{FIC} Única Esperança

Cap 18 (Segundo Capitulo do Dia "2/2") 





Hoje decidi postar dois Capítulos de cada web !! Espero que gostem e quero muitos Comentários

Lara: então o senhor vai comer, eu trouxe uma comida bem leve, falei com o medico e ele disse que podia, afinal, comida de hospital não é muito boa.
Sophia: não é boa você quer dizer. - Arthur sorriu.
Arthur: obrigada Lara.
Lara: não precisa agradecer.

Todos começaram a comer, e ninguém comentou nada sobre Lua, afinal Arthur estava passando por um momento difícil, mas a cabeça de Arthur não saiu dela um só minuto. Os pais de Arthur voltaram logo para o quarto, com recomendações do medico, conversaram com o filho e passaram a noite lá, dando apoio a ele.
Uma semana se passou tão rápido quanto a chuva que caia insistentemente na cidade nesses dias, Arthur havia saído do hospital, e estava muito bem fisicamente, mas ainda sofria quando pensava em Lua, sofria ainda mais a cada dia em que pensava que ia encontrá-la, e vinha logo sentia uma nova frustração, pois ela não ia para a escola desde que saiu do hospital, todos estavam preocupados afinal Lua nunca fora de faltar aula, e depois que conhecera Mark, podiam imaginar o que estaria acontecendo, mas não podiam fazer nada, como Rodrigo vivia se lamentando, pois não poderiam ir contra as leis, poderiam ser presos e ai sim nunca conseguiriam tirar Lua de Mark. Rodrigo estava a mil, junto com Philipe tentavam desvendar a morte de Paulo, e mais coisas sobre Mark, qualquer coisa que pudesse o fazer perder a guarda da Lua, ele, [Rodrigo] tinha entrado com um pedido legal pela guarda da Lua, isso poderia ajudá-los na tentativa de tirar a guarda de Mark, ele alegou que ela sofria violência e assedio, e ainda esperavam respostas, se um caso iria entrar sim em julgamento ou não.

Essa semana foi a pior semana na vida de Lua, que se via obrigada a passar os dias em casa, limpando tudo, e durante a noite tinha que agüentar Mark, que agora a obrigava a dormir no mesmo quarto que ele, e a tratava como sua esposa, obrigando-a a manter relações com ele todos os dias. Ela já não conseguia mais pensar em nada, tinha medo de tentar fugir, se o fizesse a lei estaria ao lado de Mark, e ela sendo de menor, não poderia viajar sem a autorização do tutor, estava presa, não para ia a escola uma semana, Mark não deixava, pensava constantemente em seus amigos, aqueles que estiveram ao seu lado no hospital, e em Arthur e em como ele deveria estar passando.

Arthur girou a cadeira do computador, olhando fixamente a tela, esperando, em vão, que aparecesse um aviso, “Luna acaba de ficar on-line”, como acontecia antes, e ai ele poderia falar com Lua, ele poderia saber como ela esta, ele poderia quem sabe entender o que estava acontecendo. Longe dali, Lua limpava o quarto, passando pano no computador, lembrando de como era bom ser Luna, sentiu o colar mais pesado, o colar que sua mãe lhe dera, com aquele apelido carinho que ela e seu pai sempre a chamavam antes mesmo dela nascer, Luna, quanta falta sentia deles, de tudo, queria que Mark nunca tivesse entrado em suas vidas, quem sabe poderia ser tudo diferente.
Arthur demorou quase dois minutos para atender ao telefone, deveria ser muito importante, pensou, se não a pessoa já teria desistido.

Arthur: Alô?
Rodrigo: Arthur? Sou eu, seu tio.
Arthur: Oi tio, o que foi?
Rodrigo: chegou Arthur.
Arthur: chegou o que?
Rodrigo: a intimação para depor no caso da Lua, o caso dela vai ser julgado, eu tenho chances de virar tutor dela.

Arthur sentiu como se metade do peso do mundo tivesse saído dos seus ombros, olhou de novo para o computador, havia uma chance, uma chance dela voltar.

Lua estava limpando o quarto de Mark, agora também seu quarto, quando ouviu o som característico do carro de Mark, depois de alguns minutos, a porta de casa se abriu, demorou para fechar, ele deveria esta com correspondência, pensou Lua, continuou a limpar. Mark quase arrombou a porta, pegando Lua pelo braço e atirando-a na cama, sem dar chance para ela tentar fugir.

Mark: O QUE VOCÊ FEZ???? O QUE VOCÊ FEZ SUA VADIA??? TÃO QUERENDO TIRAR MINHA TUTELA DE VOCÊ!!!!

Ele estava furioso, e não foi difícil para Lua imaginar o que viria a seguir, dizendo que ela o pertencia, ele a violentou,de novo. Depois que tudo acabou, e Mark rolou para o lado visivelmente casando e dormiu, Lua levantou da cama, sentido o corpo todo protestar ao esforço físico, olhou para cama, e sentiu que não deveria ter olhado, mais uma vez tinha sangrado, se abaixou com dificuldade pegando a carta que fizera Mark enlouquecer, e quando a leu, não sabia se ria ou chorava, estavam lutando. Lutando por ela. Lua olhou a data, a audiência seria daqui a dois dias, será que Mark iria? Ela dormiu com essa duvida na cabeça.
   Arthur chegou bem cedo a escola, de propósito, queria ver se depois da intimação Lua aparecia, mas nada, ele ficou revoltado, frustração, amor saudades, ira, todos os diferentes tipos de sentimentos contraditórios explodiram dentro dele, então ele tomou uma decisão drástica, esperou a aula acabar, quando acabou se afastou de todos, e foi em direção a uma rua conhecia, que ele já tinha ido, parou na frente daquela casa, viu que o carro não estava lá, largou a bicicleta em um canto e andou corajosamente até a porta, se ele estivesse ai, o enfrentaria como homem, bateu na porta, mas não foi um homem e sim uma bela moçinha loira que abriu a porta, ele viu os olhos de Lua se arregalarem para ele. Ela estava mais pálida, notou, mais magra, e com uma expressão horrível, como se tivesse muito cansada.

Lua: o que esta fazendo aqui? - O tom dela era frio, mas tinha algo em seus olhos, medo talvez.
Arthur: não aguentava mais de saudades de você, não vai me convida para entrar? - Lua sentiu que tremia, não deixaria ele entrar, a sala estava uma bagunça, ainda não tinha tido tempo de arrumar.
Lua: não. - Arthur suspirou, cansado e angustiado.
Arthur: meu amor, eu só quero falar com você. - Ele estendeu a mão para tocá-la, mas ela se afastou, rápido.
Arthur: Lua eu não te entendo, você me tratava tão bem, eu conseguia ver que me amava, o que aconteceu?
Lua: tudo, mudou tudo, e eu quero que você vá embora, por favor. - Não podia, não queria imaginar o que Mark faria se o visse ali.
Arthur: não vou embora Lua.