24 de abr. de 2013

{FIC} 4ever



Capítulo 11 ~ Penúltimo Capitulo ~

Duas semanas tinham se passado depois que Lua tinha recebido a notícia da mudança. Ela não comia direito e só saia de casa pra ir para a escola. Durante as aulas, dormia e nem falava direito com os outros. Ninguém perguntava para ela o que estava acontecendo, todos achavam que sabiam. Achavam que ela estava assim pelo fim do namoro com Arthur, mas Lua não tinha contado para ninguém que iria se mudar. Era um sábado à tarde sem sol, Lua estava de pijama e pantufas, com um pote de sorvete de creme na mão. Estava assistindo Laguna Beach. A campainha tocou e ela esperou que seus pais atendessem. Depois de tocarem a campainha mais umas quatro vezes, ela se lembrou que seus pais tinham saído. Levantou-se e abriu a porta devagar para ver quem era. Deparou-se com Sophia, Melanie e Marcia falando todo o tipo de palavrão para Lua abrir a porta. Ela fechou rapidamente, mas Marcia colocou o pé.
– Não tem pão velho! – Lua gritou.
– Tá escrito mendigo na minha cara? Não, né, flor! – Marcia disse, entrando na casa.
– O que é isso? Invasão de propriedade particular? – Lua perguntou indignada. – Eu posso processar vocês!
– Vai em frente – Melanie disse, dando de ombros.
Lua bufou. As três sentaram no sofá e começaram a comer o sorvete de Lua.
– Ahh, agora vão acabar com o meu sorvete? Bando de miserável! – Lua xingou as amigas.
– A gente veio te animar e é assim que você nos recebe? – Sophia perguntou chorosa.
– Vão embora, por favor. Eu quero ficar sozinha – Lua pediu, apontando para a porta.
– Você fala isso há duas semanas. Bola pra frente! Existem outros peixes no mar. – Marcia disse, rindo.
– É serio, meninas...
– Luh, a gente veio pra se arrumar aqui. Harry inventou que vai fazer um show do McFly no jardim dele e convidou o colégio inteiro.
– Só se eu não faço mais parte do colégio, porque eu não fui convidada – Lua disse grossa.
– Ele nem conseguiu falar com você! Nem com a gente você falava... Como queria ser convidada desse jeito? – Melanie perguntou.
– Ele disse pra gente te levar pra festa de qualquer jeito. E disse que se você desse alguma desculpa ligada ao Aguiar, era pra gente te internar, porque você não pode ficar trancada em casa pra sempre – Marcia disse.
– Eu não quero ir pra festa, mas não é por causa do Arthur – ela mentiu.
– É porque, então? – Sophia perguntou.
– Porque eu não to afim! Eu to desanimada... sei lá.
– A GENTE VAI TE ANIMAR, ENTÃO! – as três gritaram e foram para cima de Lua, dando aqueeeeele abraço de urso.
– Vocês querem me mataaaaaar? – Lua gritou.
Elas começaram a fazer cócegas em Lua.
– Vai à festa ou não vai? – Sophia perguntou.
– NÃO! – Lua gritava e ria ao mesmo tempo.
– Mais cócegas! – Melanie gritou.
– TÁ BOM, EU ME RENDO! – Lua disse, atirando-se no chão e colocando os braços para cima.
As meninas soltaram alguns gritinhos e foram para o quarto de Lua se arrumarem.


– Aii, meninas! Me esperem! – Melanie começou a gritar do banheiro.
– Vai logo, Mel! Micael já tá lá embaixo esperando! – Sophia gritou.
– Pronto! – Melanie saiu do banheiro.
Ela estava com o cabelo todo enrolado em dois coques, cada um de um lado da cabeça. As meninas não agüentaram e começaram a rir sem parar.
– AI, MEU DEUS! TEM DOIS COCÔS NA SUA CABEÇA! – Lua gritou, apontando para Melanie.
– TU TÁ PARECENDO UMA PALHAÇA! – Sophia disse, caindo em cima de Lua de tanto rir.
Melanie mostrou a língua, e Marcia, segurando o riso, puxou as meninas para baixo. Entraram no carro de Micael e foram para a casa de Harry.


– ONDE ESTAVAM AS MENINAS MAIS LINDAS DESSA FESTA? – Harry abriu os braços e começou a gritar. Já estava bem animado.
– Esperando a Mel arrumar o ... cabelo dela. Se é que a gente pode chamar de cabelo – Marcia disse, abraçando Harry.
– Pareeeem de implicar com o meu cabelo! Gente mais chata! – Melanie virou a cara.
Arthur e Chay se aproximaram, cada um estava com uma longneck na mão.
– OH, MEU DEUS! TEM DOIS COCÔS NA SUA CABEÇA! – Arthur gritou, apontando para a cabeça de Melanie.
– VÃO SE FODER! Você e a Luh se merecem! – Melanie disse, mostrando o dedo do meio.
– Parem de incomodar a minha namorada! Vocês tão é com inveja da beleza dela, bando de mal-comido! – Chay defendeu a namorada.
– Obrigada, bochechudo! – Melanie agradeceu, dando um beijo em Chay e apertando suas bochechas.
– Chay, você precisa engordar! – Lua disse triste. – Daqui a pouco você não vai mais ter bochechas! – ela falou manhosa.
– Finalmente, vão me deixar em paz! Não aguento mais gente apertando minhas bochechas, ainda mais quando são aquelas tias que não me vêem há anos e que vêm com aqueles comentários 'como você cresceu!' – Chay disse. – Vem, Mel, eu quero dançar!
Ele puxou a garota para perto dele. Começou a tocar The One That I Want, do filme Grease.
– Vem, cherie! – Micael pegou o braço de Sophia e deu aqueeeele sorriso galanteador. Harry fez o mesmo com Marcia.
– To vendo que eu vou sobrar – Lua disse, fitando o chão.
– Não se preocupe quanto a isso, o Dave ta lá no bar – Arthur falou grosso.
Lua virou o rosto e encarou o menino.
– Vai se foder. – Ela saiu correndo para o bar.
– Foooooofa! – Dave gritou, ao ver Lua se sentar ao seu lado.
– Galo do meu galinheiro! – ela disse, abraçando Dave.
– Finalmente saiu do seu moquifo, vaca do meu pasto! – Ele deu um beijo na bochecha dela.
– Eu não tive escolha, as meninas começaram a me atacar! – ela disse, fazendo uma cara assustada. Olhou para o copo na mão de Dave e abriu um sorriso. – Hum, eu quero essa vodka!
– Eeei! Essa é minha, vai pegar a sua! – Ele abraçou o copo e mostrou a língua.
Lua abriu a boca, fingindo-se de brava e pediu uma para ela.
– Egoísta – ela disse baixinho.
– Viciada! – ele respondeu.
– Sou mesmo! – Ela riu.
– Que bom que assume!
Os dois ficaram bebendo e conversando por um bom tempo.


