9 de jan. de 2013

{FIC} Falsa Lua-de-Mel


13º e 14º Capitulos O Sonho!!!!

— Acho que não... Na verdade não sei. Mas o que você acha que esse homem estava procurando?
— Fique tranqüila. Você está segura comigo, sabe disso, não? Podemos ficar sentados aqui conversando, se quiser.
— Claro. — Sabia que "segura" não se aplicava ao fato de dormir ali, na mesma cama que ele. Cruzou os braços e tentou parecer natural.
Olharam na direção da cama.
— Pelo menos é uma cama king-size. — Ela se ouviu dizendo. Arthur não disse palavra. — Vou enrolar um lençol para dividir a cama. — Decidiu, com a voz trêmula.

E então, para mostrar que estava falando sério, soltou-se do lençol em que estivera embrulhada até aquele momento, e dobrou-o numa longa tira. Quando terminou, subiu na cama alta e colocou-a bem no meio do colchão, engatinhando sobre ele para dividir o espaço em tamanhos iguais.
Arthur olhou para a mulher incrivelmente sexy, ajoelhada naquela cama enorme, usando nada além de uma minúscula peça de seda, que só era chamada de "pijama" porque para vesti-lo, era necessário passar as pernas por duas aberturas.

Uma das alças escorregara pelo ombro, e a outra mal estava no lugar certo. O diminuto top de seda tinha o decote bem baixo, revelando parte dos seios fartos, o que estava deixando-o com água na boca. Não conseguia desgrudar os olhos daqueles mamilos demarcados por baixo da blusa do pijama, endurecidos, perfeitos, implorando para serem tocados.

E o short... poderia ficar olhando para aquela peça a noite inteira. De cintura bem baixa, na frente expunha o cristal brilhante do piercing no umbigo, e atrás, as duas covinhas na base da coluna. A peça servia-lhe como se fosse uma segunda pele. A barra era tão curta que se acomodava entre as nádegas, cobrindo apenas uma pequena parte no alto, mas deixando quase todo o resto à mostra, sendo delineado à perfeição pela pequena tira que restava.

Arthur sentiu ímpetos de se prostrar de joelhos e implorar para que ela o tocasse.
Queria explorar cada curva do corpo de Lua. E aquilo o estava torturando, assim como a um adolescente excitado.
— Lua... Você realmente acredita que esse lençol vai adiantar alguma coisa?
Ela examinou a divisória improvisada, mordeu o lábio e olhou de volta para ele.
— Esqueça o que eu disse. Vai dar certo, sim — assegurou ele.
Agradecida e aliviada, Lua relaxou os ombros. Ajeitou a alça solta da blusa e recompôs o short do pijama, cuja parte de trás havia entrado entre suas nádegas. O movimento conferiu-lhe maior conforto, mas ao mesmo tempo expôs-lhe a curva suave da barriga.

— Por Deus do céu, Lua, entre logo debaixo das cobertas! — Arthurr exclamou, exasperado.
Ela obedeceu, arrastando-se para debaixo das cobertas com mais movimentos sensuais, que o estavam deixando louco. Ele podia sentir o sangue ser drenado de seu cérebro. De repente, Lua sentou-se, as cobertas escorregando até a cintura.
— Espere, eu me esqueci de...
— O que quer que seja, esqueça! — ele disse, enquanto se deitava no outro lado da cama. — Deite e durma!
— Sim, mas...

— Sem "mas"! — E depois disse para si mesmo. — Detesto "mas". Deitou-se de costas e fechou os olhos para tentar relaxar, o que parecia ser impossível. Quem conseguiria relaxar com uma mulher seminua em sua cama?
Percebeu que não conseguiria dormir, não naquela situação. Abriu os olhos e olhou pelo quarto. Só então notou que a porta ficara aberta.
— Droga! — murmurou por entre os dentes.
— Eu tentei avisá-lo, mas você não quis ouvir — Lua murmurou numa voz propositadamente doce.
Contrariado, ele se levantou e fechou a porta. Voltou tateando no escuro e jogou-se na cama. Ficou ali, encarando o teto escuro, observando o último brilho das velas projetando sombras no teto de madeira.
No outro lado da divisória, Lua não parava de se virar na cama, e embora não virasse a cabeça e olhasse, Arthur imaginava aquele short subindo em seu corpo, a blusa saindo do lugar, as alças caindo.
— Lua, será possível? Poderia ficar quieta e dormir?

