Capítulo Doze p.1
Setembro, 2008
Lua acordou com um sorriso no rosto. Não porque tinha tido um sonho bom,
mas sim porque tinha tido uma noite boa e estava feliz, puramente feliz. Notou
que os braços de Thur a envolviam e virou-se para o lado com cuidado, vendo que
ele ainda dormia profundamente.
Por algum tempo, ela não poderia dizer quanto, Lu ficou ali apenas
olhando-o, como se não existisse mais nada no mundo. Ele era tão lindo quando
estava dormindo. Ela não sabia como tinha conseguido viver sem acordar com essa
imagem todas as manhãs. Não sabia como conseguia não querer olhar para o marido
de manhã, na época em que ainda moravam na mesma casa.
Quebrando seu hipnotismo, Lua, com cuidado, levantou-se e foi tomar
banho, enquanto esperava que Thur acordasse para que tomassem café-da-manhã.
A noite anterior havia
sido completamente perfeita, mas Lu não tinha certeza do que ela significava.
Aquilo havia sido algo de uma noite só, como uma recaída e, então, eles
voltariam a ser amigos novamente? Eles virariam algo como namorados, o que
seria um pouco ridículo, já que eles eram casados? Eles voltariam alguns anos
atrás, como se nada tivesse acontecido? Todas essas hipóteses pareciam
improváveis para Lu, ela não fazia a mínima ideia do que aconteceria dali em
diante.
Naquele momento, ela não queria pensar em nada daquilo. Eles teriam tempo para decidir o que aconteceria, o que for para acontecer acontecerá, essa era sua nova filosofia. Agora, ela apenas iria tomar um banho e relaxar.
Ao sair do banho, Lu não encontrou Thur no quarto. Sem se importar muito, concluindo que ele provavelmente já acordara, ela vestiu sua roupa e foi procurá-lo. Como o apartamento não era muito grande, ela não precisou de muito tempo para encontrá-lo na cozinha, preparando um sanduíche para os dois. Ela sorriu para ele, aproximando-se e beijando sua bochecha, sem saber ao certo como se comportar. Ajudou Arthur a servir a mesa e, então, tomaram café-da-manhã em silêncio.
Naquele momento, ela não queria pensar em nada daquilo. Eles teriam tempo para decidir o que aconteceria, o que for para acontecer acontecerá, essa era sua nova filosofia. Agora, ela apenas iria tomar um banho e relaxar.
Ao sair do banho, Lu não encontrou Thur no quarto. Sem se importar muito, concluindo que ele provavelmente já acordara, ela vestiu sua roupa e foi procurá-lo. Como o apartamento não era muito grande, ela não precisou de muito tempo para encontrá-lo na cozinha, preparando um sanduíche para os dois. Ela sorriu para ele, aproximando-se e beijando sua bochecha, sem saber ao certo como se comportar. Ajudou Arthur a servir a mesa e, então, tomaram café-da-manhã em silêncio.
Às vezes, seus olhares se encontravam e eles riam, um curto riso sem
motivo. Nenhum deles sabia como agir. O silêncio, entretanto, não era nem um
pouco constrangedor. Era, na verdade, familiar, como se eles sempre tivessem
feito isso e simplesmente não tivessem nada para dizer.
Quando terminaram de comer, Lua recolheu os pratos e os colocou na pia,
para lavar depois. Thur recostou-se na bancada da cozinha e ficou apenas
olhando para a esposa, como se dissesse que eles teriam que falar um com o
outro, eventualmente.
- Nunca estive no seu apartamento antes. – Ele comentou. – É bonito, faz
bem seu estilo.
- É, suponho que sim. Principalmente agora, que Catherine levou todas
suas coisas para sua nova casa. – Respondeu, ficando, de repente, meio nervosa.
– É bem pequeno, mas eu gosto daqui. – Completou, referindo-se ao apartamento.
Arthur assentiu, concordando. Queria dizer que a casa deles era bem
maior, perguntar se ela tinha se acostumado, se sentia saudade de lá. Não disse
nada, já que seus pensamentos estavam em outro lugar.
- Nós precisamos conversar, Lu. – Ele falou, finalmente, o que estava o
afrontando.
- Eu sei. – Não queria, mas sabia, ela completou.
Apontou a cabeça em direção à sala, dizendo que eles deveriam ir para
lá, e foi até lá, sendo seguida por Thur. Sentou-se no sofá, não querendo
começar a falar, mas também não querendo ouvir. É claro que eles tinham que
conversar, mas já? Não podiam passar pelo menos aquele dia sem dizer nada,
apenas aproveitando a companhia um do outro?
- Lu... - Ele começou, sua voz estava meio rouca, em um tom baixo, como
se não quisesse dizer aquilo mais do que ela queria ouvir. E era verdade. – O
que aconteceu ontem foi... – Ele pausou e Lua ergueu as sobrancelhas, curiosa
para saber como ele descreveria o que acontecera. – Inesperado.
Inesperado? De que modo aquilo havia sido inesperado? Arthur estava só
enrolando, falando coisas sem pensar. Não havia sido nem um pouco inesperado.
Ela não falou nada, entretanto, ficou calada esperando que Thur terminasse de
falar.
- E foi um erro. – Ele completou. – Eu sinto muito, Lu, eu não devia ter
feito isso.
- Um erro? – Ela perguntou, surpresa e, ao mesmo tempo, começando a se
irritar. – Por que você acha que foi um erro? – Ela tentava manter seu tom
calmo.
- Bom, não sei... Você não acha que foi? – Ele perguntou, meio inseguro,
sem saber como agir com Lua. Eles nunca tiveram que discutir a relação antes.
Ele suspirou, tentando encontrar as palavras certas. – Como eu vou esquecer
você agora, Lu? Como devo recomeçar, mais uma vez, minha vida?
Creditos:
Juuh Aguiar
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ameeeeeeeeeeeeeeeeeei
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