– Arthur! Nããão! – ela dizia, com um sorriso malicioso, enquanto Arthur beijava o pescoço da menina. – Tira a mão dos meus peitos, seu safadinho!
– Você é mais atraente quando fica quieta, Melissa! – Ele continuou a beijar a menina e colocar a mão por todo seu corpo.
– Você é um tesão, sabia?
– Claro que sabia! – ele disse convencido.
– É, mas eu acho que você tá indo muito longe pro terceiro encontro!
– E você quer que eu faça o quê? Fique só te dando um selinho?
– Obvio que não, mas não precisa ser tão assanhado! – Ela continuava rindo, e ele a beijava.
– Arrumem um quarto! – Micael disse, olhando com nojo para Arthur e para a menina. – Quem é essa,Arthur?
– Ah, desculpa, nem apresentei vocês. – Arthur parou de beijar a menina e a deixou levantar do sofá para cumprimentar Micael. – Essa é Melissa. Melissa, esse é Micael.
– Já ouvi falar de você – ela disse simpática.
– Estranho, eu nunca ouvi falar de você – ele falou grosso. – Há quanto tempo estão saindo?
– Faz uma semana, nos conhecemos num bar aqui por perto.
– Bom ver que você já está de volta à ativa, Arthur – Micael disse bravo. – Nós vamos tocar daqui a cinco minutos, esteja no jardim. Otário.
Micael saiu bravo de perto dos dois. Não podia acreditar que Arthur já estava saindo com outra menina. Foi para o jardim, onde tinha um palco improvisado com os seus instrumentos. Harry e Chay já estavam em seus lugares. As meninas estavam se empurrando, queriam ficar o mais perto possível dos meninos. Arthur chegou e foi para o seu lugar.
– Er... eu quero agradecer a todos que vieram. Eu sei que as minhas festas arrasam, obrigado – Harry disse no microfone, gabando-se. – Mas essa é especial. Vai ser a primeira que vamos tocar. Espero que vocês gostem.


– Olha, Luh, eles vão começar a tocar – Dave disse meio sonolento para Lua.
– Vamos lá!
Ela se levantou e puxou Dave junto. Começou a empurrar algumas meninas que gritavam histericamente e chegou em frente ao palco. Arthur a viu chegar e ficou a encarando. Ela fez o mesmo. Dave segurou sua mão mais forte, e Arthur ficou furioso quando viu. Pegou o microfone no mesmo instante.
– A primeira música que vamos tocar é I've Got You. Eu escrevi pensando numa garota que eu conheci há pouco tempo, mas que eu sinto que é muito especial. Ela faz eu me sentir mais forte, faz o tempo chato passar mais rápido, é uma pessoa realmente maravilhosa – ele disse, olhando firme nos olhos de Lua. Ela sorriu. Será que ele estava arrependido? Ele sorriu vitorioso e continuou a falar. – Melissa, esses últimos dias que eu passei contigo foram os mais especiais.
Micael, Harry e Chay o encaravam bravos e começaram a tocar.
– Vem, vamos sair daqui – Dave disse, puxando Lua.
Eles entraram na sala, e ela se sentou no sofá. Estava vazio lá dentro, todos estavam no jardim vendo o 'showzinho'.
– Eu não acredito... Eu não acredito que ele já tá com outra menina! – Lua começou a chorar.
– Ele não perde tempo mesmo... – Dave disse, olhando para baixo. – Lua... Você sabe que eu to aqui sempre. Por que você ainda sofre por ele?
– Eu o amo, Dave! O que eu posso fazer?
– Você tá sofrendo à toa! Você tem a mim! E fica querendo aquele cara... eu não te entendo!
– Talvez... talvez você esteja.. certo. Eu... preciso esquecê-lo, não é?
Dave a abraçou.
– E eu to aqui querendo te ajudar.
– Eu quero beber alguma coisa.
– Não acha que já bebeu demais?
– Hum... NÃO.
– Okay, okay, minha bêbada preferida! – Dave disse rindo.
Lua sorriu e ele a pegou no colo.


– Micael! O show estava ótimo! – Sophia disse, atirando-se no colo de Micael.
– Foi especial pra você, chèrie. – Ele apertou a bunda dela.
– SAFADO! – ela disse rindo e deu um tapinha na cara dele. Ele fez um cara de surpreso e começou a rir.
– É mentira dele, Mel, o show foi especial pra ti – Chay falou, dando um selinho em Melanie.
– Acho bom! – Ela riu.
– Ei, vocês dois! – Arthur apontou para Sophia e Micael, que estavam se comendo no meio do jardim. – GET A ROOM, MAN!
– Gostei da idéia! – Sophia riu de um jeito safado. – Estamos indo pro teu quarto,Harry! – ela disse, puxando Micael pela gola da camisa.
– AHHH, por que você foi falar? – Harry deu um pedala em Arthur. – Ela vai quebrar meu quarto, dudes... de nooooovo!
– Calma, amor.... – Marcia riu da cara que Harry fez. Começaram a se agarrar também.
– Er... me dão licença que eu vou procurar a minha princesa – Arthur disse rindo. Como se eles tivessem ligando para ele.


