{FIC} O Inverno

Capitulo 2 E finalmente no inverno.

Como eu ia dizendo, o inverno chegou e foi nessa época que eu falei com ela pela primeira vez, e foi sem querer, era uma manha normal de inverno, nevava, eu e a Sophia estávamos saindo, até que minha tia me chamou, Sophia me fitou.

- Pode ir indo se quiser.

Ela saiu e minha tia veio até mim.

- Chegou para você.

Ela me entregou uma carta, eu olhei, era de um amigo meu, Chay.

- Obrigado tia, lerei depois.

- De nada, agora vá logo querido.

Eu sai de casa, ainda olhando o envelope, distraído fui andando pelas ruas escorregadias, até que me bati em alguém, escorreguei e cair no chão, junto com a  outra pessoa também, quando olhei para frente e vi aquela menina, que tentava desesperadamente se levantar, com aqueles cabelos loiros que estavam soltos e voavam, não podia acreditar. Ela levantou em tempo recorde, pegou suas coisas e ia saindo, quando eu levantei o mais rápido que pude.

- LUA.

Ela me olhou, parecia surpresa por eu saber o nome dela, conseguir, depois de cair duas vezes, levantas e vi que ela fazia um esforço para não ri, DROGA.

- Você esta bem?

Ela assentiu e depois me fitou.

- E você?

Ela falou comigo, e eu me segurei para não sorrir igual a um idiota, mas acho que fiz isso sem querer,

- Ótimo.

Ela parecia desconfiar, também, depois das suas quedas.

- Não sei se você me conhece, mas eu sou da sua escola, meu nome é Arthur.

Ela me olhou e assentiu.

- Primo da Sophia não é?

Ela disse o nome da minha prima com certo desprezo, preferi ignorar, afinal ela sabia quem eu era.

- Sim.

- Todo mundo sabe quem você é.

Ela pareceu responder meus pensamentos.

- Você esta indo para a escola?

Ela assentiu.

- Podemos ir juntos, se você quiser.

Ela pareceu corar, mas abaixou a cabeça tão rápido que nem pude ver.

- È melhor você não falar comigo, Arthur.

- E por que não?

Agora ela me fitou, como se eu tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo.

- Por que a minha mãe...

Ela não terminou, como se fosse muito difícil falar, e então eu percebi que ela sabia de tudo.

- Você não é a sua mãe.

Ela se virou para sair andando, eu abaixei a cabeça e então ouvi sua linda voz.

- Se quiser vim pode, afinal a reputação é sua.

Eu sorri e fui atrás dela. O caminho foi todo feito em silencio, mas só de esta ao seu lado me considerava a pessoa mais sortuda do mundo, entramos na escola e ai os problemas começaram, todos os rostos viraram para nós, e eu podia imaginar por que. Mas nenhuma reação foi pior que a de Téo, que quando nos viu, gritou.

- Arthur, meu amigo, não acredito que você conseguiu.

Ele parou na nossa frente, Lua abaixou  a cabeça.

- Quanto pagou afinal? Foi o primeiro da escola a conseguir o que todos os meninos daqui querem, quando pagou?

Eu ia responder, mas Lua olhou para mim com uma cara e depois se virou e saiu andando, passos controlados, como se estivesse louca para correr, mas não faria.

- Olha o que você fez.

Rosnei para Téo.

- Depois é só você pagar para ela novamente, cara.

Senti meu sangue ferver por causa da minha raiva.

- Eu não paguei nada, a Lua não é a mãe dela e ela tem sentimentos, que você acabou de ferir, imbecil.

E sai dali o meu rápido de pude, procurando Lua por todos os lados.