27 de abr. de 2013

Sábado a Noite

                                                                    Capítulo 7

Lua chegou em casa e tirou o vestido da festa. Sentou na sua cama e abraçou o urso que tinha desde pequena, que Harry tinha lhe dado. Encarou o espelho e viu o quanto parecia doente. Porque isso estava acontecendo assim? Porque tudo era tão difícil?

Olhou pra foto no seu mural. Ela com suas amigas. Sorriu. Eram todas tão lindas e tão felizes! Ela não queria estragar isso. Não queria sentir o que sentia, mas estava começando a ficar inevitável. Desde que suas amigas inventaram que tinham que se reaproximar dos tais ‘marotos’ por causa de Giovana e 

Harry, ela tinha começado a definhar de novo. Aquele amor juvenil de dois anos atrás? Tinha voltado e ela não sabia explicar porque e nem como.  

Olhou pra uma foto da escola, do ano passado. Encarou ela mesma sentada ao lado de Bianca e logo mais acima Harry, Arthur e Mica. Chay não era da sala deles e Henrry… bem, ele era um ano mais velho e com certeza não teria motivos pra estar naquela foto. Viu que, por mais engraçado que fosse, Arthur saíra olhando pra ela. Na foto escolar! Ele olhava pra baixo e não, não era pra Bianca ao seu lado. Era pra ela, ela sabia muito bem. Sorriu com isso porque 

Harry sorria que nem um imbecil enquanto Mica se aprumava. Claro que era porque Sophia estava ao lado dele com cara de quem não estava gostando de estar ali.

Olhou pro rosto de Arthur mais uma vez e notou que ele não estava feliz como os outros pareciam. Nem de longe ele parecia que poderia sorrir. Ela se sentiu triste. Sabia que Arthur sentia algo por ela, mas ela não podia fazer nada. Nada!

Harry entrou em casa rindo, com os três amigos. Henrry tinha ficado de ir pra lá depois que muitos fossem embora, pra não dar na pista. Vendo Chay ir pra cozinha beber algo e Mica entrar no banheiro, ele se virou pra Arthur.

- Cara’ - ele tocou em seu ombro - ‘Você precisa fazer alguma coisa’

- Preciso é?’-  Arthur olhou pra ele assustado. A maquiagem de Harry o tinha deixado assustador.

- Olha pra sua cara! Claro, além dessa maquiagem horrível… você parece doente’ - ele disse. Arthur olhou pro lado.

- Isso é normal, Harry’

- Não, não é. E sabe de uma coisa? Isso foi longe demais! Essas garotas têm que aprender a dar valor às coisas. Não é porque elas podem mais do que querem que elas devam esnobar os outros! Pelo amor de Deus, isso é ridículo’

- Você diz mais por você mesmo e pela Ferraz’ - Arthur deu de ombros. Harry riu nervoso.

- Nunca mais repita isso. Estou dizendo de você e Mica’

- Pare de se preocupar conosco e trate de você também, meu amigo’ - Arthur riu - ‘A gente te conhece e você nunca foi tão amargo na vida’

- Sempre fui assim e não ouse me desmentir’ - Harry riu e ouviu o telefone ao lado. Ele se virou pra atender.

- Harry?’ - Lua disse chorando. Harry se assustou. Nunca tinha visto a amiga chorar daquele jeito pelo telefone.

- Lua?’ - ele perguntou em voz alta. Arthur arregalou os olhos - ‘O que foi? O que aconteceu com você? Quem fez isso?’ - ele perguntou rapidamente. Ela soluçava muito alto.

- Eu… eu não me sinto bem’ - ela disse entre soluços. Chorava sem piedade. Confiava em Harry, apesar de tudo.

- Não se sente bem é? Porque? Quem te fez isso que eu mato o desgraçado…’ - ele disse apertando os punhos. Arthur ficou preocupado. Mica chegou do lado dele com a cara lavada e ficou olhando pra Harry - ‘Lua? Você está aí?’

