CAPÍTULO IV
parte 1
Acordou com o sol entrando discretamente pela janela em meio às cortinas. Se espreguiçou e bufou, estava cansada. E com ressaca, diga-se de passagem. Sua cabeça estava um turbilhão de pensamentos e seu corpo, um turbilhão de sentimentos. Levantou-se devagar, calçou suas pantufas e foi para o banheiro dar início ao seu ritual de higiene. Se olhou no espelho e viu sua cama no reflexo. Contra sua vontade, seu cérebro desenhou a figura de Arthur encostado na cama, a fazendo lembrar da última vez em que ele esteve ali. Sacudiu a cabeça para se desfazer dos pensamentos e foi para debaixo do chuveiro. Se encostou na parede e respirou fundo, fechando os olhos e se desvencilhando de todas as lembranças que pareciam querer a irritar. Saiu, colocando uma toalha na cabeça e outra em volta de seu corpo. Não sabia quantas vezes respirou fundo desde que tinha acordado, mas tinha certeza de que elas eram muitas. Se sentou na cama e olhou para a porta. Arqueou uma sobrancelha e tentou entender porque sentia que aquela porta lhe diria algo naquela manhã. Se lembrou da carta que tinha deixado no aparador há mais de um ano e de toda a baboseira que tinha escrito lá. "Será que ele a achou?" se perguntou, as mãos pareciam estar suando. Mais uma vez, respirou fundo e andou, passo a passo, até a fechadura.
Colocou sua mão na
maçaneta e a girou vagarosamente. Puxou a porta e, tá-dá, estava aberta.
"Ele veio..." sorriu timidamente. Tinha certeza de que tinha fechado
a porta e só havia uma razão e um modo para ela estar aberta agora. Agradeceu
ao esquecimento - ou esperteza - de Arthur, que não fechou a porta e a deu um
sinal de que esteve ali. Desceu as escadas nas pontas dos pés, se escondendo
atrás da parede. Não queria encontrá-lo caso o mesmo estivesse acordado. Chegou
à sala e encontrou um Arthur nitidamente cansado e sujo. De terra. Não entendeu
muito bem aquilo, mas também não fazia muita questão de descobrir o porquê de
ele estar assim naquela hora, estava presa num frenesi contido, que se
manifestava feito Reveillón em Copacabana dentro de seu ser. Deu uma última
espiada em Arthur e se dirigiu à cozinha. Abriu a geladeira para pegar o jarro
d'água, colocou um pouco em um copo e se deparou com um vaso de flores. Eram
tulipas, suas flores favoritas. Tirou uma delas de dentro do jarro e puxou seu
perfume, suspirando logo após. Pegou o pedaço de papel sujo de terra que estava
junto ao vaso e leu.
"Lua,
Você sabe que eu piso muito na bola e, infelizmente, não inventaram nenhuma máquina para eu poder voltar no tempo e apagar todos meus erros. Resta-me então tentar corrigi-los. Você não tem ideia de como sinto a sua falta, cada vez mais a cada dia que passa. Eu sei que eu poderia lhe falar isso cara a cara, mas tenho certeza que você voltaria para seu quarto e se trancaria lá de novo. Só que isso não tem mais como dar certo, já que eu tenho a chave, não é? Por favor, me perdoa. Eu te amo, muito.
Beijos,
Arthur"
Você sabe que eu piso muito na bola e, infelizmente, não inventaram nenhuma máquina para eu poder voltar no tempo e apagar todos meus erros. Resta-me então tentar corrigi-los. Você não tem ideia de como sinto a sua falta, cada vez mais a cada dia que passa. Eu sei que eu poderia lhe falar isso cara a cara, mas tenho certeza que você voltaria para seu quarto e se trancaria lá de novo. Só que isso não tem mais como dar certo, já que eu tenho a chave, não é? Por favor, me perdoa. Eu te amo, muito.
Beijos,
Arthur"
Ela pode sentir uma
lágrima tímida escorrer por seu rosto. A limpou rapidamente, deixando de lado o
papel que havia lido e subindo rapidamente as escadas. Abriu o guarda-roupa,
tirou um vestido e o colocou. Não estava exatamente ensolarado, mas dava para
arriscar. Calçou sua sapatilha roxa, e se perfumou. Se maquiou de leve e se
olhou no espelho. Estava extasiada, seu coração batia mais forte do que nunca.