– Dave, você devia experimentar isso. – Lua falou, mostrando um copo pra ele. – É óóóóóteeeemo!
– Eu quero ficar sóbrio, gata, obrigado. – Ele deu uma piscadinha.
– Eu quero maaaaaaaaais! – Ela virou o copo.
– Calma, fofa, você vai entrar em coma se continuar assim! – Dave disse rindo e Beijando Lua.
– Seu aproveitador – ela falou, meio tonta.
– Eu? Por quê?
– Fica se aproveitando... fica se aproveitando de meninas bêbadas como eu. – Ela fechou os olhos por causa da tontura.
– Eu não to me aproveitando! Só estou curtindo... – ele disse, beijando a menina intensamente.
– Pááára, Dave... Aqui não – ela falou rindo.
– Por que aqui não? Arthurzinho pode ver, é?
– Não é isso... é que...
– Eu não quero ouvir explicações, eu quero você, gata. – Eles começaram a se agarrar. – A gente podia ir pro quarto... Ter mais privacidade, já que você não quer me beijar aqui... – ele disse manhoso.
– Não consigo subir a escada, não, nenê – ela disse rindo.
– Eu sou a solução para todos os seus problemas. – Ele a pegou no colo.
– Como é bom ter um homem deficiente por perto. – Ela riu.
– Você quis dizer eficiente, né?
– É, é isso aí. Você me entendeu.



– Aiii, Micael... Você me deixa louca!– Sophia gritava. Os dois estavam suados. – Vaiii... maaaaais! – Ela gemia. – Não pára, meu amor, não páááára!
– Chèrie... eu tô muuuuuito excitaaaaado. – Ele gemia também.
– Micael, você é o meu tchutchuco – ela disse baixinho. – meu prostituto paaaarticular! Você é o meelhoooooor! Vaaaai maaaaais!
Houve barulho alto de algo quebrando.


– Que barulho foi esse? – Harry perguntou para Marcia. Os dois estavam se beijando na escada.
– Acho que vem do seu quarto... Acho que dessa vez a Soph fez serviço completo!
– Aii, meu Deus! Meuu quaaaaarto!
Ele foi correndo para a porta do quarto.Tentou abrir, mas estava trancada. Sophia começou a gritar de dentro do quarto:
– CAMA DE VIIIIIILA! COISA BAGACEEEEEEEEERA! – ela gritava, enquanto se vestia. – EU NUNCA MAIS VENHO AQUI! CAMA DE VILEIIIIIIRO!
Micael não falava nada, só ficava ouvindo a namorada reclamar. Ele se vestiu, e ela saiu bufando do quarto. Abriu a porta e deu de cara com oHarry.
– SÓ PODIA SER VOCÊ! SEU VILEIRO! VAI COMPRAR UMA CAMA DECENTE, MERDA! – Ela desceu as escadas gritando.
– Me espeeeera, chèrie! – Micael corria atrás dela.
– AI, MEU DEUS! OLHA O QUE ELA FEZ COM A MINHA CAMA!
Harry passava a mão no cabelo desesperado e apontava pra sua cama. Marcia não parava de rir, fechou a porta do quarto e ficou a sós com Harry.


