16 de dez. de 2012

{FIC} Lignes de L'amour


Cap 5


A hora de ir embora se aproximava, e enquanto eu assinava os prontuários dos meus pacientes, senti meu celular vibrar no bolso do jaleco. Já imaginava que seria Arthur, mas para minha surpresa o número acusado constava como sendo o da Camilla. Apesar de achar estranho, resolvi atender, vai que era algo urgente ou importante, ou até mesmo ela precisasse que eu passasse algum recado para o mesmo.


- Oi Camilla, tudo bom?


- Quem está falando? Lua?


- Sim, sou eu. Diga.


- Mas... O que você está fazendo o com celular do MEU namorado? – pelo tom da voz dela percebia-se que ela estava a ponto de explodir, tamanha a raiva que sentia.


- Celular de Arthur? Oh! Sinto muito Camilla, acho que sem querer acabamos...


É nessas horas que eu digo, ela me odeia. Nem me deixou explicar e já foi desligando na minha cara. Provavelmente, coisa boa não vem por ai. E como já era de se esperar, ao deixamos o hospital, Camilla esperava por Arthur do lado de fora. Quando nos viu sair, foi logo se jogando pra cima dele, se agarrando naquele pescoço que eu tanto adorava ficar cheirando e beijou-o com ganas para mostrar que ele era dela.


Ao ver essa cena, não pude deixar de pensar mil e um impropérios, daquela loira biscate falsificada. Não tenho vergonha de admitir, pra mim mesma, de que morro de ciúmes de Arthur.


Mas nada me fez mais feliz do que quando Arthur soltou-lhe os braços e se afastou dela, limpado delicadamente os lábios, para não criar confusão.


- Vim te buscar bebê. – falou a biscate com aquela voz de taquara rachada.


Arthur apenas sorriu-lhe descontente e veio em minha direção, já que preferi ficar afastada daquela melação toda.


- Você vai ficar bem bambina? – perguntou fazendo um carinho em meu rosto.


- Vou ficar sim. Vai lá com a sua vaca, ops!, namorada. – respondi-lhe com um imenso sorriso cínico.


- Juízo mocinha. – despediu-se com um beijo na minha testa e foi em direção a Camilla.


- Arthur! – chamei-o quando o mesmo já entrava no carro. – Acho que seria interessante você devolver o meu celular.


- Amanhã eu devolvo, prometo. – e sem mais delongas, entrou no carro da jararaca.


Ao chegar em casa, dediquei meu tempo a fuçar o celular de Arthur enquanto fazia um delicioso lanche. Não pensei duas vezes em colocar uma foto nossa no ecrã do celular exatamente como estava no meu e a apagar todas as fotos dele com Camilla. Eu sabia que Arthur nem notaria a falta daquelas fotos, mas o dia que Camilla descobrisse, OMG. Que Deus não permitisse que Camilla fuçasse meu celular, porque ai sim Arthur teria sérios problemas. E foi com os pensamentos nisso que adormeci.


Quando Arthur chegou na manhã seguinte no hospital, pela sua cara de cansaço e de desanimo eu soube que minhas suspeitas se concretizaram. Camilla havia fuçado meu celular, e pelo jeito a briga havia sido feia.  Nem esperei Arthur falar comigo e já desembestei a falar.


- Eu sinto muito mesmo bambino. Desculpe-me. Eu pedi pra você me devolver o meu celular, mas não, você ficou com esse papo de que me devolveria depois, e... – fui calada subitamente por uma das mãos de Arthur, que gentilmente tapava a minha boca.


- Shiiu, bambina. Esqueça isso sim, você não teve culpa em nada.


- Que tal um café? Assim você pode me contar melhor como foi a briga.


Nos sentamos um pouco afastados dos outros médicos para que a conversa fosse mais privativa.


- Eu tinha acabado de sair do banho quando encontrei uma Camilla, completamente nervosa, segurando o seu celular. Ela esperneava, berrando pro condomínio inteiro, o quanto eu era canalha a ponto de traí-la e nem me dar ao luxo de esconder. Que ela já sabia de tudo e que ta pra nascer alguém que faça Camilla Monteviello de besta. Bambina dá pra acreditar que ela passou a noite inteira reclamando no meu ouvido? Só conseguir dormir quando por volta das quatro da manhã eu arrumei uma mochila e fui pro primeiro hotel que apareceu na minha frente.


