15 de abr. de 2013

{FIC} 4ever




Capítulo 1


O sinal do colégio tocou. Era o primeiro dia de aula no novo colégio, e Lua e Sophia já estavam atrasadas. Elas chegaram à porta da sua sala, turma B do segundo ano. As duas eram lindas. Uma tinha lindos cabelos loiros, um corpo cheio de curvas, todas no lugar certo. Lua tinha cabelos castanhos, lindos e compridos que quase encostavam na sua cintura, e um corpo lindo também. As meninas se surpreenderam com quatro meninos que estavam na porta, estavam suados e cansados. As duas estavam envergonhadas e Sophia decidiu abrir a porta da sala.
– O que está fazendo? – perguntou Micael, admirado com a beleza da garota.
– Quero entrar na sala – respondeu a garota confusa.
– Vocês são novas aqui, não é? Depois que o sinal bate, temos que esperar o próximo período para entrar na sala – disse um lindo garoto com cabelos bagunçados, mas cheio de charme. – Eu sou Bernardo, mas pode me chamar de Harry. – O menino sorriu para Lua, que já estava perdida nos seus lindos olhos.
– É um prazer , eu sou a Lua – ela respondeu encantada. – E a antinha aí do lado é a Sophia. A gente era de outro colégio e lá não tinha essas coisas.
– Tranqüilo. Eu sou Arthur, mas me chama de Thur.
– Acho que esse ano a gente se deu bem, hein, dudes? A propósito, sou Chay, acho que vamos nos dar muito bem. – Ele deu uma piscadinha de leve para Sophia, que corou imediatamente.
– Então, por que vocês estão suados? – perguntou Lua envergonhada.
– Ah, é que a gente tava jogando futebol antes da aula, mas a gente acabou perdendo a hora – respondeu Arthur.
Lua estava se sentindo no paraíso. Além de legais, os meninos do novo colégio eram lindos. Ela não podia negar, mas se sentiu muito atraída por Arthur. Aqueles olhos eram lindos, brilhavam quando olhavam para ela, e o cabelo com uma franja mal cortada dava um ar de rebelde que enlouquecia qualquer garota.
 Sophia nem prestou atenção nos outro garotos, só tinha olhos para um. O único que ainda não tinha se apresentado. Os olhos eram muito chamativos, sua barba mal feita e seu cabelo arrepiado eram as suas maiores belezas. Sophia nem pensou e perguntou para o garoto:
– E você, qual o seu nome? – Deu um sorriso bobo que deixou Micael nas alturas.
– E-eu me chamo Micael, mas pode m-me chamar de Mika. – O menino estava envergonhado e acabou gaguejando, o que fez os outros caírem na gargalhada.
Eles ficaram conversando sobre vários assuntos. Lua e Sophia nem poderiam imaginar que suas primeiras amizades no novo colégio seriam meninos, não meninos normais, mas meninos lindos.

O sinal tocou e eles entraram na sala. – Senta aqui do lado, Lua – falou Arthur sorrindo.
Lua ficou toda envergonhada e sentou na carteira ao lado de Arthur. Sophia sentou atrás e ao lado, Chay, que não parava de implicar com o jeito patricinha da garota. Ela normalmente não gostava quando os meninos implicavam com ela , mas com o Chay era diferente, ele fazia a menina rir e ela adorava o jeito largadão dele. No outro lado de Sophia, estava Micael. Ele não falava nada, só encarava Sophia e Chay. “Esse Chay é muito mongolão” pensou Micael, com ciúmes do amigo que estava se dando bem com a menina.