— Desculpe, mas é que toda a vez que eu fecho os olhos, eu revivo o péssimo dia que tive — ela disse, virando-se mais uma vez. — Penso também, se tudo tivesse dado certo, no que poderia estar fazendo neste exato momento.
— Com o seu marido? — Estranho como essa idéia o incomodava.
— Não com o meu marido — disse ela calmamente. — Porque provavelmente eu já o teria matado, aquele canalha maldito.
— Mas se ele tivesse aparecido para o casamento você não teria motivos para matá-lo — ponderou ele.
— Concordo, mas cedo ou tarde a máscara dele iria cair, e se isso acontecesse depois que eu já tivesse adotado o sobrenome de casada, ficaria ainda mais furiosa.
Arthur riu e deitou-se de lado, olhando para ela. Apoiando o rosto na mão, fitou-a na escuridão.
— Eu realmente sinto muito.
— Humm... Vou contar um segredo. Pedro foi o terceiro noivo que me abandonou.
— É mesmo? — E ao ver que Lua dera um sorriso triste, encorajou-a a desabafar. — Mas o que aconteceu?
— A primeira vez foi Daniel. — Ela suspirou — Eu o amava desde o jardim da infância. Parecia tão certo. Terminaríamos a escola e nos casaríamos. Mas meus pais acharam que éramos jovens demais. Papai fez alguns contatos e conseguiu para ele uma bolsa de estudos na Europa, algo que Daniel sempre havia sonhado. Até pagaram-lhe a passagem de avião, somente de ida, diga-se, e deram uma enorme soma em dinheiro. Ah, claro, com ordens expressas de deixar todo o passado para trás.
— E ele aceitou?!

— Ah, sim, mas aprendi minha lição. Decidi que nunca mais entregaria meu coração.
— E mesmo assim ficou noiva uma segunda vez.
— Ah, mas o segundo noivado não foi para valer. — Sorriu jovialmente. — Eu estava fazendo um favor. Memo precisava do green card para poder ficar no país, mas acabou sendo deportado de qualquer jeito.
Arthur tirou uma mecha de cabelo que caíra no rosto de Lua. Grande erro. O cabelo dela parecia seda em seus dedos..

— Foi seu pai que mandou deportá-lo?
— Não. meu Pai e meus quatro irmãos mais velhos nunca descobriram...
— Quatro irmãos? — Soltou um assobio. — Então, você fica noiva de todo homem que conhece?
— Não. Consegui resistir a você até agora, não consegui?
— Para minha grande decepção.
Lua sorriu com o comentário, e desviou o olhar.
— E você já se apaixonou?
— Uma vez. — Agora era ele quem dava um sorriso triste. — Meu coração foi estraçalhado há cerca de seis meses.
— Oh, eu sinto muito, Arthur!
— Eu já superei. Acontece.
Erguendo-se sobre o cotovelo para que pudesse vê-lo,Lua pousou a mão esquerda sobre o peito de Arthur e olhou-o nos olhos.
— Então você se apaixona, se machuca, mas mesmo assim tenta de novo?
Aquela vulnerabilidade na voz dela fez com que ele sentisse uma pontada no estômago.
— Só estou tentando lhe mostrar que amor verdadeiro existe.
— Pode "existir" o quanto quiser, contanto que fique bem longe de mim — respondeu ela, deitando novamente de costas, olhando para o teto.
Arthur também se virou de costas, assim como ela. Tinha passado uma boa parte de seu tempo sentindo-se exatamente da mesma forma.
— O que você faz? — ela indagou.
— No momento estou desempregado.
— E o que você está fazendo aqui nas montanhas, sozinho?
— Meu irmão achou que eu precisava esquiar durante uma semana para me livrar do estresse e me reencontrar.
— E por quê?
— É uma história longa demais para contar. E talvez eu esteja muito cansado para contá-la. Mas fale-me sobre você. O que faz da vida?
— Sou analista em uma administradora financeira. Mas vou arranjar outro emprego porque trabalho com Pedro, e se eu continuar lá terei que matá-lo. Isso não vai ficar nada bem em meu currículo.
Arthur podia jurar que os olhos dela estavam marejados de lágrimas.
— Lua? Está tudo bem?
— Estou cansada. — Ela virou para o outro lado, enrolando-se nas cobertas. — Boa noite.
— Boa noite. — Estava confuso, mas como sempre ficava confuso em relação a mulheres, não era novidade nenhuma. Ficou ali pensando, o corpo doendo por razões que nada tinham a ver com desconforto físico, razões que não conseguia descrever em palavras. Levou muito tempo até que conseguisse adormecer, ao contrário de Lua.

Era o melhor sonho de sua vida e Arthur não queria acordar mais. Numa cama banhada pela luz suave do amanhecer, tinha em seus braços a mulher de suas fantasias. Vestida em uma peça minúscula de seda que parecia moldar-se sedutoramente a pele, ele não conseguia tirar as mãos daquele corpo feito para o amor.
Ela era sua! Não conseguia lembrar quando ou como, mas que diferença fazia na terra dos sonhos? Ao redor deles, o ar era denso, carregado de erotismo. Inspirou um pouco daquele ar e tomou-lhe o rosto, tentando ver por através daquela névoa à sua volta, mas não conseguia...

Um gemido, quase uma súplica, escapou dos lábios dela, e ele deslizou os dedos por entre os cabelos macios até que suas mãos desaparecessem naquela cortina dourada, enquanto se inclinava para beijá-la nos lábios.
O corpo bem-feito parecia derreter ao encontro do seu como se fosse cera quente. A boca carnuda era absolutamente deliciosa... e convidativa.