- E por que não foi para minha casa senhor Aguiar? Meu apartamento é tão ruim assim? – questionei-lhe enquanto mantinha um pequeno bico em meus lábios.


- É claro que não bambina. Apenas não queria te atrapalhar, pois como eu já disse, eram quatro da manhã.


- Muito obrigada pela consideração Arthur Aguiar, amém! – falei em tom de deboche.


- Criança – zombou o mesmo enquanto voltava sua atenção a enorme xícara de cappuccino que se encontrava a sua frente. Foi nesse momento que reparei em suas olheiras. – Deus do Céu, Arthur. Você está péssimo. Olha essas olheiras. – falei enquanto passava meus dedos delicadamente naquela região.


- Obrigada Dra. É muito bom ouvir o quanto a minha cara está ruim.


- Com mil perdões Dr., mas só digo a verdade. Todavia já sei como sumir com essas olheiras horríveis ai.


- Nem vem Lua Maria. Eu jamais vou usar esses cremes doidos que você carrega ai nessa bolsa que mais parece uma mala. Livre-me disso.


- Hey mocinho, mais respeito com os meus cremes e com a minha mala, por favor. Não era bem isso o que eu estava pensando, mas até que gostei da idéia.


- Se não era isso, era o que?


- Lembra-se do Dr. Marco? – a cara de dúvida de Arthur, deixava explicito que o mesmo não se lembrava. – Aquele bambino, que entrou esse ano na equipe. Ele tem uns olhos azuis, cabelos negros, pele branca, alto, forte, todo musculoso, e que músculos – falei enquanto me abanava delicadamente. Parei no momento em que vi Arthur me fuzilando com os olhos de uma forma nem um pouco agradável, como era de se esperar. – Ta, isso não vem ao caso bambino. O que importa é que há um tempo atrás eu o cobri em um plantão e ele me pediu a pouco que me pagasse hoje, já que por enquanto é o único dia disponível que ele possui. Sendo assim eu estou completamente livre.


- E o que isso tem a ver com as minhas olheiras?


- Tem a ver que o senhor vai pro meu apartamento e dará folga a Joana. Em seguida irá tomar um banho bem relaxante e vai dormir. E te proíbo de acordar antes de um novo dia amanhecer.


- Nem pensar. Eu não...


- Arthur, acho que você não entendeu. Nesse exato momento o que eu falei passa de idéia para ordem.


- Mas amanhã...


- Amanhã o senhor tem uma cirurgia às 10:30, ops! Você não sabe porque o seu celular estava comigo. Dê uma conferida nos seus e-mails e torpedos, por favor. – disse enquanto destrocava os nossos celulares e me despedia com um beijo estalado em sua bochecha. – Ah, e falando em e-mail. Faça-me o favor Arthur. Você é um médico bem sucedido e tem dinheiro. Toma vergonha nessa cara e compra um computador. E de preferência, tente arrumar um seguro contra os ataques da Camilla. – sussurrei-lhe antes de me dirigir à entrada do hospital entre risos.


Lembrava-me exatamente da cara de Arthur, quando o mesmo contou que Camilla havia jogado seu mais novo notebook de última geração pela janela quando viu uma pasta com todas as nossas fotos, desde o dia em que nos conhecemos, passando pelas nossas ficadas e chegando aos dias atuais. Desde então, ele não se atrevia a comprar outro e andava com aquele Iphone pra cima e pra baixo. 

8 comentários:

  1. por favor posta dois capitulos por dia ! suas webs sao maravilhosas

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  2. por favor maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais

    Duda

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  3. esperando ansiosamente o dia de eles ficarem juntos de verdade

    ass:Sophia

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  4. ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei

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  5. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
    ass_Carla

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  6. ME DIVERTINDO MUITO POSTA ++++++++++++++

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  7. Super divertida essa web! AMEI AMEI AMEI! <3

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