21 de abr. de 2013

{FIC} 4ever


Capítulo 8


O sinal do final da aula tocou e todos foram para o jardim do colégio.
– Oi gente! – disse Melanie, indo beijar Chay.
– Oi, meu amor! – disse Chay, acariciando a barriga de Melanie.
– E aí! – disse Marcia, cumprimentado os outros.
– Vocês ficaram sabendo da festa dessa sexta? – Harry perguntou.
– Não, quem sempre tá por dentro disso tudo é você, dude! – disse Micael.
– Então, parece que é um cara do terceiro que vai dar. Se vocês quiserem, eu consigo os convites pra vocês – Harry falou.
– Luh! Soph! – disse Dave, cumprimentando as meninas.
– Hey, Dave! – Lua falou, dando um beijo na bochecha de David.
– Pelo visto, tão sabendo da festa... Meu melhor amigo que vai dar. To com os convites aqui, se vocês quiserem – disse Dave, mexendo no bolso
– Claaaaro que a gente quer, Dave! – Chay falou animado.
– Vai ser essa sexta-feira na casa do Chris, a três quadras do colégio. Se preparem pra encher a cara! – disse Dave, dando um convite para cada um.
– Obrigada – agradeceu Lua ao receber o convite.
– É um prazer ter você lá, gata – Dave disse, dando um beijo na bochecha da Luh. Arthur não gostou e a puxou pela cintura para perto dele. – Vou ter que ir! Tchau, dudes.
Os meninos não falaram nada, só Lua e Sophia deram tchau.
– Um pouco de educação não seria nada mal! – disse Sophia.
– A gente não vai com a cara daquele loiro de farmácia –Arthur falou emburrado.
– Tá com ciúmes, Arthur? – Lua perguntou orgulhosa.
– Eu não. Me garanto! – disse Arthur bravo.
– Ah, sei! – Lua falou baixinho, rindo da reação do garoto.
– Só não gosto dele. Só isso.
– Não se preocupa, eu prefiro caras ciumentos e feiosos como você.
Ela deu uma piscadinha. Arthur olhou para a menina com uma cara emburrada e começou a rir. Pegou na nuca da garota e grudou seus lábios ao dela.
– E eu prefiro chatas e desbundadas como você.
– Ahh não fala da minha bunda! Só porque você tem mais que eu. – Lua fez uma cara triste.
– Desculpa se eu sou muito gostoso.
– Eu tenho que ir – disse Lua, pegando sua mochila. – Amo vocês, suas bichas loucas!
– A gente também te ama, mocréééia! – Chay gritou, com voz de gay.


Mais à noite, Micael, Harry e Arthur se encontraram na casa de Sophia para ver alguns filme e beber um pouco, aproveitar que os pais de Sophia tinham viajado.
– Luh? – Sophia ligou para a amiga.
– Oi, Soph, e aí? – Lua respondeu no outro lado da linha.
– Os meninos vieram aqui pra casa pra assistir uns filmes, você não quer vim?
– Claro! Só vou colocar uma roupa decente e já to indo.
– PEDE PRA ELA TRAZER ‘DE VOLTA PARA O FUTURO’! – Harry gritou.
– NÃO, EU QUERO FILME DE TERROR! – Arthur começou a discutir com Harry.
– Er... Luh, você tem como passar na locadora e pegar uns filmes pra gente? – Sophia pediu.
– Aha! Mas fala pro Harry que eu não aguento mais de volta pro futuro.
– EU OUVI ISSO! QUE INJUSTIÇA! – Harry continuou gritando.
Lua desligou o telefone, vestiu uma calça jeans e foi pra locadora.


