19 de abr. de 2013

{FIC} 4ever


Capítulo 5

Eram duas horas, todos se reuniram na frente do quarto de Micael e Arthur para jogar e beber. Lua ouviu o barulho das pessoas chegando, ela já estava melhor.
- Gente, eu vou ver se a Lua tá bem - disse Sophia, entrando no quarto.
Lua estava um pouco inchada de tanto chorar, mas já estava bem melhor.
- Você vai ficar aí chorando ou vai jogar com a gente? - perguntou Sophia.
- Sophia... eu... eu acho que você tinha razão - Lua falou, olhando para baixo.
- Eu te conheço melhor do que você pode imaginar - disse Sophia, mostrando um sorriso para a amiga.
- Desculpa sair daquele jeito. - Lua abraçou a amiga.
- Mas e então, não vai ficar aí no quarto, né? Ah, fala sério, só tá os amigos lá, você vai gostar!
- Não sei... O Arthur vai tá lá - disse Lua aflita.
- Você vai fugir dele pra sempre? Vai passar uma água no rosto e a gente vai se divertir!
- Obrigada, Soph, você é demais.
- Eu sei. - Sophia deu uma piscadinha para Lua, que sorriu.
- Olha quem apareceu! - disse Arthur, quando Lua e Sophia entraram no quarto.
Lua não olhou para Arthur, o que deixou o menino incomodado.
- Senta aqui Luh! - Disse Melanie.
- Tá, vamos começar logo esse jogo! Passa a garrafa de Orloff aí que é perfeita pra girar! - Micael pediu.
- Gente, eu tava com uma idéia melhor... - disse Melanie, com um sorriso no rosto.
- Fala, Mel! - Chay falou.
- Por que a gente não brinca de sete minutos no paraíso? Os armários desse lugar são perfeitos!
- Boaaa! - disse Micael animado.
Todos concordaram.
- Tá bom, alguém arruma uma venda aí! - disse Marcia.
- Eu tenho uma cueca, serve, gata? - Harry perguntou.
- Perfeito! - disse Lua, rindo.
Harry acabou jogando uma cueca na cabeça dela, o que ela não esperava.
- Ó, Lua, a que o Arthur acabou de trocar! HAHAHAHAH - Micael riu.
- Que nooojo! - disse Lua sem graça, mas rindo para disfarçar.
- Me dá isso aqui! - falou Arthur, rindo com os outros.
- Tá, eu tenho a minha faixa - disse Melanie, tirando a faixa que estava prendendo seu cabelo.
- Quem vai querer ir primeiiiiro? - perguntou Chay.
- EU! - gritou Micael.
- Beleza, vem cá, então!
- Mas só vale menino com menina, ok? - avisou Micael.
- Tá. Meninas, façam uma roda aí - disse Chay, mandando no jogo.
- Gira, Micael!
- Pronto!
Ele tirou a venda e estava apontando para Sophia, que ficou toda sem graça.
- Aii, o que eu fui arranjar de programa pra essa noite! - disse Sophia, tentando disfarçar a animação.
Os dois entraram no armário e ficaram três minutos em silêncio se encarando. De repente, Micael puxou Sophia pela cintura, o que deixou a menina vermelha, mas como estava escuro, ele não percebeu.
- O que você tá fazendo, Micael?
- O que eu to querendo há muito tempo, mas o idiota do Chay não deixa!
- Para, Micael, eu to ficando co...
Sophia não conseguiu terminar a frase, foi interrompida pelos lábios macios de Micael encostando-se aos seus. Eles começaram a se beijar com intensidade. Sophia não podia negar, estava adorando! Ela segurou a nuca de Micael, ele começou a mexer no cabelo dela, o que deixou o beijo ainda melhor. Ficaram um tempão se beijando, até que escutaram:
- O tempo acabou! - disse Chay, que já não aguentava mais ver Sophia lá dentro com o tarado do Micael.
Eles interromperam o beijo e se olharam profundamente. Afastaram-se e fingiram que estavam conversando quando Chay abriu a porta. Eles saíram com os lábios vermelhos, graças a intensidade do beijo.
- Por que seu labio tá vermelho, Sophia? - perguntou Chay.
- Porque o Micael me deu uma bala muito forte, devia ter corante, eu acho. - Foi a primeira desculpa que arranjou.
- Ah, tá bom - disse Chay, virando a cara.
- Quem vai ser o próximo? - Micael perguntou.
- Eu! - Arthur se levantou.
"Ai, meu Deus, e se eu for com ele?" Lua começou a ficar nervosa. Micael começou a girar Arthur. Arthur estava conseguindo enxergar as pernas das meninas, ele apontou para Lua. Ele queria ir para o armário com ela e saber o porquê do estado dela.