– Não vai vim por bem? – Arthur perguntou safado. Melissa balançou a cabeça negando. – Então vem por mal!
Ele pegou a menina no colo e subiu as escadas da casa de Harry. Abriu a porta do quarto de hóspedes e viu o que menos queria: Lua e Dave estavam, bem... no ato. Arthur arregalou os olhos e largou Melissa no chão, fazendo-a reclamar alguma coisa. Quando Lua viu Arthur na porta, separou-se de Dave rápido. Começou a se vestir o mais depressa que podia, estava muito tonta e, de repente, desmaiou.
– O QUE VOCÊ FEZ COM ELA, SEU... SEU APROVEITADOR? – Arthur foi para cima de Dave
– SAI DE CIMA, VIADO! – Dave gritou. Arthur deu um soco no olho de Dave, que caiu do chão.
– AGORA VOCÊ VAI VER! – Arthur gritou, aproximou-se de Dave e começou a chutá-lo.
– Arthur, para com isso! – Melissa gritou.
Os meninos pareciam nem ouvir, então ela chamou alguém pra separá-los. Arthur levou um soco na boca, chutou as bolas de Dave e levou outro soco na barriga. Dave se desviou do soco de Arthur e ele acabou acertando a parede. Virou-se e chutou Dave de novo. Chay e Harry chegaram o mais rápido possível no quarto. Chay segurou Arthur, e Harry segurou Dave; os dois faziam de tudo para se largar dos braços dos meninos. Arthur conseguiu se largar de Chay e tentou dar um soco em Dave, que desviou e acabou pegando em Harry. Outros meninos apareceram e conseguiram impedir que alguém se machucasse sério. Harry expulsou Dave e o resto das pessoas de sua casa. Deitaram Lua no sofá da sala, ainda estava desmaiada.Marcia pegou um gelo pra colocar no rosto de Harry, que estava começando a ficar inchado, e Mel cuidou dos machucados de Arthur.
– O que aconteceu? – Mel perguntou para Arthur.
– Eu entrei no quarto e lá estavam Lua e Dave transando! Ela estava totalmente bêbada e ele estava sóbrio! Ele se aproveitou dela! Aquele desgraçado! Eu ainda acabo com a raça dele! – Arthur falou com raiva.
– Que bonitinhooo! – Marcia disse rindo. – Ele se importa com a Luh. Não é um amor, Mel?
– Aha! Até brigou por ela! Eu queria que você fizesse isso por mim também, Chay!
– Se algum aproveitador tarado chega perto de ti, eu o faço desaparecer da face da Terra, fofa! – Chay disse, abraçando Melanie.
– Eu só fiz isso porque eu não podia deixar ele se aproveitar dela! Eu já to em outra, tá legal? – Arthur falou bravo.
Lua abriu os olhos devagar. Colocou a mão na cabeça e gemeu de dor.
– O que aconteceu? – ela perguntou, meio sonolenta.
– Você peeeeeerdeu, Luh! – Mel disse rindo.
– Ai, que dor de cabeça filha da puta! – ela falou, batendo na cabeça dela.
– Ai! Como você consegue bater na sua própria cabeça? – Marcia perguntou.
– Quando eu to com raiva, eu faço isso – respondeu grossa. – Ei, por que o Harry e o Arthur tão machucados?
– Por sua culpa! – Arthur disse bravo.
– O quê? Mas eu não me lembro de nada! – Lua se defendeu.
– Deixa de ser idiota, Aguiar! – Harry gritou. – Não foi sua culpa, Luh! É que bem... Arthur viu você e o... Dave... fazendo... hum, você sabe.
– EU E O DAVE? – Lua gritou assustada.
– Yeap – respondeu. – E o Arthur ficou com ciúmes.
– EU NÃO FIQUEI COM CIÚMES! – Arthur gritou. – Você tava BÊBADA! E ele tava extremamente sóbrio! Tava na cara que ele tava se aproveitando de você!
Lua ficou quieta. Arthur sentiu ciúmes dela? Então não estava tudo perdido? Oh, como era idiota, se esqueceu que estava sim tudo perdido. Iria para Nova York e nunca mais veria Arthur. Seus olhos começaram a lacrimejar.
– O que foi, Luh? – Mel perguntou, limpando a lágrima que caía no rosto de Lua.
– Eu... EU ODEIO A MINHA VIDA! – Ela se levantou do sofá e saiu correndo.
– Pra onde você vai? – todos gritaram, mas não obtiveram resposta.