- E-e-eu… eu… ai, Harry, isso é injusto!’ - ela disse quase gritando. Gemia de tanto chorar e Harry começou a sentir as lagrimas caindo. Os amigos, ao seu lado, estavam ficando assustados.

- Querida, preste atenção. Pare de chorar, por favor. Por favor…’ - ele repetiu apertando os olhos. Lágrimas desceram pelo seu rosto - ‘Olha só, você me espera? Eu vou praí agora mesmo…’

- Você não precisa se incomodar, eu só queria…’

- Você não me incomoda, princesa. Espere, ok?’ - ele olhou pras roupas - ‘Eu vou… trocar… o pijama e vou praí’

- Ai, eu te acordei, não acordei? Desculpa!’ - ela disse ainda chorando. Ele negou.

- Não, não me acordou de maneira nenhuma. Os meninos estão aqui, eles estavam comigo e…’

- Eles… eles estão aí?’ - ela arregalou os olhos - Não precisa se incomodar comigo’ - ela logo parou de chorar. Soluçava, mas não queria que Harry deixasse Arthur perceber alguma coisa.

- Já era, to indo praí, honey’ - ele desligou o telefone. Olhou pros amigos - Céus, o que foi isso?’

- Como ela está? O que está acontecendo, quem fez isso?’ - Arthur bombardeou ele com perguntas. Harry balançou a cabeça.

- Pelo visto ninguém fez nada, ela não está se sentindo bem… disse… que alguma coisa é injusta’ - ele deu de ombros indo pro banheiro - ‘Preciso ir pra lá urgente. Alguém me leva? Eu não posso dirigir nesse estado’ - ele abriu os braços e mostrou a mão que estava tremendo. Mica e Arthur concordaram e foram mudar de roupa rapidamente. O que quer que tenha acontecido, por menor que fosse, eles sabiam que Harry se preocupava demais. E Arthur estava da mesma forma.

 -Se aquele imbecil fez algo com ela eu o mato com minhas próprias mãos’ - Arthur disse ao volante. Harry estava do lado e Mica tinha ido atrás. Chay ficara em casa esperando por Henrry.

- Não se eu fizer primeiro’ - Harry sorriu.

- Que injustiça!’ - Arthur bateu com os punhos no volante. Mica olhou preocupado.

- O que é injustiça?’ - ele perguntou. Arthur olhou pro amigo.

- Eu queria poder ajudar’

- Não sei o que aconteceu com ela e nem você, portanto…’ - Harry olhou pra fora. Passaram pela rua onde moravam Giovana e Sophia e tanto Harry quanto 

Mica ficaram olhando pras casas. Arthur meio que riu apontando pra porta da casa de Giovana, onde ela se despedia de um rapaz mais alto, com um beijo. 

Harry abriu a boca - ‘Que absurdo! Que gente sem pudor…’

- Esquece, cara - Mica balançou a cabeça e Arthur virou a esquina, dando na rua de Lua. Estacionou em frente à sua casa e Harry pulou fora do carro.

- Se eu for demorar aviso à vocês e aí podem ir embora’ - ele disse indo em direção à porta dela. Arthur e Mica saíram do carro e se encostaram na lataria, de frente com a casa dela, olhando Harry apertar a campainha.

Ele esperou até que Lua atendeu. Ela estava chorosa, de pijama e segurava o urso que ele tinha lhe dado quando eram pequenos. Harry sorriu e ela fez o mesmo.

Olhou pros dois garotos encostados no carro e acenou. Arthur e Mica imitaram, prontamente. Depois, Arthur virou de costas e apoiou a cabeça no carro. Lua se virou pra Harry.

- Não precisava ter vindo, você sabe como eu sou exagerada’ - ela abraçou o amigo.

