— Sempre.

E, depois de um piscar de olhos, sumira. Sumira para voltar a brilhar no céu negro.
Chay, rendido outra vez às lágrimas já suas companheiras, caiu ao chão, tragando aquelas gotículas salgadas e sentindo a quentura dos seus lábios, indicando que ela estivera mesmo ali, e ele estivera mesmo em seus braços.

Liberte-se.

E não se esqueça, anjo, que você me salvou. Você me amou.

Mirou a imensidão negra, vendo como as estrelas bailavam naquela noite. Dançavam uma dança única, talvez a dança do adeus... Talvez a dança do recomeço.
E Mel era a estrela mais bonita. Que se movia de maneira perfeita, dando piruetas e passos mirabolantes, repletos de autenticidade e de magia. Repleto de brilho...
Porque aquela era Mel. Sua Mel... 
A estrela mais brilhante de seu céu.

A vida precisa ser renovada. A morte é a mudança que estabelece a renovação. Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável.
O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.
Pense nisso. Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama já partiu, libere-o agora. Recolha-se a um lugar tranqüilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria, e quando recorda-la, veja-a feliz e refeita.
A morte não é o fim. A separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz.

A morte é só uma mudança de estado. Depois dela, passamos a viver em outra dimensão. 

Zíbia Gasparetto.






Fim.

To Muito Feliz 1 Ano com você \o/  Quero Muitos Comentario hoje! Afinal merecemos né 

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