{FIC} Secretária Particular

Capitulo Onze p.2 – Trabalho Incompleto e Capitulo Doze – A vida continua?

* * *

Lua chamara Mel e Chay para irem a sua casa no dia de sua volta. E também, tinha pedido a Mel para organizar sua casa com os móveis novos e doar os antigos para pessoas necessitadas, assim como faria com suas roupas.

Tomou seu banho e foi se vestir: Lua B. passou uma maquiagem bem leve, marcando os lábios com um glóss rosado.

Saíra da pousada de manhã cedo, para chegar em casa perto do meio dia. Entrou em casa, e encontrou Mel e Chay no seu novo sofá branco, que combinava com a mesa de centro em tabaco, com o quadro de paisagem natural e o abajur antigo.

- Uou – disse Chay vendo Lua.
- Você está quase irreconhecível – disse Mel sorrindo para a amiga. Parece que esses meses não foram só bons para Lua. As magoas só precisavam de um empurrãozinho para serem esquecidas finalmente.

- Eu preciso falar com vocês – Lua foi direta.

Se sentaram no sofá e Lua começou:

- Sei que eu errei, e que todas as palavras que eu recebi foram ótimas para mim. Me fizeram refletir. Eu pensei muito nesses meses, e eu decidi que aquela Lua, que erra a cada cinco segundos, não existe mais. Por dentro e por fora. - Mel correu e abraçou a amiga.

- Saudade da Lua que eu conheci na escola – disse Mel rindo. Sim, elas se conheciam desde o ensino médio. Lua riu. Depois ela e Chay se abraçaram.

- Você mudou radicalmente – comentou Chay observando o visual de Lua. Ela riu.
- Mudei, sim a propósito, Chay, quero demissão.
- Quer o que? – Chay perguntou.
- Demissão. Decidi começar uma nova vida, que não envolve matar ninguém. E ah, gostaria de me candidatar a babá da Ray, se ainda precisam é claro.

Eles ficaram alguns segundos em silêncio, tentando entender Lua.

- Bem, se você quer demissão, tudo bem. E sim, ainda precisamos de babá – disse Chay confuso.

Lua sorriu. Ela começara uma nova vida.

* * *

Arthur ficou sabendo, pelo e-mail da “amiga” que já tinha lhe avisado de Lua, que a tarefa de Lua era lhe roubar o dinheiro que ele havia pego de Chay, mas ela fez um pouco mais e agiu de forma errada. E pediu que, se fosse para brigar com Lua, que não lhe procurasse, pois Lua agora estava renovada, e pronta para outra, e lembrar de tudo que ela fez, só lhe faria mal, e também mal a ele.

Claro, que ele ficou curioso com a nova Lua, mas seu orgulho, era muito maior.

Decidiu aceitar o conselho da sua amiga secreta e deixar Lua em paz, já que isso estava lhe fazendo bem. Talvez até, já começara a esquecê-la e isso era um avanço.

Trabalhava como nunca, mas tinha suas horas de descanso. Começou a conhecer pessoas novas e legais saindo com Sophia e Micael. Decidira trabalhar limpo, sem roubar de ninguém. E até que os negócios estavam indo realmente bem.

- Arthur, vamos? Estão nos esperando lá em baixo – chamou Sophia.

Eles iam a balada, distrair um pouco, dançar, beber.

- Claro – Arthur sorriu. Desligou o notebook e saiu junto a irmã.

Ele era um novo Arthur.

Creditos:Vic Harding Fitz Montgomery e Cristiane Momsen Aguiar

Capitulo Doze – A vida continua?

Lua agora era babá de Ray e estava feliz com sua nova fase. Era alegre, sorridente, feliz consigo mesmo. Desde que abandonara sua antiga vida, suas antigas roupas, era uma nova Lua.

- Tia Lua, brinca de boneca comigo? – pediu Ray sorrindo.
- Claro amor. - Foram para a sala, e começaram a brincar. 

O nome de Arthur nunca era tocado, até porque, Lua ainda o amava, mas havia feito tudo errado, e não sabia como concertar. Sem contar que Arthur já havia seguido com a vida dele.

Fazia poucos dias que saíram no jornal e em todas as revistas de fofocas:

Arthur Aguiar está namorando Ully Lages

A conhecida estilista, e o famoso empresário engataram um romance a poucas semanas. Eles são bem discretos quanto a isso, mas circulam pelas ruas de mãos dadas.

A única a comentar sobre isso, fora Sophia Abrahão:

- Meu irmão está em uma nova fase. E Ully está fazendo muito bem a ele. Fico feliz que eles estejam bem juntos. – relatou ela.

Lua ficara realmente abalada com a nota, mas por um lado, estava feliz que Arthur estava se dando bem na vida, que ele encontrou a felicidade.