Um tempo depois, a campainha tocou.
– Dá pra alguém atender? Eu to fazendo pipoca! – Sophia gritou da cozinha.
Ninguém se manifestou, então Arthur se levantou do sofá.
– Heeei! Trouxe companhia! – Lua disse, cumprimentando Arthur com um selinho.
– E aí, dude! – David apareceu atrás de Lua.
– David, que surpresa – Arthur disse desanimado.
– DAAAAAAAAAVID! – Sophia saiu correndo da cozinha pra cumprimentá-lo. – Que bom que você veiooooooo! 
Sophia deu um abraço nele, que fez Micael ficar vermelho de ciúmes. Ela deu espaço para ele entrar em casa e fechou a porta.
– E então, Luh, que filmes você trouxe? – Harry perguntou irônico.
– Eu trouxe ‘De volta para o futuro’ – Lua disse, com um sorrisinho.
– Owwwwwwn, Luh! Sério? Onde? Eu quero veeeeer! – Harry gritava como uma criança.
– Caaaalma, Falcone! – Lua disse rindo e pegando os filmes da sacola. – Eu também trouxe ‘Extermíni’o, ‘A casa de cera’ e ‘Água negra’. Qual a gente assiste primeiro?
– Eu voto em ‘A casa de cera’! – disse David, saltando no sofá.
– Ai, David! Eu disse que eu morro de medo desse filme! – Lua choramingou.
– Se você tem medo, então porque trouxe? – Micael perguntou.
– Porque o loiro de farmácia aí do lado me convenceu!
– A gente não precisa ver esse, se você não quiser. Vamos ver ‘Extermínio’, então? – Arthur propôs, dando um beijo estalado na bochecha de Lua.
– Ah, eu quero ver ‘A casa de cera’! – Sophia falou.
– Eu também quero ver ‘A casa de cera’, me falaram que a Paris tá uma gata! – Harry disse malicioso.
– Pelo visto, vocês não tão nem aí comigo, né? – Lua se fingiu de ofendida. – Eu nem sei porque eu ando com vocês! – Começou a fingir que estava chorando.
– Ownn, nosso babyzinho! – David disse, abraçando Lua e começando a fazer cócegas. Arthur não gostou nada, nada da aproximação dos dois.
– Ah, sério, Luh, como você vai ter medo de um filme tendo quatro gostosões como nós ao seu lado? – Micael perguntou, enchendo o peito.
– Meu herói! – Sophia disse, abraçando Micael.
– Deixa eu colocar logo essa bodega. E vocês tragam a vodka e a coca-cola! – Harry falou, pegando o DVD.
Lua se levantou pra pegar as bebidas, e David a seguiu.
– Quer ajuda?
– Claro!
– Luh! Pega a pipoca que eu fiz também! – Sophia gritou, enquanto Micael ia para cima dela.
– Dá pra controlar esses hormônios? Vocês não tão num motel! Muito menos no meu quarto! – disse Harry, lembrando-se do jeito que encontrou seu quarto depois das duas vezes que o furacão Sophia passou por lá.
– Não incomoda, Falcone! Senão eu conto o que você fez com a Marcia! – Micael disse baixinho. Harry calou a boca na hora.
– Quem vai querer vodka? – Lua chegou cheia de bebidas nas mãos.
– A pergunta é quem não vai querer! – Arthur disse, pegando as bebidas das mãos de Lua e misturando com coca-cola.
Ele distribuiu pros outros, e Harry colocou o DVD. Micael sentou numa poltrona abraçado a Sophia. No sofá, Harry, Arthur, Lua e David se apertaram.Sophia e Micael nem assistiram ao filme , ficaram só se amassando. Lua fechava os olhos em algumas partes e segurava a mão de Arthur muito apertada.
– Calma, Luh – Arthur sussurrou no ouvido dela sorrindo.
Lua retribuiu o sorriso.
Quando o filme terminou, já eram oito horas e eles já estavam um tanto alterados.