- Sei também que há mais de dez anos sempre que você me liga é preu vir aqui’ - ele passou a mão no cabelo dela - ‘E então? Vai me contar porque está nesse desespero todo?’

- Entra… os meninos querem entrar também? Quero dizer, meus pais não estão em casa e está muito frio aqui fora…’ - ela disse constrangida. Harry olhou pra Mica e Arthur e riu. Talvez fosse uma boa idéia.

- Hey, vocês dois?’ - ele gritou. Lua entrou em casa.

- Algum problema?’ - Mica perguntou chegando perto dele. Arthur continuou no carro.

- Querem entrar? Está frio aqui’ - Harry disse. Lua estava perto da escada, mas conseguia ouvir eles na porta.

- Acho melhor não, Arthur não está se sentindo bem de estar aqui… você entende… acho que ele não iria querer entrar’ - Mica disse simplesmente. Harry fez um barulho estranho com a boca.

- Claro… tudo bem… eu… não demoro’ - ele fechou a porta vendo Mica colocar a mão no bolso e ir de encontro com Arthur. Harry se virou pra Lua, que estava sentada na escada.

- Ele não quis vir, né?’ - ela perguntou.

- Não’ - Harry disse - ‘Você sabe muito bem…’

- Eu queria poder fazer alguma coisa’ - ela disse. Harry sentou do lado dela.

- E não pode?’ - perguntou. Lua olhou pra ele com os olhos cheios de lágrima.

- Não, não posso. Isso não podia estar acontecendo! Arthur tinha que… sumir, sei lá’ - ela falou. Harry limpou a lágrima que caiu no rosto dela, sorrindo.

- Ele não vai sumir. E nem os sentimentos dele, você sabe bem…’

- Ele não cansa não? Seria tão mais fácil pra mim, Harry! Aceitar que é definitivamente pra eu esquecer e…’

- Essa história toda da sua amiga é ridícula! Se ela é sua amiga, ela vai entender…’

- Harry, não! Eu não posso!’

-Ok então… é por isso que você está mal?’ - ele perguntou passando as mãos nos cabelos dela. Ele mesmo mostrou estar com um brilho diferente nos olhos.

- Eu estou mal porque eu não sei o que fazer e quando eu não sei o que fazer eu choro’

- E me chama’ - ele disse. Ela riu levemente.

- Obrigada’ - Lua abraçou o amigo e ficaram abraçados por um tempo até ouvirem uma buzina. Harry olhou pra Lua estranhando e abriu a porta. Mica saiu do carro.

- Arthur… ele saiu andando e disse que ia pra casa, Harry. Vai ficar aqui? Eu preciso ir atrás dele, ele não me pareceu bem’ - Mica gritou. Harry olhou pra Lua, que escondeu o rosto nas mãos.

- Olha o que eu fiz…’

- Não foi você. Eu…’

- Vai atrás dele, Harry. Amanhã a gente se fala’

- Vai ficar bem? Qualquer coisa me liga e por favor, nunca mais chore daquele jeito porque você acaba comigo’ - ele abraçou a garota ternamente. Ela riu.

- Desculpa, mas eu não sabia mais pra quem ligar’

- Certo… até mais então’

- Até e… mande… oi pros meninos. Agradeça por eles terem vindo aqui’ - ela disse sem graça. Harry riu.

- Duvido que Arthur me escute’ - ele acenou e fechou a porta, correndo pro carro. Lua ficou olhando pela janela a cara preocupada de Mica. Sentia que era sua culpa, Arthur estar passando por tudo isso. E por mais que ela tentasse fingir que não se importava, era a coisa que ela mais se importava naquele momento.


-Lua se divertiu muito com Albert hoje’ - Arthur ouviu Giovana comentando, abraçada com John na porta de sua casa. Ele passou pela rua escura, olhando pra eles.

- Você sabe como Albert se sente em relação à ela… falta só pedir em casamento’ - John sorriu beijando Giovana de leve. Ela riu.

