31 de dez. de 2012

Uma noiva herdada


Capítulo Dez p.4


— Não tenho ideia do que está falando — retrucou Lua, mas estava tremendo por dentro. Podia sentir o aroma de almíscar de um homem totalmente excitado, bem como a batida forte de seu coração, e precisou se controlar muito para resistir ao seu olhar penetrante.

— Tente sua mãe, que, de acordo bom a prima de Luciano Szafir, Lana, teve câncer de mama, assim como ela. Maria Cláudia, que há dois meses começou um tratamento caro e novo, disponível somente em uma clínica particular, ao mesmo tempo que minha companheira de jantar — ele falou.

Lua ficou pálida e se lembrou que Lana estava no jantar.

— E daí? Minha mãe não tem nada a ver com você.

— Mas ela foi a razão para você querer aquela quantia específica. Por que não me contou? — perguntou Arthur, com o rosto duro de uma emoção que ela não podia discernir. — O que fiz para que acreditasse que não podia confiar em mim como executor de seu pai, na primeira vez em que foi ao meu escritório? Mal nos conhecíamos! Eu a vi algumas vezes quando era adolescente, mas, Deus do céu! De onde veio a ideia de que não podia confiar em mim?

— Eu falei a você que minha mãe estava doente — lembrou Lua. Mas bem lá no fundo ela sabia que havia uma certa verdade no que ele dizia. Em vez de bancar a sofisticada e negligente, devia ter sido mais explícita e confiado nele para contar a verdadeira razão para querer o dinheiro. Fora sua própria covardia de mencionar a palavra câncer que a impedira.

— Uma vez. Apenas uma vez você falou que sua mãe não estava bem, o que podia ser até um resfriado e no seu caso achei que fosse apenas uma desculpa. Se eu soubesse a real razão de você não ter respondido às minhas ligações... você realmente pensa que eu teria sido tão...?

— Tão o quê? — ela perguntou.

— Tão difícil com você, Lua? — ele admitiu. Ela captou o profundo brilho dos olhos dele, quando seu grande corpo se movimentou contra o dela, fazendo com que percebesse o quanto estava excitado.

— Tão duro a ponto de me seduzir, você quer dizer — ela zombou, tentando equilibrar suas fracas defesas contra a pressão sedutora da poderosa masculinidade dele.

O rosto dele foi tomado por uma expressão de remorso, enquanto uma das mãos deslizava até a cintura dela e a aproximava ainda mais.

— Você tem ideia de quanto me senti mal esta noite ao saber o que você fez e por quê? — ele confessou. — Já me sentia estúpido o bastante por ter organizado o maldito jantar, quando devia ter tido coragem de ligar para você, mas depois de saber sobre sua mãe, me senti ridículo.

— Ponto para mim, então. — Lua tentou brincar, mas ele não ficou contente.

— Foi para o tratamento da sua mãe, não foi?

— Sim, mas ela não sabe — ela se apressou em explicar. — Achei que não fosse aceitar dinheiro do meu pai e ficaria horrorizada se soubesse que pedi.


Creditos: Ronnie

 Feliz Ano Novo Pessoal ! Tudo de bom e que 2013 traga a Alegria que 2012 nós tomou !

9 comentários: