22 de abr. de 2013

Two Friends


Web's de Capitulo Único - Two friends


Sinopse:
se trata de um conto (meio erotico) de dois amigos. Lua e Arthur que descobrem o amor desde jovens, ate que Arthur se muda e vai morar com sua mãe que é separada de seu pai em Santa Catarina. anos se passam e os dois re reencontram e o amor volta todo por completo. 
capitulo único.


meu nome é Lua, vou lhes contar a minha história. uma história de amor verdadeiro. um amor incondicional.

quando eu tinha 11 anos eu me lembro que era um completo tédio na minha rua, não havia crianças, nem pessoas com idades aproximadas, somente velhas, jogos de baralho, dominó o dia inteiro... eca!

um dia eu estava sentado na varanda da minha casa, quando percebi que do lado da minha estava havendo uma mudança. homens uniformizados da empresa transportavam várias caixas de papelão. logo pensei, enfim uma chance de talvez alguém aparecer. dito e feito, de trás da caçamba do caminhão surge um garoto carregando uma caixa escrito frágil com certo esforço. como eu já estava bem próximo dele, ofereci ajuda, distraído ele finalmente me nota ao quase me esbarrar... ele é lindo - pensei.

eu como não sabia puxar um assunto espontâneo gaguejava dizendo:

hum... é, oi quer ajuda? 

_oi, você mora aqui do lado?

_moro sim.  respondi eu já suando sem motivos.

_que legal, seremos vizinhos né?  então ele finalmente sorriu. seu sorriso era a coisa mais linda que já tinha visto. não sabia ainda o porquê, mas mesmo assim eu fiquei vermelho naquele instante confuso. ele então me perguntou:

_qual é o seu nome?

_ é Lua.

_o meu é Arthur, prazer!  depois de ele apertar a minha mão, senti ele incomodado com a caixa que ele carregava.

_quer ajuda com a caixa? são suas coisas nela?

_não precisa não. esta leve, só as coisas do meu bichinho de estimação... e ela esta meio nervosa com a viagem. quer vê-la?

um bichinho. qual o nome dela?

_fifi.

_o que é, posso ver?

_fifi é a minha aranha caranguejeira.

eu tenho pavor de sapos e aranhas, e dei um grito de susto ao ver aquele bicho nojento, em seguida tapei a boca.

_ai, tira isso de perto de mim!

he, he... já to acostumado. todos os que eu mostro a fifi é essa a reação, só que você foi o mais engraçado até agora! 

ele gargalhou da minha reação apavorada e inesperada. então ele sorriu novamente... nossa seu sorriso é realmente contagiante. sinto-me tão bem quando ele sorri. estranho, meu peito dói... por quê?

e de dentro da casa o pai de Arthur o chama. ele era a superjovem, tudo aquilo que Arthur haveria de ser daqui a uns anos, eram angelicais.

_Thur, leve suas caixas para seu quarto!

_ta pai. é... Lua certo?

_é sim.

_nos vemos em breve ta, vamos brincar depois.

_claro!

e o tempo foi se passando...  

flashes de brincadeiras depois de vários dias e semanas, meses, anos...                                                  era tudo sempre tão diferente. brincávamos de tudo, esconde-esconde, brigas de espadas, bonecos, guerras de travesseiros no seu quarto, vídeo game, bicicleta.

certo dia Arthur me chamou para irmos a um lago que havia ao longe, então fomos os dois de bicicleta correndo sobre a estrada fechada sobre as arvores que formavam um arco unindo-se.

_Lua, ouvi falar que no fim daquela rua tem um lago. é verdade?

_não podemos, ninguém freqüenta aquela área.

_por quê?

_antes tem uma cerca proibindo a entrada, e é no meio do nada, tem bichos lá. dizem que tem cobras.

_vamos assim mesmo. vai ser legal.

_é melhor não... é longe!   eu sempre fui uma besta , ninguém merece!

