{FIC} The Love Beteween good and evil

Capitulo 42 

–Para onde vamos mesmo?-Perguntei passando por um corredor meio escuro.

–Conselho.-Danielle disse de olho no caminho.

–O que vão fazer comigo?-Perguntei preocupada.

–Vão julgar. -Respondeu rapidamente.

–Julgar o que?

–É tipo um tribunal, vão decidir qual será o castigo. -Fez uma careta.

–Que tipo de castigos tem?-Perguntei engolindo seco.

–Não sei.

–Mas…

–Chegamos, é aqui.-Me interrompeu apontando para uma grande porta prateada.

Tinha desenhos de rostos,rostos que choravam.

–O que devo fazer?-Perguntei a Danielle.

–Nada.-Disse ela soltando minha mão.

–E se me machucarem?-Perguntei preocupada.

–É só não demonstrar medo e nada lhe acontecera. -Danielle disse seria.

–E se eu demonstrar medo?-Perguntei.

Mas Danielle não estava mas lá,havia sumido,agora eu estava sozinha,um frio na barriga me incomodava,eu tinha uma certa… Ansiedade. Abri a porta vagarosamente,ela se afastou com um rangido estridente.

–Entre Sra. Blanco.-Uma voz masculina.

Eu entrei na sala olhando para baixo,duas mulheres fecharam a porta atrás de mim,foi quando percebi eram almas,seus olhos eram amarelados,a pele acinzentada,e suas roupas eram de empregada,as duas se pareciam bastante.

–Se aproxime, não seja tímida.-Uma voz feminina.

Eu ergui o rosto e varri o local com os olhos,era uma grande sala,o piso era preto,e brilhante, eu podia ver meu reflexo,as paredes eram cobertas com um veludo vermelho,alguns grandes quadros enfeitavam o local,retratavam tristeza,dor,agonia,morte…

–Não seja tímida querida,aproxime-se.-Disse uma voz masculina.

Olhei na direção das vozes,eram quatro tronos de ouro,sentados neles haviam dois homens e duas mulheres,ambos se vestiam de preto,as mulheres usavam um longo vestido negro que cobriam os seus pés,os homens usavam ternos também pretos,ambos muito elegantes e bonitos,havia uma moça ruiva,seus cabelos estavam presos em um coque,deixando a solta uma mecha de cabelo,seus olhos eram de um verde limão,parecia ter uns 30 anos,a outra moça tinha enormes cabelos loiros,estavam soltos e jogados sobre o ombro esquerdo,seus olhos eram de um lindo castanho avermelhado,aparentava ter uns 25 anos,o rapaz ao seu lado tinha olhos azuis e cabelos castanhos,aparentava ter uns 20 anos,o outro parecia ter uns 50 anos, seus cabelos eram grisalhos e raspados,corte militar,todos usavam um anel pateado. Foi quando me toquei, ainda estava de camisola,ela estava meio suja e rasgada,me sentia um lixo,e eu nem queria ver como estava meu cabelo. Devia estar tao linda.... Isso pra nao dizer o contrario!

–Bem… Acho que esta um caco querida. -A ruiva falou me encarando de cima a baixo.

–Levem-na para o banho,deem roupas novas a ela.-Disse o homem mais velho.

As empregadas (almas) vieram e me puxaram pelo braço,uma de cada lado,fui arrastada para fora da sala as pressas,me levaram para um quarto e prepararam meu banho em uma banheira,nem sabia no que estava me metendo,quando a água já estava morna elas me puxaram para dentro do banheiro e depois saíram, fechando a porta,era uma grande banheira de prata,junto da água havia pétalas de rosa,que perfumavam o banheiro todo.

Tirei a camisola lentamente,estava meio insegura,mas depois de entrar naquela água morna meus pensamentos ruins sumiram,depois do banho eu sequei meus cabelos na toalha e me enrolei nela. As empregadas me esperavam na porta,me puxaram para o centro do quarto e arrancaram a toalha a força,em seguida me vestiram como se eu fosse uma boneca,me colocaram um vestido preto,ele ia ate o joelho,era liso e mostrava perfeitamente minhas curvas,em seguida me sentaram na cama e começaram a pentear meus cabelos,uma passava secador e a outra penteava,meus cabelos ficaram com um brilho lindo,para completar borrifaram perfume em mim e me fizeram calçar saltos altos pretos.

Me olhei no espelho,estava linda,e mais cheirosa do que nunca,minhas bochechas estavam rosadas e meus lábios estavam bem vermelhos,quando dei por mim as empregadas começaram a me puxar novamente,entramos na sala do conselho de novo,eles me esperavam sentados no mesmo lugar.

–Bem melhor,bem melhor mesmo.-Elogiou o garoto mais novo.

