20 de abr. de 2013

When You Walk Away


É sempre assim, não tem jeito! Essa já é a terceira turnê dele e eu continuo me sentindo assim.
Meu nome é Lua Blanco, eu namoro Arthur Aguiar há 2 anos, e sim, ele é o guitarrista da famosa McFLY.
Cá estou eu, sozinha no quarto do apartamento que a gente divide em Londres. Ele está em mais uma turnê. Desde que a gente começou a namorar essa já é a terceira e eu não pude acompanhá-lo em nenhuma delas. O estágio e a faculdade sempre me impediram. Logo no começo eu até gostei de ficar um tempo sozinha, aliás, eu sempre gostei de ter um tempo pra mim, mas descobri que eu realmente preciso dele. Só ele consegue me fazer rir quando eu estou mal. Ele me faz tão bem, eu preciso dele ao meu lado 24 horas por dia, mas isso é impossível. Já fazem 3 dias que ele não liga, e não, eu não estou reclamando, sei que é o trabalho dele e ele deve estar ocupado, na verdade eu não reclamo porque já estou acostumada. Não é sempre que ele pode me ligar, mas eu sei que quando ele arranja um tempo liga para dar notícias. Cada vez que o telefone toca meu coração dá um salto, todo mundo já sabe que é melhor nem me ligar quando ele está em turnê, já que quando ligam eu falo o mais rápido possível, nunca se sabe a hora que ele vai ligar, né?
Ai, meu Deus! O telefone está tocando! É ELE!

‘Amor?’ A voz de Arthur surgiu do outro lado da linha e eu sorri boba.
‘Ai, que saudades, pequeno!’ Me joguei no sofá ainda sorrindo.
‘Saudade de você também, meu amor! O que você anda aprontando?’ Ele riu da própria pergunta e eu claro, ri também.
‘Hm... tava pensando em sair hoje à noite pra ver se acho alguns gatinhos!’ Ouvi ele rir sarcasticamente do outro lado da linha. ‘Que foi? Não gostou da idéia?’ Brinquei. 
‘Ná, é só que eu nem preciso sair pra achar as gatinhas, elas vem até mim.’ Ele fez uma voz convencida e eu fiquei roxa de raiva. Ele sabe que eu odeio essas brincadeirinhas que na realidade são totalmente verdade. ‘Aliás tem umas aqui que...’
‘ARTHUR AGUIAR!’ Eu gritei já sabendo o que ele iria dizer e ouvi ele rir. ‘Para de fazer essas brincadeiras idiotas, você sabe que eu não gosto!’ Cruzei os braços e fiz bico.
‘Aw, que fofinha você com ciúmes, amor!’ Ele fez uma voz gay e eu tive que me controlar para não rir. Fiquei em silêncio tentando dar um gelo nele. ‘Lu?’ Ele ficou em dúvida se eu ainda estava o ouvindo e eu apenas suspirei irritada. ‘Lu, você sabe que é brincadeira, vai. Para de besteira!’ Ele falou meigo e eu me derreti.
‘Não sei se é tão brincadeira assim, Arthur. Quantas garotas correm diariamente atrás de você? Quantas se jogam pra cima de você e atraem sua atenção?’ Choraminguei. 
‘Nenhuma atrai minha atenção, Lu. Você sabe que minha atenção é sempre voltada pra você mesmo que a gente esteja longe.’ Eu sorri boba ao ouvir aquilo. Cara, eu sou a namorada mais boba que existe.
‘Jura?’ Sentei no sofá e abracei as pernas. 
‘Você sabe que é verdade. Qual o motivo desse ataque? Eu sempre fiz essas brincadeiras com você!’ Fechei os olhos e suspirei. Realmente ele adora fazer essas brincadeiras comigo. Parece que gosta de ver a namorada sofrer.
‘Eu sinto tanto a sua falta!’ Senti a primeira lágrima teimosa cair e ouvi ele suspirar.
‘Eu também amor, mas falta pouco pra acabar! Só mais 1 mês!’ Ele falou animado.
‘Um mês é tanta coisa...’ Eu desisti de tentar controlar o choro. ‘Já são quase dois meses, Arthur, você nunca tinha ido em uma turnê tão longa!’ Funguei.
‘Lu não chora, não faz isso comigo!’ Ele falou baixinho e eu confesso que senti pena. ‘Fecha os olhos.’ Eu obedeci. ‘Tá sentindo? Eu tô aí do seu lado!’ Eu percebi que ele estava sorrindo. 
‘Arthur...’ Chamei ainda de olhos fechados. ‘Eu te amo!’ Sorri pela milésima vez desde que tinha atendido o telefone.
‘Eu também te amo, Lu! Não esqueça disso!’ Ouvi alguém gritar alguma coisa, devia ser um dos meninos da banda. ‘Eu tenho que ir amor, vamos passar o som pro show de hoje à noite!’ Eu resmunguei baixo sem querer desligar o telefone, mas sabia que ele tinha que ir.
‘Bom show!’ Falei meio sem animação.
‘Brigado pequena! Amo você!’ Droga! Ele desligou e nem deu tempo de falar que também o amava. Tá, eu sei que falei isso segundos antes, mas eu gosto de repetir, ok?

