xxx Juntos pelo acaso

Capitulo 15

Arthur adentrou devagar no quarto de casal, aonde Jhulie e Diego dormiam. Ela estava de costas, sentada na cama, fitando sem expressões visíveis um retrato com foto(avá). Ele poderia ter batido, mas não, estava ansioso e nervoso para conversar com Lua. Ela não se moveu, ainda estava na cama de casal, foi então que Arthur ouviu soluços.

– Lu. − disse em um fio de voz. Ele estava preocupado, Lua não era de chorar, nem mesmo quando seu estresse estava em alta e ainda sim havia problemas, nem mesmo a TPM para fazê-la chorar. Mas sim, algo como uma foto. Ele se aproximou dela, e a mesma notou imediatamente isso, secou as lágrimas e olhou para ele, que permanecia à pouquíssimos metros dela. 

– Aonde está a Sophi? − perguntou ela largando o porta retrato na cama e se levantando, enquanto terminava de secar as lágrimas na roupa, e não o olhava nos olhos. 

– Dormiu. − respondeu ele ainda olhando-a, tentando desvendar o que havia em seus olhos. – Lua...

– O que você quer, hein Arthur? Vai jogar na minha cara novamente que eu não me preocupo com uma responsabilidade dura minha? Que eu não sei nem se quer lidar com uma criança sem quebrar regras? Pode falar, mas depois, as conseqüencias serão por.. − disse ela em tom alto. Naquele momento já havia parado de chorar, porém ao notar que Arthur a segurava pelos braços com força, balançando-a e fazendo-a olhá-lo nos olhos. Parou e prendeu o fôlego. 

– Antes de mais broncas, eu só quero dizer uma coisa, Lua. Uma! − implorou ele, ainda olhando-a firmemente nos olhos, com uma onda de desejo e amor passando entre os mesmos. Ele não a apertava mais. Ele suspirou, soltando-a aos poucos. – Há dias, semanas ou quase meses, eu venho tentando desvendar o que ando sentindo, não é normal, mas parece até uma doença, é complicado e... medonho às vezes. Em 2007, quando armaram um encontro pra gente, pensando que seria tudo maravilhoso e nada foi, eu já me senti estranho, mas de um jeito que eu desconhecia, agente se detestava, posso afirmar que sim, porém, quando soubemos que um presente inacreditável havia parado em nossas mãos como uma “bomba relógio” eu não quis mais acreditar que eu poderia continuar o mesmo de antes, fanfarrão, abusado, mulherengo, que nunca se importou e nem quis saber sobre família, mas hoje, atualmente eu convivo em uma, eu faço parte dela, eu vivo na mesma casa há meses com uma psicopata ambulante, uma gênio má fashion, que só entrou nessa por uma coincidência fatal, mas que hoje, habita no meu coração de uma forma inexplicável. Mas até que eu gosto! E quer saber mais. Eu a amo! − disse ele, e sentou na cama, cansado, mas já sem aquele peso nas costas, no pensamento e coração.

Enfim livre de um sentimento pesado e duro! Maldito ciúme. Maldito Derek!

Tipo, digam-me o que vocês acham: ( ) Sim, Lua aceitará numa boa a declaração de Arthur OU ( ) Não, Lua detestará a declaração de Arthur.

Autor(a): julyte