Lua chegou ofegante na casa de Sophia. Ligou para o celular da amiga. “Espero que não esteja com Micael, espero que não esteja com Micael” ela pensava. Disse que tinha que falar sobre uma coisa urgente e que estava na porta da sua casa. Ouviu um barulho vindo de dentro da casa, devia ser da amiga correndo na escada. Ouviu o barulho de um tombo e alguns palavrões que ela disse. A porta se abriu e Sophia, de pijama e pantufas, apareceu.
– Luh? O que aconteceu? Por que você tá chorando? – perguntou Soph, que não obteve respostas, apenas recebeu um abraço repentino da amiga. – Calma, Luh, vamos lá pra cima e você me conta o que aconteceu.
Ela fechou a porta da casa e guiou Lua até o quarto, já que as pernas da menina estavam bambas.
– Soph. Eu odeeeeeio meus pais! – disse Lua entre alguns soluços, sentando-se na cama da amiga.
– O que aconteceu? Me conta melhor a história.
– Eu vou me mudar, Sophia! Eu vou pra Nova York depois do Natal! Só por causa daquela buceta de empresa que meu pai tem lá! E ele não me deixou ficar morando aqui, nem sozinha nem na casa de alguma amiga. Ela continua com a ideia de que eu tenho que tomar conta da empresa quando ele se aposentar. Mas eu não quero!
Os olhos de Sophia encheram de lágrimas quando ouviu a palavra 'mudar'.
– Não, Luh! Você não pode ir! Eu não deixo! – disse Sophia, abraçando a amiga. – Com quem eu vou trocar bilhetes com coisas pervas escritas durante a aula de inglês? Com quem eu vou passar a madrugada fazendo as unhas e vendo filmes de comédia romântica? QUEM VAI SER MINHA MELHOR AMIGA DE TODAS? QUEM VAI ME AJUDAR NOS MOMENTOS DIFÍCEIS?
– A Mel – disse Lua, encarando o chão e encharcando sua blusa de tanto que chorava.
– Não! Você é insubstituível! Eu não quero mais ninguém de melhor amiga! Eu não deixo você ir embora! – Sophia interrompeu o discurso. – E...Arthur... Ele já sabe?
– Não e nem vai saber! De jeito nenhum, okay?
– Por quê? – perguntou confusa.
– Você viu, Sophia! Ele tá em outra! Eu não quero que ninguém saiba que eu vou me mudar. Vai doer mais – Lua disse, soluçando. – Por favor.
– Tudo bem, eu não falo pra ninguém... Mas você nem vai se despedir nem nada?
– Vai ser pior, Soph! Eu vou sofrer mais... Eu não quero isso.
– Você que sabe. Eu nem posso ir no aeroporto me despedir?
– A gente só vai sofrer! Você sabe que a gente nunca passou mais de um mês sem se ver!
– Que merda isso! – Ela abraçou a amiga. – A gente vai ser sempre amigas, não importa a distância!
– É óbvio, minha vadia preferida.