Levantei do sofá, caminhei sem vontade até o quarto e me joguei na cama abraçando o travesseiro de Arthur. O perfume dele me deixava tonta e anestesiada, era como se ele estivesse ali do meu lado. Abri os olhos e fiquei encarando o lado vazio da cama, o lado que ainda estava arrumadinho só esperando ele chegar e bagunçar tudo. Um mês, um mês, um mês é tanta coisa. Calma Lu, talvez não seja tanto assim.



Senti uma luz bater em meu rosto, e abri os olhos devagar constatando que o dia já estava totalmente claro e que eu dormira tentando mentalizar que um mês passará mais rápido do que eu imagino. Levantei sem vontade e olhei o relógio. Merda! Tô quase atrasada pra faculdade. Entrei no banheiro, tomei um banho rápido e vesti a primeira roupa que achei no armário. Não vai dar tempo de tomar café, vou ter que passar na Starbucks e comprar um Frappuccino. Nossa que pecado isso, né? Peguei minha bolsa e saí apressada de casa.



Cara, eu amo a minha faculdade, mas essas aulas, sinceramente, enchem o saco. Acho que já escrevi umas vinte vezes "Arthur Aguiar" na folha de caderno enquanto a Sra. Kingston fala alguma coisa que eu já parei de escutar a muito tempo. Ultimamente ando meio sem saco para essas aulas, acho que estou na TPM, ou talvez seja a saudade imensa que eu sinto do meu namorado, do abraço dele, do beijo dele, do sorriso dele... Ai, finalmente, acabou a aula!

Lu!’ Ouvi alguém me chamar quando já estava no portão da faculdade. Olhei para trás e vi Melanie correndo em minha direção.
‘Fala pentelha!’ Sorri e ela deu língua. A gente se conhecia há tanto tempo, éramos quase como irmãs. Foi ela quem me apresentou ao Arthur quase três anos atrás, na época que ela tinha um casinho com o Chay, outro membro do McFLY. Aliás, eles têm um casinho até hoje, por mais que fiquem ou namorem com outras pessoas, eles sempre acabam se pegando em alguma festinha.
‘Nossa, você saiu feito uma louca da sala e mal prestou atenção nas aulas, tá tudo bem?’ Ela me olhou preocupada e eu sorri.
‘Claro que tá amiga, é só... Saudade!’ Suspirei e ela apertou minhas bochechas fazendo carinha apaixonada. Cara, eu odeio quando ela faz isso.
‘Calma Lu, já, já, seu pequeno tá de volta!’ Escuto ela falar isso há uns dois meses.
‘Hm, sei.’ Forcei um sorriso. ‘Mas fala, veio correndo só pra me perguntar se tá tudo bem?’ Mudei de assunto.
‘Por quê? Não posso ficar preocupada com a minha amiga?’ Melanie fez uma cara afetada e eu ri. ‘Mas na verdade...’
‘Ahá, sabia!’ Cortei a frase dela rindo e ela fez careta. ‘Vai, desembucha!’ Cruzei meu braço no dela e começamos a caminhar para fora da faculdade.
‘É que eu chamei as meninas lá da sala pra irem lá pra casa hoje à noite, pra gente fofocar, falar mal dos homens e encher a cara!’ Ela piscou e eu balancei a cabeça. ‘E claro que não vai ter graça se a minha melhor amiga não estiver lá!’ Melanie me abraçou e fez a velha carinha de criança que ela costuma fazer sempre que pede um favor a alguém. Eu suspirei e olhei para ela que ainda me abraçava.
‘Ah, Mel...’ Eu comecei tentando inventar alguma desculpa.
‘Por favor, Lu! Vai ser bom pra você, a gente vai dar muita risada e daí você esquece um pouco do Arthur!’ Esse era o ponto. Eu não queria esquecer, eu só queria ficar embaixo dos cobertores esperando ele voltar. ‘Lu, você tá começando a ficar psicótica! Como você quer que seu namoro continue dando certo assim? O Arthur já foi a tantas turnês, você já devia ter se acostumado, mas parece que tá piorando.’ Ela me olhou mordendo o lábio e eu fiquei um pouco vermelha. De certa forma ela tinha razão, eu nunca tinha ficado assim.
‘Tá boom! Eu vou, sua chata!’ A abracei sorrindo e ela me deu um beijo na bochecha.
‘Então vamos, você me ajuda a arrumar tudo e também pode dormir lá em casa depois...’ Melanie foi tagarelando durante todo o caminho enquanto eu sorria ainda pensando se aquilo seria realmente legal.



‘Viu? Não foi tão ruim assim!’ Melanie entrou na cozinha depois que todas as garotas já tinham ido embora. ‘Ai, minha cabeça tá doendo.’ Ela sentou na bancada e eu ri.
‘Claro, né amiga? A gente bebeu e riu a noite toda!’ Balancei a cabeça lembrando das bobagens que tínhamos falado aquela noite. Imagine 9 mulheres bêbadas, só poderia dar nisso!
‘Ah, mas fala se não valeu a pena? Aposto que você nem lembrou que o Arthur existia!’ Ela sorriu vitoriosa e eu concordei com a cabeça. Realmente, durante aquelas horas eu podia jurar que não conhecia nenhum Arthur Aguiar.
‘Mas por hoje já deu, né? Vamos dormir porque eu tô acabada!’ Bebi um copo de água e vi Melanie sorrir sozinha. ‘Quê?’ Estranhei.
‘A gente podia tomar uma saidera, né?’ Ela riu boba.
‘Não, nem vem Melanie, por hoje já deu!’ A empurrei para fora da cozinha e ela foi resmungando até o quarto. ‘Boa noite!’ Beijei a testa dela e fui para o quarto de hóspede. Peguei meu celular e chequei se não tinha nenhuma ligação perdida. Nada. De certa forma era melhor assim. Iria ficar péssima se descobrisse que Arthur me ligara e eu não atendera.



Argh, não aguento mais, o tempo parece que não passa. Duas semanas desde a festinha na casa da Mel, ou seja, só faltam mais duas semanas pra ELE chegar. GOD, eu mal posso esperar. Ainda mais se essas duas semanas forem iguais as que acabaram de passar, e eu dúvido que sejam diferentes, mas tudo bem, eu supero! Arthur me ligou 3 vezes nessas duas últimas semanas. Sempre com um pouco de presa, mas só de ouvir a voz dele eu já fiquei mais feliz.
Já disse que odeio essas aulas inúteis? Nossa por que diabos temos que aprender filosofia? Isso dá sono. Comecei a desenhar uma flor no caderno, apenas pra passar o tempo. De tempos em temposMel vira pra mim e faz alguma careta o que me faz rir descontroladamente e deixa o professor mais irritado que o normal, juro que no final da aula eu mato a Melanie.
Ai, ótimo! Trabalho em dupla. Sorri para Mel enquanto ela já sentava ao meu lado resmungando.
‘Cara, o Sr. Lewis é um pé no saco. Não bastasse essa inutilidade que é filosofia ainda tinham que botar logo esse mala pra dar aula?’ Ela bufou abrindo o caderno e eu ri.
‘Então, sobre o que é o trabalho?’ Ah qual é, eu tava desenhando minha florzinha no caderno, não prestei atenção. Por sinal minha flor ficou linda, eu devia seguir a carreira artística.
Lu, o que diabos você tava fazendo enquanto ele explicava?’ Melanie me olhou incrédula.
‘Ah, qualquer coisa mais útil do que prestar atenção nele.’ Dei de ombros.
‘Ah, ótimo!’ Ela cruzou os braços.
‘Quê?’ Não entendi.
‘Eu também não sei sobre o que é!’ Ela fez uma cara safada e começamos a rir.
‘Algum problema senhoritas?’ O Sr. Lewis se aproximou da mesa e a gente controlou o riso.
‘Não Sr. Lewis, problema algum.’ Melanie sorriu e eu tive que controlar ainda mais o riso. Cara, ela sabe ser cínica. ‘Erm... Será que poderíamos fazer esse trabalho na biblioteca? Precisamos consultar alguns livros.’ Ela sorriu fazendo cara de criança e eu fiquei ainda mais assustada. O que ela faz aqui? Ela tinha que estar fazendo teatro ou alguma coisa do tipo.
‘Claro, mas não esqueçam que esse trabalho deve ser entregue na próxima aula.’ O Sr. Lewis sorriu e senti Mel me puxar rápido para fora da sala.
‘Como você consegue?’ Perguntei sorrindo enquanto caminhávamos até a biblioteca e Mel me olhou como se não entendesse. ‘Ser tão cínica!’ Rimos e ela me deu um tapinha no braço.
‘Ah meu bem, isso é só pra quem pode mesmo, eu nasci com esse dom.’ Ela piscou me fazendo rir ainda mais.

Entramos na biblioteca que estava quase vazia já que todos estavam nas salas. Sentamos em uma mesa mais afastada e abrimos o caderno para fingir que estávamos estudando.