- É você, Lua! - disse Micael.
- Eu vou embora - Lua sussurrou no ouvido de Sophia, levantando-se.
- Não, você vai lá e vai se resolver com ele! - disse Sophia, jogando Lua para perto do armário.
Os dois entraram no armário. Lua estava vermelha de vergonha.
- Você não vai me falar por que me tratou daquele jeito antes? - perguntou Arthur, olhando nos olhos de Lua.
- Não te devo explicação nenhuma - disse Lua, olhando para baixo.
- É claro que deve! Eu me preocupo com você! Eu só quero o seu bem e você me trata mal!
- Quer o meu bem mas fica beijando outra! - Lua gritou, só depois foi se dar conta do que falou.
- Chay, tranca a porta! - disse Sophia, que sabia que a amiga iria fugir depois de ter dito aquilo.
Quando Lua percebeu o que admitiu a Arthur, ela tentou sair do armário, mas não conseguiu.
- Merda! Tá trancado.
- Ah, quer dizer então que você ficou com ciúmes é, amor? - Arthur perguntou irônico.
- Cala a boca, Aguiar!
- Primeiro, eu não a beijei, ela me agarrou, e se ela te contou que eu que a beijei, pode ter certeza de que é mentira!
- Ela não me disse nada, Arthur! Eu vi!
- Então não viu como terminou! Eu a joguei pra longe de mim, eu falei pra ela que não queria, que gostava de outra, mas ela me agarrou do mesmo jeito!
- Gosta de outra é? - Lua olhou para baixo.
- É, gosto de você - disse Arthur baixinho.
Lua deu as costas e começou a chorar. "Por que você tá chorando, sua idiota? Beije-o logo!" Lua pensava. Mas não conseguia agir do jeito que sua mente mandava.
- Chay , destranque-os - disse Sophia, sabendo que aquilo já era suficiente.
Quando Chay destrancou o armário, Lua saiu correndo e chorando. Sophia e Melanie foram atrás para saber o que aconteceu, e Marcia também. Todas entraram no quarto.
- Não! Você não! - disse Lua, apontando para Marcia, que achou melhor sair sem falar nada.
- O que aconteceu lá, Luh? - perguntou Mel.
- Ele falou que a Marcia o agarrou e que ele logo depois saiu de perto dela e... e... falou que gostava de mim.
- Mas não era isso que você queria, Luh? - perguntou Sophia confusa.
- Sim. Não. Quer dizer, eu não sei! Eu comecei a chorar e não entendi o porquê! Eu falava pra mim mesma "deixa de chorar, sua tonta e agarre-o", mas não dava, eu não conseguia! - disse Lua, abraçando as amigas.
- Arthur, pode ir explicando o que aconteceu - Chay mandou.
- Ela viu a Marcia me agarrando e ficou com ciúmes. Daí eu contei que eu não queria e que tinha saído de perto da menina quando ela começou a me beijar, só que ela não tinha visto essa parte.
- Ela saiu chorando pelo que, então? - perguntou Micael confuso.
- Eu disse que eu gostava dela.
- E isso é motivo pra chorar? - Harry questionou. Ninguém estava entendendo o comportamento de Lua.
- Nem me fala, dude. Eu acho que eu estraguei tudo com a menina mais legal que eu ja conheci - disse Arthur, fitando o chão.
No outro dia, estava programado para o grupo fazer arvorismo.
- Luh. Luh. Luh! Acorda! - disse Sophia, chamando a amiga.
- Ahn, o que aconteceu? - perguntou Lua zonza.
- A gente tem arvorismo daqui uma hora com os meninos.
- Ah, tá... Nossa, Soph, você nem imagina o sonho que eu tive ontem... Eu sonhei que eu vi o Arthur e a Marcia se beijando e eu fiquei com ciúmes e acabei descobrindo que eu gostava do Arthur e que o Arthur gostava de mim. Louco, né?
- Ehrr.. Luh... Não foi um sonho - disse Sophia, temendo a reação da amiga.
- O QUÊ?!
- Acho que deveria ter deixado você pensar que foi um sonho.
- Devia mesmo - disse Lua, colocando a mão na cabeça.
As meninas se arrumaram e foram para o lugar do arvorismo. Era lindo, árvores gigantescas cheias de obstáculos para passar sobre elas.
- Olha, os meninos tão chegando - disse Sophia, apontando para eles.
- Acho que eu não vou fazer isso. - Lua falou, olhando para Arthur e saindo.