– Gente, eu tive uma idéia! – David disse, saltando do sofá com um sorriso malicioso. – Por que a gente não faz alguma brincadeira com os espíritos?
– Não, não e NÃO! Enlouqueceu? – Sophia pulou da poltrona, detestava essas coisas.
– Eu achei a idéia bem legal! – Harry concordou.
– Eu topo! – Lua disse animada.
– E cadê aquela menina que tava com medo do filme? – Micael perguntou confuso.
– Eu tenho medo daquele filme, mas eu adoro filmes de terror e essas coisas – ela respondeu.
– Eu também gostei da idéia. Mas qual jogo a gente pode fazer? – Arthur perguntou.
– E quanto ao meu medo? Helloooo! – Sophia disse apavorada.
– Ah, nem vem! Eu tive que assisti aquele cu de filme! Você vai ter que jogar também! – disse Lua.
– Mas é a minha casa, isso não é justo! – Sophia choramingou.
– Qual é, Soph, tá com meeeeeediiiinho? – David zoou da cara de Sophia.
– Até você, David! – Sophia continuou choramingando.
– Ah não estraga nossa diversão Soph! – disse Harry.
– Tah legal! – Sophia disse emburrada.
– Então o que a gente vai jogar? – Lua perguntou, com um sorriso maléfico.
– Que tal o jogo do copo? – Arthur sorriu para Lua com o mesmo sorriso. Todos ficaram se encarando.
– Eu pego o copo e as velas! – Micael se levantou correndo.
– Eu faço o treco com as letras! – Harry fez o mesmo.
Ele pegou uma revista e começou a recortar algumas letras e a palavra 'sim' e 'não'. Arthur se levantou para buscar mais bebidas e eles sentaram fazendo uma rodinha. Micael chegou com um copo e as velas, apagou todas as luzes da casa e acendeu as velas, colocando-as em volta dos amigos, formando um círculo.
– Muito bem, preparados? – Harry perguntou, sorrindo malicioso. Todos responderam que sim, e Arthur continuou.
– Se há neste momento alguém aqui presente, que se manifeste agora.
Todos colocaram o dedo indicador em cima do copo. Lua e Sophia ficaram se encarando, com medo do que iria acontecer. Os meninos não paravam de rir e começaram a gritar.
– Andaaaaa! Apareceeee! – Harry começou a gritar.
– Pára, Harry! – Sophia ficou irritada.
– Que jogo mais sem graça! – Dave disse, tirando o dedo de cima do copo.
No momento em que ele tirou o dedo, o copo se mexeu para a esquerda, parando bem na frente de Lua.
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Lua tirou o dedo e começou a gritar.
Os outros continuaram com o dedo em cima do copo e começou a se formar uma palavra. O copo foi do M para o C , depois F , L e por ultimo Y .
– AI, MEU DEEEEUS! – Sophia começou a gritar.
– Gente, o que foi isso? – Arthur estava pálido.
De repente, um vento passou e apagou as velas.
– ESSA É A HORA PRA ENTRARMOS EM PÂNICO! – Lua começou a gritar, e Sophia a abraçou. As duas gritavam e choravam abraçadas.
– NÓS VAMOS MORRER! – Lua gritou.
– PRECISAMOS DE ÁGUA BENTA! – Sophia gritou.
Micael, que ainda não tinha dito nada foi acender as luzes.
– Tudo bem, gente, isso foi realmente muito estranho – ele disse pálido. – VAMOS SAIR DAQUI! – ele gritou, indo para a porta.
– Cadê a porra da chave? – Arthur gritou.
– Tava na porta, eu juro! – Sophia disse entre soluços.
– Alguém tirou – Dave falou de um jeito assustador.
– Arthur, se a gente morrer, eu quero ser enterrada com você! – Lua gritou, abraçando o namorado.
– Calma, Luh, nós não vamos morrer. A JANELA! – ele gritou, indo para esta. – Como se abre essa porra, Sophia?
Sophia, ainda tremendo, foi para perto da janela e a abriu. Eles se "entalaram" por um momento, pois todos queriam sair o mais rápido possível, mas conseguiram sair.
– Pra onde a gente vai agora? Tá tarde e eu tô com frio! – Lua reclamou.
– Eu tô com o meu carro, vocês aceitam dormir lá em casa? Não levem a mal, mas eu não quero dormir sozinho essa noite – Micael disse, tremendo.
– Muito menos a gente! – Dave falou.
– Então vamos pra casa do Micael. Mas, Sophia, promete que vai vender a casa! – Lua começou a exagerar.
– Tu vai comigo na igreja pegar água benta, Luh! – Sophia reclamou.
Harry estava parando, olhando para eles.
– Eu acho que eu sei que espírito estava conosco. – Harry disse, num ar assustador. – Eu senti alguém encostando a minha mão... Eu tenho certeza de que o espírito era o da – ele fez uma pausa e olhou para o chão – da Anne Boleyn!
Todos fizeram uma cara de espanto. E então Harry começou a cantar:

Anne Boleyn she kept a tin
Which all her hopes and dreams were in
She plans to run away with him forever
(never to be seen again)

Lua estava abraçada a Arthur; e Sophia, a Micael. Os quatro tremiam, enquanto Harry cantava sombrio.

Leaves a note and starts to choke
Can feel the lump that's in her throat
It’s raining and she leaves her coat in...

Harry não resistiu. Caiu na gargalhada.
– Do que você tá rindo, Harry? – Dave perguntou.
– Da cara de idiotas de vocês! – Harry chorava de rir. – Vocês caíram! – Ele se "atirou" no chão e começou a rolar de rir. – Micael, você tinha que ter visto a sua cara! Tava hilário! E a sua também, Arthur!
– EU NÃO ACREDITO! – Sophia disse brava. – Como você se atreve, Harry?
– Eu não resisti! Desculpe! – Harry ainda ria, rolando no chão.
– E a chave da casa? Foi você também? – Lua perguntou brava.
– Tudo fui eu. E vocês acreditaram!
– Eu não vejo graça nenhuma! – Lua disse, cruzando os braços.
– Coisa idiota, Falcone! Brincadeira mais sem graça – Dave concordou.
– Vamos entrar que eu to morrendo de frio! – Sophia disse.
Todos entraram na casa e arrumaram a bagunça que tinham feito. Todos dormiram na sala da casa de Sophia depois de mais algumas cervejas.