‘Então, preciso te contar uma coisa.’ Melanie me olhou apreensiva e eu confesso que até fiquei preocupada. Mexi a cabeça como se dissesse pra ela continuar e ela suspirou. ‘O Chay...’ Ela sorriu sem graça e eu fiquei sem entender.
‘O que tem o Chay?’
‘Ele, erm... me ligou ontem!’ De novo Melanie sorriu sem graça enquanto eu abria um sorriso de orelha a orelha.
‘MENTCHÉRA!’ Gritei sem querer atraindo olhares mortais das pessoas (lê-se: nerds) que estavam tentando estudar por ali. ‘Mentchéra!’ Repeti baixinho e ela riu. ‘O que ele queria? Conta! Conta!’ Aproximei nossas cadeiras.
‘Ah, nada demais.’ Ela deu de ombros. Tsc Melanie, me engana que eu gosto. ‘Ele só queria conversar, me falou como tá indo a turnê e erm...’ ela fez uma pausa como se pensasse se devia falar ou não. ‘Ele disse que tá com saudade...’ Ela ficou vermelha como um pimentão e eu tive que controlar um grito histérico.
‘Que lindo! Que lindo!’ A abracei, quer dizer, eu quase sufoquei ela. ‘E você?’ Me afastei sorrindo.
‘Ah, eu fiquei um pouco sem graça na verdade. Quer dizer, tinha um tempo que a gente não se falava, né? Eu achei que ele estivesse saindo com alguma outra garota.’ Ela deu de ombros.
Mel, você sabe que por mais que ele fique com outras garotas, ele sempre volta pra você. E vice versa!’ Ela riu. ‘O Chay gosta muito de você.’ O que é bem verdade porque o Arthur mesmo que me falou.
‘E eu gosto dele Lu, você sabe disso.’ Ela ficou vermelha e eu achei isso tão bonitinho. Lembrei da época em que eu e o Arthur estávamos ficando, eu era igualzinha a Mel, virava um pimentão quando falava alguma coisa dele. ‘Mas é que, não sei sabe? Não acho que dê certo se a gente tentar algo mais sério.’ Ela me encarou suspirando.
‘Ah amiga, vocês nunca tentaram. Olha o meu exemplo, quando eu comecei a ficar com o Arthur ninguém apostou na gente, era como se as pessoas não vissem a gente como um casal... E agora a gente tá junto há 2 anos!’ Sorri e Mel retribuiu. ‘Eu acho vocês dois um casal lindo. Você tímida e toda delicada e o Chay é largado, bobo e engraçado, vocês se completam.’ Vi Mel abrir um sorriso imenso que quase não coube em seu rosto. Eles se gostam, isso é fato, mas não sei, parecem que têm medo de tentar alguma coisa mais séria, se bem que, eu não posso falar, também foi assim comigo. Eu tinha tanto medo de me entregar para o Arthur e ele me magoar, mas superei isso e bem, deu certo.

O sinal tocou e a gente voltou pra sala pra pegar o material e ir embora.

‘Nossa, ainda bem que hoje é sexta!’ Tem algum dia mais lindo que sexta? Definitivamente não!
‘Nem fala, vamos lá pra casa?’ Mel me olhou animada.
‘Só se você fizer brigadeiro!’ Cara, o brigadeiro da Mel é tudo!
‘Ah, tá bom, eu faço, chantagista!’ Ela me deu língua e a gente seguiu pra casa dela.



‘Alô?’ Atendi o telefone com a voz embargada de sono.
‘Amor?’ Ai é o Arthur. Sentei rápido na cama e não sei como, meti a cabeça na parede.
‘Ai caralho!’ Alisei o galo que estava prestes a nascer.
‘Hm... Bom dia pra você também princesa.’ Arthur falou sarcástico me fazendo rir.
‘Desculpa amor, bati minha cabeça na parede.’ Falei com uma voz manhosa. ‘Mas bom dia meu príncipe lindo!’ Sorri. ‘Como tá tudo por aí?’
‘Tranquilo! Estamos cansados, mas afinal, tá acabando, né?’ Percebi o cansaço pela voz dele.
‘Aw, meu amor, só mais uma semana! Sua cama tá aqui te esperando!’ Alisei o lado dele da cama.
‘Só a cama?’ Aposto que ele fez bico.
‘Hm... Depende, se você se comportar vem um brinde junto!’ Mordi o lábio e Arthur riu.
‘E esse brinde é um brinquedinho? Daqueles que eu posso brincar do que quiser?’ Ele falou com a voz safada e eu ri alto.
‘Own, que saudade das suas brincadeiras idiotas, pequeno.’ Suspirei.
‘Minhas brincadeiras não são idiotas!’ Ele falou emburrado e eu tossi. ‘Tá, talvez um pouco idiotas!’ Ele se rendeu me fazendo rir.
‘Que horas você chega?’ Sempre me esqueço de perguntar isso, finalmente lembrei antes de desligar o telefone.
‘No começo da tarde.’ Ouvi alguém falar alguma coisa e ele riu. ‘O Chay tá mandando um beijo.’ Duas vozes berraram e ouvi Arthur falar um palavrão. ‘O Micael e o Harry também.’ Eu sorri. Nossa, que saudade das bobagens dos meninos. Era tão bom quando eles vinham aqui pra casa e a gente ficava até altas horas bebendo e falando besteiras.
‘Manda outro, e diz que eu tô com saudade.’ Abracei meus joelhos sorrindo.
‘E como tá a faculdade? Muito trabalho?’ Arthur perguntou depois de alguns segundos de silêncio.
‘Hm... Um pouco. Ando meio sem saco, as aulas estão um pouco monótonas.’ Dei de ombros.
‘E a Mel?’ Ouvi uma voz perguntar isso antes de Arthur repetir. Chay obviamente está do lado dele.
‘Tá ótima! Fala pro Chay que ela tá com saudades dele.’ Eu e Arthur rimos enquanto ele repetia isso pro garoto ao seu lado. Aposto que Chay abriu um sorriso bobo.
‘Tenho que ir, pequena. Fletch quer conversar algumas coisas.’ Arthur suspirou.
‘Ok!’ Falei sem animação, queria passar horas e mais tempo com ele no telefone. ‘Bom show!’ Sorri.
‘Brigado, meu amor! Tchau.’ Ia desligar o telefone quando ouvi Arthur gritar.
‘Oooi?’ Falei rápido.
‘Erm... Eu te amo!’ Aw, diz se tem coisa mais linda que o meu namorado? Não, eu sei que não! Ele é um príncipe. Meu príncipe. O príncipe encantado do meu conto de fadas. Caraca, cada dia que passa fico mais melosa.
‘Eu também amo você, meu gordinho.’ Fiz vozinha de criança e ele riu. Ele sempre ri quando eu chamo ele de gordinho.