- É eu sei. Eu acho que a Lua goste dele também’ - ela disse. Arthur chutou uma lata que estava na sua frente e os dois olharam pra ele.

- Boa noite, perdedor. Vai assaltar alguma casa?’ - John perguntou. Arthur olhou pra eles.

- Esqueci que você não mora nessa rua’ - ele disse. John bufou e Giovana apenas riu.

- Garoto esquisito… fica andando essa hora sozinho e à pé’ - John se virou pra Giovana - ‘Eu não sei o que esse pessoal tem’

- Querem chamar atenção’ - Giovana olhou pra Arthur pelo canto do olho. O garoto continuava chutando a latinha pra onde ele ia, devagar e lentamente. 

Olhou pra John - ‘Mas então, estávamos falando que Lua gosta do Albert’ - ela disse enfatizando. Arthur chutou a latinha com um pouco mais de força e Giovana se sentiu vitoriosa.

- Ele disse altas coisas sobre ela… que quer repetir uma certa noite…’ - John piscou e Giovana riu.

- Está falando sério? Eles dois… eles?’ - ela perguntou sem terminar a frase e John apenas concordou.

- Fizeram tudo que tinham direito e Albert contou nos mínimos detalhes’ - ele riu. Arthur parou de andar e olhou pra trás. Não estava mais tão perto deles, mas ainda podia ouvi-los.

- Que absurdo!!’ - Giovana disse gargalhando - ‘Vocês não deviam ter esse tipo de conversa’

- Sabe como é… uns homens se gabam por picharem a escola, outros se gabam por dormirem com mulheres bonitas. Nós definitivamente estamos no segundo grupo’ -ele olhou de longe pra Arthur e riu. Giovana balançou a cabeça.

- Isso é ridículo!’ - ela disse vendo que Arthur sentara na calçada com as mãos no rosto. Ele não sabia mais o que fazer, estava começando a ficar cada vez mais puto com a situação, mais triste com tudo isso. E John não ajudava nada dizendo que a garota que ele amava tinha… se entregado dessa forma pra um cara que só queria saber disso mesmo. Era um absurdo!

Eles ouviram o barulho de pneu cantando e viram o carro de Harry virar a esquina com Mica em pé do lado do motorista. Estavam muito rápido e pararam abruptamente ao lado de Arthur.

- Tem problemas?’ - Harry desceu do carro gritando. Olhou pra mais algumas casas acima e seu olhar cruzou com o de Giovana. Ambos fizeram cara de desprezo e continuaram o que estavam fazendo. Arthur se levantou.

- Eu não podia ficar lá… não dava’

- Mas não precisava sair andando assim’ - Harry disse. Mica desceu do carro e encostou no ombro de Arthur.

- Vamos? O que você faz parado na porta da casa desses imbecis?’ - ele perguntou.Giovana olhou pra eles com desdém.

- Quem que você está chamando de imbecil?’ - John perguntou soltando Giovana e encarando os três garotos.

- Ah, você está aí? Bom, Arthur, dessa vez você exagerou. Parar perto de uma imbecil e de um idiota?’ - Harry se virou pra Arthur - ‘Vamos’ - ele disse. Giovana apenas abaixou a cabeça. John riu.

- Seu amiguinho veio ouvir nosso papo, se você não sabe. Veio aqui saber que o amor da vida dele preferiu se entregar pro meu amigo idiota do que pra ele. Háh, quem é o perdedor aqui?’ - John perguntou. Arthur olhou furioso.

- Cala a boca’ - ele disse simplesmente. John riu. E Giovana tentou fazer ele se calar. Isso tinha ido longe demais.

- Você quer que eu cale a boca ou explique com detalhes como foi a noite deles? Como que ela gritava apaixonada pelo Albert e…’ - John começou a interpretar a situação e Giovana bateu no rosto dele.