– Onde vocês estavam? Demoraram um monte! – disse Marcia, já brava com Harry.
– Desculpa! O Arthur se atrasou! –Harry falou, dando um cutucão em Arthur.
– É mesmo, Marcia, eu me atrasei, desculpe – disse Arthur, indo cumprimentar Lua.
– Não vamos perder tempo brigando, vamos logo à loja –Lua falou, puxando Arthur.
– Eu quero comprar aqueles macacõezinhos de recém-nascidos que são uma graça! – disse Marcia, indo atrás e puxando a mão de Harry.
– E eu quero comprar tudo na loja! – Lua falou animada.
– Acho melhor vocês não demorarem, senão a gente não pode fazer surpresa. Daqui a pouco acaba a radiografia – disse Arthur, apressando-se.
– Então vamos rápido! – Marcia falou, correndo.
Eles chegaram à loja de bebês mais fofa do shopping. Lua logo viu uma blusa com golinha e desenho de chocalhos que achou uma graça. Marcia levou um macacão de veludo que pode ser pra menina ou menino.
– Tenho certeza de que eles vão gostar! – disse Lua ,com a sacola na mão.
– É, a Mel ainda não ganhou nenhum presentinho! – Marcia falou, saindo da loja.
Eles foram para a casa de Chay. Como Arthur tem a chave, eles ficaram esperando eles chegarem.
– Ai, Chay, eu tô tão feliz! – disse Melanie, entrando em casa.
– Eu não podia imaginar que eu fosse gostar tanto de ficar olhando dentro da sua barriga, xuxúh! – Chay riu.
– Surpresaaaaaa! – disseram Lua e Marcia juntas, mostrando os pacotes que tinham comprado.
– Ai, meninas! Obrigadaaa! – Melanie falou, ainda mais feliz.
– Espero que você goste! A gente compro unisex, são as coisas mais fofas! – disse Marcia, mostrando.
Por incrível que pareça, até Chay começou a olhar as roupinhas e falar que eram lindas.
– Quem diria, hein, papai! – disse Arthur, brincando com o amigo.
– Ah, dude, não atrapalha a minha felicidade! –Chay falou, jogando uma almofada em Arthur.
– E a Soph e o Micael? – perguntou Melanie.
– Ah, foram ao cinema pra ver a estréia daquele filme patético que a Soph queria tanto ver – disse Luh.
– Como se você também não gostasse de comédia romântica, Luh! – retrucou Mel. – Eu também queria ir, mas preferi ir à radiografia.
– Que mamãe legaaal você é, Mel! – disse Lua, apertando as bochechas da garota.
– E tá tudo bem com o bebê? – perguntou Harry, mostrando-se interessado.
– Tudo certo, cara, nasce em agosto! – disse Chay animado.
Eles ficaram batendo papo furado, discutiram sobre o nome do bebê, e Arthur insistia que ia ser menino, enquanto os pais não tinham preferência. Depois de algum tempo, Harry levou Arthur e Lua para casa e saiu para jantar com Marcia.
Lua chegou em casa, tirou os sapatos e se jogou no sofá da sala. Não teria nada pra fazer naquela noite, então tomou um banho, colocou um pijama e foi assistir televisão. Os pais tinham saído para jantar fora e a convidaram para ir junto, mas ela estava muito cansada, e jantar com os pais é o melhor jeito deles saberem tudo que acontece na sua vida. Ela estava no meio de um filme de terror e justo quando iam assassinar o carinha mais gatinho do filme, o telefone tocou.
– O que vai fazer amanhã à noite?
– Preciso consultar minha agenda. Sou muito ocupada, mas se você quiser agendar horário com a minha secretária, sinta-se à vontade, Aguiar.
– Acho que sou mais importante que seu outros compromissos, então prefiro agendar com você mesma, Blanco.
– Diga seu telefone, e quando estiver desocupada, retorno a ligação.
– Deixa de se fazer de difícil e fala o que vai fazer amanhã à noite, gatinha.
– Eu ainda não tenho compromissos marcados. Você esta com sorte, Sr. Aguiar – disse Lua rindo.
– Então você pode sair amanhã À noite, lá pelas oito?
– Só nós dois?
– E a luz das velas – disse Arthur sorrindo meigo. Pena que Lua não podia ver.
– Me pega as oito, então, gatinho.