_e daí, não estamos de bicicleta.  e ele sempre foi persistente e corajoso.

e lá fomos os dois. deixamos as bicicletas encostadas na cerca para poder subir nelas para pularmos a cerca. após um tempo caminhando sobre uma trilha feita sobre a grama Arthur disse:

_Lua... posso te perguntar uma coisa?                                                                                            acho que era a primeira vez, sim, eu nunca havia visto o Arthur corado daquele jeito. ele estava tentando puxar algum assunto que nem ele estava conseguindo soltar. estranho, ele sempre foi destemido, ainda mais com as palavras. ele então prosseguiu:

_assim... Lu. você já beijou alguém?

_ãh... beijar?   eu não entendi direito o porquê de tal pergunta. eu me achava nova de mais para pensar em alguém.

_é... beijar um  menino de verdade.  ele corou mais ainda.

_não... eu... nunca beijei.  eu também fiquei envergonhado em responder e baixei a cabeça.

_mas você acha que já era pra eu ter beijado alguém? continuei o assunto.

_n-não... claro que não. ainda é cedo. ainda somos muito jovens he, he...

_não precisa ficar triste... se não quiser responder pode ficar mudo.

_ta certo.

_e gostar de alguém?  novamente corou ele e eu sem entender.

_gostar? gostar tipo amar?

_isso!   ele fingia-se de desentendido olhando o arvoredo.

_assim... eu amo meu pai e a minha mãe.  desviei do assunto.

_eu não quis dizer amor de pai e mãe, isso todo mundo tem. eu quis dizer se você ama alguém. tipo em segredo! 

ele se virou e disparou seus olhos no meu, então eu finalmente entendi o principio de suas perguntas estranhas. eu o encarei por apenas alguns segundos e fiquei completamente vermelho virando-me pros arvoredos.

_e-eu... se eu amo alguém? eu...                                                                                                           as palavras não passavam pela garganta, elas entalaram.   eu fiquei sem andar, ali parado, sem dizer nada.                                                                                                              será que ele sempre soube que eu gosto dele... ou melhor, será que eu o amo?          será que eu conto?

ele então se aproximou de mim e riu para me aliviar do nervosismo. ele sabia que seu sorriso concertava qualquer estrago quando eu estivesse por perto. o mundo poderia acabar em águas, mas se ele sorrisse pra mim estaria tudo perfeito

_eu não disse que se não quisesse responder era só ignorar o que eu disse!

_ah... mas você vai ficar falando e eu vou ficar sem ter o que falar... isso não é conversa!   na verdade eu queria sim responder essa sua pergunta.

_não tem problema. só de você estar aqui comigo ouvindo as bobeiras que tenho a dizer já está ótimo pra mim!

ele me fez sorrir.

então ele se aproxima novamente com as duas mãos escancaradas dizendo:

_ainda bem que você sorriu, senão eu iria fazer você rir a força!

_ah... não cosquinha não! não vem Arthur... Thur pára!!!

ele iria começar com aquela sessão de tortura que eu mais adoro. só havia um único método para parar “as cócegas mortais”... então eu toquei de leve seu ombro e disse:

_ta com você!  e disparei a correr. ele logo correu atrás de mim sorrindo, eu sabia que ele adorava essa brincadeira.

e correndo chegamos à beira do lago, quando ele veio tocar em mim eu fui para trás e tropecei em uma pedra falsa caindo para trás no gramado junto com ele. ele estava em cima de mim com uma cara de pena, logo ele perguntou:

_vo-você está bem? se machucou?

_não estou legal. to legal.                                                                                                                     eu odiava ver a cara dele de pena, principalmente quando era pena de mim. até parece que sou um pobre coitado que não sabe fazer nada. tudo bem que eu sou um pouco descuidado e meio aéreo, mas eu não gosto quando ele fica assim comigo.                    me sinto péssimo!

_olha só seu cotovelo, está sangrando.  ele ainda estava sobre o meu corpo.

_não... isso é só um arranhão.   eu sorri pra ele não entrar em desespero.

_tem certeza que não está doendo? persistiu ele.