Desliguei o telefone e fui até a cozinha com um sorriso bobo no rosto. Ai, só mais uma semana, uma semaninha pra eu poder agarrar meu pequeno. 'AAAAH!' Gritei na janela. Não resisti!



‘Bom dia, amiguinha linda do meu coração!’ Sorri e abracei Mel quando ela abriu a porta ainda com cara de zumbi.

‘O que deu em você, Lu? Não são nem 9 da manhã, e hoje é uma quinta feira sem aula!’ Ela se espreguiçou.
Melanie, não acredito que você ainda tá de camisola, eu te liguei faz meia hora pedindo pra você se arrumar.’ Olhei pra Mel que se arrastou até o sofá e desabou.
‘Ah Lu, me deixa dormir mais um pouco vai?’ Ela se agarrou nas almofadas e se aninhou no sofá.
‘Tá bom, Melanie, é bom saber que você troca sua melhor amiga por um sofá.’ Cruzei meus braços com cara feia. ‘Pois fica aí com seu sofá, não quero mais sua ajuda.’ Andei emburrada até a porta mas no meio do caminho Mel jogou uma almofada na minha cabeça.
‘Sua vaca. Odeio quando você faz essas chantagens emocionais baratas.’ Ela se levantou do sofá e eu sorri. ‘Me dá meia hora pra eu tomar banho e me arrumar.’
‘Vinte minutos.’ Falei sentando no sofá.
‘Vai à merda, Lu!’ Ela me mostrou o dedo do meio e eu ri.

Alguns protestos por parte da Mel e quase uma hora depois, lá estávamos nós no salão. Eu quase tive que arrastar ela pelos cabelos de tanto que a criança enrolava.

Mel, deixa de ser pirracenta, para de se arrastar e anda direito!’ Cara ela tirou o dia pra me irritar hoje, mas ela esqueceu de um detalhe, hoje NADA vai me abalar! Sabe por quê? Por quê? Por quê? Hoje é quinta feira! Tá, e você pergunta: "E daí?" E eu te respondo: "É AMANHÃ!" Sim, isso mesmo que você está pensando. Meu pequeno, meu amor, meu gordinho, meu Arthur, chega amanhã! Eu mal consigo controlar minha excitação, é felicidade demais pra uma pessoa só.
‘MICKY!’ Gritei ao abrir a porta e me deparar com meu cabeleireiro. Cara, o Micky é o ser mais hilário da face da terra. Ele tem uma cabeça que parece um amendoim gigante ou alguma coisa do tipo, sobrancelhas três vezes maiores que as da Malu Mader e dentes completamente tortos, mas nada que o impeça de ser um ótimo cabeleireiro.
‘Meu moranguinho!’ Ele sorriu e veio em minha direção com os braços abertos enquanto eu via a Mel ao meu lado se controlar pra não cair na risada. Isso porque, ela já conhecia o Micky. ‘Como você está, minha diva?’ Ele me abraçou.
‘Tô ótima, minha purpurina! Sabe quem chega amanhã de viagem?’ Falei como se fosse a maior fofoca.
‘Hm... Difícil de adivinhar, hein Lu?’ Ele debochou e eu ri. ‘Mas me fala flor, quer ficar mais linda ainda pro seu pequeno?’ Ele fez um gesto pra eu sentar na cadeira.
‘Não, quero que ele ache que eu não senti a menor falta dele esse tempo todo.’ Suspirei.
‘Então, vamos lá meu bem, você vai sair daqui uma rainha!’ Ele sorriu confiante e eu e a Mel rimos.