Lua estava em casa se arrumando para sair com Arthur. Estava com um vestido tomara que caia e colocava o seu melhor perfume, quando ouviu uma batida na sua janela. As famosas pedradas de Arthur. Ela foi para a janela e viu o menino todo arrumado, olhando para cima com cara de bobo apaixonado.
– Tá pronta? – ele perguntou, com aquele sorriso sexy.
– Tô quaseee! Já desço okay? – ela respondeu sorrindo.
Ela colocou um sapato de salto fino e conferiu o look no espelho. Tinha que estar perfeita. Ela abriu a porta e se deparou com um buquê de flores e ao lado uma caixinha preta.
– Que lindo ,Arthur! – disse Lua, pegando as flores.
– Tem mais! – ele falou, abrindo aquela caixinha e mostrando um lindo colar com as iniciais dos dois e um coração no meio – Posso colocar?
– Claro! – ela disse, virando-se e colocando o cabelo para cima.
– Vamos sair, então? Eu to querendo te levar num restaurante que eu tenho certeza que você vai amar! – Arthur falou, pegando a mão de Lua.
Eles jantaram e ficaram conversando até tarde.
– Acho que daqui a pouco eles vão fechar o restaurante. Já são três e meia da manhã e é uma quinta-feira – disse Lua rindo.
– Ah, mas eu quero passar o resto da noite ao seu lado –Arthur falou manhoso.
– Vai lá pra casa, então. Meus pais saíram, foram viajar.
– Uii, isso foi um convite pra ir dormir na sua casa, picles?
– Picles, Arthur?! – Lua caiu na risada.
– É, picles. Xuxúh já ta fora de moda! Mas dá pra responder a minha pergunta?
– Foi sim, alface!
Eles saíram do restaurante e chegaram aos beijos na casa de Lua.
– Eu te amo demais, sua poia! – disse Arthur, atirando Lua no sofá da sala.
– Não, eu te amo mais, ogro! – Lua falou, com uma mão na nuca de Arthur e a outra acariciando o cabelo dele.
De repente, os dois caíram do sofá e Arthur ficou em cima de Lua, que estava adorando ficar assim tão próxima dele. Eles ficaram um tempo se encarando e, de repente, Arthur tirou a camisa.
– Eu tirei a minha, agora você tira a sua – disse ele, abrindo o zíper do lado esquerdo do vestido, com um sorriso malicioso. – Que vestido difícil de tirar, hein! Não use-o mais quando estiver comigo!
– Sae de cima, então – disse Lua, afastando o menino de cima dela.
Ela começou a tirar o vestido de uma maneira realmente sexy, foi bem devagar para deixar o menino delirar, pensando no que tinha embaixo daquele vestido. E o plano deu certo. Ela voltou para o sofá, fazendo o garoto sair do chão e segui-la.
Ele a pegou pela cintura e começou a sussurrar no seu ouvido:
– Close you eyes and I'll kiss you.
– Tomorrow I'll miss you, remember I'll always be true – Lua continuou a música All My Loving, dos Beatles.
– And while I'm away, I'll write home every day.
– And I'll send all my loving to you.


Arthur abriu um pouco seus olhos, estava nu no sofá da casa de Lua. Ele olhou para o lado e viu a menina dormindo igual a um anjo abraçada a ele. Foi aí que ele se lembrou da noite maravilhosa que ele teve com ela. Ele ficou a observando dormir. Apesar de ser estar atrasado para aula, ele não tinha coragem de acorda-la. Ela estava dormindo tão doce que ele esperou ela mesma se acordar.
Alguns minutos depois, Luh começou a se virar e foi abrindo os olhos bem devagar.
– Bom dia, razão do meu viver – disse Lua, olhando para Arthur, com um sorriso meigo.
– Bom dia, luz do meu dia. Já tá na hora de ir pra escola, mas eu tava sem coragem de te acordar.
– Hoje tem prova no primeiro período, acho melhor a gente se apressar – disse Lua catando sua blusa, que estava debaixo do sofá.
– O que vai fazer hoje? – perguntou Arthur, enquanto abotoava sua calça.
– A Soph e o Micael convidaram a gente pra ir no boliche lá pelas sete, você topa?
– Topo tudo que for com você, sweety.
– É, eu sei o quanto eu sou especial pra ti – disse Luh, gabando-se.
– Não tem nem ideeeeia! – Arthur falou, dando um beijo estalado na bochecha de Lua.
– Tá, Aguiar, agora vai embora que eu tenho que tomar um banho! – Ela empurrou Arthur em direção a porta.
– Adorei passar a noite com você – ele disse, beijando docemente os lábios da garota.
– Eu também – ela falou, quebrando o beijo e o mandando embora.


