Cap 5
A hora de ir embora se aproximava, e enquanto eu assinava os prontuários
dos meus pacientes, senti meu celular vibrar no bolso do jaleco. Já imaginava
que seria Arthur, mas para minha surpresa o número acusado constava como sendo
o da Camilla. Apesar de achar estranho, resolvi atender, vai que era algo
urgente ou importante, ou até mesmo ela precisasse que eu passasse algum recado
para o mesmo.
- Oi Camilla, tudo bom?
- Quem está falando? Lua?
- Sim, sou eu. Diga.
- Mas... O que você está fazendo o com celular do MEU namorado? – pelo
tom da voz dela percebia-se que ela estava a ponto de explodir, tamanha a raiva
que sentia.
- Celular de Arthur? Oh! Sinto muito Camilla, acho que sem querer
acabamos...
É nessas horas que eu digo, ela me odeia. Nem me deixou explicar e já
foi desligando na minha cara. Provavelmente, coisa boa não vem por ai. E como
já era de se esperar, ao deixamos o hospital, Camilla esperava por Arthur do
lado de fora. Quando nos viu sair, foi logo se jogando pra cima dele, se
agarrando naquele pescoço que eu tanto adorava ficar cheirando e beijou-o com
ganas para mostrar que ele era dela.
Ao ver essa cena, não pude deixar de pensar mil e um impropérios,
daquela loira biscate falsificada. Não tenho vergonha de admitir, pra mim
mesma, de que morro de ciúmes de Arthur.
Mas nada me fez mais feliz do que quando Arthur soltou-lhe os braços e
se afastou dela, limpado delicadamente os lábios, para não criar confusão.
- Vim te buscar bebê. – falou a biscate com aquela voz de taquara
rachada.
Arthur apenas sorriu-lhe descontente e veio em minha direção, já que
preferi ficar afastada daquela melação toda.
- Você vai ficar bem bambina? – perguntou fazendo um carinho em meu
rosto.
- Vou ficar sim. Vai lá com a sua vaca, ops!, namorada. – respondi-lhe
com um imenso sorriso cínico.
- Juízo mocinha. – despediu-se com um beijo na minha testa e foi em
direção a Camilla.
- Arthur! – chamei-o quando o mesmo já entrava no carro. – Acho que
seria interessante você devolver o meu celular.
- Amanhã eu devolvo, prometo. – e sem mais delongas, entrou no carro da
jararaca.
Ao chegar em casa, dediquei meu tempo a fuçar o celular de Arthur
enquanto fazia um delicioso lanche. Não pensei duas vezes em colocar uma foto
nossa no ecrã do celular exatamente como estava no meu e a apagar todas as
fotos dele com Camilla. Eu sabia que Arthur nem notaria a falta daquelas fotos,
mas o dia que Camilla descobrisse, OMG. Que Deus não permitisse que Camilla
fuçasse meu celular, porque ai sim Arthur teria sérios problemas. E foi com os
pensamentos nisso que adormeci.
Quando Arthur chegou na manhã seguinte no hospital, pela sua cara de
cansaço e de desanimo eu soube que minhas suspeitas se concretizaram. Camilla
havia fuçado meu celular, e pelo jeito a briga havia sido feia. Nem
esperei Arthur falar comigo e já desembestei a falar.
- Eu sinto muito mesmo bambino. Desculpe-me. Eu pedi pra você me
devolver o meu celular, mas não, você ficou com esse papo de que me devolveria
depois, e... – fui calada subitamente por uma das mãos de Arthur, que
gentilmente tapava a minha boca.
- Shiiu, bambina. Esqueça isso sim, você não teve culpa em nada.
- Que tal um café? Assim você pode me contar melhor como foi a briga.
Nos sentamos um pouco afastados dos outros médicos para que a conversa
fosse mais privativa.
- Eu tinha acabado de sair do banho quando encontrei uma Camilla,
completamente nervosa, segurando o seu celular. Ela esperneava, berrando pro
condomínio inteiro, o quanto eu era canalha a ponto de traí-la e nem me dar ao
luxo de esconder. Que ela já sabia de tudo e que ta pra nascer alguém que faça
Camilla Monteviello de besta. Bambina dá pra acreditar que ela passou a noite
inteira reclamando no meu ouvido? Só conseguir dormir quando por volta das
quatro da manhã eu arrumei uma mochila e fui pro primeiro hotel que apareceu na
minha frente.