Bateu o sinal do recreio e as meninas foram ver os meninos jogando bola.
– Aqui, Arthur! Passa pra cá, passa! – gritava Micael, todo suado.
Arthur passou a bola para Micael e ele fez um golaço! As meninas levantaram da arquibancada e começaram a gritar. Os meninos ficaram envergonhados.
O placar estava três a dois e eles decidiram parar. Os meninos do outro time se aproximaram das meninas, que chamavam atenção pela sua beleza, apesar da arquibancada estar lotada de outras garotas que queriam ver os meninos mais lindos do colégio jogando. Cinco meninos sentaram ao lado de Lua e Sophia, que não gostaram nada da “intimidade”. Eles eram bonitos, mas o ar de superior deles fazia Lua querer vomitar. Eles rry, Chay, Arthur e Micael eram rivais deles e não gostaram nada
se apresentaram, achando-se os gostosões. Ha, nada que eles se aproximaram das meninas novas. Só pra rir dos idiotas que estavam conversando com as meninas, eles chegaram como se fossem namorados delas.
– E aí, gata? Viu como a gente arrasou esses perdedores no jogo? – disse Harry, fazendo um “L” de “losers” com os dedos e mostrando a língua e depois abraçando Lua.
Micael deu um beijo na bochecha de Sophia e disse:
– Aquele gol foi pra você, minha tchutchuca.
Todos caíram na gargalhada, menos as meninas que não estavam entendendo e os meninos da outra turma que saíram sem falar mais nada.
– Arhhm, o que foi isso? – perguntou Lua confusa e ao mesmo tempo feliz pelo abraço que ganhou de Harry.
– Aqueles meninos, Jeff, Pierre, Chuck, Sebastien e David tem um banda, Simple Plan, e eles sempre competem com a gente nos festivais de bandas – respondeu Arthur, evitando olhar para Lua.
– Nós não tínhamos nada contra eles, até que eles nos sabotaram no ultimo festival de bandas do colégio. E ainda admitiram que foram eles – completou Chay.
– E para cortar o barato deles, a gente fez essa cena – falou Micael, que nunca usou o termo "tchutchuca" para se dirigir a uma garota.
– A gente podia um dia desses ver vocês tocando, né? – perguntou Lua ansiosa. Além de lindos e legais, ainda tinham uma banda. Ela estava no paraíso! – Que tipo de música vocês tocam?
– Claro! Se vocês não se importarem de ficar no porão imundo da casa do Arthur – falou Harry, implicando com o amigo. – A gente toca pop rock. Cada um gosta de um estilo de música diferente. Embora todos amem os Beatles.
Os olhos dos garotos brilharam só ao ouvir a palavra “Beatles”.
– Vocês podem hoje de tarde? A gente tem que ensaiar pro festival de bandas que tem daqui a três semanas – falou Arthur todo animado.
As meninas concordaram e passaram a tarde na casa de Arthur, ouvindo os meninos tocarem. Eles realmente tinham muito talento.
– Pra vocês não ficarem aí paradas enquanto a gente toca, por que vocês não dançam pra gente? – falou Chay, adorando a companhia das garotas.
Elas riram, mas não fizeram nada.
– Puxa, dudes, já são quase sete horas. Que tal a gente jantar? – perguntou Micael, como sempre querendo comer.
– A gente podia ir na pizzaria aqui do lado , ficar jogando truquinho – falou Arthur com os olhos brilhando.
Todos acharam uma ótima ideia. A companhia dos garotos tornava tudo engraçado. Lua e Sophia só comeram dois pedaços de pizza. Já os garotos, que haviam pedido cinco pizzas grandes, devoraram tudo super rápido. As meninas não paravam de rir de Chay enquanto fazia palhaçadas com os pedaços de pizza. De repente, Arthur tirou um baralho espanhol do bolso:
– Vamos fazer as duplas!
– Vocês jogam, não é, garotas? – perguntou Micael.
– Aham! – respondeu Sophia, sem nem saber o objetivo do jogo, mas queria fazer dupla com Chay ou Micael.
Sophia ficara encantada com Micael, juntamente com seu charme e talento.
– Eu fico com a Sophia! – falaram Chay e Micael juntos.
– Ei, nada disso, eu fico com a Sophia! – falou Micael zangado.
– Ah, sonha que ela vai querer ficar com você! Se enxerga, peão! – respondeu Chay com sarcasmo.
– Chega, chega, dudes! Elas escolhem com quem querem ficar – disse Harry, certo de que Lua iria escolhê-lo.
– Vai no dois ou um! Os dois primeiros que saírem ficam juntos e assim vai.
Lua acabou ficando com Harry, Sophia com Arthur e Chay e Micael ficaram juntos.
Depois de quatro partidas, Lua e Sophia já tinham pegado o jeito do jogo. Era a vez de Lua embaralhar as cartas e Arthur cortar. Lua estava embaralhando direitinho para vir a espadilha para ela e Arthur percebeu.
– Tá cuidando tanto assim da espadilha por que, Lua? – perguntou Arthur com muito sarcasmo.
– Não tô cuidando de espadilha nenhuma, Arthur – respondeu Lua, dando um olhar fatal para Arthur.
– Que feio, meninas roubando – falou Arthur, com cara de desapontado e rindo de Lua.
– Você quer dizer que meninas não podem trapacear em um jogo que é pura trapaça? – ela perguntou, já zangada com o machismo de Arthur.
– Isso aí que você ouviu – ele respondeu, já zangado com o feminismo da garota.
Os dois já iam começar a discutir mais, até que Micael parou a briga deles:
– Hey, dude! Pára com isso!
Arthur e Lua ficaram calados, lançando olhares de raiva. Já era quase meia noite e eles decidiram ir pra casa, amanhã teriam que acordar cedo e não queriam se atrasar de novo. Chay e Micael, depois de fazerem as pazes, ganharam o jogo. Foram os que mais roubaram, mas mesmo assim ganharam o jogo.
– Isso que dá jogar com patricinhas – falou Arthur para Harry, fazendo uma indireta direta para Lua.
Ela fingiu que não ouviu e todos foram para casa.