_tenho. eu to bem!  consenti. estava tudo tão magnífico, eu nunca havia ficado tão perto dele. não tão perto como hoje. sua barriga esquentava a minha.                                    

eu sorri sem medo. ele não entendeu.                                                                                          _que foi?

_nada... você só está jogado em cima de mim. só isso!

ele sorriu lindamente, ao invés de se levantar, logo ficou fitando cada detalhe do meu rosto ócludo. eu corei e olhei para o lago que seguia ao longe, então disse:

_é lindo!  meus olhos brilhavam com a beleza.

_é... realmente é lindo! ele continuava a me fitar e seus olhos brilhavam. estávamos bem próximos um do outro, sua boca bem perto da minha, eu sentia seu ar saindo... eu queria sentir seu gosto, ali, agora. mas hesitava, não criava coragem, apenas o olhava.

até que senti um movimento lento crescer sobre suas coxas. eu congelei. mais ainda. olhei novamente para o lago com temor e pânico. ele ficou muito corado e sem jeito, logo se levantou e arrancou sua camisa e a bermuda jeans escuro ficando apenas de cueca. eu me inclinei ficando sentado e perguntei:

_ei, o que você vai fazer Thur?

_vou tomar banho ora!

_é-é, mas Thur... temos que voltar, logo vai anoitecer.

_você acha que viemos aqui só pra olhar. claro que não!

eu já estava meio corado e confuso, até que Thur  tira a cueca mostrando seu corpo lindo e liso pra mim de costas. foi ai que eu disparei a gaguejar:

_Arr-Thuur, va-vamos embora... por fa-favor?

_mas é claro que não!   em seguida ele se lança com tudo na água, ao emergir com a cabeça pra fora ele diz:

_e aí Lu, vem ou não vem?  eu tentei me comunicar, mas o nervoso cortou minha voz. Thur então se aproximou de mim devagar.

_não acredito que você não vai aproveitar essa água ótima.

eu não falava, mas suava bicas de nervoso, eu o sentia diferente, ele estava mais sério e irônico ao mesmo tempo. estava mais malandro e convicto. até que ele sorriu... seu sorriso estava diferente, era um sorriso malicioso... ou melhor dizendo, um sorriso safado. eu não conseguia parar de olhar para o seu pau estava apavorado de vergonha. ele queria rançar minhas roupas á força.

_vo-você nã-não vai fazer isso!!!

em um pulo pra fora d’água ele agarrou os meus braços e num lance puxou minha bermuda fora e um pouco da cueca que escorregou e por ultimo minha camiseta toda molhada de suor. ficamos os dois nus colados um admirando o outro sobre a ponta do lago. eu estava completamente off de tanta vergonha e ele sabia disso, então ele me abraçou. com tanta firmeza. até que ele sussurrou no meu ouvido:

_não tenha vergonha de mim Lua... por favor!  _ficaremos assim até você conseguir me ver como antes.

ficamos um bom tempo juntos abraçados.

até que eu finalmente consegui levantar o rosto e lentamente o olhar no fundo de seus olhos... como antes.

ele então me beijou.

fiquei ali, parado de olhos arregalados enquanto sua boca se encontrava com a minha. finalmente fechei os olhos e me deixei levar pelo momento, eu finalmente estava beijando o amor da minha vida. eu não esperava por nada do que havia por vir em seguida.

ele me pôs no chão bem devagar e ficamos com antes, ele gelado e molhado sobre o meu corpo quente e suado, aquela química era tão perfeita. quente com frio.                   estava congelando mais não neguei, fiquei ali esperando ele retirar a minha calcinha lentamente. eu estava excitado com tudo aquilo, logo ele viu que minha **CENSURADO** ficou molhada.

_está tudo bem Lu, relaxe.                                                                                                                           ele me disse sorrindo como antes. aquelas palavras tranqüilizaram todo o meu corpo de um jeito que eu não sei dizer. então ainda segurando as minhas mãos que se cruzaram com as dele, ele novamente me beijou, só que com muito mais vontade, mais vigor. minha cabeça entrou em colapso com o que estava acontecendo, eu pirei. não queria saber se era um amigo, se era homem ou não... apenas gozei do momento mais feliz da minha vida.

