11 de mar. de 2013

{FIC} The Love Beteween good and evil


Capitulo  22 

Acordei com um feixe de luz solar que passava por uma brecha da cortina, eu estava coberta com um cobertor azul, eu o puxei, mas para cima e me sentei na cama, meus ombros doíam é eu tinha uma marca roxa no pescoço e na cintura, mas invés de estar chorando ou me xingando de idiota eu sorria como uma boba só em lembrar da noite anterior.

Em uma olhada pelo quarto vi minhas roupas rasgadas no canto. E falei
- Ótimo, agora como eu vou ficar?! Ficar na cama enrolada no lençol é que eu nao vou ficar! - resmunguei chateada em relação as roupas. 

Olhei em volta tentando achar Arthur mas estava tudo no silencio,silencio de mais. Enrolei o cobertor no corpo e caminhei até a porta, a mansão estava completamente vazia, ou pelo menos parecia. Larguei o cobertor no chão e fui correndo até a suíte, para a minha surpresa tinha um pacote dourado em cima da pia, junto ao pacote havia um bilhete escrito com letras elegantes.


Bilhete:

Me desculpe pelas suas roupas,providenciei umas novas. Tive que sair, volto logo.


Sorri ao terminar de ler e abri o pacote o mais rápido que pude, era um vestido roxo de alça, não era nem muito curto nem muito longo, ficava no joelho, tinha umas linhas pretas na barra, era lindo… Ao lado também tinha uma calcinha e um sutiã da cor vermelha, pelo menos ele não me deixou nua. 

Tomei um banho de 15 minutos e me vesti, penteei meus cabelos com os dedos e os deixei soltos. Estiquei as cobertas e dobrei o cobertor deixando o quarto arrumado, desci as escadas com meus pés descalços até chegar a sala no primeiro andar, ficar naquela casa enorme sozinha me deixava morrendo de medo,todo barulhinho que eu ouvia já ia correndo para outro lugar. Fiquei com vergonha de abrir a geladeira então eu me sentei no sofá e fiquei a espera de Arthur. De repente vi uma sombra na parede do corredor, me levantei do sofá rapidamente, fiquei com medo e pensei em correr para fora da mansão, mas uma ideia me passou pela cabeça, é se fosse Arthur fazendo mais uma de suas brincadeirinhas para me assustar?

–Arthur é você?! -Perguntei caminhando em direção ao corredor.

Não se dava para ver nada no corredor, era escuro, completamente escuro, fui andando lentamente para dentro do escuro, era frio e a cada passo que eu dava me sentia perseguida por algo.

–Arthur… Nao me obrigue a lhe dar uma joelhada! -Disse seguindo em frente.

De repente comecei a ouvir barulhos atrás de mim,a cada passo meu algo atrás de mim me seguia com outro passo,eu estava começando a ficar apavorada,fui aumentado a rapidez do meu andar mas a coisa continuava a me seguir,tomei coragem e me virei,não havia ninguém,coloquei a mão sobre o peito e suspirei aliviada.

–Deve ser coisa da minha mente… -Disse em voz baixa para mim mesma.

Quando olhei para frente de novo vi a sombra dobrar o corredor, tinha a forma de uma mulher de vestido.

–Espere!-Disse a seguindo curiosa.

Quando dobrei o corredor avistei a sombra entrar em um dos quarto, ali já não era muito escuro, tinha uma enorme janela aberta no final do corredor que deixava a luz do dia entrar, lá haviam cortinas que pareciam dançar com o vento,ele as jogava pra lá e pra cá. A passos lentos eu entrei no quarto onde a sombra havia entrado,era luxuoso e bem bonito,havia alguns quadros e fotos de antigamente pendurados na parede.

A moça estava de costas para mim encarando as pinturas,ela usava um elegante vestido branco misturado com rosa,era um vestido da época que chegava a arrastar no chão de tão comprido,seus cabelos eram ruivos mas estavam meio esbranquiçados e sem vida,estavam amarrados em um coque seguro com uma fita branca.

–Quem é você?-Perguntei me aproximando aos poucos.

A moça soltou um risinho e continuou imóvel, eu pensei em correr, mas minha curiosidade foi maior,quando eu já estava perto o bastante dela minha mão tocou seu ombro de leve,quando eu a toquei a moça virou o rosto rapidamente para mim,sua fase era horrível,no lugar de seus olhos haviam dois buracos negros,de seu nariz apenas dois furos de caveira,seu rosto era meio acinzentado com algumas rachaduras por todo lado,meu coração começou a bater mais forte,eu senti meu estomago embrulhar,meus olhos se arregalaram e minhas mãos ficaram tremulas,minha respiração estava ofegante e a única coisa que vinha em minha mente era o comando para correr,mas eu estava tão em pânico que minhas pernas não se mexiam,a moça abriu um enorme sorriso para mim,seus dentes eram podres meio amarelados e meio preto,seus lábios eram completamente rachados,agora que ela estava de frente pra mim eu pudia ver manchas de sangue seco em seu vestido,tinham rasgos na lateral de suas roupas que deixando aparecer suas costelas para fora da carne.