Ela abriu os lábios, permitindo que sua língua tocasse a dela, e devolveu o toque, ambas se entrelaçando, famintas, mas ao mesmo tempo gentis. Ela tinha o melhor beijo que já experimentara em sua vida. Uma das mãos delicadas subiu devagar, espalmada, de encontro a seu peito. Ele pegou a mão ávida e junto com a outra, levou-as para o alto da cabeça de sua musa, prendendo-as gentil, mas firmemente. Com a mão livre tirava as mechas de cabelo do rosto dela, enquanto se acomodava naquele corpo macio que se abria para ele.

De olhos fechados, com as mãos presas nas dele, ela arqueava o corpo encostando em Arthur. Soltou um gemido fraco, mas que pedia por mais. Em resposta ele a beijou, o que fez com que faíscas de calor e desejo lhe percorressem toda a espinha, até chegarem à base de sua masculinidade, tão latente que ele mal podia suportar.

Os seios fartos pressionavam seu peito e os quadris arredondados se encaixavam perfeitamente. O short que ela usava era tão minúsculo que os dedos dele encontraram a pele nua e quente enquanto deslizavam um pouco mais, encaixando-se na curva delicada das nádegas. Quando a segurou com mais força, massageando-as, ela arqueou-se ainda mais, afastando as pernas para acomodar sua ereção naquele ninho de seda, com perfeição. Subindo as mãos ainda mais, agora por debaixo do pijama, ele espalmou as mãos nas nádegas macias.

Mas queria mais, muito mais... Aprofundou aquele beijo, e enroscou um dedo na fina alça da blusa do pijama; afastou-a gentilmente e um seio surgiu livre do tecido que o escondia.
Era um seio cândido, gloriosamente arredondado cujo mamilo mais parecia um botão de uma flor rosada e delicada. Inclinou a cabeça, roçando de leve os lábios, sorvendo todo e qualquer suspiro faminto vindo dela, e depois de novo, desta vez por sobre o mamilo, observando deliciado como ele saltara convidativo, enquanto ela se contorcia embaixo dele, a respiração ficando cada vez mais ofegante.

Ela puxou-o pelos cabelos, oferecendo a boca para mais um beijo. Beijaram-se como se estivessem separados havia anos em vez de segundos, e naquela conexão úmida, quente e sensual, ele oferecia tudo o que tinha para dar: seu corpo e sua alma. Afinal, era um sonho... um sonho maravilhoso.
Nesse instante, do fundo de sua mente, veio a verdade: ela não era sua! Mas quanto mais a beijava, e se perdia no gosto da boca sequiosa, quanto mais se movimentava para se encaixar naquele corpo, gemendo de prazer, mais fácil ficava para afastar o pensamento.

Ela facilitava a entrega, movendo-se de encontro a seu corpo ao mesmo tempo em que se impulsionava para ele. Beijaram-se como se o mundo fosse acabar a qualquer instante, como se nunca mais tivessem outra chance de fazê-lo.
Com um pequeno gemido que mais parecia uma gata a ronronar de puro prazer, ela deslizou as mãos para dentro de seu agasalho, buscando-o, tocando-o. Enlaçou sua cintura com força, prendendo-o entre as coxas. Ouvia-o arquejar, e ela sussurrou seu nome.

Incrível como seu corpo respondia àquele estímulo. Sentiu-se retesar por inteiro, buscando o caminho para o clímax. A julgar pelo estado febril em que ela também estava, sabia que sentia o mesmo que ele. Beijou-lhe o pescoço, subindo para o queixo, para depois voltar ao pescoço.

— Eu quero provar cada centímetro do seu corpo,Lua — murmurou.
E de repente, embaixo dele, Lua parou com os movimentos sedutores. Arthur foi trazido em segundos da terra dos sonhos para a dura realidade. Levantou a cabeça, abriu os olhos e na luz suave da manhã, olhou para ela.
— Você! — exclamou ela.
Assim como no sonho, ela estava embaixo dele com as pernas afastadas para melhor acomodá-lo. Ele tinha uma das mãos segurando um dos seios, e a outra agarrada ao quadril receptivo; os dedos se enterrando na pele macia, os lábios molhados pelos beijos sensuais que trocaram. E ela, bem... ela estava enroscada nele tal qual um pretzel.
— Eu achei que era um sonho... — murmurou Lua, bem alerta agora.
— Um sonho muito bom, diga-se — concordou Arthur, esperando que ela o deixasse continuar o que estiveram fazendo, mas ela apenas o encarou. Tinha os cabelos despenteados, os olhos sonolentos, o rosto corado, como se tivesse feito amor a noite inteira... e adorado cada instante.
— Parece que o lençol não foi uma boa divisória — disse ele por fim, imaginando se deveria ou não se desculpar.

— Solte-me, seu,seu tarado! — ordenou ela com voz gélida. Arthur ficou ali por alguns instantes sem saber o que fazer. Ao ver que ele não se movia, Lua o empurrou com força, saltando da cama e correndo para o banheiro, mas não sem antes lançar-lhe um olhar de puro desdém que poderia ter feito as partes mais íntimas de qualquer homem despencarem de pavor. Ele, porém, não era qualquer homem, e sua ereção ainda estava pulsando dentro de sua calça com um otimismo inabalado.

Continua..


Creditos: UR


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