_Lua você é linda. notei isso desde a primeira vez em que nos olhamos.

seu corpo gelado jogado sobre o meu estava me matando de prazer, e seu **CENSURADO** prensando minhas coxas me fez soltar um gemido estranho. eu corei na hora, virei um tomate.

_não precisa ficar vermelha... ou você quer que eu vá embora?

ele desprendeu o peso do meu corpo se inclinando para trás querendo se levantar. meu coração turbinou no peito, eu não o queria longe de mim nunca mais. então como reflexo do corpo eu o puxei para cima de mim e o beijei com muita vontade.

_Lua não se mexa, eu sei que você ira adorar isso.

cravei minhas mãos no gramado e logo fechei os olhos, meio que sabia que ele iria me tocar. ele beijou todo o meu pescoço descendo até o peito lambendo todas as gotas que ele jogou sobre mim até chegar ao meu mamilo. eu expressava dor, mas tudo estava maravilhoso e meus pés se contorciam de prazer.

então ele prosseguiu e continuou a descer ao umbigo, eu gemia a cada toque de sua língua. depois do umbigo ele continuou e retirou a minha calcinha, foi aí que enlouqueci o sentindo lamber toda minha **CENSURADO** parte por parte, a sensação é inesquecível.  com uma mão ele o botou pra fora dando lambidinhas de leve, eu mordia os lábios e ele mordia os dele se preparando para me chupar por completo, ao descer a boca com todo ele dentro eu soltei um suspiro alto que mais parecia um grito tapando a boca seqüencialmente.

após alguns minutos senti um imenso prazer e notei que algo estava saindo de mim. logo me desesperei, cutuquei Arthur tentando avisá-lo:

_Arthur, Arthur... acho que vou mijar... pára, pára!!

 ele parou em seguida jorrei um liquido gosmento pra fora de mim. não sabia o que era aquilo, logo o perguntei:

_que eu fiz?  e ele sério respondeu:

_você gozou Lua. acontece, depois de tudo que fizemos.

_tudo que fi-zemos?!  respondi ainda arfando, ainda confuso.

_é... sexo. fizemos sexo oral.

finalmente entendi. ficamos um tempo ali olhando as águas dançarem.

quando colocamos nossas roupas para irmos embora e nos aproximamos da cerca Arthur comentou:

_ Lua, olha... você não pode contar para ninguém. nada do que aconteceu entre a gente... ouviu? é um segredo nosso! 

ele sorriu.

_ta legal! eu também sorri.

à volta pra casa foi fria e silenciosa, não falamos nada, não trocamos olhares. e ao chegar a nossas casas nos separamos, guardamos nossas bicicletas e entramos quietos para nossos quartos.

fiquei sem vê-lo por três longos dias. até que no quarto dia, ele surge todo arrumado com uma mochila e uma mala, eu corri ao seu encontro e esbravejei?

_Arthur, que houve. vai viajar?

silêncio cortante.

_vai sair de férias?

silêncio tenso.

_você-não-vai... a palavra arranhava minha garganta.

_infelizmente vou. eu vou me mudar.

_por quê?

_meus pais se divorciaram... e de hoje em diante vou morar com a minha mãe em santa catarina.

levei um baque. não estava acreditando no que ouvia logo após um gol branco parou na calçada. era sua mãe o levando embora.

_por que não me contou antes. eu te odeio!   uma lágrima surgiu do nada, minha garganta rasgava aos poucos.

_por que seria pior!

_pior?!

_me perdoe?  ele me puxou e me abraçou com toda a força que podia. sem notar uma gota escorre de seu olho. então eu o abracei, eu me debulhava em lágrimas.

_mas nem deu tempo de me despedir direito!!!

_me desculpe por isso! disse ele sem mexer o cenho.

_você vai visitar seu pai algum dia?

