{FIC} Lignes de L'amour

Cap 3

Leiam escutando: http://www.youtube.com/watch?v=isGvaCk72ZU

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- É nessas horas que eu compreendo a razão de Camilla me odiar tanto. – sussurrei, fazendo com que Arthur me olhasse confuso.

- Pois eu não, bambina.

- Céus Arthur. – falei olhando-o diretamente nos olhos. – Já reparou a situação em que nos encontramos? Estamos dividindo a mesma cama, você de boxer e eu com uma regata e uma calcinha short. Em todos os hospitais que trabalhamos, que por acaso são os mesmos, o que mais se ouve é que nós dois temos um caso. Já é de se esperar que ela me odeie, apesar de que, eu acho que ela me odeia desde o dia que nossa existência se cruzaram.

- Sinceramente? Dane-se. A vida é nossa e fazemos dela o que nos bem entender. Não era você que sempre dizia que pouco te importava o que os outros iriam falar ou pensar de ti? Agora durma bambina, daqui a pouco já é hora de levantar. – sussurrou enquanto fazia um delicioso carinho em meus cabelos.

- Boa noite bambino. – beijei levemente seu peitoral e fechei meus olhos esperando que o sono se apossasse do meu corpo.

- Boa noite bambina.

Quando acordei, a mesa do café da manhã já se encontrava posta. Confesso que era tentador ver Arthur andando de um lado para o outro do apartamento apenas de boxer, mas depois de tanto tempo, você acaba aprendendo a controlar todas as sensações que se apoderam do seu corpo com essa cena. Isso me fazia sentir uma leve saudade dos tempos de faculdade, principalmente quando não existia a Camilla. Era tudo tão mais fácil, tudo tão mais espontâneo e eu não necessitava de ficar controlando minhas palavras e meus atos, era um tempo bem melhor.

- Lu, ainda não levantou da cama? Ande logo preguiçosa, assim vamos acabar chegado atrasados.

A questão era, pra que levantar da cama, se era do meu conhecimento, que minutos depois do chamado, Arthur viria me buscar no colo? O que de fato não demorou acontecer.

Em duas horas estávamos tomados banho, arrumados e seguindo para o estacionamento do prédio.

- Bambino, cadê seu carro?

- Em casa bambina. Eu vim de táxi. Hoje a senhorita vai me dar uma carona.

Se o fato de Arthur e eu andarmos juntos pra cima e pra baixo já era motivo de fofoca, imagine então quando chegamos juntos, no meucarro, no hospital. Arthur pra piorar, fez questão de abraçar-me pela cintura e ao deixar-me na porta do meu setor, despedindo-se de mim com um beijo na testa e um Até daqui a pouco mi bambina.