8 de jan. de 2013

{FIC} O Maior Idiota do Mundo


Capítulo 14

***


Dim dom. A campainha tocou. Chay se arrastou do sofá com toda sua preguiça para atender a porta. Lá estava Sophia, com o olhar meio perdido, parecia atônita.
- Sophia? O que foi? - Chay a segurou pelos ombros. Estava branca feito papel.
- A...Lua... - Sua fala parecia morrer. Dei um pulo do sofá
- O que tem ela? - Perguntei preocupado.
- E-la... Acha que está g-gravida. - As palavras dela me atingiram como uma bomba. Lua? Grávida? De quem? Meu coração se apertou e pareceu que iria sair pela boca à qualquer momento. Fiquei estático, sem saber o que falar, o que pensar, como agir. Se aquilo fosse mesmo verdade... - E-eu não sei o que pensar. - Sophia piscou várias vezes antes de sentar-se onde eu estava.
- Aquela garota não tem juízo algum! - Esbravejou Chay - E se eu fosse você, Arthur, dava um jeito de esquecer ela. Só traz problema.
- É muito fácil falar. - Cruzei os braços.
- Eu sei que é muito fácil falar. Mas sei perfeitamente como você sofre por isso, tá legal? Você gosta demais dela e isso te faz mal. Tá na hora de pensar mais em você. Esquece essa garota, deixa ela de lado... - Gesticulou
- Como ela está? - Perguntei ignorando o comentário de Chay, por mais que ele estivesse certo.
- Está... em choque. Arrasada, com medo. - Murmurou com olhar de pena - Da dó até de olhar.
- Eu preciso falar com ela... - Falei baixinho.
- Você não vai fazer nada, entendeu?! Deixa ela pra lá com os problemas dela. - Chay insistia
- Eu não vou ficar em paz em quanto não souber que ela ficará bem. Não mesmo. - Suspirei, olhando pro nada, pensando no que iria fazer. Dessa vez as coisas bem que poderiam dar certo... só pra variar.
***


Comprei flores. Tentei melhorar a aparência. Tentei deixar de lado aquela insegurança que estava me matando, a ansiedade de ver sua expressão que fazia meu coração acelerar. A vontade de que as coisas dessem certo dessa vez.
Toquei sua campainha e fui recebido por um ser adorável de pijama. Era ela. Os cabelos estavam amarrados... Linda como sempre. Assim que viu que era eu, tentou fechar a porta mas não deixei, colocando o pé na frente. Lua me olhou com cara de tédio.
- O que você quer, Arthur? - Desviou seu olhar do meu.
- Quero falar com você. - Fui direto, tentando não gaguejar.
- Não tenho nada pra falar com você.
- E-eu trouxe... flores. - Estiquei minhas mãos oferecendo o buquê à ela, que apenas me ignorou. - Vim saber se está bem. - Sorri de canto
- Por que? Não tô doente. - Fez pouco caso. - Estou melhor impossível. - Sorriu cinicamente.
- M-mas me disseram que... você... estava... - Cocei a cabeça, tentando achar as palavras certas - Achei que estava mal. A gr-ravi... - Tapou minha boca.
- Olha aqui, se veio ferrar minha vida pode ir parando. - Sua voz era de pura raiva. - Não tem gravidez nenhuma, me entendeu? - Balancei a cabeça positivamente - Você é até legalzinho, mas não quero ser vista falando com alguém como você, ok?
- Alguém como eu? Por que? - Minha voz era de desespero.
- Porque você é estranho, sem graça... Um fraco. Eu tenho vergonha de que me vejam perto de você. Agora pode por favor sair da porta da minha casa, não chegar mais perto de mim e fingir que nunca me viu na vida? Obrigada. - Bateu a porta na minha cara me fazendo dar um pulo. Mais uma vez, tudo deu errado. Mais uma vez estou arrasado. E, como se não bastasse, minha única vontade nessa hora era me jogar na cama e chorar... como um fraco que ela disse que eu era. Como um fraco que ela sabia que eu era. Andei algumas ruas até reparar que o maldito buquê ainda estava na minha mão. Joguei-o de qualquer jeito e pisei forte.
- Arthur? O que está fazendo aqui? - Levantei e olhei, lá estava Mel.De repente a única coisa que me vi podendo fazer era abraça-la forte e tentar amenizar a dor que eu sentia. - Ei, você está bem? - Ela puxou meu rosto e ao notar as lágrimas concluiu - Não, você não está nada bem. - Sua expressão era de desespero. Me abraçou de lado e me guiou. Nos sentamos em um banco qualquer e ela secou meu rosto. - Será que pode me contar o motivo de estar assim?
- Ela... Me magoou como sempre faz. - Seu rosto se contorceu numa careta.
- Não vai me dizer que foi atrás dela, Arthur? Você pediu pra sofrer.
- Tudo que eu menos preciso agora é de sermão. - Levei minha mão à cabeça que doía. Ela suspirou.
- Só não quero que sofra mais por ela, o.k? Você não precisa disso. - Depositou um beijo em minha bochecha. - Vamos embora? Tenho certeza que a sua irmã do coração vai querer te mimar muito depois disso.
- Sophia? - Ri.
- Sim. E ela tem toda razão. - Me abraçou de lado e passou à me guiar até em casa.
Creditos: Vanessa Aguiar

3 comentários:

  1. amei,tadinho do Arthur ão precisava disso tudo novamente!

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  2. lua cruel tadinho ele so queria ajudar faz com que ele mude posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++========

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