CAPÍTULO I
Parte 2
- Arthur? – perguntou
perplexa se aproximando do homem sentado, ainda que com cautela.
- Oi? – Disse Arthur, acordando do transe - Lua... – e pôs-se de pé. Continuava o mesmo de sempre. O sorriso debochado, os olhos penetrantes, tudo que ela queria esquecer. Se não tivesse certeza de que não tinha passado de seu limite, pensaria estar bêbada demais, a ponto de fantasiar com Arthur.
- O que você está fazendo aqui? – Ela ainda não acreditava. “Faz quantos meses, quatro? Cinco?”, se perguntou mentalmente enquanto Arthur formulava uma resposta. E como se em cada milésimo de segundo que ele tomava para pensar ela pudesse rever o passado, foi tomada pelas lembranças de seu então "namoro" com Arthur.
- Oi? – Disse Arthur, acordando do transe - Lua... – e pôs-se de pé. Continuava o mesmo de sempre. O sorriso debochado, os olhos penetrantes, tudo que ela queria esquecer. Se não tivesse certeza de que não tinha passado de seu limite, pensaria estar bêbada demais, a ponto de fantasiar com Arthur.
- O que você está fazendo aqui? – Ela ainda não acreditava. “Faz quantos meses, quatro? Cinco?”, se perguntou mentalmente enquanto Arthur formulava uma resposta. E como se em cada milésimo de segundo que ele tomava para pensar ela pudesse rever o passado, foi tomada pelas lembranças de seu então "namoro" com Arthur.
- Eu não sei – respondeu,
parecendo sincero – Só sei que... – ele parecia hesitante em terminar a frase.
Passou a mão pelos cabelos e tomou coragem. – Fiquei pensando nesse momento
desde que saí de Manchester.
Suas palavras adentraram os ouvidos de Lua e a deixaram confusa, perdida entre ceder e arriscar a se machucar de novo ou permanecer firme e intolerante a tudo que Arthur era, ou seja, seu maior desejo.
- E por que veio pro Rio? – Perguntou tentando esconder a tremedeira das mãos. “Será que ele está escutando o meu coração?”
- Também não sei – Respondeu, cauteloso – Pra falar a verdade – retomou, hesitante -, sonhei com você. Senti que tinha que te ver...
- Ah, então Manchester não supriu suas necessidades? – perguntou, irônica. “Mas que filho de uma puta!” pensou. Arthur a lançou um olhar cuidadoso, estudando sua expressão. Ela não parecia brava, então decidiu arriscar.
- É, o que eu queria não tem em Manchester – respondeu, aquele olhar que ela simplesmente não consegue resistir penetrando sua mente. “Foco, foco! Ele te deixou, ele te deixou...”
- Não tinha sua favorita lá não? Comprava outra cerveja Arthur, não seja tão exigente – a raiva que sentiu há cerca de um ano atrás parecia estar voltando aos poucos.
Arthur a olhava maravilhado, como se ela fosse algum tipo de visão. Embora seu rosto esboçasse qualquer coisa menos um sorriso, sentia que ela estava feliz em o ver. Se alegrou com isso, mesmo que não conseguisse entender a si próprio. Não era ele que há quase meio ano atrás correu para longe de tudo aquilo? Por que então sentia que tudo aquilo parecia ser tão certo?
Suas palavras adentraram os ouvidos de Lua e a deixaram confusa, perdida entre ceder e arriscar a se machucar de novo ou permanecer firme e intolerante a tudo que Arthur era, ou seja, seu maior desejo.
- E por que veio pro Rio? – Perguntou tentando esconder a tremedeira das mãos. “Será que ele está escutando o meu coração?”
- Também não sei – Respondeu, cauteloso – Pra falar a verdade – retomou, hesitante -, sonhei com você. Senti que tinha que te ver...
- Ah, então Manchester não supriu suas necessidades? – perguntou, irônica. “Mas que filho de uma puta!” pensou. Arthur a lançou um olhar cuidadoso, estudando sua expressão. Ela não parecia brava, então decidiu arriscar.