Quase três horas depois eu e a Mel nos despedimos do Micky e saímos do salão.

‘Meu Deus Lu, o Micky faz milagres, hein?’ Ela riu e rolei os olhos.
‘Obrigada pela parte que me toca, Melanie!’ Mandei dedo enquanto ela ainda ria.

Mas eu não podia deixar de concordar com ela, eu estava realmente parecendo uma rainha, como o Micky falou. Minhas unhas estavam perfeitamente pintadas com um esmalte escuro, minha sobrancelha estava perfeita e meus cabelos cheirosos e sedosos, além do corte lindo que o Micky tinha feito. Enfim, eu estava me sentindo o máximo!
‘Ai que fome, vamos almoçar, Lu?’ Nem deu tempo de responder, a Mel já me puxou pelo braço e entrou em um restaurante. ‘Então, que horas o Arthur chega?’ Ela perguntou enquanto sentávamos na mesa.
‘Ele falou que era no começo da tarde!’ Lembrei da última vez que nos falamos. ‘Acho que vou preparar um almoço pra ele!’ Sorri.

Fizemos os pedidos, ficamos algum tempo conversando esperando pelo almoço e quando saímos do restaurante passeamos um pouco pelo shopping.

‘Ai Lu, vamos pra casa, eu ainda quero dormir!’ Mel fez bico.
‘Ok Melanie, você venceu! Vamos pra casa!’ Suspirei. Bom, a gente não tava fazendo nada mesmo, só passeando e olhando vitrines.
‘Tchau broto, até amanhã!’ Mel beijou minha testa quando chegamos em frente ao seu prédio. ‘E me liga quando o Arthur chegar, ok?’ Ela me olhou e eu sorri.
‘Acho que o Chay vai se encarregar disso.’ Pisquei e ela deu língua, sem graça. ‘Tchau!’ Sorri e continuei andando. Nossos prédios ficam a duas quadras de distância, ainda bem, porque meu pé tá doendo. Sabia que não devia ter ido de salto.



Nossa, não aguento mais enrolar na cama. Já deve ser mais de meia noite e eu simplesmente não consigo dormir. NÃO CONSIGO! Já tentei até contar carneirinhos, mas nada adianta. Acho que vou tentar contar segundos... Isso! Vou contar segundos até o Arthur chegar! Erm... Acho melhor não, eu tô realmente ficando paranóica. Tá, vou tentar assim mesmo. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove... Cem, cento um, cento e dois... Cento e cinquenta e sete, cento e cinquenta e oito... Isso realmente dá sono...
Ai, não acredito que quando eu consigo finalmente dormir um barulho me acorda, que porcaria de barulho é esse? Calma, isso é barulho de... CHAVE? Ai meu Deus, será que é ladrão? AH, eu tô sendo assaltada! Ai meu santinho, cadê meu celular? Droga, droga, tá na sala! Preciso chamar a polícia! Não, melhor não! Vai que ele tá armado e resolve se vingar, ain será? Calma Lua, respira! Isso é só imaginação, respira... Inspira... Respira... Inspira. Porra de novo? Isso não é imaginação, É ASSALTO! Ai meu Deus, justo agora que o Arthur não tá aqui, essa porcaria de ladrão não podia esperar mais algumas horas pro Arthur chegar? Ai, eu ouvi passos! Ouvi passos, não tô sonhando! Calma, quem sabe ele não aceite negociar? Exatamente, Lua, às vezes, eu me impressiono com a sua inteligência! Eu tenho algum dinheiro na carteira, e algumas jóias aqui, será que ele aceita? Ok, preciso tentar, né? Vou lá falar com ele.
Cara, eu mal estou respirando, nunca caminhei tão silenciosamente em toda minha vida. Outch! Merda! Caralho! Porra! Tem alguma coisa mais dolorosa que bater o dedinho na quina da parede? E eu nem ao menos posso gritar de dor. Calma Lu, respira fundo, só mais alguns passos e você chega na sala. Isso, pezinho pra frente pezinho pra trás... Não, pra trás não! Frente, frente! Ai Deus, o barulho tá aumentando! Acho que o ladrão acabou de botar as chaves em cima da mesa. Como esse viado conseguiu as chaves do meu apartamento? Tá, não é meu! Quer dizer... Não é só meu, mas é meu e do meu namorado! A gente divide as contas, então ele é metade meu, certo? Ah, que coisa idiota de se pensar quando sua casa está sendo assaltada no meio da noite. Espera! Eu tô ouvindo a respiração dele, e ele parece erm... Cansado? Será que ele subiu de escada? Nossa, já não se fazem ladrões como antigamente! Vamos em frente Lu, mas alguns passos e você está na sala. Isso... Devagar e sempre, esse é o meu lema.
AAAH! Eu tô vendo o tênis dele! Nossa, esse tênis é tão familiar, e erm... Essa bermuda, essa camisa, esse casaco, esse perfume... OMG!