O resto da semana foi uma droga, Lua nem foi para a escola e nem dava sinal de vida para os amigos, o que deixava Arthur confuso, mas ele queria esquecê-la. Era Natal e eles foram para a sorveteria.
– Soph viu a Luh? – perguntou Chay.
– Não – mentiu. – Ela não fala comigo desde o dia da festa.
– Eu quero mais é que ela desapareça – disse Arthur zangado.
– Não fala assim, Aguiar! –Micael falou, aumentando o volume da voz.
– É, dude, ela é nossa amiga – disse Harry.
– Ela me traiu, Falcone! Tá vendo essa cabeça? Tem chifres nela! Pra mim, ela morreu.
– Cala a boca, Arthur ! A Lua sofreu um monte! Você sabe disso! E você também apareceu com aquela Melissa! Você acha que ela gostou? Idiota! – disse Sophia furiosa.
– Sofreu nada... Tava se agarrando com o Dave!
– Que porra, Arthur, eu to te falando que ela não tava! Eles só são amigos!
– E DESDE QUANDO AMIGOS SE AGARRAM?
– ELA TAVA BÊBADA! E VOCÊ SABE MELHOR DO QUE NINGUÉM QUE O DAVE SE APROVEITOU DELA!
– Mas me traiu e isso que interessa!
– Por que não vai chorar no colo da Melissinha, então? Não é pra ela que você escreve músicas? Não é ela que faz o teu dia melhor?
– Melissa é uma ridícula. Nem to mais com ela – ele disse, olhando para baixo.
– E a Luh e o Dave não se falaram mais.
– Que seja... eu vou embora – falou Arthur, levantando-se da mesa. – Hoje é Natal e eu vou ficar com a minha família, sem nem lembrar daquela... daquela... vadiazinha!
Arthur chegou em casa e foi direto para seu quarto se deitar. Afundou a cabeça no travesseiro e algumas lágrimas caíram em seu rosto. Ele não aguentava o que Lua fazia com ele.
Já eram sete horas da noite e a família começou a chegar. Ele estava decidido que ficaria a noite em seu quarto, como fazia todas as noites desde aquele dia.
– Arthur, seus tios chegaram! Desce aqui! – gritou a mãe de Arthur do andar de baixo.
– Não enche, mãe! Vou ficar no meu quarto!
Arthur e sua mãe já começaram a brigar, mas a mãe percebeu que o filho não estava bem e desistiu de fazê-lo descer.


O Natal de Lua foi mais triste. Apenas uma janta silenciosa com seus pais, já que o resto da família morava nos Estados Unidos. Lua jantou e subiu para seu quarto, sem falar nenhuma palavra. O celular tocou, era Soph.
– Alô? Luh?
– Oi, Soph.
– Ooi, amiga! Que horas seu vôo sai amanhã? – ela perguntou desanimada.
– Sai as três da tarde. Você não contou pra ninguém, não é?
– Não, mas quase falei pro Arthur hoje. Comecei a brigar com ele.
– Brigar por quê?
– Ele começou a falar que queria que você sumisse e que era uma vadiazinha.
Lua começou a chorar.
– Não me importa mais o que ele pensa, a gente nunca daria certo. Não é o destino, entende?
– Amiga... tem certeza de que você não quer contar pra ele?
– Não, ele não quer mais saber de mim. Acho que o que aconteceu foi bom... assim eu não sofro tanto na partida, já que eu não o teria do mesmo jeito.
– Para com isso, Lua! Ele ainda gosta de você, só é muito orgulhoso pra admitir isso!
– Que seja, eu não vou contar.
Lua desligou na cara de Sophia.
– Vadia – Sophia disse calma. Era o 'apelido carinhoso' delas.