–Obrigado.-Agradeci em voz baixa e pensei "serio que ele ta me cantando?! Que panaca!"

–Bem… acho que já sabe porque esta aqui.-A ruiva disse.

Eu apenas disse que sim com a cabeça.

–Sabe o que fazemos para castigar um anjo apaixonado, querida?-A garota loira perguntou estalando um dedo.

Quando ela estalou o dedo uma empregada entrou na sala,ela carregava uma almofada azul,em cima dela havia uma faca prateada,um diamante vermelho estava encrustado na lamina afiada,meu coração começou a dar batidas mas fortes,senti um frio na barriga.

–Matam aquela que ele ama-Disse em voz baixa,o medo já tomava conta de meu corpo mais tentava me acalmar o máximo possível e tentar nao esboçar. Estav de cabeca para come.e com uma postura firme como se fosse corajosa, Ah quem dera...

–Isso mesmo,mas… Primeiro nos julgamos.-Disse ela pegando a faca da almofada.

–Fazemos escolhas.-Disse o garoto mais novo.

–Que tipo de escolha?-Perguntei me afastando com um passo.

–Escolher entre a separação,a tortura,a prisão e a… Morte.-A moça sorriu alisando a lamina da faca com quatro dedos.

–Mas… Estamos com presa.-A ruiva falou cruzando as pernas.

–Muita presa.-O homem falou sorrindo,parecia sentir meu medo.

–Então decidimos que vamos…-Tentou dizer o garoto.

–Vão solta-lá!! -Alguém gritou atrais de mim.

Me virei rapidamente,era uma garota loira,tinha os cabelos Longos e presos em um rabo de cavalo,vestia o uniforme dos aprendizes,tinha grandes olhos castanhos,e seus lábios eram finos e levemente avermelhados,parecia ter uns 16 anos. Eu não estava entendendo mais nada,estava tudo muito confuso.

–O que pensa que esta fazendo Márcia?-Gritou uma das mulheres se levantando.

–Já fizeram isso com aquele que eu amava,não deixarei que façam com ela.-Márcia respondeu com uma voz áspera.

Antes que pudessem dizer algo Márcia me pegou pelo braço e me puxou para fora da sala.

–Arthur esta te esperando lá fora.-Disse Márcia correndo.

Parei e tirei os saltos, comecei a correr mais rápido, aquele lugar parecia não ter saída.

–Falta quanto?-Perguntei com a respiração ofegante.

–Pouco,corra mais rápido.-Ela respondeu de olho no caminho.

Demorou uns cinco minutos ate encontrarmos a saída,era uma grande porta de madeira,a frente havia uma floresta escura com árvores enormes e feias,parecia cenário de filme de terror. Quando colocamos o pé para fora do colégio Márcia levou um choque e soltou um grito estridente.

–O que foi?-Perguntei voltando para traz.

–Não posso passar daqui,a pulseira não permite,agora você vai sozinha.-Márcia disse se recuperando do choque.

–E você?-Perguntei preocupada.

–Eu vou ficar bem,corra!-Ela gritou.

Quando ia dizer alguma coisa vi atrás de Márcia algumas sombras negras,apesar de serem sombras dava para se ver olhos vermelhos,elas se moviam rápido pelas paredes do corredor,eu ouvia elas grunhirem,pareciam se comunicar, estavam nos procurando,entrei em desespero,sabia que tinha que correr mas não queria deixa-lá para traz,não queria nem imaginar o que fariam com ela se a pegassem.

–Corra,salve sua vida.-Márcia olhou para traz.

Fiquei parada no lugar,não sabia o que fazer.

–Eu vou ficar bem,corra!-Ela avisou pela ultima vez.

As sombras se aproximavam cada vez mais,corri contra minha vontade, quando já havia chegado na floresta pude ouvir os gritos de Márcia mas me recusei a olhar para traz,foi quando bati em algo solido,cai no chão e por extinto me afastei,rastejando para traz,olhei para cima lentamente,estava com medo, mas para meu alivio era Arthur.

Mas que depressa ele me pegou pela mão e me levantou,eu o abracei com força e enterrei minha cabeça em seu peito nu,eu comecei a chorar ,estava confusa,minhas pernas estavam bambas.

–Lua temos que ir embora.-Arthur disse em voz baixa.

–Má,Má,Márcia,ela…ela.-Eu parei de abraça-lo e comecei a soluçar sem parar,quanto mais eu tentava parar de chorar mais eu soluçava.

–Lua, calma, tá tudo bem.-Arthur secou carinhosamente as lagrimas que caiam.

–Venha precisamos ir embora.-Ele me puxou pelo braço.

–Mas e ela?-Perguntei com um pouco de esforço.

–Tarde de mais Lu,não há nada que possamos fazer.-Ele parou e me encarou com um olhar triste.

Créditos: Cecília