ARTHUR?’ Observei meu namorado dar um pulo tamanho o susto e a força do meu grito. ‘Ai meu Deus, Arthur!’ Ele sorriu e eu pulei em cima dele distribuindo beijinhos pelo seu rosto enquanto ele ria.
‘Ai que saudades, minha princesa.’ Ele me abraçou apertado me tirando do chão. ‘Saudades sem fim.’ Arthur sussurrou beijando meu pescoço e eu me agarrei ainda mais nele.

Ele apertou suas mãos em minha cintura e me imprensou contra a parede subindo os beijos pra minha boca. Eu mal conseguia respirar, mas quem se importa? Respirar ali era secundário, se desse tempo a gente respirava. Puxei levemente o cabelo de Arthur fazendo ele soltar um gemido abafado e me pressionar ainda mais contra a parede. Desci minha mão até a barra da camisa dele e levantei um pouco tocando a pele quente dele enquanto ele contraia o abdômen e fazia o mesmo comigo. Suas mãos passeavam da minha barriga até as costas enquanto eu brincava com o elástico da boxer dele. Opa, que barulho é esse? Não acredito, que meu celular tá tocando logo agora! Eu mereço né? Arthur olhou pra mim como se implorasse pra eu não atender e depois voltou a beijar meu pescoço. Ai céus, isso eu mereço, isso eu sei que mereço! Mas essa porcaria de celular não para de tocar. Juro que eu mato o ser humano do outro lado da linha!
Arthur...’ Ele murmurou alguma coisa ainda beijando meu pescoço. ‘Arthur, acho melhor eu atender.’ O afastei um pouco e ele passou a mão pelo cabelo bufando. Corri até a bolsa e peguei o celular sem nem olhar o visor.

‘Fala!’ Fui curta e grossa mesmo. Isso lá são horas de ligar pro celular alheio?
‘Lu?’ A voz de Mel surgiu baixa do outro lado. Ok, posso matar ela agora ou deixo pra amanhã? ‘Lu, me ajuda.’ Ela falou ainda mais baixo e realmente comecei a ficar preocupada.
‘Mel, o que aconteceu?’ Perguntei tão baixo quanto ela.
‘O Chay...’ Continuou falando baixo. E que porcaria tem o Chay agora?
‘O que tem o Chay?’ Sussurrei.
‘Lu, quer parar de sussurrar?’ Ela falou engraçado e eu resmunguei qualquer coisa que nem eu mesma entendi. ‘O Chay tá aqui! Ele chegou de viagem e veio aqui pra casa!’ Ela me mandou parar de sussurrar, mas continua com o mesmo tom de voz baixo e assustado. ‘E a gente tava no sofá, e a gente começou a se beijar, e erm... Lu, o que eu faço?’ Ela falou a última parte um pouco mais alto. Nessa hora até Arthur já estava do meu lado preocupado querendo saber o que tinha acontecido. Eu ri alto sem acreditar que Melanie tinha atrapalhado meu momento “vamos matar a saudade” com meu namorado pra isso!
‘Melanie...’ Suspirei. ‘Volta pra onde você estava, agarra o Chay, faz o que mais você quiser com ele e ESQUECE QUE EU EXISTO! Passar bem!’ Sim, desliguei o telefone na cara dela. Quem ela pensa que é? Tá, ela é minha melhor amiga e eu mato e morro por essa criança, mas ela estragar a chegada do Arthur já é demais!

Olhei pra Arthur que estava encostado no sofá com cara de cachorro sem dono e sorri jogando o celular novamente dentro da bolsa. Andei até ele e o abracei pelo pescoço enquanto ele fazia bico.