- Ei! Você fica aqui - disse Sophia, puxando o braço da amiga.
- E aí? - Micael cumprimentou, encarando Sophia.
- Tô tremendo nas bases de ir nesse treco - disse Sophia, fitando os olhos de Micael.
- Não se preocupe. Se você cair, eu te pego, xuxúh! - Micael falou, mostrando-se compreensivo.
- Pega nada, seu abusado - disse Chay, puxando Sophia pela cintura.
- Oi - Arthur disse, olhando para Lua.
- Oi - ela respondeu, sem olhar para o garoto.
- Muito bem, quem vai ser o primeiro? - perguntou um instrutor gatinho.
- Eu - disse Arthur, já vestindo o aparelho de segurança.
- Muito bem, vão dois de cada vez. Caso aconteça alguma coisa, um ajuda o outro.
- Chegamos! - disseram Melanie e Marcia chegando correndo. - Desculpa, a gente dormiu demais.
- Alguma de vocês vai querer ir com o garotão aí? - perguntou o instrutor, olhando para Arthur.
- Eu vou - disse Marcia.
- Vaca! - sussurrou Lua no ouvido do Sophia.
- Não! A Lua quer ir e ela chegou primeiro! - disse Sophia, jogando a amiga aos braços de Arthur.
- Eu? - Lua perguntou envergonhada.
O instrutor gatinho ajudou Lua a colocar o equipamento de proteção, que se enrolou todo com os equipamentos. Arthur subiu uma árvore e foi indo para os obstáculos, Lua foi seguindo o garoto. Não podia deixar de notar a parte abaixo do sul do hemisfério mais chamado como as costas de Arthur.
- Ai, eu não vou fazer isso! - Lua se refiria a umas cordas. Para ir para o próximo obstáculo, ela precisava se segurar nelas e ir passando uma por uma.
- Vem, não é dificil - disse Arthur indo de corda em corda como se fosse um macaco.
- Não to a fim de morrer hoje, Aguiar.
- Não vai morrer. Confia em mim - disse o menino olhando profundamente para Lua. Ela sentiu uma confiança nas palavras do garoto e decidiu tentar.
Depois era a vez de Sophia e Chay.
- Nãooo! Eu não vou fazer isso! Desisto! - disse Chay, descendo da árvore antes mesmo de chegar ao meio dela.
- Então sai logo que eu vou no seu lugar, Chay! - disse Micael, que já estava com os equipamentos. Sophia foi à frente.
Os dois foram indo super bem até a parte de caminhar dentro de um pequeno cano.
- Micael... to com um probleminha - disse Sophia já com a cabeça para fora.
- O que foi? - perguntou Micael, entrando no cano.
- EU INTALEI!
- Tá precisando de uma dieta, hein, Abrahão! - Ele riu.
- Não tenho culpa de a minha bunda ser tão grande!
- Calma que eu te dou uma ajudadinha - ele disse malicioso.
Micael deu um empurrão na bunda de Soph, que conseguiu desentalar.
- Valeu! - disse a menina sorrindo.
- Valeu digo eu! - Micael falou com sorriso malicioso.
- Deixa de ser tarado, Borges! - Sophia riu.
Depois de todos terem ido no arvorismo, o instrutor gatinho falou sobre uma trilha que os visitantes fazem nas noites de lua cheia. Ele instruiu o caminho para Sophia, Arthur, Lua, Micael e Chay, que combinaram de se encontrar ali as nove horas da noite. Os outros já não quiseram ir para poder aproveitar a festa.

Passaram o dia na piscina.
- Ai, Arthur, o meu biquíni soltou atrás. Pode amarrar, por favor? - disse Marcia, olhando maliciosa para o garoto. Ela não queria perdê-lo para aquela metida da Lua.
- Na... - falou Arthur, que foi interrompido por Lua e Sophia.
- Deixa que a gente amarra, Marcia! Você não vai querer um menino tarado olhando para seu corpo. Afinal, você não é nenhum tipo de vagabunda, não é, amor? - disse Sophia ironicamente. Marcia não respondeu nada.
Sophia e Lua apertaram o biquíni beeeem forte.
- Parem! Estão me machucando!
- Calma, se não vai dessamarrar de novo, amor!
- Ai, tá muito apertado!
- Não tá, não! Mas deixa que a gente arruma de novo.
Elas começaram a desamarrar a parte de cima do biquini e a de baixo, deixando o biquini cair e deixando Marcia com seus pequenos peitos de fora.
- Olha , é enchimento! - disse Lua gritando, fazendo todos olharem.
Arthur começou a rir sem parar. Ou melhor, todos riram sem parar!