- E por que não foi para minha casa senhor Aguiar? Meu apartamento é tão
ruim assim? – questionei-lhe enquanto mantinha um pequeno bico em meus lábios.
- É claro que não bambina. Apenas não queria te atrapalhar, pois como eu
já disse, eram quatro da manhã.
- Muito obrigada pela consideração Arthur Aguiar, amém! – falei em tom
de deboche.
- Criança – zombou o mesmo enquanto voltava sua atenção a enorme xícara
de cappuccino que se encontrava a sua frente. Foi nesse momento que reparei em
suas olheiras. – Deus do Céu, Arthur. Você está péssimo. Olha essas olheiras. –
falei enquanto passava meus dedos delicadamente naquela região.
- Obrigada Dra. É muito bom ouvir o quanto a minha cara está ruim.
- Com mil perdões Dr., mas só digo a verdade. Todavia já sei como sumir
com essas olheiras horríveis ai.
- Nem vem Lua Maria. Eu jamais vou usar esses cremes doidos que você
carrega ai nessa bolsa que mais parece uma mala. Livre-me disso.
- Hey mocinho, mais respeito com os meus cremes e com a minha mala, por
favor. Não era bem isso o que eu estava pensando, mas até que gostei da idéia.
- Se não era isso, era o que?
- Lembra-se do Dr. Marco? – a cara de dúvida de Arthur, deixava
explicito que o mesmo não se lembrava. – Aquele bambino, que entrou esse ano na
equipe. Ele tem uns olhos azuis, cabelos negros, pele branca, alto, forte, todo
musculoso, e que músculos – falei enquanto me abanava delicadamente. Parei no
momento em que vi Arthur me fuzilando com os olhos de uma forma nem um pouco
agradável, como era de se esperar. – Ta, isso não vem ao caso bambino. O que
importa é que há um tempo atrás eu o cobri em um plantão e ele me pediu a pouco
que me pagasse hoje, já que por enquanto é o único dia disponível que ele
possui. Sendo assim eu estou completamente livre.
- E o que isso tem a ver com as minhas olheiras?
- Tem a ver que o senhor vai pro meu apartamento e dará folga a Joana.
Em seguida irá tomar um banho bem relaxante e vai dormir. E te proíbo de
acordar antes de um novo dia amanhecer.
- Nem pensar. Eu não...
- Arthur, acho que você não entendeu. Nesse exato momento o que eu falei
passa de idéia para ordem.
- Mas amanhã...
- Amanhã o senhor tem uma cirurgia às 10:30, ops! Você não sabe porque o
seu celular estava comigo. Dê uma conferida nos seus e-mails e torpedos, por
favor. – disse enquanto destrocava os nossos celulares e me despedia com um
beijo estalado em sua bochecha. – Ah, e falando em e-mail. Faça-me o favor Arthur.
Você é um médico bem sucedido e tem dinheiro. Toma vergonha nessa cara e compra
um computador. E de preferência, tente arrumar um seguro contra os ataques da
Camilla. – sussurrei-lhe antes de me dirigir à entrada do hospital entre risos.
Lembrava-me exatamente da cara de Arthur, quando o mesmo contou que
Camilla havia jogado seu mais novo notebook de última geração pela janela
quando viu uma pasta com todas as nossas fotos, desde o dia em que nos
conhecemos, passando pelas nossas ficadas e chegando aos dias atuais. Desde
então, ele não se atrevia a comprar outro e andava com aquele Iphone pra cima e
pra baixo.

por favor posta dois capitulos por dia ! suas webs sao maravilhosas
ResponderExcluirposta mais amo essa web de montão
ResponderExcluirpor favor maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
ResponderExcluirDuda
esperando ansiosamente o dia de eles ficarem juntos de verdade
ResponderExcluirass:Sophia
ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
ResponderExcluir+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirass_Carla
ME DIVERTINDO MUITO POSTA ++++++++++++++
ResponderExcluirSuper divertida essa web! AMEI AMEI AMEI! <3
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