_eu não sei. acho que não.  a mãe de Arthur buzinou o carro para irem logo. e meu peito apertava a cada instante. nos abraçamos mais uma vez e ele sussurrou no meu ouvido:

_Lua... obrigado por tudo! sentirei muito a sua falta.

quando ele me largou, notei que ele estava chorando por dentro também. ele se virou, pisou firme e entrou no banco de trás do carro. acenamos um para o outro enquanto o carro tomava distância.

desde então nunca mais o vi.







oito anos se passaram.

tanto tempo se passou...                                                                                                                        minha vida seguiu depois da muralha “Arthur” me abalar, eu perdi quatro quilos depois daquele dia fiquei um bom tempo trancafiado no meu quarto chorando como uma donzela esperando seu príncipe voltar em seu cavalo branco. como eu sou patético. meu coração nunca se esqueceu daquele dia de primavera, mas ele ficou longe...   longe da minha vida. então o esqueci na minha mente com o tempo. ao menos tentei.

   voltando uniformizado para casa antes de abrir a porta, reparo um carro do ano estacionado na calçada ao lado. quando o motorista sai do carro, um homem de terno preto e óculos escuros olhava para mim.

não podia acreditar...

seria ele? Arthur voltou depois de todos esses anos?

desci depressa os degraus da sacada e gritei seu nome:

_Ar-rthur... é você?

_Lua é você?  ainda estávamos distantes até que ele retirou o óculos, ergueu os braços e me chamou:

_vem cá meu, me da um abraço!

eu finalmente o abracei e tudo veio à tona, o acanhamento, a timidez, o frio na barriga que me corroia quando eu estava com ele.

_como estão às coisas em santa catarina?

_bem... não muito boas. eh... Lu, quer dizer Lua. você não quer ir comigo lá em casa bater um papo?

_poxa adoraria. e seu pai como está?

_é... bem ele foi resolver umas coisinhas e não volta hoje. acho que só na segunda.

   nós dois entramos na casa. eu retirei a mochila e me sentei devagar como se estivesse em um lugar diferente, como se estivesse com um desconhecido, enquanto Arthur seguia á cozinha para pegar algo para beber.

_quer uma cerveja?

_não obrigado.

ao voltar da cozinha ele trouxe um copo de suco de laranja enquanto tomava um gole de sua cerveja long-neck, em seguida perguntou:

 _e aí Lua está com quantos anos?

_dezoito e você?

_vinte e um. - Arthur se jogou no sofá dois lugares afrouxando sua gravata e já sem terno. _ o que tem feito da vida?

_bem, eu estou fazendo um curso preparatório para mais tarde ir á faculdade. e você?

_hi... eu estou voltando de viagem, depois de vir do enterro de minha mãe, e vim pegar alguns pertences meu e do meu pai. resumindo, estou pensando em vender essa casa até o fim de semana para minha amiga que acabou de se casar.

_o quê... sua mãe morreu? como ele consegue dizer tudo isso com tanta tranqüilidade e frieza?

_sim antes de ontem. e vamos morar eu e meu pai na casa de santa catarina.          

ele não tinha mais emoção nas suas falas, era seco e frio.

_nossa que vida corrida. eu sorri para tentar quebrar o gelo.

_pois é... mas na verdade eu só vim aqui por apenas um motivo Lua!

_qual?

_você!  ele me olhou tão intenso, que eu pensei ser um pedaço de carne e ele o leão feroz faminto.

Arthur se jogou no sofá, me segurando pelo queixo e me beijou como sempre inesperado, sufocante. eu não consegui evitar, esperei novamente por esse beijo durante dez anos. logo retirei sua gravata e desabotoei sua camisa. em um lance apenas estávamos no esfregando no sofá como dois animais, retirávamos nossos sapatos com os próprios pés, estava maravilhoso aquele amasso. pena que seu corpo enorme em cima de mim estava me esmagando e tirando o ar, logo exclamei:

_Thur, por favor... o sofá está muito apertado!

ele entendeu a indireta, em um segundo me abraçou e rolamos no tapete do centro da sala comigo sem eu perceber.

logo arrancou minha blusa. ele ficou por cima de mim como antes, admirando por alguns segundo meu corpo magricela. então ele notou minha tatuagem na virilha e perguntou: _ “A”? esse A é meu?