Pegou a bolsa e desceu a escada discretamente, não queria acordar Arthur. Saiu
de casa e foi até a padaria mais próxima. Tentava conter o sorriso, mas era
impossível. "Feitos um pro outro, feitos pra durar..." cantarolou
baixinho enquanto escolhia o que queria comprar para o café da manhã. Pegou uns
pães, ovos e bacon e voltou para casa. Entrou em casa com cuidado e colocou as
compras em cima da mesa. Espiou discretamente atrás da parede, Arthur não
estava mais no sofá. Ouviu o som do chuveiro do andar de cima e percebeu que
ele estava tomando banho. Sabia que ele geralmente não demorava, então correu
para a cozinha e começou a fritar os ovos e o bacon. Fatiou os pães, preparou
algumas pastas, pôs a mesa e se sentou a ela. Cruzou as pernas e apoiou o
queixo na mão esquerda, que dependia do suporte do braço firmado em cima da
mesa. Balançava a perna livre levemente, esperando um sinal de que Arthur
estava descendo. Ouviu a porta se abrir e logo passos na escada tomaram conta
da sala. Ela se levantou prontamente quando Arthur apareceu secando o cabelo
com a toalha, uma expressão confusa no rosto.
- Bom dia Arthur - sorriu
Lua timidamente -, quer tomar café? - Perguntou atrapalhada.
- Quero sim... - respondeu ele franzindo o cenho enquanto se sentava à mesa. Lua se sentou na cadeira em frente a dele e o encarou. Os dois ficaram nessa por um bom tempo, até que ela sorriu torto e ele fez o mesmo.
- Dormiu bem? - Perguntou Lua enquanto colocava um pouco de café em sua xícara.
- Ahn, dormi sim - mentiu Arthur que não tinha dormido nem três horas direito - Você?
- Também - sorriu. Queria puxar o assunto das flores e da chave, mas não tinha certeza de como faria isso.
- Hm - começou ele -, coloquei minhas coisas num dos quartos lá de cima, tem problema?
- Ahn? Ah, sim, claro que não. Pode ficar por lá.
- Ah, que bom. Hm, vou lá no quarto rapidinho, já volto - piscou Arthur e subiu as escadas. Lua sentia a vontade de tê-lo mais uma vez lhe subir à cabeça, a deixando numa situação de luxúria. Fechou os olhos e tentou se segurar, mas logo estava subindo as escadas e indo atrás dele. Entrou no quatro e fechou a porta discretamente, se encostando nela. Respirava fundo. Arthur a olhou com espanto e curiosidade. Largou a mochila que tinha na mão e se aproximou, a fechando entre seus braços, suas mãos se apoiando na porta. A olhava com desejo, mas tinha receio de avançar.
- Você não presta - sussurrou Lua mordendo seu lábio inferior e respirando cada vez mais fundo.
- Quero sim... - respondeu ele franzindo o cenho enquanto se sentava à mesa. Lua se sentou na cadeira em frente a dele e o encarou. Os dois ficaram nessa por um bom tempo, até que ela sorriu torto e ele fez o mesmo.
- Dormiu bem? - Perguntou Lua enquanto colocava um pouco de café em sua xícara.
- Ahn, dormi sim - mentiu Arthur que não tinha dormido nem três horas direito - Você?
- Também - sorriu. Queria puxar o assunto das flores e da chave, mas não tinha certeza de como faria isso.
- Hm - começou ele -, coloquei minhas coisas num dos quartos lá de cima, tem problema?
- Ahn? Ah, sim, claro que não. Pode ficar por lá.
- Ah, que bom. Hm, vou lá no quarto rapidinho, já volto - piscou Arthur e subiu as escadas. Lua sentia a vontade de tê-lo mais uma vez lhe subir à cabeça, a deixando numa situação de luxúria. Fechou os olhos e tentou se segurar, mas logo estava subindo as escadas e indo atrás dele. Entrou no quatro e fechou a porta discretamente, se encostando nela. Respirava fundo. Arthur a olhou com espanto e curiosidade. Largou a mochila que tinha na mão e se aproximou, a fechando entre seus braços, suas mãos se apoiando na porta. A olhava com desejo, mas tinha receio de avançar.
- Você não presta - sussurrou Lua mordendo seu lábio inferior e respirando cada vez mais fundo.
- Você é quem não presta -
disse Arthur ao pé de seu ouvido, descendo beijos por seu pescoço. Ele subiu a
mão por sua coxa, levantando seu vestido e puxando sua calcinha, a fazendo
estalar em sua pele. Ela puxou seu cabelo com força e arrastou suas unhas de
leve pelas costas dele. Arthur começou a desabotoar seu vestido enquanto ela se
livrava das sapatilhas e o estimulava a continuar com gemidos discretos. Pouco
tempo se passou e ela já estava nua, presa no abraço de Arthur. Deitada na
cama, teve seus braços abertos e presos contra o colchão pelos pulsos que ele
fazia questão de segurar. Seus cabelos estavam esparramados pelo travesseiro,
seus olhos vidrados nos dele, seu corpo mole e disposto a tudo. Arthur a beijou
com paixão, a deixando ofegante e embriagada com seu perfume. Resolveu matar a
saudade que tinha de seu corpo e lhe desceu beijos pelo colo e barriga.
Creditos:Jane
Holloway
ameiiiiiiiiiiiiiiiii
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