7 de abr. de 2013

{FIC} Secretária Particular


Capitulo Treze p.1 – Decisão e Perdão


Os passos de Lua eram ouvidos por toda a casa, já que mora sozinha, em uma imensa mansão. 

Sua cara demonstrava preocupação e duvida. Duvida, essa era a palavra que ultimamente dominava Lua. Muitas vezes, ela cogitara ir até o seu antigo apartamento, na hora que Arthur ia e falar com ele, mas o que falar?

Pensara em mil textos planejados, mas todos saiam falsos, inúteis e horríveis. Ela quer expressar seus sentimentos, dizer o que realmente sente, e não parecer um gravador chato e monótono.

Já fazia mais de uma semana que estava assim, aflita e duvidosa. Até que finalmente notou, que se tentasse planejar o que falar, nunca iria conseguir se expressar de verdade, teria que falar com as palavras que saíssem do seu coração e não de um papel. 

Decidiu-se por uma quarta feira qualquer.

Após um longe e tentava de relaxante banho, saiu enrolada em uma toalha qualquer e foi se decidir pelo que usar.

Fatal ou sonsa? Tímida ou cheguei chegando? Mais duvidas para sua cabeça.

Foi então, primeiro para secar os cabelos loiros e cacheados. Após usar o secador, passou uma chapinha da raiz até o comprimento onde iria prender o rabo de cavalo. Amarrou bem firme, e deixou os cachos soltos, que batiam no ombro. Um gel básico para não ficar com os fios soltinhos por causa do vento e o cabelo estava pronto.

Depois de limpar bem sua pele e passar hidratante, iniciou a escolha da maquiagem. Sombra bege meio dourada, lápis de olho em tom bege, rímel transparente, blush cor de bronze e batom rosa claro, só dando uma cor aos lábios.

Lua B. levou um tempo escolhendo a roupa, mas finalmente se decidiu. Não escolheu nenhuma bolsa, pegou apenas as chaves do seu carro, da casa e o celular.

Após uma ultima olhada no espelho, saiu da casa.
O transito estava insuportável. Lento e monótono, Lua achou que nunca chegaria a seu destino. Chegou bem na hora que Arthur deveria estar saindo da empresa. Sim, ela foi na sorte mesmo. Ele poderia ter um imprevisto ou coisa parecida, então, era torcer e esperar.

Quase quarenta minutos depois, viu o carro dele estacionando em frente ao prédio. Pegou um livro do porta-luvas para esconder o rosto, e o observou entrar no prédio e sumir de sua vista.

Deu cinco minutos e desceu do carro. Ainda tinha as chaves, portanto, só falou algo com porteiro e subiu. Suas mãos soavam frio. Sorte sua que não roia unha, porque se não, seu belo esmalte laranja iria pelos ares.

Pegou a chave e abriu a porta. Encontrou o silencio. Entrou, trancou a porta e ouviu passos no corredor. Se virou e viu Arthur.

Ele continuava com a mesma aparência. O terno bem arrumado, o topetinho arrumado, e o cheiro que só ele tem. Arthur ficou surpreso. Um, por Lua estar ali, e dois, por ela estar com aquele visual alegre, mais colorido, e sem a calça de couro que ela gostava de usar, ou uma camisa de seda social.
Foi inevitável Lua não abrir um sorriso tímido para Arthur. Ele não estava sério, nem nervoso, e nem com ódio. Parecia que finalmente, ele iria ouvir Lua.

- Arthur – Lua falou. Sua voz era firme – eu preciso, realmente preciso falar com você.
- Pode falar. Estava esperando para te ouvir na verdade. Não, eu não sabia que você viria hoje, mas sabia que viria um dia. – a voz de Arthur
não tinha magoas, nem tristeza. O que Lua achou ser um ponto bom.

- Bem. Pedir desculpas e perdão é inútil. A final, eu errei muito, e não são simples palavras que podem acabar com tudo aquilo. Fui imatura, insensível e cruel com você. Eu não devia ter posto o meu trabalho a cima do que eu sentia... sinto, na verdade, por você. Naquela época eu 
idealizava o trabalho, hoje eu percebo que eu deveria ter idealizado o meu amor por você. Hoje eu posso não significar nada pra você, mas eu realmente queria dizer isso a você. Estava entalado na minha garganta, e eu demorei muito pra ter coragem.

Creditos:Vic Harding Fitz Montgomery e Cristiane Momsen Aguiar


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