- Suas idiotas! - disse Marcia, pegando a parte de cima do biquini e correndo para o banheiro chorando.
- Ai, meninas, como vocês são más - disse Arthur rindo.
- Foi minha idéia - disse Sophia. - Ninguém manda dar em cima do gato da minha melhor amiga.
Sophia abraçou Lua, que ficou vermelha. Aconteceu o mesmo com Arthur.
Já era noite e as meninas estavam se arrumando para a trilha. Chay, Micael e Arthur bateram na porta.
- Vamo lá? - perguntaram os garotos.
- Vamos.
- Pô, dudes, sacanagem o que vocês fizeram com a amiga da minha prima, hein! - disse Micael rindo.
- Ela mereceu - Sophia falou.
- E eu achando que ela tinha um pouco de peito... Menina indecente fica usando aqueles enchimentos vagabundos de 1,99 - disse Lua, fazendo os meninos rirem.
Chegando lá, estava escuro e não tinha nenhum instrutor para guiá-los, já que eles precisava cuidar da festa que estava rolando no salão.
- Vocês não acham perigoso? Sei lá, sem instrutor a gente pode acabar se perdendo - disse Chay.
- Fica aí, então - disse Sophia, seguindo caminho com os outros.
- Ai, grossa! Eu vou é pra festa pegar umas gatinhas!
- Vai mesmo! Humpf.
Chay ficou indignado com Sophia e foi pra festa se divertir e pegar uma menina só para fazer ciúmes.
- Como tá escuro aqui - disse Lua. - Por que a gente não trouxe uma lanterna?
- Deixa de ser medrosa, Luh - Arthur falou, pegando a mão de Lua e mostrando um sorriso meigo no rosto, mas estava escuro e a garota nem percebeu, mas corou só de sentir a mão suave de Arthur.
- Ai, eu senti uma coisa na minha perna! - disse Sophia. - AHHHHHH, UM BESOURO POUSOU NO MEU NARIZ! SOCORRO! - gritou Sophia, saindo correndo e se afastando da trilha.
Todos foram atrás. Quando perceberam, já nem ouviam mais os gritos de Sophia e nem sabiam onde estavam.
- Gente eu vou procurar a Soph - disse Micael, saindo correndo.
- Espera que a gente vai com você! - Lua falou, sendo impedida pela mão de Arthur.
- Se a gente for, vamos acabar nos perdendo também. Você não viu o tamanho dessa floresta quando a gente entrou no Google Earth? – falou Arthur sério.
- Tem razão, é melhor tentarmos achar a trilha de volta.

Quando Sophia se deu conta, ela estava sozinha no meio do nada e com medo de ser atacada por algum animal peçonhento.
- Luh? Micael? Arthur? - gritou a menina desesperada. - Alguém? Por favor, alguem me ajude!
Ela começou a gritar sem parar, mas Micael não escutava. A menina sentou no chão e começou a chorar.

- Soph! Soph! Onde você tá? - gritava Micael à procura da garota.
Não havia nenhum sinal dela. Começou a ficar preocupado.

Já se passara duas horas depois deles terem se afastado.
- Arthur, eu tô com medo - disse Lua.
- Calma, a gente ja vai encontrar o caminho de volta.
- E quanto aos animais? Se alguma cobra injetar o seu veneno em nós?
- Nós fazemos um torniquete com o meu cinto.
- Ahá, e perder um menbro.
Eles riram.
- É serio, eu te protejo! - disse Arthur, abraçando Lua.
- Micael! Alguém, por favor! - gritava Sophia.
Dessa vez, Micael ouviu.
- Sophia! Eu tô chegando! Continua a falar pra eu poder te encontrar! - disse Micael.
- Micael, eu tô com medo! Vem logo, por favor!
- Ahá! Te achei, xuxúh - disse Micael, que foi surpreendido por um abraçado apertado de Sophia chorando.
- Que bom que você tá aqui! Não aguentava mais ficar sozinha.
- Vem, vamos achar a trilha de volta.
Enquanto isso, Lua e Arthur andavam abraçados, olhando para o chão para ver se achavam a trilha. De repente, Lua solta um grito que até Sophia e Micael escutaram.
- o que foi isso? - perguntou Micael.
- Parece um grito da Luh!- disse Sophia aflita.
- Calma, nós já vamos achá-los.
- O que aconteceu, Lua? - perguntou Arthur, agachando-se para ver Lua, que estava sentada no chão.
- Aquela cobra nojenta picou a minha perna. Era peçonhenta, eu vi! Era uma coral.
- Não se preocupe.