–Ai meu Deus… a aberração apareceu na minha frente! Eu jurava que já via tudo nesse mundo e me aparece algo assim. Tu é disprovida da beleza hein minha filha?! So lamento...- coloquei a mao no coracao 

A moça começou a caminhar lentamente em minha direção eu apenas recuava alguns passos para traz, mas eu ainda estava em pânico e não conseguia correr,de repente eu bati as costas em algo rígido e quente,me virei rapidamente e vendo que era Arthur o abracei e enterrei a cabeça em seu peito.

Quando a moça viu Arthur ela começou a mudar de forma,ela fechou as pálpebras e quando as abriu de novamente seus olhos estavam lá,tinham um tom lindo de azul claro,as rachaduras de seu rosto se fecharam e sumiram,aos poucos sua pele foi adquirindo cor,suas bochechas ficaram rosadas,seus lábios ficaram avermelhados e delicados,suas costela voltaram para dentro da carne,seus cabelos ruivos ficaram mais vivos e adquiriram um tom meio alaranjado se soltando do coque e ficando levemente ondulados,mas suas roupas continuavam sujas de sangue e rasgadas na lateral,a moça lançava um olhar triste para Arthur.

–Por que Thur. Por quê?-Dizia ela em um tom triste.

De seus olhos escorreram lagrimas, mas não eram lagrimas normais,eram lágrimas de sangue.

–Vá embora Monique… -Disse Arthur em um tom de voz baixo.

Monique abaixou o olhar e sumiu bem na nossa frente. Eu ainda  meio assustada com tanta feiura. 

–Você esta bem?-Perguntou Arthur acariciando minha bochecha com as costas da mão.

– Estou melhor sim. Tava com medo de perder a visão com a feiura dela...- fiz careta e ele riu

- Nunca adimiti que tem medo ou algo ne?- falou risonho 

- Eu nao tenho medo...- falei dando ombros 

- Ate parece...- sussurrou e eu lhe dei língua 

Ele me pegou pela mão e me levou para sala como se eu fosse uma criancinha,chegando lá eu me sentei no sofá,Arthur se aproximou de mim e se sentou ao meu lado,ele levantou meu rosto com um dedo e disse em um tom serio:

–Não se deve seguir sombras Lua. Elas esperam por isso.

–Quem é Monique?-Perguntei o olhando nos olhos.

Ele abaixou a cabeça e tirou a mão de meu queixo.

–Você pode me contar… -Disse com uma voz baixa.

–Monique era minha ”namorada”.-Respondeu ele fazendo aspas com os dedos.

–Você a matou?-Perguntei olhando para o lado.

–Eu não queria fazer isso.

–Ela é a primeira mais difícil?

–Não. -Ele disse me encarando.

–Porque você a matou?-Perguntei o fitando.

–Porque recebi uma ordem para isso. -Ele respondeu com uma voz calma.

–Matou todas as namoradas que já teve?-Perguntei me levantando do sofá.

–Lua eu…

–Você transa com elas e depois as mata?-Perguntei meio assustada.

–Não é bem assim ta legal?

Eu balancei a cabeça negativamente enquanto ele se aproximava de mim 

–Fique longe de mim!!-Gritei me aproximando da porta.

–Eu não vou te machucar. -Disse se aproximando lentamente.

–Quem me garante?

–Não confia em mim Lua?-Perguntou ele parando de andar.

Fiquei calada, a resposta estava em meus olhos.

–Você só me usou não é?

Ele ficou calado só me fitando.

–Transou comigo só para me matar depois não é?-Perguntei e uma vontade absurda de chorar me consumia Ah mais eu nao iria dar esse gostinho! 

Ele continuava calado.

–Você só me usou… -Disse escorregando pela porta até chegar no chão.

Eu me encolhi e encostei a testa no joelho e comecei a chorar,eu ouvia os passos de Arthur se afastando lentamente,depois de uns 3 minutos eu parei de chorar completamente,foi quando eu ouvi passos lentos virem até mim,era Arthur,eu levantei a cabeça,ele estava com um olhar meio triste,agachou na minha frente e colocou um colar em meu pescoço.

–Por quê?-Perguntei encarando a pedra verde do colar.

–Isso vai te proteger.

Fiquei calada.

–De mim. -Ele completou.

Eu não achava nada para dizer, nenhuma palavra se quer saia de minha boca,então ele se levantou e quando já estava com uma boa distancia de mim ele se virou e disse em um tom ainda triste:

–Se eu quisesse mesmo te matar… Você já estaria morta.

Eu apenas o encarei,quando ele saiu da sala eu fiquei me sentindo uma idiota por julga-lo daquele jeito,e por ter dito aquelas coisas grosseiras, naquele momento eu só queria me desculpar, mas eu não sabia como, estava morrendo de vergonha de olha-lo nos olhos e desculpar-me na sua frente. Isso sua idiota! Acabou com tudo! 

Créditos: Cecília 

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