No outro dia, Lua e Sophia estavam atrasadas de novo, mas, dessa vez ,conseguiram entrar na sala de aula. Lá no fundão, estavam os garotos. Micael estava sentado na frente de Chay e o lugar ao lado esquerdo do primeiro estava desocupado. Sophia já ia sentar ali, até que Chay pediu para ela sentar ao lado dele. Harry pediu para Lua sentar ao seu lado. Chay e Sophia ficaram a aula toda conversando, Sophia não parava de rir das palhaçadas que Chay fazia, o que deixava Micael com muito ciúmes.
– Chega, Chay! Deixa de ser idiota! Ela deve estar de saco cheio dessa sua cara de bunda e seu senso de humor bovino.  Sophia e Lua caíram na gargalhada.
– Na verdade, eu to achando bem engraçado – disse Sophia, não querendo contrariar Micael, mas querendo defender Chay.
Micael ficou puto da cara e nem quis mais olhar para Sophia naquele dia, e ele e Chay ficaram se implicando o dia todo.
Depois do recreio, a coordenadora do Ensino Médio passou nas salas de aula para avisar sobre a viajem de início de ano letivo, que seria uma semana depois da batalha das bandas. A viagem seria para um spa chamado Villa Ventura, com imensas piscinas varias esportes e arborismo.
 
Wow, dude! It's gonna be awesome! – exclamou Arthur. – Quanto tempo vamos ficar lá?
– A viagem é de quatro dias. Os quartos serão de dois, então escolham seus parceiros. Agora vou distribuir um folheto explicando direito como será – disse a coordenadora desanimada. Essas viagens sempre causavam confusão.