_claro, “A” de Arthur. primeiro amigo e único amor... eu nunca te esqueci.

_eu também não. ele beijou minha tatoo em seguida ele retirou a minha calcinha, eu fiz o mesmo com ele.

_vou pegar a camisinha, posso?  ele me perguntou.

_sim. consenti.

ele se inclinou pro sofá pegando sua carteira no bolso de trás da sua calça. ao rasgá-la com a boca eu a introduzi em seu pênis. em seguida ele me abraçou e deitamos.

_não se preocupe, só dói no começo. se doer muito eu paro.

tentei esquecer a situação e me concentrar. nada daquilo que estava acontecendo parecia real, eu só devia estar tendo mais um dos meus milésimos sonhos eróticos com ele... mas felizmente dessa vez não era sonho.

mesmo assim cravejei minhas unhas roídas na sua pele que se avermelhava instantaneamente com meu toque, assim eu tive a certeza que ele era só meu naquele instante perfeito.

   nada nem ninguém poderia estragar aquele momento perfeito.

   nada nem ninguém poderia estragar tudo que sentíamos durante tanto tempo.

   nada nem ninguém poderia interromper o dia que tanto sonhei com ele.

   um olhar diz tudo sobre uma pessoa. nunca pronunciarmos ‘eu te amo’ para provar o que realmente sentíamos um pelo outro.

   mas ali, agora eu queria gritar pro mundo, berrar se possível... ou apenas sussurrar em sem ouvido:

“eu quero você para sempre comigo!” foi o que ele disse logo após arrancar um pedaço da minha boca depois de eu dizer:

“fica comigo, eu sempre te amei”

   eu só o queria dentro de mim, ali, agora. era tudo maravilhoso a forte sensação de dor e prazer que sentia ao ver cada vez mais ele socando dentro de mim fazia minha cabeça disparar pescoço a fora. eu estava em órbita com seu corpo torneado de atleta colado ao meu, estávamos conectados sem dúvidas. suas mãos brutas e leves que enquanto uma me apertava à cintura com força, a outra me acariciava o cabelo. um mimo, um xodó.

   é esplêndido sua expressão de sério e dor que ele soltava em alguns segundos quando fazia cada vez mais rápido. vê-lo sentindo tesão me dava mais prazer ainda. ainda mais quando ele soltava pequenos e curtos sons ilegíveis perto do meu ouvido aguçado.

para finalizar ele levantou minhas duas pernas tão devagar que quase não percebi, foi aí que eu senti a nossa perfeita conexão, pensei que tudo aquilo não teria como melhorar, mas com um simples toque ele me fez gozar feito uma louca sobre seu tanquinho quente.

 minha boca ficou seca e as pernas pro ar bambeavam, foi ai que senti seu corpo enrijecer ao máximo e ele gozar como nunca na camisinha que encheu.

soltamos um delicioso gemido de satisfação logo após ele cair com tudo aquilo sobre meu corpinho raquítico que abraçava o seu coberto de suor e porra. ficamos esparramados ali no tapete por um tempo, com ele ainda sobre mim, e ainda dentro de mim, ainda sentia sua cabeça latejando com muito vigor.

 com certeza eu iria querer tudo àquilo de novo e de novo, hoje e para todo o sempre. sem dúvidas.

enquanto eu fazia cafuné no seu cabelo liso e cheiroso, ele ainda morgado dizia:

_amor...  amor? verdade? finalmente eu subi no seu conceito. eu não era mais sua Lu. não mais. agora sou definitivamente dele.

“amor” como é bom ouvir isso de quem realmente amamos.

_diga. respondi com uma cara de bobo.

_está decidido... eu não vou mais para santa catarina no final de semana.

_que maravilha, por quê?  explodi de alegria.

_não vou mais vender essa casa.

eu abri os olhos e o sorriso.

_só agora eu tive a certeza do lugar que eu tenho que viver até o ultimo dia da minha vida. _Lu... te amo!                   

fim


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