‘Não acredito que você me trocou por um telefonema da Melanie.’ Ele cruzou os braços e eu ri dando beijinhos no rosto dele.
‘Desculpa, meu amor. Eu realmente achei que fosse alguma coisa importante.’ Desci minha boca pro pescoço de Arthur sentindo aquele perfume, o mais perfeito de todos, o que me deixa mais tonta e anestesiada. Ele me puxou levemente pelo cabelo me fazendo olhar novamente pra ele.
‘Eu quero saber onde tá meu brinde, meu brinquedinho.’ Ele sorriu safado me fazendo rir.
‘Hm, você já vai saber.’ Mordi o lábio inferior de Arthur fazendo-o soltar um gemido baixo. Ele passou as mãos por dentro da minha blusa e acariciou minhas costas me fazendo arrepiar até o último fio de cabelo. Desci minha mão até a barra da camisa dele e brinquei com o elástico de sua boxer novamente, passando meu dedo por ele. Arthur me puxou mais pra perto e eu dei um impulso cruzando minhas pernas em sua cintura, ele segurou forte em minhas coxas e foi caminhando lentamente até o quarto. Segundos depois me deitou na cama, mas eu juro que não sei como a gente acertou o caminho até o quarto, não paramos de nos beijar nem um milésimo de segundo, deve ter sido instinto mesmo.
Afastei nossas bocas por um segundo, mordi seu queixo e fui descendo minha boca pelo pescoço dele, dei pequenas mordidas enquanto arranhava suas costas e o ouvia suspirar alto. Ele me puxou pela nuca e voltou a me beijar, eu não sei se era um beijo calmo e apaixonado ou um beijo desesperado de saudade, mas ah, quem se importa? Eu tinha ele ali, comigo! Depois de mais de dois meses ele finalmente estava ali! Arthur parou de me beijar e sorriu levantando minha blusa, eu apenas levantei meus braços pra ajudá-lo e depois tirei a camisa dele e joguei em um canto qualquer. Mordi seu lábio inferior com força e ele soltou um gemido alto, eu ri e voltei a beijá-lo. Senti Arthur descer a mão para o short que eu usava, ele o empurrou pra baixo, eu terminei de tirar com os pés e fiz o mesmo com a bermuda folgada dele. O quarto estava quente e nossa respiração completamente descompassada. Ele desceu os lábios para o meu pescoço sussurrando alguns ‘eu te amo’ abafados e me fazendo sorrir ainda mais, se isso for possível. Suas mãos passeavam pelo meu corpo deixando prováveis marcas em algumas partes, tamanha era a força que ele apertava, mas eu não ligava pra isso, alguns roxos em minha pele não são nada perto da saudade que a gente sentia. Ele desceu uma mão para a barra da minha calcinha e se afastou um pouco olhando em meus olhos, aquele olhar que sempre me deixa sem reação, era como se ele pudesse ver minha alma. Eu sorri abobalhada e ele fez o mesmo puxando minha calcinha para baixo, e segundos depois tirando a própria boxer.
Os movimentos de Arthur eram calmos e delicados, como se eu fosse uma boneca de porcelana e pudesse partir a qualquer momento. Eu sentia a língua dele passar por cada centímetro do meu pescoço. Com uma mão eu puxava levemente seu cabelo e com a outra arranhava suas costas. Ele começou a morder minha bochecha, meu queixo, meu lábio inferior, me fazendo suspirar cada vez mais alto.
Minutos depois senti Arthur largar o peso do corpo dele sobre o meu e cair do meu lado. Ele me olhou meigamente e sorriu.

‘Gostei do brinde!’ Ele fez uma cara sexy e eu ri encostando minha cabeça em seu ombro.
‘Tava esperando você chegar só a tarde.’ Eu o olhei e ele concordou.
‘É, mas cancelaram uma sessão de fotos e a gente acabou pegando o avião mais cedo.’ Ele levantou a sobrancelha. ‘Não gostou?’
‘Ah não, é que se você chegasse um pouco antes você ia conhecer meu amante.’ Eu ri alto da minha própria piada e Arthur balançou a cabeça segurando o riso. ‘Ah amor, foi engraçado vai.’ Eu cutuquei a cintura dele porque sabia que ele sentia cócegas e ele riu.
‘Depois as minhas piadinhas que são idiotas!’ Dei língua e ele me abraçou.
‘Ai, que saudades do seu abraço, gordo!’ Minha voz saiu abafada porque eu estava com a cabeça enterrada no pescoço dele. O perfume dele me dopava completamente. ‘Promete que nunca mais vai em uma turnê tão longa assim?’ Me afastei olhando em seus olhos e ele sorriu fraco.
‘Você sabe que eu não posso prometer isso.’ Ele acariciou minha bochecha, eu fechei os olhos sentindo seu toque e balancei a cabeça concordando. Sabia que era o trabalho dele e que não demoraria muito e ele teria que viajar de novo. ‘Mas eu prometo que distância nenhuma nunca vai conseguir mudar o amor que eu sinto por você!’ Ele sorriu e eu quase explodi de tanta felicidade. Era tudo que eu precisava ouvir, Arthur tem o dom de sempre falar as coisas certas nos momentos certos.
‘Eu amo você!’ Falei já com os lábios colados nos dele. Aquele era o beijo mais perfeito de todos, o que sempre me acalmava, sempre me animava, era exatamente daquilo que eu precisava. Arthur partiu o beijo e me olhou novamente como se pudesse ver minha alma.
‘Eu preciso de você, Lua. Agora e sempre!’ Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Ali estava a maior certeza que eu tinha na minha vida. Era ele e SÓ ele que eu queria, pro resto da minha vida. ‘Eu amo você, minha pequena.’
FIM
Autora: Carolina/Cah


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