Lua e Sophia iam todas as tardes na casa de Arthur ver a banda ensaiar. Na sexta à tarde, os meninos as convidaram para passar a noite lá, vendo filmes de terror e comendo muita pizza, já que os pais de Arthur viajaram para a serra. Eles foram à locadora e alugaram cinco filmes de terror e compraram dez pizzas de sabores diferentes.
Estava chovendo muito, o que deixava os filmes mais assustadores. Todos estavam deitados no sofá gigantesco da sala do Arthur. Lua estava sentada no meio de Arthur e Harry, e Sophia, no meio de Chay e Micael, todos com um pedaço de pizza na mão. A chuva estava cada vez pior e as únicas luzes da casa eram da televisão e dos relâmpagos. Lua, que tinha medo de tempestades, nem se deu conta que segurou a mão de Arthur com força o que fez o menino ficar vermelho.
– Se estiver com medo, pode segurar minha mão – disse Harry para Lua.
– Tá tudo bem, valeu – respondeu Lua, que não queria largar a mão de Arthur.
Sophia, que já estava abraçada em Chay, segurou a mão de Micael de tanto medo que estava do filme. De repente, eles escutaram um barulho e a televisão se desligou. As meninas começam a gritar e os meninos começam a rir das meninas medrosas.
– Ah! Qual é, Lua?! Tem medinho de escuro, é? – falou Arthur sem parar de rir num tom irônico.
– Tenho, sim! E de tempestades também! – respondeu a menina, morrendo de medo.
– Eu também tenho medo de escuro! Algo contra? – perguntou Sophia apavorada.
– Claro que não! Eu te entendo. Pode me abraçar agora? – respondeu Chay com segundas intenções.
– Parece que só aqui faltou luz – disse Harry, olhando pela janela. – Onde fica o gerador? Temos que acendê-lo.
– Ah, dude, o gerador fica lá no porão, mas não tô afim de ir lá! – disse Arthur.
– Ah! Qual é, Arthur?! Tem medinho de escuro? – disse Lua com tom de ironia.
– Ha-ha-ha-ha , muito engraçado – respondeu Arthur.
– Tá legal, então vamos todos nós acender o gerador! – disse Micael, o "líder" do grupo.
– Eu não quero ir pra lá! – disse Sophia convencida.
– Então fica aí sozinha, ué! – respondeu Micael grosso. Não estava gostando da intimidade de Chay e Sophia.
– Ai, grosso! – respondeu Sophia, levantando do sofá.
– Acho melhor nós darmos as mãos e o Arthur nos guia até o porão, já que é o dono da casa – falou Harry fofo, como sempre.
Arthur segurou a mão de Lua.
– Já que você tem medo de escuro, vem comigo pegar uma lanterna na cozinha.
– Tá legal – ela respondeu, apertando a mão de Arthur. Os dois coraram.
Chegaram à cozinha, Arthur estava com dificuldade para achar a lanterna, e Lua apavorada de medo. Eles ouviram um trovão e ela deu um berro. Ele não conteve o riso.
– Como você é medrosa! – disse ele rindo. – Pronto, achei a lanterna, Sra. Histérica. – Não enche, Arthur!
Todos desceram o porão de mãos dadas, demoraram, mas acharam o gerador.
– Que estranho, não ta acendendo – falou Arthur.
– Deve ter dado algum tipo de curto – disse Harry.
– Isso tá parecendo filme de terror! – falou Sophia com medo.
Os meninos riram.
– Calma, não é pra tanto. Já são duas da manhã... Por que não vamos dormir? – disse Micael com sono.
Todos foram para sala dormir, tinha colchões espalhados pelo chão da sala, eles caíram e dormiram um por cima do outro. Estavam todos dormindo, menos Lua. A chuva não parava e ela estava morrendo de medo. Arthur, que estava ao seu lado, estava roncando. Ela não pensou duas vezes antes de acordá-lo.
 Arthur, eu to com medo – disse Lua.
– Ãh? O quê? Ah! O que foi?
– Eu não consigo dormir.
– Ah, e por isso eu não posso dormir também?
– Se você não percebeu, os seus roncos também não estão me deixando dormir.
– Você reclama demais, sabia?
Lua olhou para baixo e não falou nada. Estava com medo, ele poderia ser um pouco mais compreensivo.
– Ah, não faz essa cara de cachorro sem dono! Não vai chorar, né? Arthur sorriu para ela.
– Não – ela disse, sorrindo.
– Viu? Consegui te fazer sorrir – falou Arthur. – Sabe, você é estranha.
– Por quê? – perguntou Lua ofendida.
– Não sei. – Arthur riu.
– Te entendo.Eu sinto a mesma coisa por você. – Lua disse, rindo ironicamente.
Eles sorriram um para o outro.

E outra semana passou rápido e eles só pensavam na batalha das bandas. Eles precisavam vencer o Simple Plan a qualquer custo. 




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