- Pára com isso!’ - ela gritou. Arthur andou furioso na direção do rapaz e Harry segurou o braço dele.

- Que direito você tem de me bater?’ - John olhou pra Giovana empurrando ela longe. Giovana bateu no portão de sua casa e ficou parada sem saber o que fazer. Harry soltou Arthur e andou furioso na direção de John.

- Seu cretino!’ - ele gritou e deu um soco no rosto do rapaz. Giovana tampou a boca com as mãos e Arthur e Mica foram até Harry. John segurou a boca que estava sangrando e tentou acertar Harry, mas acabou socando Arthur na maçã do rosto. Mica puxou Harry pro lado vendo Arthur cair no chão. Giovana pegou John pelo braço.

- Vai embora daqui, John…’ - ela disse. John secou a boca e olhou pros três. Arthur estava no chão e Mica ajudando ele a se levantar. Harry estava segurando o punho. Giovana empurrou John pro carro dele e só voltou pra perto deles quando viu o carro do rapaz virar a esquina - ‘Ai céus, me perdoem…’ - ela disse humildemente. Afastou Harry com uma das mãos pra chegar em Arthur. Se ajoelhou e olhou pro rosto dele - ‘Você precisa de gelo, de um curativo…’

- Não precisa ajudar, podemos cuidar dele’ - Harry levantou Arthur o segurando pelo braço. O garoto gemeu e Mica o ajudou.

- Ah claro, você vai acabar machucando mais ele’ - Giovana disse - ‘Meus pais estão em casa… seria impossível… vamos pra casa da Lua, é aqui do lado. Ela pode ajudar com um curativo’

- Não’ - Arthur disse ficando direito em pé - ‘Eu estou bem’ - ele falou com a mão no rosto. Tinha um corte enorme e estava sangrando.

- Você não está bem e eu tenho certeza de que não vai a um hospital’ - ela disse.

- E quem se importa? Você?’ - Harry riu - ‘Convenhamos… tudo isso é sua culpa’

- Minha culpa? Eu não tenho culpa de John gosta de contar vantagem e Arthur estava aqui pra ouvir’

- Sua culpa que você tem que ficar acompanhada desses… imbecis lunáticos que só pensam em sexo e popularidade! Fútil! Isso é coisa de gente fútil…’ - Harry disse se virando e indo pro carro. Mica olhou pra Giovana.

- Obrigada por tentar ajudar, ele vai ficar bem’ - Mica disse sinceramente. Giovana estava mordendo os lábios e concordou.

- Vocês têm certeza… Arthur?’ - Giovana encostou no ombro dele - ‘Olha, eu não gosto de você. Você não gosta de mim. Eu sei que você tem um problema com a Lua… mas isso é sério, sua bochecha está rasgada e você precisa de algum cuidado. Não custa nada ir até lá, sabe? Não vai te fazer mais mal’

- Eu’ - Arthur olhou pra Mica e pra Harry. O outro parecia impaciente - ‘Eu não sei… acho melhor não…’

- Cinco minutos? A gente limpa isso e põe gelo. Aí você vai pra casa e se cuida sozinho. Não me deixe ficar com esse peso na consciência’

- Há, que consciência?’ - Harry riu. Giovana ignorou ele.

- Por favor’ - ela olhou pra Arthur. O garoto abaixou a cabeça e viu como o rosto estava doendo. Gemeu alto e pediu o apoio de Mica pra se segurar porque seu olho estava prejudicado.

- Tudo bem, eu não sei se quatro homens poderiam arrumar isso’ - ele disse. Harry olhou abismado e Giovana sorriu vitoriosa.

- Harry, vamos com seu carro’ - Mica disse rindo e ajudando Arthur. Giovana os seguiu e ficou na parte de trás do conversível com o garoto, sem falar nenhuma palavra. Não sabia porque estava agindo assim. Mas sentia que seria o melhor.

XOXO BIA BERNARDO

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