- Não, imagina! Uma cobra me pica e eu vou pular de alegria!
- Tô tentando te acalmar, Sra. Histérica - disse Arthur, tirando o cinto e apertando perna de Lua. - Não se preocupe, não vai morrer hoje.
- Obrigada pelo incentivo, Aguiar.
- Tá bem apertado?
- Tá.
- Dá pra suportar?
- Dá.
- Desculpe, vou ter que apertar mais.
- Ai!
- Melhor isso do que o veneno circulando pelo seu corpo, flour!
- Eu não vou conseguir caminhar assim!
- Não tem problema, não - disse Arthur, pegando Lua.
Ele levava ela do mesmo jeito que se leva uma noiva. Lua ficou vermelha.
- Você vai ficar cansado.
- E você vai morrer se eu não te levar.
- Não conhecia esse seu lado fofo - disse Lua, encarando Arthur. Seus rostos estavam muito próximos.
- Só sou assim com quem é importante pra mim.
Os dois ficaram mudos.
- Impressão minha ou alguém tá se aproximando? - perguntou Arthur, quebrando o gelo.
- É, eu to ouvindo passos.
- Micael! Sophia! Onde vocês estão? - gritou Arthur.
- Ai, meu ouvido, Aguiar! - disse Lua rindo.
- Estamos aqui, dude! - gritou Micael.
- E encontramos a trilha de volta! - disse Sophia, que agora não estava mais chorando.
- Estamos indo! - gritou Arthur.
- E aí, pessoal! O que a Lua tá fazendo no seu colo, dude? Cansou de andar? - Micael perguntou rindo.
- Deixa de ser palhaço, Borges! Uma coral me picou.
- Sério, Luh? Deixa eu ver! - disse Sophia.
- Sua perna tá vermelha! - disse Micael surpreso.
- Dãã! Tu acha que o torniquete que tem nele é pra quê?
- Tá, vamos. Mais algumas horas e você tá morta, Blanco! - disse Arthur.
- Que amor que você é! - respondeu Lua.
Eles chegaram no lugar e foram direto para o salão perguntar onde tinha uma enfermaria. Marcia viu Arthur segurando Lua em seus braços e ficou com muito inveja. Ela foi ver o que aconteceu.
- O que houve, Luh? - perguntou Marcia, fingindo ser sua amiga.
- Não te interessa sua despeitada. Vai colocar silicone, vai! - respondeu Lua.
- Ai, grossa! Tava só querendo ajudar!
- Se quiser ajudar, vai na piscina e joga um secador dentro, amor - respondeu Arthur.
Marcia saiu sem falar nada, com muita raiva deles, mas ainda queria Arthur para ela. Eles foram para a enfermaria e injetaram um anti-ofidio em Lua, que, por sorte, não perdeu a perna.
Eles saíram e lá e foram para o quarto de Lua e Sophia descansar.
- Vocês não querem ficar conversando aqui no quarto? Parece que ninguém ainda voltou da festa - disse Lua, olhando para Arthur.
- Pode ser - eles responderam, entrando no quarto.
Deitaram nas camas, Micael com Sophia e Lua com Arthur. Começaram a conversar sobre diversos assuntos.
- Hahaha! Aquela parte que o Arthur falou pra Marcia foi a melhor, dudes! - disse Micael, lembrando-se da cara de bunda mole com celulite de Marcia.
- A Luh mandando ela colocar silicone também foi demais! - disse Sophia.
- Ah, eu não aguento aquela putinha despeitada! - Lua falou.
- Claro que não gosta, ela me agarrou! O que te deixou com muito ciúme que eu sei Blanco! - disse Arthur olhando para ela.
- Deixa de ser convencido, Aguiar! - Lua riu.
 “Ele estava certo" ela pensava.
- Ah, eu não consigo parar de lembrar-se da cara daquela mal-comida depois que a gente tirou o biquíni dela, Luh! - disse Soph.
- Ahá! Aquela foi pra história, babe! - disse Lua, batendo na mão de Sophia.
Continuaram conversando sobre várias coisas, principalmente mal de Marcia. Micael e Sophia já estavam dormindo, Lua e Arthur ficaram conversando mais tempo e estavam quase caindo no sono, quando Lua disse:
- Obrigada por hoje.
- Não foi nada - disse Arthur sorrindo.
- Você vive me ajudando e eu só te dou patada, né? Desculpa.
- Deixa pra lá, é o seu jeito de ser, acho bem sexy da sua parte. - disse Arthur, dando uma risadinha maliciosa.
Lua sorriu e deu um beijo estalado na bochecha do garoto, que logo em seguida pegou no sono.


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