- É, o que eu queria não tem em Manchester – respondeu, aquele olhar que ela simplesmente não consegue resistir penetrando sua mente. “Foco, foco! Ele te deixou, ele te deixou...”
- Não tinha sua favorita lá não? Comprava outra cerveja Arthur, não seja tão exigente – a raiva que sentiu há cerca de um ano atrás parecia estar voltando aos poucos.
Arthur a olhava maravilhado, como se ela fosse algum tipo de visão. Embora seu rosto esboçasse qualquer coisa menos um sorriso, sentia que ela estava feliz em o ver. Se alegrou com isso, mesmo que não conseguisse entender a si próprio. Não era ele que há quase meio ano atrás correu para longe de tudo aquilo? Por que então sentia que tudo aquilo parecia ser tão certo?
- Hm, sei que pode parecer
muita cara de pau...
- Não me surpreendo mais com a sua cara de pau – interrompeu Lua. Cruzou seus braços e assumiu uma pose de deboche. Não queria, a nenhum custo, ter que continuar aquela conversa e acabar revirando o passado.
- Você me odeia, não é? – Perguntou Arthur após uma pausa, seguido por um silêncio terrível. Lua, cabisbaixa, colocou as mãos no rosto e tirou uns segundos para pensar. Estava atordoada, muito atordoada. “Como ele tem coragem de vir aqui, assim, do nada? Merda...”
- Olha – começou Luti -, eu juro que não quero piorar nada. Mas não tenho como voltar para Manchester hoje e não tenho onde ficar. Posso passar a noite aqui? – Pediu, quase que como em uma súplica.
- Não sei não... Por que não vai ver o Chay? – sugeriu Lua, ter Arthur em casa não era exatamente a idéia de felicidade que ela tinha.
- Não dá, ele não está na cidade. Por favor Lu, só hoje, hein? - Pediu Arthur tirando sua mochila do chão e colocando-a em suas costas.
- Vai, entra – falou indicando a porta, agora aberta, com gestos exagerados – Você conhece a casa, fique à vontade. Mas não muito. Vou subir, desço daqui a pouco pra fazer o jantar. Pode pedir uma pizza pra você se você quiser – e Lua subiu as escadas tentando parecer indiferente. O único problema é que ela estava morrendo por dentro.
- Não me surpreendo mais com a sua cara de pau – interrompeu Lua. Cruzou seus braços e assumiu uma pose de deboche. Não queria, a nenhum custo, ter que continuar aquela conversa e acabar revirando o passado.
- Você me odeia, não é? – Perguntou Arthur após uma pausa, seguido por um silêncio terrível. Lua, cabisbaixa, colocou as mãos no rosto e tirou uns segundos para pensar. Estava atordoada, muito atordoada. “Como ele tem coragem de vir aqui, assim, do nada? Merda...”
- Olha – começou Luti -, eu juro que não quero piorar nada. Mas não tenho como voltar para Manchester hoje e não tenho onde ficar. Posso passar a noite aqui? – Pediu, quase que como em uma súplica.
- Não sei não... Por que não vai ver o Chay? – sugeriu Lua, ter Arthur em casa não era exatamente a idéia de felicidade que ela tinha.
- Não dá, ele não está na cidade. Por favor Lu, só hoje, hein? - Pediu Arthur tirando sua mochila do chão e colocando-a em suas costas.
- Vai, entra – falou indicando a porta, agora aberta, com gestos exagerados – Você conhece a casa, fique à vontade. Mas não muito. Vou subir, desço daqui a pouco pra fazer o jantar. Pode pedir uma pizza pra você se você quiser – e Lua subiu as escadas tentando parecer indiferente. O único problema é que ela estava morrendo por dentro.
Creditos:Jane
Holloway
amei d+ a web
ResponderExcluirmto legal a web
ResponderExcluirposta mais por favor
ResponderExcluirSophia
quero mais web
ResponderExcluir