11 de abr. de 2013

Here comes the storm


Capítulo 7


Um ano e alguns meses haviam se passado desde o episódio de toda a reviravolta na vida de Arthur. Parece que não, mas fiquei sabendo que ele e Lua realmente só começaram a namorar pouco antes daquilo acontecer. Antes, eles só levavam a fama mesmo. Engraçado (não).
No outro dia, seria dia dos pais e
 Arthur, apesar de ter conseguido dar um grande passo na depressão, sabia que iria voltar a ficar mal por causa da data. 
Sexta feira, todos nós na escola, intervalo. Sentamos eu,
 Chay e ele embaixo de uma árvore. Lua veio saltitante com o cabelo voando perfeitamente atrás dela e um sorriso de orelha à orelha.
- Ei! - ela se sentou entre
 Chay e Arthur.
- Olá - respondemos eu e
 Chay, sorrindo de volta para ela.
- Tenho uma ótima notícia. Mas é para o
 Arthur - ele levantou a cabeça e a puxou para perto.
- O que é?
- Interesseiro - ela riu e o olhou - Esse final de semana, a casa é só minha -
 Arthur a olhou feio, já abrindo a boca para dar uma bronca daquelas nela e em suas intenções - E eu quero você comigo - ele sorriu e apertou o nariz dela. Arthur começou a ficar fofinho de uns meses para cá e admito que eu estava achando bom vê-lo tão diferente.
- Nada de festa no sábado à noite - ela fechou a cara - Só comigo.
- Só com você - ela concordou, rindo e o abraçou pelo pescoço.
- Amor - ele chamou depois de um tempo.
Amor? Palmas.
 Arthur Aguiar está evoluindo. Fofinho. Viu? Eu não disse?! 
- Eu te amo - dei um berro nessa hora, mas eu juro que foi sem querer. Cara, que coisa mais fofa.
 Chay, estamos ficando há uns meses e você nem sequer disse algo legal para mim. Ok, só disse que eu era a menina mais maravilhosa do mundo, mas isso ainda não é um 'eu te amo'. E do jeito dele foi tão lindo... Chay riu e eu o olhei assustada. Ele deu de ombros.
- O sinal bateu - ela se mexeu. Super corta clima ela, né? Concordo, mas aposto que ela só falou aquilo porque...

- Eu não estava e nem estou pronta para ouvir uma coisa dessas - ela dizia desesperada no telefone para mim. Ri alto.
- Você devia estar. Sabe que ele gosta de você. Por acaso ele trata as outras pessoas do jeito que ele a trata?
- Não, mas isso não tem nada a ver.
- Admita: você tem medo.
- Medo de quê?
- De gostar de verdade de alguém. Vamos, ele deu um passo super legal para o relacionamento e você super cortou o clima com um 'o sinal bateu' - foi a hora de ela rir e concordar.
- Verdade. Super broxa.
- Espero que, quando ele chegar, você o trate melhor.

Sábado, dia dos pais. Ela acordou e sentiu os braços dele em sua cintura. Moveu devagar a cabeça para o lado e o sentiu mexer muito perto. Continuou a virar a cabeça e o viu se encaixado nela. Sorriu e apoiou a cabeça no travesseiro.
- Bom dia, bebê - ele disse baixinho, roçando o nariz no pescoço dela. Ela riu baixo e se encolheu.
- Bom dia. Fome?
- Muita, mas muita preguiça de levantar também.
- Faça um esforçozinho, vai - ela virou para o lado e o olhou. Mexeu no cabelo dele todo bagunçado. Brincou com a franja jogada dele, enquanto o mesmo fechava os olhos. Ele se aproximou mais, ainda sem enxergar, e a beijou calmamente.
- Cante para mim - quebrou o beijo, a abraçando como dava.
- Eu não sei cantar.
- Sua voz é linda. Cante - ela negou com a cabeça - Faça um esforçozinho, vai - ela riu.
- Cantar o quê?
- I'm Yours -
 Arthur voltou a fechar os olhos, enquanto Lua começava a cantar. Ele acariciava a barriga dela por baixo do pijama e sorria.
- Ei, já é meio dia. Precisamos comer alguma coisa - disse depois de acabar de cantar.
- Ah, não.