– Vamos jogar, então? – perguntou Micael, pegando uma bola de boliche.
– Arrasa, gato! – disse Sophia, que estava contando os pontos do grupo.
Micael pegou a bola e com a maior facilidade fez strike.
– Uhul! Quem é o melhor, chérrie? Quem é o melhor? – ele perguntou, fazendo gestos com a mão vitorioso.
– Você, gostosão! – disse Sophia, abraçando o namorado.
– Sua vez, gata! – Arthur falou, olhando para Lua.
– Olha e aprende, fofo. – Ela deu uma piscadinha.
Pegou a bola friamente e jogou de um jeito simples, mas conseguiu derrubar todos os pinos.
– Arrasou, Luh! – disse Harry, dando um abraço de amigo na garota, que deu um sorrisinho para ele.
– A Luh é demais, cara! –Arthur falou, tirando os braços de Harry de cima da menina e a abraçando. – E é minha, tira o olho!
– Até parece, Arthurzinho! – Lua disse rindo.
– Minha e só minha, ok? – Arthur falou, fazendo cara de bravo. Lua deu um beijo nele.
– Sua vez, Soph – Lua gritou para Sophia, que estava aos amassos com Micael. Ela se aproximou da pista e tentou pegar a bola.
– Micael! Eu não sei jogar essa bola! É muito pesada, me ajuda? – ela disse, com um sorriso malicioso no rosto.
– Ai, ai, meninas... Mas é claro que eu te ajudo, chérrie –Micael falou, pegando a bola para Sophia. – Você tem que pegar desse jeito. – Ele demonstrou e depois deu a bola para Sophia. – Agora você deixa os pés desse jeito e fica dessa maneira. – Ele colocou a mão nos braços de Sophia, que estava entrando em transe. – Agora joga assim – ele falou, deixando o braço da menina jogar sozinho.
– STRIKE! – Sophia gritou.
– STRIKE, CHÉRRIE! – disse Micael, pegando Sophia no colo e a levantando.
– Agora me larga, Micael! – disse ela rindo.
– Ah, tá tão legal desse jeito! – Micael falou e começou a fazer cócegas na menina.
– Pára, Micael! – disse Sophia, tendo um ataque de risos. – Isso tá fazendo muita coceguinha! Micael, pára! – Ela ria.
– Ah, tem certeza de que você quer que eu te solte? Eu gosto tanto quando você fica pertinho de mim!
– Eu também gosto, mas não desse jeito, Micael! – dizia Sophia, ainda rindo.
– Olhaa quem tá aí! – Lua se levantou do sofá e foi cumprimentar Dave.
– Fooofa! – Ele a abraçou forte.
– Daaaaaave, minha Barbie preferida! – Sophia foi cumprimentá-lo também.
– Hey, vadiia – ele disse rindo.
– Já falei pra ti parar de me chamar de vadia – ela falou magoada.
– Ele não tem culpa que você parece uma dama de lotação com esses saltos e suas unhas! – Lua disse rindo.
– Você fala como se não parecesse também, Luh! – Dave implicou. Lua fez uma cara de ofendida.
– Eu não uso salto e muito menos tenho unhas compridas e troco de esmalte a cada quatro dias, ok? – ela falou, fingindo-se de brava.
– Mesmo assim, parece uma vadia! – ele disse, pegando-a no colo.
– AAAH, DAVE, ME SOLTA! – Ela começou a dar aqueles ataques histéricos de meninas.
– Hum... no, baby – ele disse calmo.
Arthur e Micael ficaram sentados, olhando para eles com raiva. Arthur se estressou quando viu Lua no colo de Dave.
– Me solta ou eu arranco seus cabelos cheios de tintura, sua bicha! – Lua disse rindo.
– Você não se atreveria! – ele falou incrédulo. – E eu não laargo!
– DÁ PRA LARGÁ-LA? – Arthur disse furioso.
Dave achou melhor não discutir e largar Lua. Ela foi para perto de Arthur um pouco sem jeito.
– Desculpa aí, dude – Dave disse.
– Só não faz de novo, ok? Ela é minha namorada, dude – Arthur disse mais calmo.
– Não vai acontecer de novo – ele falou sem graça.

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