24 de dez. de 2012

{FIC} Lignes de L'amour


Cap 13


Céus, agora mais de perto a visão da imagem de Arthur era ainda mais deprimente. Ele não era mais aquela pessoa cheia de vida, seus olhos estavam vazios, tristes e cheio de lágrimas. Eu não sei porque, mas no segundo seguinte, sem nem pensar duas vezes abracei-o, como se daquela forma pudesse trazer o MEU ARTHUR de volta. Mas ao contrário do que eu esperava, Arthur se encolheu em meus braços e desabou em um choro incontrolável.





- Eu senti tanto a sua falta bambina, tanto.


- Shiiu, não chore bambino, por favor. – sussurava-lhe enquanto acariciava-lhe os cabelos.





Certas coisas jamais mudaram e jamais mudariam.





- Eu não sei mais o que fazer pequena. Não vejo a luz no fim do túnel, e isso está acabando comigo. – soluçou - Estamos perdendo a guerra bambina.





Olhei-o confusa. Arthur estava daquele jeito porque estavam perdendo a guerra? Eu não conseguia acreditar naquilo em que ouvia.


- Não bambina – ele apressou-se em explicar-se – Eu não quis me referir nesse sentindo. Estamos perdendo a guerra, cada dia mais soldados chegam multilados, feridos, quase mortos. As verbas que iam para os remédios cairam pra lá da metade, eles estão preferindo investir em armamentos. Os médicos que agora são convocados, não estão aqui cuidando de feridos, e sim no meio do caos, segurando uma arma sem ao menos saber o que estão fazendo. Meus soldados, berram, gritam e esperneiam de dor e eu não posso fazer nada. Lua, eu fui obrigado a fazer uma cirurgia de reconstrução em uma soldado sem anestesia. Você tem idéia do que é isso? Muitos, tomado pelo desespero estão se suicidando e mais uma vez eu não posso fazer nada.





E eu que achava que eu é quem estava no inferno. O que eu estava passando nem se comparava com o sofrimento de Arthur.





Quando voltei para o meu acampamento, passei a observar as coisas de um jeito diferente. Realmente tinhamos muitos soldados, mas provavelmente nada comparado ao barracão do outro lado. A maioria de nossos soldados estavam sedados, recebendo medicações e em breve voltariam para casa.


Como era de se esperar Richard não mais abriu os olhos e aquilo foi como se tirassem um pedaço de mim. Naquele momento soube, que algo precisava ser feito e que eu estava disposta a mover céus e terras por isso. Voltei correndo para o topo do morro esperando ainda encontrar Arthur por lá. E foi por segundos, pois ao chegar ao topo, Arthur já encontrava-se descendo o mesmo.





- Arthur – chamei-lhe não muito alto para não levantar suspeitas. O mesmo parou de caminhar e olhou-me um pouco confuso. Aproximei-me rapidamente dele e surrurei: Mais tarde, quando todos estiverem dormindo, volte até aqui.


- Mas…


- Sem mas Arthur, confie em mim e volte.


Arthur ao me ver, saiu correndo em meu auxilio, não entendendo nada sobre o que estava acontecendo.

- Mas, o que…



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