Eu estava na sala com
 Lua e Chay. Estávamos a todo o custo tentando distrair Arthur, antes que ele se lembrasse de que era dia dos pais. Arthur estava acabando de se vestir no quarto dela.
-
 Lua - ele chamou do andar de cima.
- Você sabe se vestir,
 Arthur.
-
 Lua - ele voltou a chamar e ela ignorou - PORRA, LUA! - ela arregalou os olhos.
- Droga, ele se lembrou - ela saiu correndo escada acima e eu e
 Chay ficamos estáticos e sem saber o que fazer. - Vou pegar água com açúcar - eu o segui, concordando.
- Droga,
 Lua - ouvimos a voz de Arthur já na sala - Por que essas coisas só acontecem comigo?
- Não é só com você. Existem muitas pessoas assim também.
- Mas elas não estão chorando porque hoje é dia dos pais!
- Vai ver elas acharam uma maneira melhor de se distrair e não se lembrar do dia de hoje. Afinal, é só mais uma data no calendário, não é mesmo?
- Lógico que não! Você é maluca? É o dia dos pais. Dos PAIS. PAIS. Homens. Homens que têm filhos e que recebem presentes. Eu não vou poder dar nenhuma merda de presente para o meu e ele muito menos vai poder receber, caralho! Que vida vadia! -
 Chay me olhou assustado e deitou a colher que mexia a água com açúcar na pia. Foi até Arthur e lhe entregou o copo - Não quero isso.
- Beba, cara. Você precisa ficar calmo.
- Que se dane a calma. Eu quero meu pai, porra. Será que não dá para entender?
-
 Arthur, as coisas acontecem por algum motivo e, por mais que ele seja injusto, há um motivo no final - arrisquei mais uma vez dar um conselho a ele. Incrível. Ele me olhou e não disse nada. Porém, os olhos dele transbordavam água depois que eu concluí a frase. Doeu em mim, afinal, eu tinha um pai e um pouco da noção de como seria não tê-lo por perto.
Chay mexeu as mãos. Estava nervoso. Lancei um sorriso a ele.
- É verdade, amor. e por mais que pareça feio o que eu vou dizer, é a mais pura verdade. As coisas acontecem por um motivo que desconhecemos. Não acontece só com você. Você não é o único.
-
 Chay, Mel, façam um favor - concordamos com a cabeça - Vão ver seus pais, por favor. Não quero que vocês falem nada. Só, por favor, vão e passem um dia muito bom com eles. Digam tudo o que vier à cabeça. Só não deixem de dizer. Eu imploro - concordamos mais uma vez e nos despedidos dos dois.
-
 Arthur, você não pode ficar assim. Tem que se lembrar dos momentos bons com ele - Lua passou a mão no rosto dele e limpou as lágrimas.
- É -
 Arthur disse fraco.
- Promete-me?
- Prometo - ela sorriu e ele sorriu de volta - Cante para mim - deitou no colo dela, pegando a mão e a levando até sua cabeça.
- O quê?
- Big Girls Don't Cry -
 Lua riu - Mas mude o ‘girls’ por ‘boys’. Pode ser?

- Claro que pode - apertou a boca dele, fazendo um bico se formar, e beijou.

6 comentários:

  1. oiii n sei se è vc q mufou o desegne do blog mas eu lei pelo o cel e naao ta dando para ler mais tem coko vc arrumar pqq amor muito esse blog e gostaria de continuar lendo obr

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  2. verdade n da pra ver muito bem ! linda eles ja tiveram a primeira vez deles ?

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  3. não da pra ler direiro por causa da letra Flor , mude-a
    Beijokas "

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