– Lua, anda logo nós vamos perder o avião! – gritava a mãe de Lua para a filha, que estava chorando no banheiro.
– Eu já to indo, mãe! – Tentou disfarçar o choro.
Ela lavou o rosto e colocou um pouco de corretivo. Não tinha conseguido dormir na noite passada.
– To pronta.
– Então, vamos lá – disse o pai de Lua, pegando a última mala que ainda estava na casa.
Eles entraram no táxi e foram até o aeroporto. Lua não conseguiu conter as lágrimas e, mesmo com os pais juntos, começou a chorar.
– Filha, vai ser melhor pra você. Melhor pro seu futuro – disse o pai de Lua, tentando consolar a filha, mas não obteve sucesso.
Eles chegaram ao aeroporto, que estava lotado. Todos estavam indo viajar, já que era inicio das férias.
– Eu vou ao banheiro – disse Lua, levantando-se do banco em que estava sentada com seus pais, esperando para o embarque.
– Só não demore muito, daqui a pouco embarcamos – disse o pai.
– E cuidado que o aeroporto está muito cheio! – gritou a mãe.
Lua realmente não estava se sentindo bem, ela não conseguia respirar direito. O aeroporto estava cheio e sua cabeça estava doendo tanto que parecia que tinha tomado um porre na noite passada. Ela tentava desviar das pessoas que estavam tentando embarcar para suas férias, todas muito felizes, mas irritadas pela desordem do aeroporto. Ela procurava um caminho para encontrar o banheiro, ia empurrando as pessoas já que nem pedindo licença elas davam espaço. De repente, esbarrou em um garoto cheio de malas. As malas que o garoto segurava caíram no chão e Lua caiu junto. Ela estava desnorteada, quase desmaiando.
– Me desculpe. Você está bem? – perguntou o garoto, dando sua mão para ajudar a menina a levantar.
– Não foi nada... Esse aeroporto esta uma bag... – Lua não conseguiu terminar a frase, foi interrompida pelo susto que levou quando levantou a cabeça e viu em quem ela tinha esbarrado.
– Lua?! – O garoto se surpreendeu.
– Arthur! – exclamou a menina muito assustada. – O que você tá fazendo no aeroporto?
– Isso não te interessa, mas a minha família decidiu de última hora ir para Califórnia – respondeu o menino com frieza. – E você?
– Err... eu também estou indo viajar... Passar as férias no Brasil – a menina mentiu.
– Humpft, o cruzeiro, não é? Espero que aproveite bastante com o Dave – disse Arthur irônico.
– Eu não vou com o Dave – a menina respondeu emburrada.
– Oh, Dave já levou chifre também? Isso nem é surpresa. Quem é a próxima vítima? – perguntou Arthur muito irritado.
– Não te interessa! – disse Lua, empurrando-o da sua frente, e saiu chorando.
– Ei, Luh! Espera! – disse Arthur, tentando alcançar a garota, mas logo um senhor apareceu em sua frente e ele não conseguiu.
Finalmente, Lua conseguiu chegar ao banheiro. “Por quê? Por que eu tinha que encontrá-lo?” Lua pensava, enquanto passava uma água no seu rosto e retocando o corretivo. Saiu do banheiro e foi encontrar os pais, que estavam sentados no mesmo banco de antes. Eles pareciam irritados.
– Por onde você estava? Estamos te procurando a um tempão! O nosso avião está quase decolando! Vamos rápido! – disse a mãe de Lua, puxando a menina pela mão.
– Calma, mãe, eu tinha ido ao banheiro, mas com essa quantidade de gente eu demorei! Me desculpe!
– Não temos tempo pra se ouvir suas desculpas, vamos que o avião já está nos esperando –disse o pai de Lua, indo para o portão de embarque.
Lua embarcou com os pais para Nova York. Sua vida nunca mais seria a mesma. Ela não queria entrar no avião, mas o pai a empurrou antes que ela saísse correndo. Ela passou o resto da viagem ouvindo seu iPod, ouvindo Beatles, ouvindo All My Loving, o que a deixava ainda mais deprimida. Decidiu que ia começar uma vida nova, sem Arthur. Decidiu que ia mudar, não queria viver pensando nos amigos que deixou. Esse era o início de algo novo, que com certeza seria melhor pra ela. Limpou as lágrimas e sorriu. Faria de tudo pra esquecer sua vida em Londres.


To sentido falta dos Comentários :// Se Tiver 20 Comentários vou postar uma web de Capitulo Único!



21 comentários:

  1. Wow! já o penúltimo capitulo?! Será q rola + hj?,será q rola 2temporada????
    Heiim espero muito q vc poste web de capitulo único,eu gosto muiiiiiiito.
    Carol aki!

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  2. OMG !!!!!!!! Muiiito anciosa para o próximo capítulo !!! ;-)

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  3. Hey' posta mais? Por favor. Queria tanto ela e Arthur Juntos.

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  4. Se tiver 20 comentários voc posta o ultimo capitulo hoje ? Yasmim aqui !

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  5. maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais ...

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  6. Já eh o penúltimo capítulo r eles nn estão juntos??? ;'(( , quero q eles fiquem juntos!! Pfpfpfpf, maiiiiis

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