Mel achara que Lua iria desabar ao ler a noticia, mas Lua se mostrou firme. Afinal, ela mesma tirara Arthur de si, ele era livre pra fazer o que quiser.

Lua evitava passar em frente a empresa de Arthur, mas era difícil, pois ela ficava bem no centro, na rua popular, então, as vezes o via, mesmo que de longe.

Nessas ultimas semanas, após a noticia, ela vira sem querer, Arthur e Ully, em um café, perto da empresa. Eles riam, conversavam e trocavam selinhos. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela segurou, firme e forte. Se afastou dali e seguiu ao seu rumo: o mercado. Comprou o que tinha de comprar e voltou para a casa dos Suede.

Contou a Mel o que vira, e acabou derramando algumas lágrimas, que logo tratou de secar.

- Eu não vou chorar por ele estar feliz – disse Lua brigando consigo mesma – ele merece, depois de tudo o que eu fiz.

- Você devia se dar uma chance Lua – brigou Mel – poxa, você o ama, e agora que está assim, renovada e feliz, deveria tentar, pelo menos, ser amiga dele, ou tentar conseguir um pedido de desculpas!

- Eu sei, mas ainda está tudo muito machucado aqui, não comigo, mas por eu ter feito aquilo. Eu preciso saber o que vou dizer a ele, porque desculpas e perdão é pouco.

- Ok. Só não demore muito – alertou Mel.
- Por quê?
- Pode ser tarde de mais – falou Mel – e você sabe disso.
- Eu sei – suspirou Lua – eu só quero pensar em um jeito que ele me escute.
- Vá a casa dele.
- Não, o porteiro não ia me deixar entrar.

De repente, Mel sorriu.

Sabe, um passarinho me contou, que um certo alguém, vai no antigo apartamento seu, todo o dia, depois do trabalho. - disse Mel.

Lua se levantou de um pulo. E sorriu.

- Como você sabe? - Mel sorriu.
- Eu apenas sei. Aproveite isso. – Mel saiu, deixando uma Lua pensativa no carro.

* * *

Parecia que Arthur tinha finalmente se achado. Ou estava perto do fim do labirinto.

Conheceu Ully em uma festa que foi com Sophia e Micael, saíram algumas vezes e começaram a namorar logo. Ele a achava bonita, inteligente, ela era sorridente e o fazia rir, quem sabe ele não se apaixona-se por ela futuramente?

Sim, futuramente. Ele ainda amava Lua, parecia que a cada dia mais, só que tinha seguir em frente. Embora brigasse consigo mesmo, tinha esperança que essa nova Lua, trouxesse boas novas para ele, mas até agora, nada. Sabia que era idiotice pensar nisso, mas fazer o que, ele ainda a amava.

Ouviu batidas na porta do seu escritório, o despertando dos pensamentos.

- Amorzinho? – chamou Ully entrando e sorrindo.
- Oi – disse Arthur forçando um sorriso.
- Você está meio estranho, está tudo bem? – Ully perguntou preocupada.
- Dor de cabeça, os negócio estão me ocupando um pouco – mentiu Arthur.
- Ah, tudo bem. Não quero te atrapalhar. Só vim te entregar esse envelope que te deixaram na portaria – disse Ully sorrindo. Deu um selinho em Arthur, e saiu.

Arthur abriu o envelope.

Arthur querido, 
Você terá um surpresa logo, logo. Lua está realmente mudada, e eu vejo que você também. Posso não ser vidente, mas vejo um bom futuro se tudo der certo, a final, vocês dois passaram por muito, juntos e separados. Eu só quero ver vocês dois felizes.
Sua Amiga.

Arthur releu a carta, tentando entender.

Ele teria uma surpresa, logo, mas quando? Ele sabia que Lua tinha mudado, mas não sabia, o quanto e como tinha sido. Ele também estava diferente, e de verdade, ele gostaria de ouvir o que Lua quer lhe dizer, mesmo que não leve a lugar nenhum, ele gostaria.

A final, com tudo isso, ele aprendeu, que um erro leva a outro.

Se ele não tivesse roubado do Suede, Lua não teria vindo até ele, e não teria trabalhado para a vingança do Suede. Um passo torto, leva a outro, mas com uma mão amiga, o passo pode ser acertado.

O chamem de idiota ou trouxa, mas ele já tinha perdoado Lua. O amor que ele sente por ela, o fez perdoar, de algum modo, ele não a odeia. Afinal, ele sabia, que se estivesse no lugar dela, faria a mesma coisa, e não podemos crucificar as pessoas pelos erros delas, se você faria o mesmo.

Arthur era um novo homem. Longe dos negócios errados, longe dos problemas. Parece que o que Lua lhe fez, no final, foi realmente bom.

Creditos:Vic Harding Fitz Montgomery e Cristiane Momsen Aguiar